Qual a diferença de remedio generico e similar

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Entenda a diferença entre medicamento genérico, similar e de referência

De olho nas principais dúvidas dos consumidores e farmacêuticos, o vídeo resume as diferenças entre os produtos. Confira!

A Lei dos Genéricos1 já soma mais de 20 anos no Brasil e, apesar da grande aceitação do medicamento genérico no País, é grande a falta de informação da população, que ainda chega com muitas dúvidas até o balcão das farmácias.

No seu dia a dia de atendimento, você deve notar que muitas pessoas desconhecem as principais diferenças entre o medicamento genérico, similar e de referência, o que reforça a importância da orientação do profissional farmacêutico na hora da compra. Vale lembrar que a substituição do medicamento de referência prescrito pelo seu genérico correspondente somente pode ser realizada pelo médico ou pelo farmacêutico responsável.2

Confira no vídeo abaixo as principais diferenças entre os tipos de medicamentos.

Muita gente não sabe a diferença entre medicamento genérico, similar ou de referência, por isso, para esclarecer essas dúvidas a estagiária da Farmácia Escola da UNICEP, Larissa Goulart Cortez, estudante do curso de Farmácia da UNICEP, falou sobre esse tema tão importante.

Segundo Larissa, quando há um novo registro de medicamento no Brasil, esse medicamento é registrado como medicamento de referência. O medicamento passa por testes de eficácia, segurança e qualidade, que são registrados na ANVISA. “Todo medicamento de referência recebe um nome comercial, ou uma marca para ser vendido no mercado. Como os laboratórios farmacêuticos investem financeiramente em anos de pesquisa até conseguir lançar um medicamento, eles têm direito a uma patente, após o lançamento, que pode durar de 10 a 20 anos, tempo que as indústrias demoram para receber esse investimento de volta.”, contou a estudante. 

Larissa explicou que o medicamento genérico apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, administração e indicação de medicamento de referência, o que muda é que os laboratórios que fabricam esse tipo de medicamento não precisam investir nas pesquisas, como é o caso da indústrias que fabricam o medicamento de referência, e isso, faz com que o medicamento seja vendido em um valor um pouco mais em conta no mercado. “O genérico é de fácil identificação, todas as embalagens trazem uma taxa amarela e a letra G bem destacada em preto. Ele não é vendido com o nome comercial ou uma marca, ele vem com o nome do princípio ativo destacado, no lugar do nome comercial.”, afirmou a estagiária.

  E continuou: “Por último temos os similares, que apresentam os mesmos fármacos, a mesma concentração, forma farmacêutica, administração e indicação de um medicamento de referência, mas que pode ter tamanho, formato do produto, embalagem e rótulo diferentes. Também é um pouco mais em conta no mercado pelo mesmo motivo do genérico, a indústria que fabrica o medicamento não precisa investir em todas as etapas de pesquisa.”.

Se você ficou com alguma dúvida ou precisa de algum detalhe a mais mande mensagem para a Farmácia Escola da UNICEP pelo WhatsApp (16)99642-9203 ou entre em contato pelo telefone (16) 3307-2111. Veja mais dicas no Instagram da Farmácia Escola UNICEP (@farmaciaunicep).

Se quiser ver o vídeo com as dicas acesse o Instagram da UNICEP (@unicepsaocarlos).

Texto: Ana Lívia Schiavone
 

Genéricos, similares e de marca possuem algumas semelhanças, mas também diferenças importantes. Entenda o que define cada um.

Talvez já tenha lhe ocorrido a cena a seguir. O médico prescreve ao paciente um medicamento, ele vai até a farmácia com a receita e o farmacêutico então lhe indaga: “Você prefere o genérico, o similar ou o de marca?”.

Veja também: Benefícios dos medicamentos genéricos além dos preços

A pessoa então pergunta o preço, se os produtos são diferentes ou não e, no fim, ainda sai com dúvida. Afinal, existe alguma diferença entre os tipos de medicamentos? Embora eles sejam semelhantes, preparamos um guia rápido para ajudá-lo a sanar suas dúvidas.

