Qual a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil e para a aprendizagem?

Qual a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil e para a aprendizagem?
Qual a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil e para a aprendizagem?

A import�ncia de desenvolver a psicomotricidade na inf�ncia

La importancia del desarrollo de la psicomotricidad en la infancia

Qual a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil e para a aprendizagem?

 

*Graduada em pedagogia pelo Centro Universit�rio de Formiga, MG

**

Mestre em Educa��o Cultura e Organiza��es Sociais

Professora do Centro Universit�rio de Formiga, MG

(Brasil)

Camila Siara Ramos*

Marcela de Melo Fernandes**

 

Resumo

          O corpo � considerado a primeira forma de linguagem para a crian�a, j� que com ele, a crian�a introduz sua comunica��o com o meio. A psicomotricidade atrav�s do movimento desenvolve no indiv�duo capacidades afetivas, cognitivas e motoras. O objetivo deste artigo foi fazer uma reflex�o a cerca da psicomotricidade e sua rela��o no desenvolvimento da aprendizagem na inf�ncia. Este trabalho se faz relevante porque a psicomotricidade al�m de tratar dos est�mulos corporais da crian�a, desenvolve de forma concreta os aspectos psicol�gicos e, com isso, qualifica os processos de ensino-aprendizagem, tornando a crian�a mais aberta a novos conhecimentos. Como metodologia foi utilizada uma revis�o liter�ria atrav�s de livros e artigos, para melhor conhecimento da psicomotricidade e como essa beneficia o desenvolvimento infantil. Pode-se conclui que � de suma import�ncia o desenvolvimento da psicomotricidade com as crian�as, pois, al�m de tratar dos est�mulos corporais da inf�ncia, desenvolve de forma concreta os aspectos psicol�gicos e, com isso, qualifica os processos de ensino-aprendizagem, tornando a crian�a mais aberta a novos conhecimentos.

          Unitermos:

Aprendizagem. Psicomotricidade. Educa��o F�sica.

   

Qual a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil e para a aprendizagem?
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 15, N� 153, Febrero de 2011. http://www.efdeportes.com/

Qual a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento infantil e para a aprendizagem?

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Introdu��o

    A Psicomotricidade no processo ensino-aprendizagem visa contribuir de forma pedag�gica para o desenvolvimento integral da crian�a, tendo em vista o aspecto mental, psicol�gico, social, cultural e f�sico, no qual acredita-se que as atividades de psicomotricidade possam ser trabalhadas no contexto escolar de forma a auxiliar no processo de aprendizagem do aluno. Assim o objetivo deste artigo foi analisar a import�ncia da psicomotricidade na inf�ncia e como esta poderia auxiliar na aprendizagem do aluno, esclarecendo que o aprender n�o se restringe apenas em atividades isoladas, precisando haver objetivos a serem alcan�ados pelos professores, para que a partir da� os alunos possam criar e se expressar, no ambiente escolar. A metodologia utilizada baseou-se na leitura e an�lise de livro e artigos cient�ficos, subordinados ao tema �psicomotricidade�. A pesquisa foi feita em contexto de biblioteca, revis�o de artigos e revis�o de livros. A psicomotricidade, como ci�ncia da educa��o busca entender os movimentos corporais tendo uma liga��o com o desenvolvimento cognitivo. O objetivo psicomotor � a possibilidade do aluno desenvolver as a��es do corpo e expressar-se por meio dela, para que o corpo se desenvolva. O sujeito vai se construindo atrav�s da troca de olhares, toques e car�cias, primeiramente com os parentes (pais ou respons�vel), depois com outras pessoas (professores) ampliando as suas rela��es sociais (BARROS, FERREIRA, HEINSIUS, 2008). Partindo desse pressuposto, esse artigo prop�s refletir sobre como a psicomotricidade se faz necess�ria na pr�tica pedag�gica da escola ajudando nos desenvolvimentos corporais, cognitivo e afetivo na inf�ncia.

