As práticas corporais de aventura traz algum impacto ambiental? quais?

O impacto ambiental dos esportes de aventura

O aumento gradativo da busca de atividades esportivas e de aventura em ambientes naturais tem mobilizado pesquisadores de diversas áreas (Educação Física, Turismo, Biologia, Engenharia Florestal, Geografia, Geologia etc.), a uma reflexão mais detalhada sobre os impactos sociais, culturais e ambientais dessas práticas. A crescente utilização de algumas áreas vem causando tanto descaracterizações socioculturais quanto impactos ambientais, sendo necessárias medidas de manejo e de gestão capazes de minimizar tais impactos negativos e planejar futuras atividades. As preocupações também têm sido direcionadas às atitudes dos praticantes dessas modalidades, buscando caminhos que possibilitem práticas mais conscientes e sustentáveis.

Apesar de serem atividades de esporte e aventura que muitas vezes são tidas ou divulgadas como ecológicas, por motivos diversos (falta de informação, normatização, consciência ambiental etc.), não vêm sendo observadas por parte dos praticantes medidas que visem minimizar os impactos decorrentes das mesmas. Pelo contrário, em muitos casos fica evidenciado que a natureza nada mais representa que um ambiente cheio de obstáculos a serem vencidos ou superados.

O livro “Turismo de Aventura: Reflexões e Tendências”, de Ricardo Ricci Uvinha, apresenta possíveis impactos resultantes da prática de atividades na natureza, onde é possível verificar que, apesar de algumas modalidades possuírem grau de intensidade baixo (boiacross, trekking, mountain bike, entre outros), todas causam algum tipo de impacto socioambiental, cabendo aos praticantes tentar reduzi-los ao mínimo possível e às autoridades locais criarem mecanismos de normatização e controle a fim de aproximar tais práticas de um grau aceitável de sustentabilidade.

Alguns estudos apontam que as práticas de Off Road (Rally) e o Motocross (Enduro e trilhas) estão entre as práticas esportivas na natureza causadoras de maiores impactos, destacando-se entre eles:

1. Impacto na paisagem pela abertura e utilização de trilhas, inclusive em APPs
2.  Erosão e compactação do solo;

3.Assoreamento de córregos e nascentes;
4. Alteração e destruição da vegetação e de habitat de animais;
5. Poluição: barulho, lixo, emissão de gases e petróleo (combustível);
6. Interferências social e cultural em comunidades próximas envolvidas.

Os impactos se tornam ainda maiores com o aumento indiscriminado do número de motos nas trilhas, especialmente no período chuvoso. Os prejuízos decorrentes da falta de planejamento desta atividade podem afetar, além dos recursos naturais, setores importantes da economia local, como é o caso do turismo.

Considerando a fragilidade dos recursos hídricos e a suscetibilidade do solo a processos erosivos, faz-se necessária uma avaliação dos impactos socioambientais decorrentes da prática desordenada de atividades neste ambiente, especialmente o motocross, que possui significativo potencial de interferência e transformação dos ambientes naturais. Não se trata de condenar a prática do motocross, mas sim de se estabelecer critérios para sua prática de forma sustentável.

O aumento dos impactos socioambientais causados pela prática de tal atividade no município precisa ser gerenciado de modo a não afetar a conservação dos recursos naturais e os modos de vida das populações que moram ou desenvolvem atividades produtivas no campo. Para isso, tanto a educação ambiental quanto o planejamento da atividade tornam-se instrumentos fundamentais para que se possa conciliar a prática com a conservação da paisagem, dos recursos naturais e da qualidade de vida dos moradores.

Para o planejamento da atividade será de fundamental importância a elaboração de um diagnóstico prévio dos impactos socioambientais decorrentes desta prática, a ser apresentado e discutido com os praticantes de motocross do município, tendo o envolvimento de representantes do setor público (Secretaria de Meio Ambiente, Turismo e Ministério Público) e da população (produtores rurais, empresários do turismo etc.).

O diagnóstico certamente trará subsídios importantes para que se possa planejar a atividade considerando a intensidade da prática, o grau de comprometimento dos envolvidos, o número de praticantes, os impactos detectados e as medidas cabíveis para mitigá-los, o limite de tolerância e a capacidade de carga das trilhas mapeadas, as áreas frágeis a serem preservadas da atividade, o grau de comprometimento da paisagem e dos recursos naturais, entre outros.

