Redes MPLS I: Modelo Conceitual – 1 Show Evolução das Redes de Acesso Nesta seção serão apresentadas experiências e implementações que foram realizadas, recorrendo o emulador GNS3, com o objetivo de estudar algumas características fundamentais do MPLS e VPN camada 3 em MPLS. A topologia proposta para análise do trabalho será montada conforme a ilustração da figura 20: Figura 21: Captura da topologia MPLS no GNS3 Fonte: Elaboração do autor, 2010 No cenário acima, os roteadores usados para simular os equipamentos de núcleo “ Ps ” foram o Cisco 7200 com a versão de IOS c7200-jk9s-mz.124-13b.bin. Para os equipamentos “ PEs ” foram usados o modelo Cisco 3725 com a versão de IOS c3725-adventerprisek9-mz.124-15.T5.bin. E para os equipamentos de acesso ao cliente “ CEs ” o modelo Cisco 2691 com a versão de IOS c2691-adventerprisek9_ivs-mz.124-9.T7.bin. A escolha das versões IOS usadas para formar a topologia foi outro fator importante. Cada versão possui características e funcionalidades diferentes, com suporte a um conjunto específico de protocolos. A escolha dos protocolos envolvidos na topologia, como protocolo de encapsulamento, de roteamento, túneis também foi outro fator determinante. O objetivo foi montar toda a rede usando apenas protocolos não proprietários, ou seja, a mesma topologia poderá ser implementada com roteadores de outros fabricantes. Já os computadores emulados com o programa Virtual Box, foram usados uma imagem do sistema operacional Ubuntu versão 10.4 para simular uma operação, gerando tráfego pela rede MPLS de um ponto a outro da rede. E a captura das informações foi recorrida ao Wireshark em cada ponto ligado a um par de roteadores. Em todas as experiências descritas em cada tópico, foram usados os mesmo endereços de IP das interfaces. Os testes e análises serão de maneira separada e sequenciada. Configuração Básica MPLS Com Protocolo OSPF Nesse tópico, a estrutura MPLS foi implementada com os roteadores núcleo “Ps” e os “PEs”, configurados o com os protocolos bases para apoio, bem como os endereços das interfaces físicas e loopback
Tabela 3: Relação de endereço IP/interface dos roteadores Ps e PEs Fonte: Elaboração do autor, 2010 O OSPF realizou o roteamento com os IPs públicos dentro de uma mesma área, neste caso “Área 0”. A escolha das faixas dos endereços IPs público foram de maneira aleatória, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. O uso das interfaces loopback, facilita o processo de roteamento quanto a escolha do roteador principal denominado de DR (Designator Router) e o BDR (Backup Designator Rouer), que em caso de falha, passa a assumir as funções do DR. Esse roteador é responsável por manter adjacência entre os vizinhos, enviando e recebendo informações sobre o estado da rede. Por padrão, as prioridades são configuradas com o valor 1. O critério para a escolha dos roteadores DRs nesses caso é associada ao maior valor da interface ativa. Se a interface loopback estiver ativa, terá prioridade sobre os outros na rede por ser uma interface virtual que sempre estará ativa, sem chaces de ocorrer problemas físicos. Na figura 21 demostrou como foi criado a topologia para analise inicial do roteamento OSPF em uma estrutura MPLS, usado os roteadores Ps para o núcleo da rede e os PEs que posteriormente fornecerá a conectividade da rede para os roteadores CEs. Figura 22: Captura da topologia em análise do GNS3 Fonte: Elaboração do autor, 2010 A topologia mostrada na figura 21 foi construída de maneira redundante, ou seja, em caso de falha em algum enlace da rede, outra rota assumirá para o transporte dos pacotes. Nesta experiência foram estudados apenas os pacotes que são trocados no processo de configuração de rede durante a ativação do MPLS, como também a operação básica do roteamento OSPF. O comando utilizador para ativação das interfaces, roteamento e MPLS são os seguintes: Router>enable Router# configure terminal Router(config)#enable secret Pe1!