Quando o ombro estala muito

Trec-Trec! Quem não conhece esse som, né? Mais conhecido como estalos, ele pode ser bem comum em algumas articulações do corpo, a exemplo do ombro. Mas calma… Nem tudo pode ser problema, pelo menos, de início. Segundo especialistas da área ortopédica, caso não causem dor, os ressaltos (ou estalos) não precisam ser vistos como um problema. Trata-se de uma reação natural do organismo a um estímulo do corpo. Agora… caso venham acompanhados de dor, aí sim é motivo para se preocupar. 

Estalos dolorosos do ombro, sensação que sai do lugar e o pior de tudo: por tanto tempo, não é normal. Ao reconhecer esses sintomas, é imprescindível identificar as suas causas. 

Como detectar as causas

É importante detectar a causa dessas crepitações, que podem ser por diversos motivos,, como descreveremos abaixo: 

 – O atrito natural entre os tendões e estruturas ósseas: por exemplo, durante a movimentação do ombro, é possível que alguma estrutura (ligamento ou tendão) mude sua posição e, ao retornar à posição de repouso, ocasione o estalo.   

– O fluido presente na articulação do ombro, chamado líquido sinovial, em função da sua composição (nitrogênio, dióxido de carbono e oxigênio), pode produzir um gás que forma bolhas gasosas. Consequentemente, quando a articulação é movida, essas bolhas rompem, levando ao estalo. 

– O desgaste da cartilagem também pode causar atrito entre as estruturas ósseas, o que também gera esse tipo de crepitação no ombro. 

De uma forma mais técnica, explicamos que outras doenças também podem resultar em estalos nos ombros, como a escápula em ressalto, artrose do ombro, instabilidade do ombro, luxação ou subluxação do cabo longo do bíceps, lesões labrais, defeitos ósseos, tendinites e bursites.

Diagnóstico

É por meio de um exame clínico que se consegue entender melhor a origem das dores no ombro e, por consequência, os estalos. A realização de uma ressonância magnética para confirmar essa problemática pode ser uma alternativa levantada pelo médico especialista.  

Por isso, é importante buscar auxílio profissional para que se tenha um diagnóstico  mais preciso do problema e a resolução mais efetiva dele. 

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Quando o ombro estala muito

O que é?

Sem dúvida uma das estruturas mais importantes do corpo são as articulações, que diminuem o atrito com os ossos durante os movimentos e amortecem a pressão exercida neles. Contudo, com o tempo as articulações podem se desgastar, gerando o que chamamos de artrose, uma doença degenerativa e crônica, que pode acometer ombros, joelhos, mãos e quadris. No caso da artrose no ombro, ela acomete os tendões, cartilagens e bolsas sinoviais (que lubrificam a articulação) do local.

Quais as causas?

Existem diversos tipos de artrose no ombro, desenvolvidas a partir de causas diferentes, são elas: osteoartrose, a mais comum, que surge lentamente a partir do desgaste das articulações e conta com um fator ímpar, que é a predisposição genética. Esse tipo de artrose é comum em idosos, pois as articulações tendem a se desgastarem com o tempo.

Outro tipo menos comum da doença, é a osteonecrose, desenvolvida a partir da morte de tecidos ósseos. Ela se manifesta a partir de traumas e doenças como lúpus, anemia calciforme ou até mesmo artrite reumatoide, interrompendo a circulação nos vasos sanguíneos, o que causa morte celular.

Por fim, existe um tipo de artrose que afeta os tendões e músculos do manguito rotador, chamada de artropatia. Esse tipo da doença ocorre a partir de pequenas lesões causadas no manguito que não tenham sido tratadas.

Quem faz parte do grupo de risco?

O grupo de risco é composto por idosos acima de 60 anos, que contam com o desgaste das articulações e consequente fragilidade de estruturas, como ossos. No âmbito dos sexos, as mulheres tem até três vezes mais chances de desenvolver a artrose no ombro, e isso se dá pela diferença entre cartilagens e articulações de homens e mulheres. Nelas, essas estruturas são mais frágeis e suscetíveis ao desgaste. Atividades profissionais que forcem as articulações, como trabalhos manuais, também prejudicam.

Vale lembrar que fatores de saúde influenciam no surgimento da doença, como em pessoas obesas, fumantes, consumidores de álcool, portadores de Diabetes Mellitus ou deformidades ósseas e sedentária. No entanto, além da idade acima de 60 anos, a doença pode não ter causa aparente e surgir em um idoso saudável.

Quais os sintomas?

Como a artrose surge lentamente, muitos pacientes só buscam auxílio médico de um ortopedista especialista em ombro quando os sintomas já estão avançados. A dor no ombro é o principal deles. No início, quando a articulação começa a sofrer com o desgaste, surge a dor advinda do constante atrito, que não impede a continuidade das atividades.