Por Rodrigo Borges Santana
Geógrafo e especialista em Planejamento Urbano e Ambiental.

As práticas corporais de aventura traz algum impacto ambiental? quais?

As práticas corporais de aventura traz algum impacto ambiental? quais?

As práticas corporais de aventura traz algum impacto ambiental? quais?

As práticas corporais de aventura traz algum impacto ambiental? quais?

Segurança pessoal

As experiências de aventura estão associadas a riscos inerentes. Estes riscos referem-se à probabilidade de conseqüências prejudiciais ou perdas (morte, lesões, danos a propriedades e aos meios de subsistência, danos mentais e sociais, perturbação da atividade econômica), que resultam da interação entre perigos naturais, induzidos por atividade humana e condições de vulnerabilidade (UNISDR, 2009).

Considera-se que o risco funciona como estímulo e fonte de emoções prazerosas para os indivíduos envolvidos ou atraídos pelas atividades de aventura. Estes fatores fisiológicos do estímulo do prazer têm sido muito discutidos por autores como Neulinger, McCabe e Walle (Richard, Alamino e Simões, 2007).

Pimentel (2010) diz que quanto ao risco nas atividades de aventura, é interessante observar que envolvem não somente (ou sequer principalmente) um risco real, mas, também, um risco assumido, visto que existem elementos sensíveis e racionais que contribuem para seu controle. Logo, o risco é um componente constituinte da opção pelo esporte de aventura. Quanto menos discrepância houver entre o risco percebido e o risco real, menos perigosa se torna a vivência dessa prática corporal.

A existência de fatores de risco não faz da atividade de aventura um programa potencialmente perigoso, mesmo que imprevistos possam acontecer. É a combinação de diferentes fatores e a maneira como são gerenciados que podem elevar enormemente a probabilidade de uma perda potencial ou de um acidente se concretizar (Richard, Alamino e Simões, 2007).

David Le Breton trata a relação do homem com o risco como um jogo de vida e morte, para o desenvolvimento de si. As atividades físicas e desportivas de risco não são somente uma maneira de se colocar fisicamente em jogo com o prazer da prova, é primeiramente a paixão por si mesmo onde se busca o sentido, os valores, o próprio lugar no mundo, mas com justiça, sem confrontar com as regras comuns da sociedade que fazem profanar sobre existências superprotegidas por regulamentos sociais (Le Breton, 2010).

Todo Perigo identificado tem uma Probabilidade de ocorrer, assim como todo Risco gera uma Conseqüência, ou seja, Perigo => Probabilidade e Risco => Conseqüência, conforme a tabela 2.

Tabela 2. Exemplo de probabilidade e consequência.

As práticas corporais de aventura traz algum impacto ambiental? quais?

Fonte: ABETA, 2007

Qual impacto ambiental da prática dos esportes de aventura?

Quando os esportes de aventura são realizados por meio de motocicletas off road, nas chamadas “trilhas” podem causar diversos danos socioambientais como erosão do solo, poluição da água, poluição sonora, descarte lixo, incêndios, entre outros.

Quais os impactos ambientais que as práticas corporais de aventura causam na natureza?

Sendo assim, um esporte aéreo, por exemplo, pode agravar não só o "ar". A prática da Asa Delta, um esporte "aéreo" pode ocasionar - entre outras possibilidades - a compactação e erosão do solo onde são feitos os pousos e decolagens (ambiente terrestre).

Quais os impactos ambientais podem ser causados pelas práticas?

Dentre os principais impactos ambientais causados pela atividade humana, principalmente pelas empresas, podemos citar a diminuição dos mananciais, extinção de espécies, inundações, erosões, poluição, mudanças climáticas, destruição da camada de ozônio, chuva ácida, agravamento do efeito estufa e destruição de habitats.

Qual a relação das práticas corporais de aventura com o meio ambiente?

As práticas corporais de aventura na natureza além de promoverem o bem estar físico e mental, devem ser um caminho para promoção de ações ambientais nas quais os alunos possam construir os conhecimentos necessários para a conscientização e modificação de atitudes e comportamentos que poderão resultar na preservação e ...