Qual a relação entre a Primeira Guerra Mundial e os regimes totalitários?

Índice

Introdução

Os governos autoritários que se estabeleceram na Europa após a Primeira Guerra Mundial ficaram conhecidos pelo conceito de totalitarismo. Apesar das diferenças entre eles, algumas características em comum definem os regimes totalitários.

Entre os pesquisadores que utilizaram e desenvolveram o conceito de totalitarismo, podemos destacar a filósofa alemã Hannah Arendt, em especial no seu livro “Origens do Totalitarismo”, de 1951, em que desenvolve uma teoria do que seria um Estado Totalitário.

O termo totalitarismo, contudo, já era usado durante a luta política dos anos 1920 e 1930, com diferentes conotações, para se referir a regimes como a Itália fascista de Mussolini.

Qual a relação entre a Primeira Guerra Mundial e os regimes totalitários?
Benito Mussolini

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Contexto histórico 

As consequências da Primeira Guerra Mundial afetaram de muitas maneiras os países que participaram do conflito. No caso da Alemanha, a derrota na guerra e a imposição do Tratado de Versalhes causaram grandes prejuízos materiais e impediram a reconstrução do país após a instituição da República de Weimer.

crise de 1929, iniciada nos Estados Unidos, atingiu todo o continente europeu e piorou ainda mais as condições de vida de boa parte da população.

Já no caso da Itália, apesar de ter sido uma das nações vencedoras, o clima político também era de dificuldades. Muitos jovens que haviam participado dos combates acreditavam que os ganhos obtidos pela Itália no conflito não eram suficientes em vista dos sacrifícios e das perdas que haviam sido impostos.

Esse ambiente de instabilidade social que surgiu no período entreguerras (1918-1939) favoreceu o crescimento de movimentos autoritários e nacionalistas, que buscavam justificar os problemas vividos por seus países na ação de grupos minoritários, como comunistas, judeus, estrangeiros etc.

Com seu fortalecimento, esses movimentos chegaram ao poder de diversas formas, mas uma vez no controle do Estado, demonstraram seu caráter autoritário, o desrespeito às liberdades individuais e promoveram o fechamento político do regime.

Esse processo ocorreu em países como Itália, Alemanha, Espanha, Portugal, Bulgária, Polônia e Hungria, entre outros, mas também teve repercussões fora da Europa. Dessa forma, vemos que não é possível compreender o surgimento dos primeiros regimes totalitários dissociado do contexto histórico que atravessava a Europa do pós-guerra.

Hitler e Mussolini. Ditadores da Alemanha e Itália

Características do totalitarismo 

Em linhas gerais, podemos identificar o totalitarismo como um tipo de doutrina que rejeita os preceitos fundamentais do liberalismo, em relação às liberdades individuais e de organização política.

Os regimes totalitários são marcados pela centralização do poder de Estado nas mãos de poucos indivíduos e não possuem independência efetiva entre os poderes. Em relação às liberdades individuais e políticas, há restrições severas à liberdade de manifestação e repressão de movimentos oposicionistas.

Dessa forma, podemos classificar os regimes totalitários a partir de algumas características gerais:

  • Estabelecimento de uma ideologia oficial do Estado;
  • Existência de partido único e perseguição a movimentos oposicionistas; 
  • Construção de um ambiente de terrorismo policial e constante medo de ameaça à ordem; 
  • Investimento maciço em propaganda e promoção da imagem do líder
  • Política armamentista e de militarização para combate de inimigos externos e internos; 

As principais referências de regimes totalitários são o nazismo, na Alemanha (1933-1945), e o fascismo, na Itália (1922-1943). Alguns autores também classificam o stalinismo, período em que Josef Stalin governou a União Soviética (1922-1953), como um regime totalitário.

Sob esse ponto de vista, há algumas diferenças importantes em relação aos regimes fascistas. Por exemplo, não há oposição à revolução social, mas à tentativa de manter movimentos sociais sob o controle do Partido Comunista. E, ao contrário dos regimes fascistas, também não há incentivo ao nacionalismo.

Problemas do conceito

Embora a ideia de totalitarismo seja amplamente utilizada para se referir a uma série de governos - não apenas na Europa do período entreguerras, mas também de outras ditaduras iniciadas após a Segunda Guerra Mundial -, alguns pesquisadores são críticos do conceito.

Entre as críticas mais comuns, estão a de que o conceito se refere a governos muito diferentes entre si, sendo mais viável, portanto, estudar cada um desses regimes a partir de suas especificidades.

Além disso, a partir da segunda metade do século XX, o termo totalitarismo passou a ser utilizado de maneira pejorativa para atacar adversários políticos, esvaziando seu conteúdo teórico. Dessa forma, devemos procurar entender historicamente a construção desse conceito para poder interpretá-lo nos diferentes contextos em que é utilizado.

Qual a relação entre a Primeira Guerra Mundial e a expansão dos regimes totalitários?

Os regimes totalitários foram muito fortes durante o período entre as guerras mundiais e evidenciaram o enfraquecimento dos ideais da democracia representativa nesse período.

Qual é a relação entre os regimes totalitários e a Segunda Guerra Mundial?

Os regimes totalitários eram totalmente da extrema direita, o nazi-fascismo, estes que tinham um espírito expansionista muito grande, como: Alemanha, Itália e Japão (todos os países eram fascistas e totalitários), estes países eram os principais integrantes do Eixo aliança militar que ''ocasionou'' a Segunda Guerra ...

O que foram os regimes totalitários?

O totalitarismo é um sistema político caracterizado pelo domínio absoluto de uma pessoa ou partido político sobre uma nação. Dentro do totalitarismo, a pessoa ou partido político no poder controla todos os aspectos da vida pública e da vida privada por meio de um governo abertamente autoritário.

Qual o principal objetivo dos regimes totalitários?

Centralização do poder: para se sustentarem, os regimes totalitários centralizaram o poder nas mãos de um líder ou de um grupo político, o que levou ao culto à personalidade e, como estratégia, os grupos ou líderes propagaram o nacionalismo e o patriotismo como elementos essenciais para o crescimento da nação.