+mp* Router(config)#hostname ROUTER_P_1 ROUTER_P_1(config)#interface Loopback0 ROUTER_P_1(config)#mpls ip ROUTER_P_1(config-if)# ip address 220.110.90.3 255.255.255.255 ROUTER_P_1(config-if)#interface FastEthernet1/0 ROUTER_P_1(config-if)#description ## ACESSO PE2 ## ROUTER_P_1(config-if)#ip address 220.110.90.21 255.255.255.252 ROUTER_P_1(config-if)#speed 100 ROUTER_P_1(config-if)#mpls ip ROUTER_P_1(config-if)#mpls label protocol ldp ROUTER_P_1(config-if)#no shutdown ROUTER_P_1(config-if)#interface FastEthernet1/1 ROUTER_P_1(config-if)#description # ACESSO PE1 ## ROUTER_P_1(config-if)#ip address 220.110.90.13 255.255.255.252 ROUTER_P_1(config-if)#speed 100 ROUTER_P_1(config-if)#mpls ip ROUTER_P_1(config-if)#mpls label protocol ldp ROUTER_P_1(config-if)#no shutdown ROUTER_P_1(config-router)#router ospf 1 ROUTER_P_1(config-router)#network 220.110.90.3 0.0.0.0 area 0 ROUTER_P_1(config-router)#network 220.110.90.13 0.0.0.0 area 0 ROUTER_P_1(config-router)#network 220.110.90.21 0.0.0.0 area 0 Quadro 1: Configuração P1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 As configurações do roteador P1, conforme ilustrado no quadro 1, garante a conectividade entre os roteadores vizinhos, bem como a divulgação da rotas pertencentes a sua rede. No quadro 2 verificou-se a configuração no equipamento referente somente ao que foi implementado, omitindo algumas informações que por padrão já vem configurado no equipamento. ROUTER_P_1#show running-config ! hostname ROUTER_P_1 enable secret 5 $1$UXPi$mEzeADWbndqw18p1B.7EA. ! interface Loopback0 ip address 220.110.90.3 255.255.255.255 ! interface FastEthernet1/0 description ## ACESSO PE_2 ## ip address 220.110.90.21 255.255.255.252 duplex full speed 100 mpls label protocol ldp mpls ip ! interface FastEthernet1/1 description # ACESSO PE_1 ## ip address 220.110.90.13 255.255.255.252 duplex auto speed 100 mpls label protocol ldp mpls ip ! router ospf 1 log-adjacency-changes network 220.110.90.3 0.0.0.0 area 0 network 220.110.90.13 0.0.0.0 area 0 network 220.110.90.21 0.0.0.0 area 0 ! Quadro 2: Verificação das configurações do P1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Para o restante dos roteadores (P2, PE1 e PE2) foram aplicadas as mesmas configurações, mudando apenas os IPs conforme a tabela 3, as descriptions correspondentes a cada interface, as networks no roteamento ospf, como também o hostname e enable secret Testes e Análises do Roteamento OSPF Considerando os outros roteadores devidamente configurados, alguns aspectos relevantes foram analisados. Primeiro foi verificado a conectividade entre os roteadores. Nos quadros 3, 4 e 5, ilustra o resultado dos testes. ROUTER_P_1#ping 220.110.90.1 repeat 500 Type escape sequence to abort. Sending 500, 100-byte ICMP Echos to 220.110.90.1, timeout is 2 seconds: !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!! Success rate is 100 percent (500/500), round-trip min/avg/max = 4/6/44 ms Quadro 3: Teste com pacotes ICMP entre o P1 e PE1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 ROUTER_P_1#ping 220.110.90.2 repeat 500 Type escape sequence to abort. Sending 500, 100-byte ICMP Echos to 220.110.90.2, timeout is 2 seconds: !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!! Success rate is 100 percent (500/500), round-trip min/avg/max = 4/6/40 ms Quadro 4: Teste com pacotes ICMP entre o P1 e PE2 Fonte: Elaboração do autor, 2010 ROUTER_P_1#ping 220.110.90.4 repeat 500 Type escape sequence to abort. Sending 500, 100-byte ICMP Echos to 220.110.90.4, timeout is 2 seconds: !