Qual a importância da relação entre o espaço rural e urbano para a vida das pessoas e para o País?

Considerada a região que não integra o perímetro urbano, a zona rural é de fundamental importância para a produção de alimentos e para a conservação ambiental.

Qual a importância da relação entre o espaço rural e urbano para a vida das pessoas e para o País?

Zona Rural

Zona rural é uma região que não integra o perímetro urbano, ou seja, é uma área do município não classificada como zona urbana ou zona de expansão urbana.

A zona rural é de fundamental importância para nossas vidas, pois nela são desenvolvidas as atividades agropecuárias, como o cultivo de vários alimentos (arroz, feijão, frutas, legumes, etc.) e a criação de animais (bois, vacas, porcos, entre outros).

Outra característica econômica da zona rural é o ecoturismo, também chamado de turismo rural. Essa é uma atividade realizada de forma consciente e ecologicamente correta, que segue os princípios elementares de desenvolvimento sustentável.

Qual a importância da relação entre o espaço rural e urbano para a vida das pessoas e para o País?

Passeio a cavalo é uma alternativa de lazer na zona rural

Muitas pessoas buscam sair da rotina estressante da zona urbana, e encontram na zona rural uma forma de descanso. Entre as atividades realizadas no campo estão: trilhas ecológicas, cavalgadas, banhos em cachoeiras, etc.

A zona rural também tem as importantes funções de preservar a biodiversidade de um determinado local, garantir a qualidade da água e manter as terras indígenas. Nesse sentido, as Unidades de Conservação foram criadas com o intuito de preservar o patrimônio ambiental e cultural do país.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Escola Kids

Introdução

Historicamente o Rural carrega uma cultura de atraso. O desenvolvimento (em todas as esferas) sempre se fez presente primeiramente no urbano, seja educacional, em tecnologias, em meios de transportes, etc.

Contudo esse atraso foi ocasionado pelo processo de exclusão que as populações do meio rural sofreram, e todo atraso faziam com que os camponeses fossem dependentes do urbano para resolver quaisquer ocorrências.

Durante anos foram negadas diversas oportunidades de desenvolvimento territorial a zona rural, as políticas púbicas não eram pensadas para a zona rural.

Vivenciar todo esse processo de exclusão motivou os camponeses a buscarem seus direitos, com muitos movimentos realizados, foi possível a aquisição de muitos direitos e dessa forma, porém em passos lentos, um desenvolvimento territorial. Passou a ser discutido políticas públicas que proporcionassem o desenvolvimento rural.

Apesar de todo desenvolvimento conquistado pela zona rural, muitas vezes, o rural ainda é associado ao atraso, dessa forma, o interesse pela referida temática, está relacionado à importância que se tem de conhecer o novo rural, e os passos de desenvolvimento traçados historicamente.

Sendo realizada uma pesquisa bibliográfica, que de acordo com Tozoni-Reis (2009) tratasse de uma pesquisa que “tem como principal característica o fato de que o campo onde será feita a coleta de dados é a própria bibliografia sobre o tema ou o objeto que se pretende investigar”.

Através dela, será constatado como se deu esse processo de desenvolvimento, como está o novo rural, como ele é visto diante das representações sociais, e sua relação com o urbano.

Portanto, busca-se através da referida pesquisa bibliográfica, investigar como ocorre o desenvolvimento rural e sua relação com o urbano.

Para isso o artigo será dividido em duas partes, fundamentação teórica juntamente com a análise dos dados, divididas em três subtítulos; História do Desenvolvimento Rural.

A relação do Rural com Urbano. O Novo Rural e sua representação social. Essas temáticas serão teorizadas com obras de autores que discutam a mesma temática ou temáticas relacionadas, e por fim a conclusão; apresentando os resultados da pesquisa, seus principais pontos conclusivos e suas reflexões.

A pesquisa é de fundamental importância para formação do profissional que irá trabalhar na zona rural, pois tendo o conhecimento do novo rural e toda a sua história de desenvolvimento, realizará um trabalho contextualizado com a realidade da comunidade, sem nenhum pré-conceito.

O referido trabalho tratasse de uma pesquisa qualitativa, que busca realizar uma interpretação dos dados coletados e captar seus significados, apresentando assim importantes contribuições do estudo da temática abordada.

De acordo com Tozoni-Reis (2009), “a pesquisa qualitativa defende a ideia de que, na produção de conhecimentos sobre os fenômenos humanos e sociais, interessa muito mais compreender e interpretar seus conteúdos que descrevê-los”.

