Qual é a utilidade do carvão mineral

Carvão mineral é um combustível de origem fóssil. É uma rocha sedimentar formada a partir da decomposição de matéria orgânica.

Significado de Carvão Mineral

Extraído pela mineração subterrânea ou a céu aberto, o carvão mineral é um tipo de combustível fóssil. A sua origem está na decomposição de matéria orgânica sob condições específicas de temperatura e pressão. O principal elemento que compõe este combustível é o carbono. Além deste, estão presentes o enxofre, o nitrogénio, o oxigénio e o hidrogénio. O carvão mineral pode ser classificado em diversos tipos, conforme a sua qualidade, o seu poder calorífico, a sua matéria orgânica de formação, o clima e a evolução geológica da área. São estes a turfa, o linhito, a hulha (ou betuminoso) e o antracito.

Utilização do carvão mineral

O uso do carvão mineral tem como principal objetivo a geração de energia elétrica, produzida através das centrais termoelétricas. São utilizados para esse fim os carvões que possuem menor poder calorífico. Já os que apresentam maior poder calorífico são utilizados para a produção de ferro metálico e aço e para a geração de calor nos processos industriais.

Desvantagens do carvão mineral

Apesar de ser encontrado facilmente em várias regiões do mundo e apresentar alta eficácia energética, o uso do carvão mineral apresenta muitas desvantagens. Entre as principais desvantagens, destacam-se:

  • Os impactos ambientais provocados nos processos de extração e de uso desse combustível;
  • A emissão de gases com efeito de estufa durante a sua combustão, o que intensifica o efeito de estufa e o aquecimento global. Alguns desses gases emitidos são: dióxido de carbono, enxofre, metano e óxido de nitrogénio;
  • O facto de ser uma fonte de energia não renovável, ou seja, que pode esgotar-se com o passar do tempo;
  • O armazenamento deve ser realizado com muito cuidado para evitar explosões, já que é facilmente inflamável.

Por todas estas questões, torna-se necessário o investimento em fontes de energia verde, que apresentam menos riscos no armazenamento e produzem menos impactos sobre o ambiente.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Qual é a utilidade do carvão mineral
 Nota: "Carvão" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Carvão (desambiguação).

Qual é a utilidade do carvão mineral

O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível, de cor preta ou marrom, que ocorre em estratos chamados camadas de carvão. As formas mais duras, como o antracito, podem ser consideradas rochas metamórficas devido à posterior exposição à temperatura e pressão elevadas. É composto basicamente por carbono, enxofre, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, além de elementos vestigiais[carece de fontes]. Quanto maior o teor de carbono, mais puro se considera. Existem quatro tipos principais de carvão mineral: turfa, linhito, hulha e antracito (em ordem crescente do teor de carbono). É extraído do solo por mineração a céu aberto ou subterrânea.

Entre os diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se ser o carvão mineral o mais abundante. Com o coque e o alcatrão de hulha, seus subprodutos são vitais para muitas indústrias modernas.

Formação do carvão fóssil[editar | editar código-fonte]

O carvão fóssil foi formado pelos restos soterrados de plantas tropicais e subtropicais, especialmente durante os períodos Carbonífero e Permiano.

As alterações climáticas registradas no mundo explicam porque o carvão ocorre em todos os continentes, até mesmo na Antártida. Segundo a visão tradicional, os depósitos carboníferos se formaram de restos de plantas acumuladas em pântanos, que se decompuseram, fazendo surgir as camadas de turfa.

A elevação do nível das águas do mar ou o rebaixamento da terra provocaram o afundamento dessas camadas sob sedimentos marinhos, cujo peso comprimiu a turfa, transformando-a, sob elevadas temperaturas, em carvão. Apenas o carvão de cor marrom (linhitos) têm origem estritamente a partir de plantas.[1]

Empregam-se, em geral, dois métodos para determinar a composição dos carvões: a "análise elementar", estabelece as porcentagens totais dos elementos presentes (carbono, hidrogênio, oxigênio, enxofre e nitrogênio); e a "análise aproximada" fornece uma estimativa empírica das quantidades de umidade, cinza e materiais voláteis, e de carbono fixo. Os carvões classificam-se ou ordenam-se de acordo com o seu conteúdo de carbono fixo, cuja proporção aumenta à medida que o minério se forma. Em ordem ascendente, os principais tipos são: linhito, que se desgasta rapidamente, pode incendiar-se espontaneamente e tem baixo valor calorífico; é usado sobretudo na Alemanha e na Austrália; carvão sub-betuminoso, utilizado principalmente em estações geradoras; carvão betuminoso, o tipo mais comum e que, transformado frequentemente em coque tem amplo emprego industrial; o antracito, um carvão lustroso, de combustão lenta, excelente para uso doméstico.