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! !!!!!!!!!! Success rate is 100 percent (500/500), round-trip min/avg/max = 4/12/44 ms Quadro 5: Teste com pacotes ICMP entre o P1 e P2 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Nos quadros 3, 4 e 5, foram disparados 500 pacotes ICMP para endereço interface loopback de cada roteador. Considerando que a resposta do pacote é representada por “ ! ” e perda por “ . ”, verificou-se que dos 500 pacotes enviados, 500 obtiveram resposta. Portanto, há uma conexão sem perdas entre todos os equipamentos. Com isso, obteve-se a conectividade completa da topologia. O próximo passo foi verificar o funcionamento do OSPF. No quadro 6, as informações sobre seus vizinhos são exibidas. ROUTER_P_1#show ip ospf neighbor Neighbor ID Pri State Dead Time Address Interface 220.110.90.2 1 FULL/BDR 00:00:38 220.110.90.22 FastEthernet1/0 220.110.90.1 1 FULL/BDR 00:00:35 220.110.90.14 FastEthernet1/1 Quadro 6: Verificação das informações sobre os vizinhos OSPF no P1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 No quadro 6 pode-se ver, através da saída do comando show ip ospf neighbor no roteador P1, que já formou-se adjacência com seus vizinhos, ou seja, a base de dados entre os roteadores está sincronizada e eles possuem a mesma visão topológica da rede. A identificação dos roteadores OSPF é vinculada por padrão ao IP da loopback. O parâmetro Dead Time, mostra o tempo restante para que a adjacência com seus vizinho seja desfeita, caso um pacote hello (anunciado de 10 em 10 segundos) não chegue nesse tempo. Em seguida o endereço e interfaces de saída. Para os roteadores PE1 e PE2, o P1 é o roteador DR enquanto para o P1 os seus vizinhos são BDR. Isso ocorre devido ao roteador P1 possuir o maior valor da interface loopback do que seus vizinhos, já que as prioridades foram deixadas padrão em todos os roteadores. No quatro 7 essa afirmação é constatada com a saída do mesmo comando no PE1. ROUTER_PE_1#show ip ospf neighbor Neighbor ID Pri State Dead Time Address Interface 220.110.90.3 1 FULL/DR 00:00:31 220.110.90.13 FastEthernet0/1 220.110.90.4 1 FULL/DR 00:00:39 220.110.90.9 FastEthernet0/0 Quadro 7: Verificação das informações sobre os vizinhos OSPF do PE1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Para o PE1, existem dois DRs, um para interface já que ele possui o valor do endereço da interface loopback menor que os outros dois roteadores conectados a ele. O mesmo procedimento foi realizado com os outros roteadores, com as saídas correspondentes ao que já foi visto até o momento, tendo sempre como base, os endereços IPs da tabela 3. No quadro 8, verificou-se a base de dados do OSPF, através da saída do comando show ip ospf database no roteador P1. Pode-se observar algumas informações relevantes, porém agora sobre toda a topologia. ROUTER_P_1#show ip ospf database OSPF Router with ID (220.110.90.3) (Process ID 1) Router Link States (Area 0) Link ID ADV Router Age Seq# Checksum Link count 220.110.90.1 220.110.90.1 236 0x8000000E 0x00C289 3 220.110.90.2 220.110.90.2 244 0x8000000E 0x002107 3 220.110.90.3 220.110.90.3 69 0x80000010 0x0046E6 3 220.110.90.4 220.110.90.4 275 0x8000000A 0x003908 3 Net Link States (Area 0) Link ID ADV Router Age Seq# Checksum Link count 220.110.90.9 220.110.90.4 275 0x80000009 0x003755 220.110.90.13 220.110.90.3 326 0x80000009 0x000B7F 220.110.90.17 220.110.90.4 275 0x80000008 0x00F68D 220.110.90.22 220.110.90.2 244 0x80000006 0x00CEB5 Quadro 8: Verificação da base de dados do protocolo OSPF no P1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Pode-se observar, dentre as informações do quadro 8, que o ID por padrão é identificado pelo endereço IP da loopback de cada roteador. O OSPF como a maioria dos protocolos faz isso, devido a loopback é uma interface virtual. Outro parâmetro