História do Desenvolvimento Rural

Quando nos remetemos ao termo Rural, a ideia que normalmente nos vem à mente são atividades agrícolas ou agropecuárias, pois por muitos anos, eram as únicas atividades econômicas realizadas pelos camponeses.

Toda a história do Desenvolvimento Rural está embasada nessas atividades trabalhistas, e com esse desenvolvimento “o meio rural deixou de ser sinônimo de agrícola e passou a ser o local de atividades que eram tipicamente urbanas.” (BALSADI, 2001, p.06).

Nos anos seguintes da Segunda Guerra Mundial, com o crescimento econômico, viabilizou um padrão civilizatório dominante, onde todos buscavam revolucionar seu modo de vida e comportamento sociais, “a possibilidade do desenvolvimento alimentou esperanças e estimulou iniciativas diversas em todas as sociedades.” (NAVARRO, 2001, p.01).

Não sendo diferente na Zona Rural, nascendo vários debates teóricos, que viabilizavam o Desenvolvimento Rural, pensado apenas na melhoria da mão de obra dos camponeses.

Ainda segundo Navarro (2001):

Este primeiro período, portanto, esgotou-se no final dos anos 70 em decorrência dos insatisfatórios resultados das propostas de desenvolvimento rural implementadas em diferentes países, particularmente com relação à redução da pobreza rural, que pouco se modificou.

Com esses avanços, a busca pelo desenvolvimento passou a ser mais discutido, inclusive na Zona Rural, denominado de Desenvolvimento Rural, contudo, o que realmente seria o Desenvolvimento Rural? É importante conhecer seu conceito, para então conhecermos a busca pelo mesmo.

O termo Desenvolvimento Rural, quando surgiu, estava diretamente relacionado às condições de trabalho agrícola ou agropecuária, as produções, investimentos e rendas.

Buscava aderir às novas tecnologias que auxiliavam no trabalho dos camponeses, ou seja, era na verdade a busca pelo Desenvolvimento agrícola. Para Wanderley (2013):

Nas sociedades modernas, o desenvolvimento dos espaços rurais dependerá, não apenas do dinamismo do setor agrícola, porém, cada vez mais, da sua capacidade de atrair outras atividades econômicas e outros interesses sociais e de realizar uma profunda “ressignificação” de suas próprias funções sociais.

Com o passar do tempo, a busca pelo desenvolvimento foi abrangendo outras áreas, o desenvolvimento sustentável, desenvolvimento humano, desenvolvimento social, o que nos faz compreender que o desenvolvimento rural abrange todos os tipos de desenvolvimento, e não apenas o agrícola e/ou agropecuária, como era visto.

Três em cada quatro pessoas de baixa renda nos países em desenvolvimento vivem na zona rural – 2,1 bilhões vivem com menos de US$ 2 por dia e 880 milhões, com menos de US$ 1 por dia – e a maioria depende da agricultura para sua subsistência. (BANCO MUNDIAL, 2007, apud FILIPPI, 2011, p.343).

Com esses dados, podemos perceber que, apesar de se tratar de zona rural de países em desenvolvimento, ela não apresentava um desenvolvimento compatível, e nem próximo a de seu país, visto que o desenvolvimento chegava lentamente na zona rural.

Contudo, quando discutimos o desenvolvimento rural devemos ter em mente que essa política não deve ser única em todas as localidades, pois as especificidades (econômica, cultural, sociais, etc.) variam de localidade em localidade.

Esse lento processo de desenvolvimento muitas vezes ocasiona a migração de camponeses para as grandes e medias cidades.

Muitos camponeses iam embora para as cidades em busca de estudos, trabalhos, em busca do desenvolvimento, do crescimento econômico, já que o lugar em que vivia era dito como atrasado.

Muitos foram os movimentos articulados pela população camponesa, em buscas da aquisição de inúmeros direitos e dessa forma alcançando aos poucos o desenvolvimento rural.

No Brasil existem vários movimentos organizados pelo povo camponês, entre eles o que mais se destaca é o Movimento Sem-Terra (MST), cujo principal objetivo é acabar com o latifúndio, propondo uma melhor divisão das terras brasileiras, a Reforma Agrária.

A luta que antes era destinada a conquista de terras, deu origem a “uma nova consciência dos direitos, à terra, ao trabalho, à justiça, à igualdade, ao conhecimento, à cultura, à saúde e à educação.” (ARROYO; FERNANDES, 1999, p.18).

Todo o desenvolvimento vivenciado pelo rural, todas as políticas desenvolvidas para o desenvolvimento rural trazem referencias das lutas de todos esses movimentos.

Hoje os camponeses têm vários direitos garantidos, o direito a educação, direitos trabalhistas, a transportes, a saúde, a energia, água encanada, etc.

