A partir de 2005, a tabela regressiva se tornou um dos modelos de tributação mais importantes do país, sendo aplicada nos principais investimentos de renda fixa e parte dos fundos de investimentos. A previdência privada também pode ser tributada por tabela regressiva, mas seu modelo é exclusivo, e apresentaremos ele a seguir. Show
O objetivo da criação da tabela regressiva foi, justamente, aumentar o tempo de permanência no investimento, pois a incidência da alíquota varia conforme o prazo de duração da aplicação, de modo que quanto maior o tempo, menor o percentual de tributação. Sendo assim, investir no longo prazo passou a ser ainda mais vantajoso, já que além de receber um montante maior, você ainda paga menos imposto. Neste conteúdo, você vai entender tudo sobre a tabela regressiva e descobrir como utilizá-la ao seu favor nos investimentos. Continue a leitura! O que é tabela regressiva na previdência privada e como funciona?A tabela regressiva é uma forma de tributação que determina o percentual de Imposto de Renda (IR) incidido sobre uma aplicação financeira. Como o nome já indica, trata-se de um formato de cobrança decrescente, cuja alíquota reduz conforme a sua renda aumenta. Ela se caracteriza pela redução da taxa de IR de acordo com a duração da permanência em um investimento. Nesse caso, você paga menos tributação quando seu dinheiro fica aplicado por mais tempo. Confira qual a alíquota cobrada pela tabela regressiva IR para planos de previdência privada, segundo o prazo:
Assim, a tabela regressiva é indicada principalmente para investimentos de longo prazo, que é o caso da previdência. Como calcular o imposto de renda regressivo?A tributação regressiva considera somente o rendimento de uma aplicação. Se seu investimento gerou R$5,00 de lucro, será em cima desse valor que a alíquota será cobrada. Na hora de calcular, você também precisa considerar que o mercado financeiro utiliza somente dias úteis como referência. Dessa maneira, um ano tem 252 dias e um mês tem 21 dias. O cálculo é bem simples. Imagine que você colocou R$10.000 em uma aplicação a 7% ao ano. Veja quanto você pagaria de imposto em conforme o tempo:
Observe como a diferença na cobrança fica cada vez menor a partir de 5 anos! É importante saber que a cobrança da tabela regressiva (IR) não ocorre enquanto o dinheiro está em um investimento, somente ao resgatá-lo. Como a tributação é retida na fonte, o valor recebido já está livre de impostos, mas, de qualquer forma, você precisa declarar na declaração anual do imposto de renda. Tabela regressiva x tabela progressivaA tributação regressiva e a tributação progressiva consideram critérios diferentes para calcular a incidência de imposto. A tabela regressiva considera a duração de um investimento, reduzindo a alíquota conforme o tempo da aplicação — e, consequentemente, um rendimento maior. Sendo assim, quanto mais dinheiro você recebe com os juros, menos você paga em tributo. Já a tabela progressiva leva em conta o valor da renda, aumentando a alíquota à medida que os recebimentos aumentam. Assim, quanto mais você recebe dinheiro, mais você paga imposto. Confira como funciona a tabela progressiva:
E qual é a melhor opção?Depende. Para pessoas com uma renda anual maior, a tabela regressiva é mais vantajosa, uma vez que a cobrança sobre seus ganhos será menor. Essa também pode ser a melhor alternativa para quem não tem a pretensão de resgatar a quantia rapidamente. Em contrapartida, a tabela progressiva é melhor para indivíduos com uma renda menor, já que receitas anuais menores que R$22.847,00 (o equivalente a cerca de R$1903,98 por mês) não pagam imposto de renda. PGBL e VGBL: qual a ligação com a tabela regressiva?O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) são planos de sobrevivência que visam gerar renda previdenciária durante a sua aposentadoria. Na prática, a diferença entre os dois é a forma de