Medicamentos de referência ou de marca

Quando uma farmacêutica descobre um  medicamento novo, ela tem de registrá-lo no órgão federal responsável pela vigilância sanitária do país (a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, no caso do Brasil). É preciso comprovar cientificamente a eficácia, segurança e qualidade do produto na ocasião do registro. Para isso, são necessários estudos, pesquisas e testes, o que gera custos altos que serão revertidos no preço do produto. Um medicamento de referência, normalmente, leva mais de um ano para ser aprovado pela Agência.

Os remédios de marca em geral estão no mercado há um bom tempo, são bastante conhecidos pelo seu nome comercial e normalmente estão entre os primeiros que surgiram para curar determinada doença.

Na embalagem sempre há o nome inventado pela farmacêutica (nome fantasia do produto), o do princípio ativo e o da empresa que criou a fórmula.

Quando o período da patente expira — esse prazo varia de acordo com as leis de cada país, mas no Brasil o tempo de comercialização sem concorrentes é de 20 anos –, outros laboratórios são autorizados a produzir o mesmo medicamento.

Medicamentos similares

São uma cópia do medicamento de referência, com o mesmo princípio ativo, a mesma concentração, via de administração, posologia e indicação terapêutica, além de precisarem passar obrigatoriamente pelos mesmos testes de bioequivalência e biodisponibilidade. Por exemplo, se o medicamento de referência começa a fazer efeito depois de 1 hora, os similares devem seguir o mesmo padrão.

Segundo a Anvisa, eles só podem ser diferentes em características relativas ao tamanho, prazo de validade, embalagem e rotulagem. Na prática, o que muda mesmo é o nome comercial do medicamento.

Medicamentos genéricos

Os medicamentos genéricos são uma cópia idêntica dos medicamentos de marca, pois têm a mesma composição química. Portanto, é possível tomar o remédio genérico no lugar do de marca e vice-versa, com toda segurança.

A lei dos genéricos no Brasil foi implantada em 1999 com o objetivo de ampliar o acesso da população aos medicamentos, principalmente os pacientes de doenças crônicas, como diabetes. Para ser identificados, precisam conter na embalagem uma tarja amarela e logo abaixo do nome do princípio ativo, a frase “Medicamento genérico — Lei 9.787/99”.

Muitos consumidores têm receio quanto à qualidade dos medicamentos genéricos, já que o preço é inferior. No entanto, esse temor não procede, pois desde o início da implantação da política dos genéricos no país, os medicamentos genéricos passam por testes de comprovação de qualidade. Em tese, os medicamentos genéricos são mais baratos porque em seu preço não estão embutidos gastos com propagandas, nem custos de pesquisa para o desenvolvimento do produto novo.

Por lei, os medicamentos genéricos devem ser no mínimo 35% mais baratos. Por exemplo, se determinado medicamento de referência custa R$ 20,00, o genérico deve custar até R$ 13,00. Como são os laboratórios que estimam o preço, nada impede que ele seja ainda mais barato.

O que é melhor genérico ou similar?

Medicamento genérico – é idêntico ao de referência e vai funcionar da mesma forma, entretanto, não tem um nome comercial, uma marca. Medicamento similar - tem o mesmo princípio ativo de um remédio de referência, porém, com um nome comercial, ou seja, uma marca.

O que é remédio similar?

Medicamento similar: é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em ...

Por que os medicamentos genéricos são mais baratos?

No Brasil, o medicamento genérico é muito barato – isso porque esses fármacos são produzidos após o período de proteção de patente dos originais, não precisando investir em pesquisas e estudos, já que estes foram feitos anteriormente pela indústria que obteve a patente primeiramente.

Porque é que os médicos não receitam genéricos?

Por que muitos médicos não receitam genéricos? Em 2016, a Câmara aprovou a obrigatoriedade de prescrição de genéricos pelos médicos do SUS (Sistema Público de Saúde) --assim, a receita não é caracterizada como propaganda. No entanto, nos consultórios particulares, isso é uma escolha do profissional.