Desenvolvimento

    Quando uma crian�a demonstra atrav�s de seu corpo que est� alegre, feliz, demonstra querer ou buscar alguma coisa... Quando uma crian�a percorre a escola para chegar ao refeit�rio, tendo toda a no��o do espa�o que ir� fazer... Quando na Educa��o F�sica ela dribla os advers�rios para fazer o gol, calculando a dist�ncia, a for�a e ent�o chuta a bola... Quando uma crian�a na frente de um papel, e com l�pis coloridos desenha seu corpo e todo um espa�o a sua volta... Em todas essas situa��es e em qualquer outras que envolvam movimentos, pode-se falar em psicomotricidade. Segundo Goretti (2009) o termo psicomotricidade aparece, pela primeira vez, no discurso m�dico, no campo da Neurologia, quando, no s�culo XIX houve uma preocupa��o em identificar e nomear as �reas espec�ficas do c�rtex cerebral segundo as fun��es desempenhadas por cada uma delas. E foi no s�culo XX que ela passou a desenvolver-se como uma pr�tica independente e, aos poucos, transformar-se em ci�ncia. A Psicomotricidade come�ou a ser praticada no momento em que o corpo deixou de ser visto apenas como um peda�o de carne, para ser algo indissoci�vel do sujeito. A pr�tica mais especificamente psicomotora come�ou em 1935, com Eduard Guilmain, que elaborou protocolos de exames para medir e diagnosticar transtornos psicomotores. Hoje para Almeida (2006) psicomotricidade � a ci�ncia que estuda o homem atrav�s do seu corpo em movimento em rela��o com o mundo externo e interno, � a intera��o que o indiv�duo tem de perceber, atuar e agir com o outro e com os objetos. Segundo Goretti (2009) psicomotricidade � um dos instrumentos mais poderosos para que o sujeito expressa seus conhecimentos, id�ias sentimentos e emo��es e se constitua como um sujeito.

    Para Fonseca (2009) psicomotricidade � uma pr�tica que contribui para o pleno desenvolvimento da crian�a no ensino-aprendizagem, que favorece os aspectos f�sicos, mental, afetivo-emocional que contribui para a forma��o da sua personalidade.

    Com base nesses tr�s autores a psicomotricidade tem apenas um objetivo, fazer com que a crian�a se interage com os outros e com os objetos possibilitando assim o seu crescimento n�o s� f�sico como cognitivo, afetivo e corporal. No qual a psicomotricidade deve ser trabalhada em casa e principalmente na escola. De acordo com Almeida (2006) para se trabalhar psicomotricidade no ambiente escolar n�o precisa haver recursos caros e nem tecnol�gicos, basta somente a escola ter uma jun��o de fatores, tais como concep��o, comportamento, compromisso, materiais e espa�os. Almeida (2006) descreve cada um a seguir:

a.     Concep��o

: o trabalho necessita ser planejado, pensado e reavaliado todos os dias, precisa haver uma meta que se pretende alcan�ar, o professor saber� o que foi alcan�ado e o que pode fazer para melhorar mais o desempenho dos alunos, ele n�o deve somente ficar usando t�cnicas sem ao menos saber o que se pretende fazer com ela, pois assim ficar� frustrado por n�o ter objetivos conclu�dos.

b.     Comportamento

: o comportamento do professor que se trabalha psicomotricidade � aquele que deve estar atento a todas as a��es executada pelos alunos, intervindo nas atividades com objetivos psicomotores. Quando os alunos estiverem realizando atividades, eles precisam ter rela��es com os outros, que permitir� a socializa��o e a humaniza��o, para isso o professor deve fazer o papel de um observador e n�o de um professor autorit�rio que repreende a todo momento nas rela��es aluno/aluno, o professor ir� repreender quando houver necessidade. Almeida (2006, p. 21), coloca que �o comportamento � o combust�vel que move as rela��es di�rias de um professor que quer construir coletividade na multiplicidade dos seres com as diferen�as de cada um�.