importante é o ADV Router, responsável por enviar e receber as os pacotes LSAs, que contém informações sobre o estado da rede, geralmente são eleitos para essa função os roteadores DR da rede. Como cada roteador possui duas saídas, no quadro é demonstrado dois endereços IPs para chegar nos ADV Routers. No quadro 9, foi verificado a saída da tabela de roteamento do roteador P1. ROUTER_P_1#show ip route -- Omitido-- Gateway of last resort is not set 220.110.90.0/24 is variably subnetted, 8 subnets, 2 masks O 220.110.90.8/30 [110/2] via 220.110.90.14, 00:14:05, FastEthernet1/1 C 220.110.90.12/30 is directly connected, FastEthernet1/1 O 220.110.90.1/32 [110/2] via 220.110.90.14, 00:14:05, FastEthernet1/1 O 220.110.90.2/32 [110/2] via 220.110.90.22, 00:14:05, FastEthernet1/0 C 220.110.90.3/32 is directly connected, Loopback0 O 220.110.90.4/32 [110/3] via 220.110.90.22, 00:14:05, FastEthernet1/0 [110/3] via 220.110.90.14, 00:14:05, FastEthernet1/1 O 220.110.90.16/30 [110/2] via 220.110.90.22, 00:14:05, FastEthernet1/0 C 220.110.90.20/30 is directly connected, FastEthernet1/0 Quadro 9: Verificação da tabela de roteamento do P1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Com base nas informações de saída do comando show ip route, verificou-se algumas características básicas para o entendimento da topologia. A primeira linha indica que na rede a qual o OSPF pertence 220.110.90.0, com máscara de prefixo de 24 bits, possuem 8 sub-redes, 4 com prefixo 32 (usados nas interfaces loopback), e quatro com prefixo 30 (usado nas interfaces FastEthernet). Na segunda linha a sigla que “O” indica que o protocolo de roteamento é o OSPF e para chegar na rede 220.110.90.8/30, a distância administrativa é 110 (padrão do OSPF) e o custo será 2. As linhas que antecedem com a letra “ C ”, indica que esse rede está diretamente conectada a uma interface do roteador, nesse caso P1, portanto não tem custo ou custo igual à “ 0 ”. Na sétima linha observou-se que o custo é 3, maior que os demais, isso porque a rede a qual está se referindo ao endereço loopback pertence ao roteador P2, que não está diretamente conectado ao roteador P1 (conforme a figura 21). Pode-se observar também que existe duas formas de chegar a essa rede, uma pela interface FastEthernet1/0 direcionado ao IP 220.110.90.22 (roteador PE2), e outra através da interface FastEthernet1/1 direcionado ao IP 220.110.90.14, (roteador PE1). Análises com Wireshark Após terminar e salvar todas as configurações, os roteadores foram reiniciados para que o Wireshark coletasse as informações desde a fase de negociação até o estabelecimento dos protocolos. Na figura 22 é mostrado os pacotes que o OSPF trocam durante essa fase coletado entre os roteadores P1 e PE1. Figura 23: Captura de pacote entre o nó P1 e PE1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Na captura do pacote número 5 mostrada na figura 22, observou-se que é um pacote OSPF enviando uma mensagem do tipo hello. Esse pacote é enviado por multicast para a rede, através do IP da interface correspondente à coleta (FastEhernet1/1 do roteador P1), conforme o primeiro destaque do campo do cabeçalho IP. Verifica-se também que a origem é vinculada ao endereço IP da interface loopback, e o DR e BDR ainda não foram definidos. Já na captura do pacote 46 mostrada na figura 23, o pacote enviado pelo roteador P1 via multicast, observou-se em destaque que o DR e BDR já foram eleitos, e seu vizinho o roteador PE1 foi ativo, identificado pelo IP da interface loopback. O mesmo acontece com o restante da rede, entre uma conexão ponto à ponto em um par de roteadores. Figura 24: Captura de pacote entre do nó entre P1 e PE1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Na figura 24, observou-se também que o mesmo