Consequências do uso do carvão[editar | editar código-fonte]

Embora utilizado como combustível, em Gales, na Grã-Bretanha, desde o segundo milênio a.C., o carvão só começou a ser minerado de forma mais ou menos sistemática na Europa por volta do século XIII, época em que já era conhecido dos índios norte-americanos. A primeira mina comercial de carvão da América foi aberta em Richmond,[2] nos EUA em 1745, e o antracito começou a ser extraído principalmente na região de Wilkes-Barre, no nordeste da Pensilvânia, em 1775 e não continuou depois de 1820.[2][3][4] A revolução industrial ampliou a demanda do minério, que só reduziu no século XX, com a difusão do emprego do petróleo como combustível e marcando seu fim com o fechamento das minas de carvão em 2015.[5][6] As reservas mundiais de carvão são estimadas em cerca de sete trilhões de toneladas, o suficiente para atender a demanda durante alguns séculos, nas taxas de consumo atuais.[7]

A queima de carvão para obtenção de energia produz efluentes altamente tóxicos como por exemplo o mercúrio e outros metais pesados como vanádio, cádmio, arsênio e chumbo. Além disso, a libertação de dióxido de carbono causa poluição na atmosfera, agravando o aquecimento global e contribuindo para a chuva ácida. Na década de 1950, a poluição atmosférica devido ao uso do carvão causou elevado número de mortes e deixou milhares de doentes em Londres, durante "o grande nevoeiro de 1952".[2]

Entrepostos de carvão no Brasil[editar | editar código-fonte]

Existem doze entrepostos instalados com capacidade de armazenar oito milhões de toneladas de carvão mineral, sendo que o de Tubarão, Santa Catarina, é para seis milhões de toneladas, ocupando uma área de 120 hectares.[8]

Maiores produtores[editar | editar código-fonte]

Os maiores produtores de carvão mineral são a China, os Estados Unidos, a Austrália, a Rússia e a Indonésia. A China, sozinha, produz quase metade do carvão mineral do mundo, tendo produzido em 2008, 2,761 bilhões de toneladas.[9]

Em 2018, os maiores exportadores do mundo eram a Indonésia (472 milhões de toneladas), a Austrália (426 milhões de toneladas), a Rússia (231 milhões de toneladas), os Estados Unidos (115 milhões de toneladas), a Colômbia (92 milhões de toneladas), a África do Sul (88 milhões de toneladas), a Mongólia (39 milhões de toneladas), Canadá (37 milhões de toneladas) e Moçambique (16 milhões de toneladas). Poucos países no mundo são grandes exportadores de carvão. Devido à alta necessidade energética mundial, estes países realizam um trabalho importante ao manter países altamente industrializados funcionando normalmente. Os maiores importadores de carvão do mundo, em 2018, foram: China (281 milhões de toneladas), Índia (223 milhões de toneladas), Japão (189 milhões de toneladas), Coréia do Sul (149 milhões de toneladas), Taiwan (76 milhões de toneladas), Alemanha (44 milhões de toneladas), Holanda (44 milhões de toneladas), Turquia (38 milhões de toneladas), Malásia (34 milhões de toneladas) e Tailândia (25 milhões de toneladas). [10]

Produção de carvão por países e anos (milhões de toneladas)[11][12][13]
País 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 % Reservas (anos)
Qual é a utilidade do carvão mineral
 