Além de terem acesso às novas tecnologias de informações (TV com sinal, sinais para telefones moveis, internet, etc.), e a tecnologias que auxiliam na mão de obra trabalhistas.

Essas conquistas traçaram o que chamamos hoje de NOVO RURAL, pois algumas comunidades da zona rural apresentam hoje recursos que há anos atrás não eram usufruídos pelos camponeses.

É importante salientar que o desenvolvimento rural não trouxe prejuízos à relação do rural com o urbano, e que ainda há na zona rural, atividades agrícolas e agropecuárias como principais atividades trabalhistas.

A Relação do Rural com Urbano

A diferença ocupacional é a primeira característica observada entre Rural e o Urbano, contudo para a diferenciação não basta definir apenas a localização geográfica, as peculiaridades vão muito além.

Os moradores da zona rural são caracterizados pela agricultura, pois, a sua maioria, vivem do plantio, e também criação de animais, já os moradores da cidade desenvolvem atividades bastante diferentes, em empresas, comércios.

A essa principal diferença estão ligadas todas as demais, como a histórica, a cultura, o desenvolvimento.

Em uma breve retrospectiva histórica, é notável que a relação rural e urbano se deu através da troca de serviços, os camponeses ofereciam seus produtos da plantação, carnes de animais da criação, etc.

A cidade oferecia para os camponeses escolas, postos de saúde, espaços para montarem suas feiras (pois os produtos eram vendidos na cidade), agências financeiras, entre outros.

A cidade disponibilizava para os camponeses tecnologias que no campo não tinha, ou não era possível utilizar. De acordo com Pena (2017):

Em termos de hierarquia econômica, podemos dizer que, originalmente, o campo exercia um papel preponderante sobre as cidades.

Afinal, foi o desenvolvimento da agricultura e da pecuária que permitiu a formação das primeiras civilizações e o seu posterior desenvolvimento.

No entanto, com o avanço da Revolução Industrial e as transformações técnicas por ela produzidas, o meio rural viu-se cada vez mais subordinado ao urbano, uma vez que as práticas agropecuárias e extrativistas passaram a depender cada vez mais das técnicas, tecnologias e conhecimentos produzidos nas cidades. (Brasil Escola).

Por não disponibilizar dessas tecnologias, a zona rural passou a ser vista como um lugar ruim e de atraso, já o urbano, como um lugar bom e de desenvolvimento. Contudo, em contraponto a essas ideologias, quando se referem à vida no campo, essa já é vista como um lugar de paz, descanso, aproximação com a natureza e que proporciona qualidade de vida em relação à saúde.

Já a vida na cidade, é visto como um lugar de violências, vida cansativa, um lugar de exposição a poluições e que prejudica a saúde. Referente a essa discussão, segundo Hespanhol (2013):

É necessário considerar que o desenvolvimento tecnológico ocorrido a partir da Revolução Industrial, ao propiciar a menor dependência do homem em relação às condições naturais, acentuou as diferenças entre campo e cidade, já que o primeiro, em virtude da sua maior proximidade com a natureza e menor incorporação tecnológica, passou a ser visto como arcaico e atrasado; enquanto que o segundo, pela maior presença do ambiente construído, artificializado e da utilização mais intensa da tecnologia, passou a ser apreendido como o lugar do moderno e do progresso.

Uma característica bastante presente nas atividades trabalhistas da zona rural é o trabalho realizado em grupos familiares. Os parentes trabalham juntos, nas plantações, criações de animais, produções de doces, artes e etc.

Essa característica, por alguns, está relacionada à busca de economizar com o pagamento de salários por prestação de serviços feitos por terceiros, ou seja, “este seria o elemento central de uma lógica econômica própria do “modo de produção” camponês.” (WOORTMANN, 1990, p. 24).

Referente a essa questão de organização das atividades trabalhistas, no Urbano acontecem de maneira oposta, pois na sua maioria, são realizados contratações, vínculos empregatícios, pessoas assalariadas, não pertencentes à mesma família (necessariamente).

Ainda trazendo uma reflexão sobre a relação do Rural com o Urbano, muito se tem discutido sobre o “fim” do rural, pois com todo o desenvolvimento vivenciado pela zonal rural, afirmam que atualmente o campo está tão desenvolvido quanto à cidade. De acordo com Wanderley (2013):

“Para alguns estudiosos, a dicotomia campo-cidade, em suas formas tradicionais, será resolvida, pela sociedade, como a “vitória” da cidade, cujo desfecho seria o próprio fim do rural e a urbanização completa do campo”.