tributação. Os planos PGBL utilizam a tributação regressiva e você paga imposto sobre os rendimentos acumulados, enquanto o VGBL aplica a tributação progressiva e a cobrança do imposto incide sobre o montante total resgatado ou recebido. Nesse sentido, considerando que um plano previdenciário é focado no longo prazo e tem uma duração de 30 a 40 anos, o plano PGBL termina sendo mais vantajoso para quem não pretende resgatar o dinheiro tão cedo. Outra diferença é a forma de tributação. Enquanto no VGBL o imposto de renda incide apenas sobre os rendimentos, no PGBL o imposto incide sobre o valor total a ser resgatado ou recebido sob a forma de renda. Ademais, é válido saber que o PGBL é considerado uma previdência complementar e o VGBL é identificado como um seguro. Nesse caso, o segundo não paga o imposto de transmissão (ITCMD) se o titular morrer e tiver o registro dos beneficiários, porque não é considerado herança. Aplicações em que incidem as tabelas regressiva e progressivaTabela regressiva e progressiva possuem características diferentes e uma delas pode ser a melhor opção para você A forma de tributação impacta diretamente na tomada de decisão em relação a uma aplicação, por isso, aquele que investe deve estudar sobre o tema. Por exemplo, ao escolher um investimento com prazo de 10 anos, você pensa duas vezes em solicitar o resgate da aplicação antes do tempo, já que o seu rendimento será bem menor. Confira abaixo o modelo de tributação dos investimentos mais tradicionais do mercado: Aplicações que são tributadas pela tabela regressivaEm geral, as principais aplicações com imposto de renda regressivo são de renda fixa e fundos de investimentos, como:
Quando o assunto é investimentos, a tabela regressiva é diferente da anterior que mostramos (aquela serve somente como referência para planos de previdência privada). A tabela para aplicações é a seguinte:
Também neste caso, o imposto de renda é cobrado apenas sobre o valor do rendimento, e nunca sobre o montante investido inicialmente. Como a tabela regressiva implica na rentabilidade e nos investimentos?Entender o que é a tabela regressiva e como utilizá-la ao seu favor na hora de montar a sua estratégia de investimento permite um aproveitamento maior da rentabilidade das suas aplicações. Dessa maneira, é essencial pensar no prazo de duração antes de escolher um ativo para investir, desta forma, não será preciso retirar antes do tempo previsto e assim deixar de ganhar uma boa quantia a mais! Conseguiu compreender a tributação progressiva? Continue aprendendo mais sobre investimento em nosso blog! Qual tabela é melhor progressiva ou regressiva?Devido às suas características, a tabela regressiva pode ser mais vantajosa para quem tem bastante tempo até o resgate. Se seu plano incluir um resgate antes de 10 anos, ela pode não ser a melhor escolha. Já a tabela progressiva costuma ser mais indicada para quem receberá benefícios até a faixa de 15%.
Qual a melhor previdência privada progressiva ou regressiva?Por isso, caso esteja em dúvidas de qual a melhor tabela para você, escolha a progressiva, visto que você poderá alterá-la a qualquer momento. Ao realizar a mudança de progressivo para regressivo, o tempo do aporte inicia do zero, independente de quando foram feitos os aportes que já estão na previdência.
Qual a diferença da tabela progressiva e regressiva?Na progressiva, a alíquota varia de acordo com o valor resgatado. Ou seja, quanto maior for o saque, mais alto será o imposto a pagar. É a mesma lógica usada em salários e outras rendas, com teto de 27,5%. Já na tabela regressiva, as alíquotas diminuem conforme o tempo da aplicação.
Qual a melhor forma de tributação da previdência privada?Tributação da previdência privada: Tabela Regressiva x Tabela Progressiva. Até 2 anos: 35%. De 2 a 4 anos: 30%. De 4 a 6 anos: 25%. De 6 a 8 anos: 20%. De 8 a 10 anos: 15%. Acima de 10 anos: 10%.. |