China
1834.9 2122.6 2349.5 2528.6 2691.6 2802.0 2973.0 3240.0 48.3 % 35
Qual é a utilidade do carvão mineral
 Estados Unidos
972.3 1008.9 1026.5 1054.8 1040.2 1063.0 975.2 984.6 14.8 % 241
Qual é a utilidade do carvão mineral
União Europeia
637.2 627.6 607.4 595.1 592.3 563.6 538.4 535.7 4.3 % 105
Qual é a utilidade do carvão mineral
 Austrália
350.4 364.3 375.4 382.2 392.7 399.2 413.2 423.9 6.3 % 180
Qual é a utilidade do carvão mineral
 Rússia
276.7 281.7 298.3 309.9 313.5 328.6 301.3 316.9 4.7 % 495
Qual é a utilidade do carvão mineral
Indonésia
114.3 132.4 152.7 193.8 216.9 240.2 256.2 305.9 5.0 % 18
Qual é a utilidade do carvão mineral
África do Sul
237.9 243.4 244.4 244.8 247.7 252.6 250.6 253.8 3.8 % 119
Qual é a utilidade do carvão mineral
 
Alemanha
204.9 207.8 202.8 197.1 201.9 192.4 183.7 182.3 1.2 % 223
Qual é a utilidade do carvão mineral
 Polónia
163.8 162.4 159.5 156.1 145.9 144.0 135.2 133.2 1.5 % 43
Qual é a utilidade do carvão mineral
Cazaquistão
84.9 86.9 86.6 96.2 97.8 111.1 100.9 110.8 1.5 % 303
Total mundial 5,301.3 5,716.0 6,035.3 6,342.0 6,573.3 6,795.0 6,880.8 7,273.3 100 % 119

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Aquecimento global
  • Cavalete do Poço de São Vicente
  • Combustível
  • Etanol de carvão
  • Gases do efeito estufa
  • Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
  • Mudança do clima
  • O grande nevoeiro de 1952
  • Poluição atmosférica
  • Protocolo de Quioto
  • São Pedro da Cova

Referências

  1. Carvão mineral no portal São Francisco
  2. a b c «História - Carvão - Commodities - Central de Investimentos». br.advfn.com. Consultado em 23 de agosto de 2019
  3. «A Walk Through the Rise and Fall of Anthracite Might | PHMC > History > Pennsylvania Heritage Magazine > Current & Past Issues > 2001 > Winter». www.phmc.state.pa.us. Consultado em 23 de agosto de 2019
  4. Shackel, Paul A. «Anthracite Heritage: Landscape, Memory and the Environment | Open Rivers Journal» (em inglês). Consultado em 23 de agosto de 2019
  5. «Fechamento da última mina de carvão britânica marca fim de uma era». GaúchaZH. 17 de dezembro de 2015. Consultado em 23 de agosto de 2019
  6. «Reino Unido fecha última mina de carvão ativa do país». O Globo. 19 de dezembro de 2015. Consultado em 23 de agosto de 2019
  7. «Carvão Mineral». Alunos Online. Consultado em 23 de agosto de 2019 {{subst:m-fontes}}
  8. [1]
  9. World Coal Institute - Estatísticas (em inglês)
  10. Comércio mundial de Carvão, pela U.S. Energy Information Administration
  11. «BP Statistical review of world energy June 2007» (XLS). British Petroleum. 2007. Consultado em 22 de outubro de 2007
  12. BP Statistical Review of World Energy 2009 (XLS)
  13. Statistical Review of World Energy 2010

Qual a utilidade de carvão mineral?

Hoje o carvão mineral é bastante usado para produzir energia elétrica em usinas termelétricas e como matéria-prima para fabricar aço nas siderúrgicas. Os grandes produtores mundiais desse recurso são os Estados Unidos, China, Cazaquistão, Rússia, Polônia, Índia, Alemanha, Austrália e África do Sul.

Qual é a principal utilização do carvão mineral no Brasil?

Hoje, cerca de 85% do consumo de carvão é para abastecer usinas termoelétricas, além de 6% na indústria de cimento, 4% na indústria de papel celulose e 5% nas indústrias de cerâmica, alimentos e secagem de grãos.

Quais são as vantagens e desvantagens do uso do carvão mineral?

Em comparação ao carvão vegetal, o carvão mineral apresenta maior eficiência energética por causa de sua capacidade de produzir calor. O carvão mineral é o combustível fóssil mais poluente do mundo. Prejudica o meio ambiente desde a sua extração até a produção de subprodutos por meio da combustão.

Para que serve o carvão mineral e vegetal?

O carvão mineral é completamente diferente do carvão vegetal. Este é obtido por combustão incompleta de certos tipos de madeira e é usado em fogões, lareiras, churrasqueiras, aquecedores e fogões à lenha. A combustão incompleta forma um material absorvente (carvão ativado), muito usado pela medicina, por exemplo.