Quais podem ser as consequências econômicas para as regiões que exploram a natureza para práticas esportivas?

Quais podem ser as consequências econômicas para as regiões que exploram a natureza para práticas esportivas?
Surfista salva tartaruga machucada no mar. Foto: Ecosurf / Facebook

Surf, vela, triatlo, corrida de aventura, mountain bike. São diversos os esportes que colocam o atleta diretamente em contato com a natureza e o meio ambiente durante sua prática. Pequenos gestos, como retirar o lixo das estradas, ou ações de como coletar resíduos no fundo do mar estão unindo atletas e admiradores de diferentes esportes em torno do enfrentamento da poluição. De acordo com a ONU Meio Ambiente, diferentes modalidades esportivas do mundo estão engajadas no combate na causa.

No Brasil, pouco mais de 1/3 da população pratica algum esporte ou atividade física, é o que aponta o último estudo que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) lançou sobre o tema. Os dados, contidos no suplemento Prática de Esporte e Atividade Física, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), evidenciam que o vínculo e o cuidado dos atletas com a natureza se dão na necessidade que o esportista tem de realizar a sua atividade no ambiente.

Segundo a professora de educação física Kátia Roiphe, as pessoas que praticam atividades físicas têm relações mais estreitas e de maior responsabilidade com o meio ambiente. E, quanto mais a atividade física estiver ligada ao ambiente externo, mais esse vínculo se firma.

“A prática esportiva requer e exige muita disciplina, o que influencia no cuidado mais apurado do atleta com seu próprio corpo e com o ambiente que vive. Se eu não cuidar do meu corpo para ter uma boa performance esportiva, eu sofro a consequência. Funciona assim também com o meio ambiente, é uma relação direta”, explica.   

Foi por meio do esporte que a ciclista Erika Sallum passou a adquirir práticas sustentáveis na sua rotina e criou uma consciência ambiental. “O esporte outdoor é praticado no meio ambiente, lá é o nosso playground. Com o esporte, você passa a ter muito mais noção de quanto o homem pode acabar com o seu próprio playground”, defende.

Praticante de ciclismo de estrada há 14 anos, ela afirma que o problema da poluição deixada por veículos motorizados nas estradas é grande e, por isso, eles tentam conscientizar todos os envolvidos a não jogar lixo na estrada e não deixar rastros.

Erika acredita que projetos de proteção ambiental e movimentos de conscientização criados pelos atletas são fundamentais para ampliar o engajamento das pessoas em torno do assunto.

“É preciso fazer campanha consciente, verdadeira e que tenha um impacto para as próximas gerações. Os atletas são pessoas com ótima entrada na população de maneira geral e podem ajudar a transformar a cabeça dos jovens”, destaca.

Pelos oceanos

A criação de uma organização dedicada ao empoderamento de surfistas para a proteção dos oceanos foi a saída que João Malavolta encontrou para lidar com a indignação que ele e um grupo de surfistas de Itanhaém, litoral Sul de São Paulo, tinham com a quantidade de lixo que encontravam na areia das praias após as temporadas de verão e feriados prolongados.

Atualmente, fundador e diretor executivo da Ecosurf, João acredita que o esporte acaba se transformando em uma ferramenta de luta socioambiental. O objetivo de sua organização é o de fazer com que a maior parte dos surfistas e engajadores no mundo inteiro entendam e assumam a responsabilidade de protegerem o local onde passam boa parte do seu tempo: a praia e os oceanos.

Nos mais de 20 anos de atuação, a organização já conseguiu influenciar políticas públicas de proteção ambiental da zona costeira, principalmente por estar atenta às questões que envolvem a agenda ambiental no país e no mundo. A Ecosurf está presente nas macrorregiões do litoral brasileiro, na Europa e na África.

“Já são mais de 10 mil voluntários envolvidos e dezenas de toneladas de plásticos retirados das zonas costeiras e marinhas”, explica o diretor executivo. 

Qualquer surfista que se identificar com a causa pode fazer parte da organização, que divide suas ações em quatro eixos de trabalho: Oceanos, Clima, Recursos Hídricos e Surf Sustentável, e ainda conta com formação presencial, cursos, workshops e palestras. “Dentro desse contexto, atuamos nas áreas da educação, políticas públicas, pesquisa, ativismo e mobilização”, explica João. Campanhas de despoluição das praias, manifestações e cyberativismo estão entre as atividades propostas pelo Instituto.

Run For The Oceans

Marcas de artigos esportivos também entram na causa. Em 2018, a Adidas fez uma parceria com o programa Parley for the Oceans para criar um movimento global que usa o esporte como forma de conscientização sobre a poluição marinha. Com o slogan “Transformando ameaças em design”, o projeto pretende impedir que o plástico chegue aos oceanos. No lugar disso, o material é transformado em artigos esportivos de alta performance.

Texto produzido em 01/05/2019

Quais podem ser as consequências sociais das práticas esportivas na natureza?

Entre eles se encontram os impactos na qualidade do ar em virtude da poluição provocada pelos veículos dos esportes motorizados e a destruição da flora e da fauna locais ocasionados pelo uso intenso de fertilizantes para manter as condições propícias para a realização da atividade esportiva e Os cuidado com os danos ...

Qual é a importância das práticas corporais de aventura na natureza para minimizar esses problemas?

As práticas corporais de aventura na natureza além de promoverem o bem estar físico e mental, devem ser um caminho para promoção de ações ambientais nas quais os alunos possam construir os conhecimentos necessários para a conscientização e modificação de atitudes e comportamentos que poderão resultar na preservação e ...

Como podemos contribuir para a preservação do meio ambiente através da prática dos esportes de aventura?

Respeite o local e mantenha tudo da mesma forma que encontrar. Pedras, galhos, fósseis são riquíssimos e sempre trazem uma história e conexão com o local. Se você retirar algo, além de interferir na natureza, pode impossibilitar que outras pessoas vivam uma experiência tão incrível quanto a sua.

Quais podem ser as consequências econômicas para os países europeus?

Olá. O baixo índice de crescimento natural afeta diretamente a pirâmide etária europeia. Nesse sentido, quando comparada com o Brasil pode - se ver que a pirâmide europeia está quase que invertida. Dessa forma, como consequência pode - se a maior contribuição da população economicamente ativa.