c.     Compromisso

: quando o professor planeja suas aulas ele n�o ter� seu tempo desperdi�ado, mas sim ter� um aproveitamento do trabalho alcan�ado, pois n�o havendo planejamento o professor fica perdido, surgindo assim o descompromisso.

d.     Materiais

: por si s� n�o modifica nada em um ambiente, precisa haver interven��es do professor.

e.     Espa�os

: s�o constitu�dos de uma estrutura f�sica; salas, quadras, p�tios, refeit�rio e outros. Se os espa�os n�o exercem nenhuma a��o, movimento sempre ser� um espa�o vago. H� v�rios ambientes que pode se dizer que � um espa�o educativo, mas para isso o professor deve usar todos os recursos, materiais ali presentes.

    Para Almeida (2006, p. 23), �um supermercado pode ser um excelente ambiente educativo caso o professor saiba explorar toda riqueza existente ali�. Assim para a psicomotricidade ser desenvolvida, precisa de ambientes o qual dar� a oportunidade da crian�a explorar e construir refer�ncias sobre si mesma e sobre o que a rodeia, � neste ambiente que a crian�a vai viver uma variedade de faz-de-conta. Ter� oportunidades ainda de testar, errar e concluir, tirando assim suas pr�prias conclus�es, porque neste momento ela est� construindo seu conhecimento. Lembrando que ambientes n�o s�o apenas espa�os que existem materiais, mas sim espa�os composto por: recursos, a��es, pessoas, rela��es sociais e explora��o coletiva, e nestes ambientes a psicomotricidade poder� ser desenvolvida de forma a melhorar todas as capacidades infantis.

    Barros, Ferreira, Heinsius (2008) colocam que o termo psicomotricidade para alguns professores est� ligado somente a coordena��o global, o equil�brio, a lateralidade, a coordena��o motora fina e outros aspectos funcionais englobando como parte psicomotora, sem nenhum objetivo a ser alcan�ado, dando apenas como m�todos abstratos. Portanto a psicomotricidade tem um papel muito importante na preven��o da educa��o infantil, contemplando o desenvolvimento, partindo do movimento do corpo e envolvendo a fase n�o-verbal da crian�a, possibilitando a constru��o do psiquismo, interagindo com tudo e com todos que a rodeia. Hoje na educa��o infantil acontece uma queima de etapas, onde os professores esquecem- se do lado emocional, e do lado do brincar, ocasionando problemas emocionais e motores, que mais tarde ir�o aparecer no comportamento do indiv�duo. Os professores precisam enxergar a crian�a em tr�s dimens�es, a corporal, a afetiva e a cognitiva, proporcionando um desenvolvimento evolutivo. Para o ensino da alfabetiza��o os professores ainda tem aquela antiga concep��o que para se ensinar como se faz a letra �E� � ditando �vai l� em cima faz uma voltinha e desce� tendo essa escrita como base se faz necess�rio a psicomotricidade, pois os movimentos e a alfabetiza��o caminham de m�o juntas, por isso em vez de os professores ficarem ditando como se faz as letras, � melhor que levem os alunos para o p�tio para que as crian�as passem por cima dos tra�ados no ch�o, ou at� mesmo constru�am letras com massinhas de modelar, pois os exerc�cios que s�o manipulados com toques pelo pr�prio corpo, facilitam a percep��o das formas. S�o muitas formas de se trabalhar a psicomotricidade para que ela se torne importante no m�todo de alfabetizar, e ajude a prevenir problemas maiores. Xavier (2004 apud Oliveira, 1997, p. 36) afirma que:

    A psicomotricidade se prop�e a permitir ao homem sentir-se bem na sua pele permitir que se assuma com realidade corporal, possilitando a livre express�o de ser. N�o se pretende aqui consider�-la como uma panac�ia que v� resolver todos os problemas encontrados em sala de aula. Ela � apenas um meio para auxiliar a crian�a superar suas dificuldades e prevenir poss�veis inadapta��es.