Na fala do autor, podemos perceber que apesar de ter sido um grande ganho para a zona rural o desenvolvimento adquirido, o mesmo proporcionou a construção da ideia do fim da relação rural e urbano, tornando-se apenas urbano, ou seja, o “fim” do rural.

É notável que o Rural está atrelado a ideia de atraso, pois para ser considerado realmente rural, a comunidade deverá apresentar nas suas características aspectos desassociados ao desenvolvimento.

Essa é uma ideia bastante equivocada do significado do termo rural, pertencer a uma zona rural não significa ter que necessariamente morar em um lugar de atraso, assim como o seu desenvolvimento não significa também o fim da relação rural e urbano, e sim resultando apenas em novas dinâmicas (econômicas, sociais, culturais e políticos). Como destaca Hespanhol (2013):

As articulações entre os espaços urbanos e rurais se intensificaram, mas mesmo assim o campo e a cidade continuam apresentando particularidades que são especificas, embora haja cada vez menos diferenças nos valores e nos níveis de informação dos habitantes das zonas rurais e urbanas. (p.109)

Ou seja, mesmo com o desenvolvimento, o espaço rural ainda tem suas peculiaridades, diferentes das do urbano, indo de encontro com a ideia de iguala-los.

É notável que as opiniões discutidas sobre a relação rural e urbano, estão centralizadas na ideia de que essa relação não existe (ou não precisa mais) existir, como consequência do desenvolvimento rural, sendo atrelada a representações sociais equivocadas sobre o novo rural.

O Novo Rural e sua Representação Social

O espaço rural vem passando por grandes transformações, é necessário compreendermos quais são essas transformações e quais são suas consequências. Para iniciarmos essa reflexão, é de vital importância abarcar o que estamos chamando de novo rural.

Muito se tem discutido nos últimos anos sobre a ideia do novo rural, são inúmeras representações sociais diante do seu desenvolvimento, a mais comentada teoricamente é que com o atual nível de desenvolvimento da zona rural, o mesmo passou a ser visto como um ““continuum” do urbano do ponto de vista espacial; e do ponto de vista da organização da atividade econômica” (SILVA, 1997, p. 01), as cidades não caracterizadas pelas atividades industriais e nem os campos com a agricultura e a pecuária. É notável que cada vez mais é reafirmada a ideia do “fim” do rural.

Essa discussão está ligada as representações sociais construídas no decorrer da história do rural. O rural era visto como o lugar da agricultura e pecuária, um lugar onde iam morar pessoas que tinham o objetivo de exercer essas atividades, um lugar que nas representações sociais, não se esperava nada além de animais e plantações.

E foram essas atividades que trouxeram boas transformações para o rural, pois junto com a modernização, principalmente da agricultura, veio à busca pelo desenvolvimento completo do rural.

Os camponeses que optava em não exercer essas atividades trabalhistas migravam para as cidades mais próximas, em busca de outras opções de trabalhos, o que muitas vezes causava uma redução consideravelmente grande na população de zona rural, como também na população agrícola, pois os trabalhos na cidade eram vistos como boas oportunidades, que proporcionaria o crescimento econômico. Para Wanderley (2013).

Além da paridade social e da modernização rural, lá onde elas se efetivaram, a adoção de certas políticas de caráter econômico (como por exemplo, uma maior facilidade nos transportes e meios de comunicação), social (a diminuição da idade da aposentadoria) e regional (estímulos ao desenvolvimento local) favoreceu, tanto a redução dos fluxos migratórios do campo para as cidades, como o fato de que o meio rural se torna atrativo para outras categorias sociais.

Com o acesso a essas políticas citadas pelo autor, os moradores da zona rural passaram a trazer a modernização para o lugar onde moravam, e não mais ir embora para conseguir essa modernização.

Ou seja, os moradores passaram a ter acesso, e escolha, a outras atividades trabalhistas sem precisar, necessariamente, ter que ir embora da sua comunidade. Utilizando de transportes, os moradores passaram a ir e vim da cidade para o campo diariamente para trabalhar, estudar, ou outras atividades.

E surgimento dessa dita modernização na zona rural, foi o que fez nascer o termo Novo Rural, um rural que não é mais 100% dependente do urbano, onde seus moradores tem a escolha de continua morando em sua comunidade, sem precisar abrir de oportunidades que venham promover o crescimento.

Nesse novo rural a atividade trabalhista que ainda prepondera continua sendo as atividades agrícolas e agropecuárias, mas não são mais as únicas, os camponeses exercem outras atividades, são professores, vendedores, artesões, médicos, advogados, entre outros.