Entretanto, com o tempo essa dor pode aumentar, e junto a ela outros sintomas podem surgir, como sentir o ombro estalando. Ainda na segunda fase, os sintomas aumentam, e é nesse momento que muitos buscam ajuda médica, pois sentem dificuldade em realizar algumas atividades. A dor é maor durante a noite, pois o corpo fica relaxado e portanto mais atento a dores. Durante as primeiras horas do dia após acordar, é comum os pacientes relatarem rigidez e dor na articulação. Já na fase avançada, quando há destruição articular e consequente choque entre os ossos, a dor se torna lancinante e causa incapacidade.

Uma dificuldade muito comum relatada entre idosos com artrose no ombro é em se segurar em ônibus de transporte público ou em carregar peso, pois pressiona a articulação do ombro. Por fim, outro sintoma bastante relatado é a sensação de areia no ombro, causada pelo constante atrito.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através de consulta clínica com um ortopedista especialista em ombro, onde ele deve analisar questões como o histórico médico familiar e individual do paciente – que pode apontar a possibilidade de outras doenças. Para diminuir o tempo da consulta, otimizando o tempo, o paciente deve preparar uma pequena lista com os sintomas sentidos e um breve relato sobre a rotina diária que leva.

Dessa forma, o médico descarta ou não patologias como lesão do manguito rotador ou capsulite adesiva, que tem sintomas parecidos aos da artrose. O passo seguinte é o exame físico, onde o médico vai avaliar a força muscular e o desempenho da articulação durante movimentos de rotação. Para auxiliar no diagnóstico, exames de imagem podem ser pedidos, como raio-x e uma ressonância magnética para avaliar as estruturas internas.

Determinado o diagnóstico, quais os tratamentos disponíveis?

Existem dois tipos de tratamentos disponíveis, são eles o conservador e o cirúrgico. A recomendação deles dependerá da conclusão médica, que leva em conta idade, saúde e condição da doença no paciente. Como a artrose é degenerativa e sem cura, o tratamento visa retardar o desenvolvimento dela e reduzir os sintomas sentidos.

A primeira opção de tratamento, o conservador, é indicado para os casos menos graves da doença, onde apesar da degeneração articular, o paciente consegue levar uma rotina normal. Essa forma de intervenção é composta de medicamentos analgésicos para reduzir a dor e anti-inflamatórios para conter a inflamação (artrite).

É importante o paciente evitar forçar muito a articulação, fazer constante repouso e sessões de fisioterapia para fortalecer a musculatura. Paralelamente a isso, é importante ele fazer compressas mistas de água quente e fria, de modo a ativar o sistema circulatório local. Dependendo das atividades diárias do paciente, pode ser necessário mudar algumas delas para conter o avanço da artrose.

Por fim, a segunda opção de tratamento, o cirúrgico, é indicado para os pacientes com destruição total da articulação ou que a terapia conservadora tenha falhado. A opção mais popular entre os casos de cirurgia é a de limpeza da articulação quando estiver inflamada e de suturação de cartilagens quando for necessário.

Essa opção é feita por meio de artroscopia, um procedimento simples e inovador, constituído por pequenas incisões na pele, em uma delas é colocada uma micro câmera que avalia e repara as estruturas internas com o auxílio de instrumentos. Contudo, quando houver degeneração total articular, pode ser necessário fazer a artroplastia de ombro, que é a substituição dos tecidos por uma prótese de titânio e plástico. Essa opção é tida como uma das mais eficientes, e apesar da gravidade, é extremamente segura.

Informações de recuperação e tratamento

Em geral, as cirurgias de correção da artrose no ombro diferem umas das outras. Se em uma artroscopia o paciente pode ter alta entre três e cinco dias, em uma artroplastia esse número pode subir para até dez dias. Os pontos podem ser removidos entre 20 e 25 dias após a operação. É importante iniciar assim que possível a fisioterapia para fortalecer os músculos para eles não atrofiarem. No mais, é importante mudar hábitos e atividades diárias, bem como manter uma alimentação saudável e evitar obesidade.

Porque meu ombro estala toda hora?

O barulho que escutamos ao girar o ombro, por exemplo, é resultado da diferença de pressão dentro da cápsula articular. Isso acontece porque o líquido sinovial está concentrado em algum ponto e, quando a articulação é movimentada, ele passa para outro, o que gera o estalo.

Como acabar com os estalos nas articulações?

Para isso, recomenda-se o uso de medicamentos (anti-inflamatórios e/ou condroprotetores), fisioterapia e prática de atividades físicas que promovam a perda de peso e fortalecimento muscular.

Como recuperar a cartilagem do ombro?

Na artrose no ombro, o tratamento passa pelo tratamento conservador com recurso a medicação analgésica e anti-inflamatória e, associadamente, Fisioterapia à articulação afetada. Se este tratamento para artrose no ombro não for suficiente para o controle da doença, então poder ser necessário fazer cirurgia.

O que é desgaste no ombro?

A Artrose do Ombro, ou Omartrose, é uma doença caracterizada pela degeneração da articulação do ombro, mais especificamente o desgaste da cartilagem que recobre os ossos da cabeça do úmero e da escápula, o que pode causar dores e dificuldades para realizar determinados movimentos com os braços.