    Segundo as concep��es Walonianas (1995 apud Barros, Ferreira, Heinsius, 2008) tudo o que foi vivenciado pela crian�a anteriormente ir� refletir nas experi�ncias futuras, modificando e transformando em representatividades.

    Para que a psicomotricidade seja eficaz na Pratica Escolar e possa contribuir para ao processo de aprendizagem � preciso que o professor acredite no potencial das crian�as, respeitando sua individualidade, sabendo que as dificuldades, obst�culos e as insatisfa��es fazem parte da caminhada escolar, por isso deve oferecer atividades e oportunidades para que a crian�a comunique, crie e se expresse emocionalmente e fisicamente, para o crescimento pessoal e constru��o da sua autonomia, despertando assim o desejo de descobrir e aprender por meio da intera��o com o mundo. Para Barros, Ferreira, Heinsius (2008) a aprendizagem � ent�o entendida como um percurso que a crian�a deseja percorrer para buscar uma auto-realiza��o.

    Para que a auto-realiza��o seja ent�o alcan�ada pela crian�a o professor deve ser o mediador da aprendizagem, possibilitando que a crian�a construa seu caminho e se encontre nele, ter clareza e objetivos nas suas atividades e nas regras estabelecidas, e respeitar a democratiza��o do grupo amenizando os conflitos gerados, ponderando suas propostas de acordo com cada faixa et�ria favorecendo o avan�o da aprendizagem cognitiva. Um dos objetivos das aulas de psicomotricidade � estimular o desenvolvimento psicomotor das crian�as, por meio de jogos, brincadeiras e atividades que as crian�as vivenciem com grande prazer, favorecendo a liga��o do real e o imagin�rio. Segundo Almeida (2006) existem v�rias atividades que poder�o contribuir no desenvolvimento da crian�a dentre elas est�o:

  1. Coordena��o motora ampla. � a organiza��o geral do ritmo, ao desenvolvimento e as percep��es gerais da crian�a. � o trabalho que vai apurar os movimentos dos membros inferiores e superiores, podendo desenvolver algumas atividades como: fazer imagens do corpo em tamanho natural; fazer pinturas no corpo com o pincel; entrar em caixa de papel�o grande, pequena e m�dia; jogar bexigas para o alto sem deixar cair no ch�o; brincadeiras de morto- vivo, est�tua, esconde-esconde, passar anel, pular corda e outras.

  2. Coordena��o motora fina. � a coordena��o dos trabalhos mais finos, que podem ser executados com a ajuda das m�os e dos dedos, garantindo um bom tra�ado de letra. No qual o professor poder� desenvolver: recorte de tiras de papel na revista com o dedo; desenhos e pinturas com tinta ou giz de cera em vidros; fazer bolinhas com papel crepon, jornal; dobraduras; brincadeiras de amarelinha, futebol de bot�o, corrida de ovo na colher, amarrar e desamarrar, tampar e destampar garrafa pet e outras.

  3. Lateralidade. � a capacidade que a crian�a tem de olhar em todas as dire��es com id�ia de espa�o e m�nima coordena��o, que aos poucos v�o descobrindo que seu pr�prio corpo pode realizar mais de um movimento ao mesmo tempo em lados diferentes. Neste processo o professor ajuda a crian�a a desenvolver a lateralidade em todas as partes do corpo e quanto ao ato de escrever o professor deve deixar a crian�a livre sem ao menos estabelecer um meta que m�o ela dever� escrever, isso � uma escolha pr�pria da crian�a, que a favorece na decis�o do que � melhor e de sua melhor habilidade. O professor poder� desenvolver: comandos para a crian�a seguir para ambos os lados; ca�a ao tesouro com seguimentos de setas; fa�a bolas de papel e pe�am que joguem primeiramente com a m�o esquerda e depois com a direita; corridas com materiais para serem equilibrados com a m�o esquerda e direita; brincadeiras de basquete, tiro ao alvo e outras. �Quanto mais forte for a refer�ncia e o treino, mais desenvolvidas ser�o as diferentes partes que comp�em o todo. No entanto, deve-se trabalhar com muita calma para respeitar o tempo das crian�as� (ALMEIDA, 2006, p. 61).