Contudo, a mudança no rural não está apenas nas trabalhistas, é notável visivelmente as diferenças no Novo Rural, as moradias estão similares as da urbana, os meios de transportes, o uso de diferentes tecnologias, etc.

E mesmo nos dias atuais, tais avanços incomodam bastante, sendo o discurso mais usado das representações sociais desse novo rural, o de não existir mais o rural.

As representações sociais desse novo rural são de não o considerar mais como rural. É notável que essa ideia do fim do rural é algo bastante equivocado. Sobre essa temática, Blume e Schneider (2014) ressaltam:

Assim, para determinados espaços rurais, mesmo com toda força da modernização tecnológica da agricultura e dos efeitos da sociedade pós-industrial sobre a cultura e identidade, os habitantes continuam a manter suas características rurais, que são distintas do urbano, sendo essas peculiares aos pequenos municípios. (BLUME, SCHNEIDER, 2014, p.186)

Evidentemente dentre as muitas razões que justificam a ideia do fim do rural, evidentes nas falas anteriormente, está associada a um pré-conceito ao que de fato realmente é o rural.

Apresenta-se transformações nos modos de vida rural, seus moradores não mais exercem, somente, a atividade agrícola, e passaram a ter acesso a benefícios que antes não tinham.

Entretanto, é correto afirmar, que apesar das mudanças ocorridas, o rural continua sim sendo rural, pois em face de suas culturas e identidades, os habitantes continuam a mantê-las.

Conclusões

O propósito desse trabalho foi o de constatar como ocorreu o desenvolvimento rural, como está o novo rural, suas representações sociais e sua relação com urbano diante de tais mudanças.

Para isso foi realizada uma pesquisa bibliográfica para conhecermos os atuais discursões teóricas relacionadas a essa temática.

Primeiramente, em resumo, os autores caracterizam o rural apenas como o local de atividades agrícolas, e apesar dessa ser a principal atividade trabalhista, no novo rural os moradores exercem outras atividades.

Há um conjunto de atividades não-agrícolas sendo exercidas pelos moradores da zona rural, o que proporciona a essas pessoas elevar o nível da renda familiar, sem que seja necessário ir morar na cidade.

Isso se tornou possível através de todas as lutas traçadas pelos camponeses, onde vários movimentos foram articulados para a obtenção de direitos e a construção de políticas públicas pensadas para proporcionar o desenvolvimento rural.

Em passos lentos as conquistas foram sendo traçadas, e os moradores da zona rural foram tendo acesso à educação, saúde, transportes, energias, água encanada, etc. Construindo assim a história do desenvolvimento rural.

Os autores mostraram também que o rural apesar de todo desenvolvimento, ainda está atrelado ao conceito de atraso, e a esse equívoco, nasce à ideia do fim do rural e a urbanização de todas as áreas, pois julgam não ser rural um lugar que apresente desenvolvimento. Está representação social é bastante presente nas discursões teóricas.

No entanto, é correto afirmar que mesmo com as mudanças ocorridas, o fim do rural é algo errôneo, pois o rural tem suas peculiaridades. Sua cultura, sua história, sua identidade, como também a presença da agricultura familiar, que apesar das outras atividades trabalhistas ainda é a predominante.

Podemos dizer que diante desse desenvolvimento rural, a relação do rural com o urbano ainda permanece, principalmente para fins econômicos. Dessa forma conclui-se que o rural ainda se faz necessário para o urbano, como urbano ainda se faz necessário para o rural.

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Fonte

ANDRADE, Darly Fernando. Administração Rural. Vol. 02. 1ª ed. Belo Horizonte – BH: Poisson, 2019.

Qual a importância do espaço urbano e rural?

O espaço rural, como já dissemos, engloba predominantemente atividades vinculadas ao setor primário (extrativismo, agricultura e pecuária), ao passo que o espaço urbano costuma reunir atividades vinculadas ao setor secundário (indústria e produção de energia) e terciário (comércio e serviços).

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Qual é a relação que existe entre campo e cidade?

Enquanto cidade e campo são formas concretas, materialização de um modo de vida, urbano e rural são representações sociais. Historicamente a relação entre cidade e campo é vista por meio da divisão do trabalho em: intelectual e manual, de modo que na cidade é beneficiado o produto oriundo do campo.

Quais são as principais diferenças entre o espaço urbano e rural?

Zona urbana são áreas municipais com elevado adensamento populacional e formação de habitações muito próximas. Enquanto, Zona Rural corresponde a um conjunto de atividades primárias (agricultura, pesca, etc), praticadas em áreas não ocupadas por cidades ou grandes adensamentos populacionais.