aconteceu, porém com os endereços IPs correspondentes ao nó da interface capturada, onde o vizinho do roteador P1, dessa vez é identificado pelo IP da loopback do PE2. Com isso podemos concluir que o roteador P1 é o DR tanto do enlace entre o PE1 quanto do PE2. E para os roteadores PE1 e PE2, os roteadores P1 e PE2 serão sempre seus DRs. Figura 25: Captura de pacote entre do nó P1 e PE2 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Depois dos pacotes hello, usados para a descoberta dos roteadores na rede, a figura 25 mostra a captura do pacote 1922 entre o P1 e PE2, contendo uma mensagem de atualização enviada pelo roteador P1 via multicast ao “ADV Router”, nesse caso correspondente ao P2. Esse pacote leva um datagrama LSA que contém informações sobre o link. Esse processo é feito por todos os roteadores para formar a topologia completa e atualizada da rede, em caso de mudança na rede, a convergência para outra rota seja feita de maneira rápida e segura. Figura 26: Captura de pacote entre o nó P1 e PE2 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Testes e Análises do MPLS Nesse tópico foi verificado o funcionamento do MPLS na topologia da figura 21. Em seguida, analisado alguns pacotes capturados durante a fase de negociação do protocolo de distribuição de rótulos. Nos quadros 10 e 11, mostra como fica a saída do comando show mpls forwarding- table dos roteadores P1 e P2 respectivamente. ROUTER_P_1#show mpls forwarding-table Local Outgoing Prefix Bytes tag Outgoing Next Hop tag tag or VC or Tunnel Id interface switched 16 Pop tag 220.110.90.8/30 0 Fa1/1 220.110.90.14 17 Pop tag 220.110.90.16/30 0 Fa1/0 220.110.90.22 18 Pop tag 220.110.90.1/32 0 Fa1/1 220.110.90.14 19 Pop tag 220.110.90.2/32 0 Fa1/0 220.110.90.22 20 16 220.110.90.4/32 0 Fa1/0 220.110.90.22 16 220.110.90.4/32 0 Fa1/1 220.110.90.14 Quadro 10: Saída do comando show mpls forwarding-table do P1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 ROUTER_P_2#show mpls forwarding-table Local Outgoing Prefix Bytes tag Outgoing Next Hop tag tag or VC or Tunnel Id switched interface 16 Pop tag 220.110.90.1/32 0 Fa1/0 220.110.90.10 17 Pop tag 220.110.90.2/32 0 Fa1/1 220.110.90.18 18 Pop tag 220.110.90.12/30 0 Fa1/0 220.110.90.10 19 Pop tag 220.110.90.20/30 0 Fa1/1 220.110.90.18 20 18 220.110.90.3/32 0 Fa1/1 220.110.90.18 18 220.110.90.3/32 0 Fa1/0 220.110.90.10 Quadro 11: Saída do comando show mpls forwarding-table do P2 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Com base nas saídas do comando show mpls forwarding- table, a tabela de encaminhamento dos rótulos fica conforme a figura 26. Figura 27: Encaminhamento dos rótulos na Rede MPLS do P1 e P2 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Verificou-se na saída do comando show mpls forwarding-table no P1, que para cada prefixo de endereçamento IP existe um rótulo de encaminhamento dos pacotes, com suas respectivas interfaces de saídas. Um parâmetro importante exibido acima foi o Pop tag O Pop tag, indica que para o próximo salto a etiqueta será removida, ou seja, o próximo salto é a própria rede de destino ou possui uma interface conectada a rede de destino. Somente nesse ponto que então a consultara à tabela de roteamento é realizada. No caso da rede 220.110.90.4, esse parâmetros não aparece, pois refere-se ao endereço da interface loopback do roteador P2, que não está diretamente conectada ao P1. Todo tráfego destinado á esse endereço, receberá uma etiqueta número 20 do P1 e posteriormente outra etiqueta de número 16 do PE1 ou do PE2, já que as duas saídas designaram a mesma etiqueta para o destino. Nos quadros 12 e 13 em destaque, pode-se confirmar esse o processo de encaminhamento. ROUTER_PE_1#show mpls forwarding-table Local Outgoing Prefix Bytes tag Outgoing Next Hop