  4. Desenvolvimento de percep��o musical. Refere-se ao desenvolvimento de talentos, que � um trabalho voltado para estimular as quest�es que abrangem a musicaliza��o, desenvolvendo a aprimora��o da audi��o para o reconhecimento e a pr�tica da fala. Sendo assim a m�sica ser� mais um ponto o qual contribui para o desenvolvimento da crian�a, trabalhando v�rios tipos de sons e m�sicas: m�sicas folcl�ricas; sons da natureza (vento, chuva, trov�o, raio e mar); sons do pr�prio corpo (rir, chorar, espirros, tossir, bater os p�s, bater as m�os e outros). Outra maneira prazerosa de trabalhar a m�sica � a constru��o de bandinhas com sucatas; chocalhos (com garrafas pet, lata de leite em p�); pratos e bumbos (com tampas de lata de tinta); tambores (com embalagens de papel�o);

  5. Desenvolvimento de percep��o olfativa. � a percep��o que ajuda a crian�a no reconhecimento do mundo dos perfumes e sabores: recolher plantas diversas, amass�-las e sentir o cheiro depois de algum tempo; diferenciar os cheiros do cotidiano como: p� de caf�, perfumes, produto de limpeza e outros; sentir o cheiro que exala da natureza.

  6. Desenvolvimento de percep��o gustativa. Auxilia no reconhecimento dos sabores reais, descobrindo que cada alimento tem textura, sabor, consist�ncia e caracter�sticas diferentes. Para esse reconhecimento utiliza- se os seguintes experimentos: provar alimentos ex�ticos (estrangeiros); provar alimentos que antes nunca havia comido por dizer que n�o gostava; degustar alguns alimentos de olhos fechados; diferenciar entre o doce do salgado, o azedo, o amargo, o quente do frio, o picante do condimentado.

  7. Desenvolvimento de percep��o espacial. O espa�o � muito mais que paredes, portas, janelas, ruas, casas, entradas e sa�das, � saber ter dire��es para onde ir. Por isso o espa�o � um grande desafio na inf�ncia, e na vida adulta pois precisa de um pleno dom�nio de dire��o. A escola precisa de proporcionar a crian�a essas no��es de dire��o como ir na cozinha, ir ao banheiro, entrar e sair de gin�sio, de salas administrativas, nunca ser� poss�vel conseguir todo o desenvolvimento das no��es espaciais trabalhando apenas com papel ou atividade em quadra. � necess�rio pensar e aceitar que � no espa�o social, o desenvolvimento mais f�rtil e mais consistente em rela��o a esta idade. Assim fazer passeios com as crian�as pela cidade, shopping, passear de �nibus se faz necess�rio na pr�tica do professor, por mais que seja desafiador para ele, � necess�rio para o desenvolvimento intelectual das crian�as, para a realiza��o de algumas atividades que descreve: encontrar palavras em ca�a-palavras; encontrar sa�das em labirintos em papel impresso; encontrar ruas em um mapa. Algumas brincadeiras como: corrida de ovo na colher; pular corda; cabra- cega; amarelinha; tiro ao alvo; estafetas com arcos.

  8. Desenvolvimento de percep��o temporal. � uma tarefa �rdua como diz Almeida (2006, p. 93):

    A no��o de tempo, por exemplo, � bastante complicada para que uma crian�a assimile. Quantos pais quase enlouquecem quando percebem que seus filhos n�o lhes obedecem. Chamar ou avisar uma crian�a que est� no quarto brincando pode dar conta que estamos falando: a m�e grita da cozinha para a crian�a que est� no quarto (Filha, em 10 minutos sairemos para a escolinha. Arrume suas coisas e pegue sua mochila).

    Deve-se levar em conta que a �nica no��o de tempo que a crian�a tem � de desenvolver os h�bitos cotidianos como: dormir, acordar, tomar banho, almo�ar, jantar, ir � escola e outras atividades mesmo assim ela ainda n�o sabe a hora que tem que realizar essas atividades, por isso quando a m�e diz falta 10 minutos para ir a aula, amanh� viajaremos, essa assimila��o ainda n�o e feita pela crian�a, por isso pais educadores devem ser bastante tolerantes nesta tarefa de tempo para a crian�a, desenvolver algumas atividades poder�o ajudar, como: usar o calend�rio para marcar as atividades escolares por m�s; relembrar o que aconteceu no dia anterior; contar e recontar hist�rias e fazer perguntas sobre os acontecimentos; pedir que coloquem em seq��ncia a hist�ria.

  1. Desenvolvimento da percep��o corporal. O desenvolvimento do corpo e a percep��o dele se faz diferente em cada um embora sejamos muito semelhantes. Cada corpo ir� se desenvolver uma ou v�rias caracter�sticas que lhe ser�o particulares. O prazer, a dor, a sensa��o e a percep��o sempre ir�o acontecer com todos, no entanto, a intensidade de cada um destes aspectos ir� depender de quest�es org�nicas, sociais e muitas das vezes emocionais pelas quais todos n�s constitu�mos. Entretanto o professor deve oferecer atividades para que a crian�a fa�a suas pr�prias descobertas e tome consci�ncia de seu pr�prio corpo, levando em considera��o que cada crian�a desenvolve num determinado tempo e de forma diferenciada. Algumas atividades l�dicas e brincadeiras que ajuda o desenvolvimento da percep��o corporal: dobraduras; modelagem em gesso; m�mica; dan�as; morto- vivo; banho de jornal; brincadeiras na frente do espelho.

  2. Seria��o e classifica��o. Possibilita o reconhecimento de todos os materiais, texturas, as formas e os conceitos que envolvem o espa�o onde a crian�a est� inserida, as atividades que desenvolvem esta habilidade s�o: manipular diversos objetos feitos de materiais como: pl�stico, isopor, ferro, madeira, vidro, acr�lico, algod�o; separar os materiais de acordo com caracter�sticas definidas; observar diversos materiais no fogo. Com as atividades/brincadeiras a crian�a ter� oportunidade de vivenciar a��es motoras de todos os n�veis e estar estimulando sua psicomotricidade atrav�s do movimento do corporal. Toda a educa��o psicomotora deve ser realizada levando-se em conta as necessidades reais do indiv�duo, partindo do simples para o complexo. Al�m de proporcionar est�mulos que devem ser harm�nicos e integrados na sua seq��ncia. Ressalta-se que todas as atividades descritas devem estar relacionados diretamente com objetivo que o professor pretende alcan�ar, a faixa et�ria, n�vel de desenvolvimento e espa�o f�sico espec�fico e n�o somente como atividades isoladas, cabendo ao professor, conhecer bem os seus alunos, lhes proporcionar atividades que possibilitem o melhor desempenho psicomotor, lembrando que cada crian�a aprende de seu jeito e no seu tempo, no qual o professor dever� primeiramente respeitar o tempo e o limite de seus alunos.

Conclus�o

    Conclui-se com este trabalho que os professores devem estar realmente compromissados com as crian�as, no qual � a fase mais importante para o desenvolvimento e constru��o do sujeito. A psicomotricidade vem fazendo um diferencial nesta etapa quando realizada com objetivos claros e concretos.