tag tag or VC or Tunnel Id switched interface 16 Pop tag 220.110.90.4/32 0 Fa0/0 220.110.90.9 17 Pop tag 220.110.90.16/30 0 Fa0/0 220.110.90.9 18 Pop tag 220.110.90.3/32 0 Fa0/1 220.110.90.13 19 19 220.110.90.2/32 0 Fa0/1 220.110.90.13 17 220.110.90.2/32 0 Fa0/0 220.110.90.9 20 Pop tag 220.110.90.20/30 0 Fa0/1 220.110.90.13 Quadro 12: Saída do comando show mpls forwarding-table do PE1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 ROUTER_PE_2#show mpls forwarding-table Local Outgoing Prefix Bytes tag Outgoing Next Hop tag tag or VC or Tunnel Id switched interface 16 Pop tag 220.110.90.4/32 0 Fa0/0 220.110.90.17 17 Pop tag 220.110.90.8/30 0 Fa0/0 220.110.90.17 18 Pop tag 220.110.90.3/32 0 Fa0/1 220.110.90.21 19 18 220.110.90.1/32 0 Fa0/1 220.110.90.21 16 220.110.90.1/32 0 Fa0/0 220.110.90.17 20 Pop tag 220.110.90.12/30 0 Fa0/1 220.110.90.21 Quadro 13: Saída do comando show mpls forwarding-table do PE2 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Na figura 27, foi ilustrado como ficou como ficou o processo de encaminhamento dos rótulos na topologia. Considerando que cada rótulo está vinculado a um prefixo de endereçamento IP. Figura 28: Encaminhamento dos rótulos na Rede MPLS do P1 e P2 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Analise com Wireshark Nesse tópico os mesmos parâmetros foram analisados com o Wireshark, onde verificado o comportamento na fase de inicial de descoberta. Na figura 28, observa-se que o pacote número 4 capturado, é do tipo LDP com mensagem hello, enviado pelo P1 para a rede com endereço IP multicast 224.0.0.2. Assim como no OSPF esse pacote é usado para a descoberta de roteadores vizinhos, e também recebe a identificação vinculada ao endereço de IP da interface loopback, conforme em destaque. Figura 29: Captura de pacote LDP entre o nó P1 e PE1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Na captura realizada do pacote número 97 mostrado na figura 29, foi apresentado os mesmos valores referentes a saída do comando show mpls forwarding-table do roteador P1, conforme o quadro 10. Pode-se concluir que de fato, o encaminhamento dos prefixos IPs está sendo vinculado a um rótulo. Figura 30: Captura de pacote LDP entre o nó P1 e PE1 Fonte: Elaboração do autor, 2010 Os processos de distribuição de rótulos vistos nesse capítulo foram configurados como padrão, e por padrão essa distribuição é feita de maneira aleatória. Ao reiniciar os equipamentos, os valores dos rótulos agregados a cada prefixo de rede, podem vir à sofrer alterações. Portanto, não será surpresa em exemplos posteriores apresentarem outros valores. Para que serve a interface de loopback?Uma interface de loopback é uma interface de rede virtual que permite que um cliente e um servidor no mesmo host se comuniquem entre si usando a pilha de protocolos TCP/IP.
Como configurar interface loopback?Configure a interface loopback em cada roteador para comportar uma interface que não se desativará devido a uma modificação ou falha da rede. Essa tarefa é realizada digitando interface loopback # no prompt de configuração global, onde # representa o número da interface loopback entre 0 e 2.147.483.647.
Qual é a característica de uma porta Roteada configurada em um switch Cisco?As portas roteadas (Camada 3) permitem que os switches Cisco atuem como roteadores de forma eficaz. Cada porta nesse switch pode ser configurada como uma porta em uma rede IP independente.
Quais são as duas características que descrevem a VLAN nativa?Quais são as duas características que descrevem a VLAN nativa? (Escolha duas.) Resposta: A VLAN nativa fornece um identificador comum para ambas as extremidades de um trunk. / O tráfego da VLAN nativa será desmarcado pelo link trunk.
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