    Nas atividades psicomotoras os alunos revelam as mais diferentes emo��es, tendo a oportunidade de criar, expressar se por meio das brincadeiras, conhecer a si mesma e as diferentes fun��es que o corpo realiza, conhecer o outro, e o espa�o.

    Conclui-se tamb�m que a psicomotricidade quando envolvida com aprendizagem, traz resultados positivos, pois s�o atrav�s das atividades de movimentos que a crian�a ter� a oportunidade de desenvolver cognitivamente, pois com um simples tra�ado de uma letra no ch�o, quando a crian�a passe por cima, ela estar� assimilando este movimento, e tamb�m com um simples modelar de uma massinha, ir� oportunizando a crian�a a movimentar seus punhos que muita das vezes n�o se locomovem adequadamente, o que possibilitar� a escrita da crian�a quando entrar na fase de alfabetiza��o. O corpo � o ve�culo para a a��o, para o conhecimento e para socializa��o. As experi�ncias corporais modificam o intelecto, a vida afetiva e as a��es motoras dos indiv�duos. O corpo deve ser visto como um todo, pois nele est�o todas as tens�es e emo��es que caracterizam a evolu��o psicoafetiva de um sujeito. Toda a educa��o psicomotora deve ser realizada levando-se em conta as necessidades reais do indiv�duo, partindo do simples para o complexo. Sem d�vida uma crian�a que n�o conhece a si mesmo e suas potencialidades n�o conseguir� tamb�m relacionar com si mesmo e com os outros, vivendo em mundo isolado e distante, assim cabe a escola e a fam�lia estimular o movimento atrav�s de brincadeiras e jogos, proporcionado assim uma vivencia corporal ampla capaz de desenvolver capacidades f�sica, afetivas e motoras.

Refer�ncias

  • ALMEIDA, Geraldo Pe�anha de. Teoria e pr�tica em psicomotricidade: Jogos atividades l�dicas, express�o corporal e brincadeiras infantis. Rio de Janeiro: Wak 2006.160p.

  • BARROS, Darcymires do R�go; ERREIRA, Carlos Alberto de Mattos; HEINSIUS, Ana Maria. Psicomotricidade Escolar. Rio de Janeiro: Wak, 2008. 296 p.

  • FONSECA, Vitor da. A Psicomotricidade e o desenvolvimento do ser humano. S�o Paulo. 1983. Dispon�vel em: http://www.leoabreu.psc.br/02.htm, Acesso em: 09 dez. 2009.

  • GORETTI, Amanda Cabral. �A Psicomotricidade�. Dispon�vel em: http://www.cepagia.com.br/textos/a_psicomotricidade_amanda_cabral.doc, cesso em: 04 dez. 2009.

  • OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: Educa��o e Reeduca��o enfoque e Psicoped�gogico. Petrop�lis. RJ, Vozes, 1997.

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Qual a importância da psicomotricidade para o desenvolvimento do ensino aprendizagem?

A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança.

Qual a importância da psicomotricidade para educação infantil?

Na educação infantil, a psicomotricidade proporciona à criança a possibilidade de experimentar seu corpo, vivenciar ludicamente suas emoções e desenvolver-se psicomotoramente de maneira equilibrada, tendo como principal objetivo oferecer a cada aluno a oportunidade de experimentar a alegria do movimento e desenvolver ...

Qual é o principal objetivo da psicomotricidade?

A psicomotricidade tem como objetivo melhorar os movimentos do corpo, a noção do espaço onde se está, a coordenação motora, equilíbrio e também o ritmo. Estes objetivos são alcançados através de brincadeiras como correr, brincar com bolas, bonecas e jogos, por exemplo.

O que é psicomotricidade e aprendizagem?

Psicomotricidade é uma ciência que estuda o ser humano de forma global. Para ela, aprendizado cognitivo, emoções e desenvolvimento motor estão interligados e devem ser trabalhado em conjunto. Assim, torna-se impossível separar a relação corpo e mente, pois um gera influências no outro.