Como faço para vender dinheiro antigo?

Para vender notas e moedas antigas você precisa pesquisar a originalidade delas, consultar preçários numismáticos, se atentar à conservação e saber a quantidade que foi emitida no ano em questão. 

Abaixo vou trazer todos os aspectos que influenciam na precificação e no processo de venda desse tipo de produto.

Confira:

Estude um pouco sobre moedas e cédulas

Antes de investir na venda de notas antigas é preciso conhecer o mínimo sobre esse mercado para não acabar fazendo um negócio que não te traga lucros. 

O primeiro passo é pesquisar a demanda da moeda ou cédula nesse segmento e entender o preço médio que a galera anda pagando por esse produto. 

Esqueça esse papo de que alguma coleção está ultrapassada, toda e qualquer cédula, moeda ou até mesmo medalha têm um valor histórico e cultural agregado que precisa ser colocado na balança na hora de fazer negociação.

Para encontrar um preço justo, estude um pouco sobre o processo de negociação do nicho, tipos de colecionadores e produtos, para que consiga fazer vendas benéficas para o comprador e para você.

Conheça os diferentes tipos de moedas

Entre as especificidades envolvidas na precificação deste produto, existem diferentes categorias que costumam ter bastante peso na hora de vender. 

Você pode segmentá-las de acordo com vários requisitos, como o país de origem, as datas de fabricação, a sazonalidade (existem moedas de épocas pontuais, como Olimpíadas, por exemplo), tipos de metais (ouro, cobre, prata, bronze e níquel) e época.

Saiba quantas moedas e notas iguais as suas foram emitidas

A quantificação da emissão de moedas é um requisito legal em todos os países para controle de circulação de dinheiro e esses registros fazem total diferença no processo de comercialização.

Quanto mais raro for um produto, mais valor agregado ele vai ter e se além disso, a moeda em questão for sazonal e antiga, pode esperar muitos interessados e ofertas bem altas. 

A exemplo disso podemos citar a moeda de 1 centavo do cruzeiro que em 1989 teve mais de 290 milhões de emissões, enquanto que as de 1990 teve apenas 1 milhão. Sendo assim, a probabilidade das moedas de 1990 serem mais raras, mais escassas e terem valor agregado alto é muito maior. 

Contudo, não há regras de como vender moedas antigas a preços altos, para isso é importante que você leve-a para avaliações com especialistas.

Se atente ao estado de conservação delas

O estado de conservação da moeda ou da nota é um dos principais critérios de precificação. Aquelas que estão novinhas, sem amasso, riscos ou irregularidades são chamadas de “flor de estampa” e são super valorizadas pelos compradores e apreciadores. 

Porém, há diversos colecionadores que buscam por moedas com defeito de fabricação (também chamado de defeito de cunhagem). Esses defeitos variam muito de preço indo de R$10 a mais de R$500. 

Não confunda conservação com defeito, beleza? A conservação ruim, geralmente leva o preço do produto para baixo, enquanto que os defeitos puxam esse valor para cima.

A exemplo de moedas e notas defeituosas temos: A famosa moeda de 50 centavos que tem a cunhagem da moeda de 5 centavos e a cédula de 100 reais com defeito de impressão na borda. 

Pesquise a história de cada produto seu

Para saber o valor de notas e moedas antigas é preciso conhecer a história de cada uma delas, para entender a importância cultural, histórica e monetária de cada uma. 

Além dos aspectos de conservação e quantidade, existe o período histórico de emissão. As emissões que ocorreram no início da república brasileira e que foram produzidas por casas de moedas que não existem mais, costumam ter um preço de até 300 vezes o valor da moeda ou da nota.

Em contrapartida, as moedas antigas que tiveram alta circulação na população e que foram super conservadas, também costumam ter um espaço especial no coração dos colecionadores.

Então, investigue como sua moeda ou nota pode ser categorizada e foque na precificação.

Consulte preçários numismáticos

A determinação de preço de venda de várias moedas estão descritas em livros estruturados por numismatas e podem ser consultados por qualquer cidadão. 

A compilação dos dados ocorre através de sites especializados, leilões e eventos diversos numismáticos. 

Entre os catálogos de consulta disponibilizados pelo país, podemos citar:

• Catálogo Amigo: Moedas registradas pelo autor Maurício Porto Moreira que estão compiladas desde 2018 e trazem diversas informações e valores que vão de 1818 até a data de fabricação do catálogo;
• Catálogo Vieira: Este catálogo é mais antigo e já está na 17ª versão e traz informações de moedas que foram emitidas de 1695 até 2017;
• Livro das Moedas do Brasil: Este é o livro de registros mais conhecido entre os colecionadores e foi fundado por Irlei Soares e Claudio Amato. Está na 15ª versão e traz valores de base de notas e moedas do período entre 1643 e 2018;
• Livro Bentes das Moedas brasileiras: Estes registros são mais antigos e trazem moedas de 1500 a 2018 nacionais ou não. A produção é do autor Rodrigo Maldonado. 

Além desses livros físicos há como procurar registros de preços em sites como eBay e Mercado Livre, para conseguir nortear melhor quanto irá cobrar pelo seu produto.

Leve para uma avaliação de um especialista

A última fase de entendimento antes de buscar onde vender dinheiro antigo e começar a lucrar com isso é ir atrás de locais que tenham especialistas que possam avaliar o seu produto de perto, já que você pode deixar passar algum detalhe importante.  

A ideia é que vá até Sociedades de Numismática, Associações ou até mesmo Clubes devidamente registrados e com boa reputação nesse segmento para que te ajudem a precificar de forma adequada. 

Evite procurar ajuda por um autônomo que pode acabar trazendo informações errôneas para você.

Saiba onde vender suas notas e moedas

Na internet dá para encontrar quem compra notas antigas em apenas um clique. Porém, é interessante tentar negociar com várias pessoas e empreendimentos ao mesmo tempo, para conseguir escolher o que te traz uma maior lucratividade. 

Entre os diversos locais você pode tentar fazer sua divulgação e comercialização em:

• Vcoins (site);
• Feiras numismáticas (ocorrem ao redor de todo o Brasil);
• Cata Wiki (site);
• eBay (marketplace);
• Pessoa físicas em grupos do Facebook;
• Mercado Livre (marketplace);
• Leilões (físicos e virtuais);
• Clubes regularizados (físicos).

Leia também: Como montar um sebo de livros

Faça suas pesquisas e comece a vender

Agora que você já sabe como vender notas e moedas antigas, faça uma análise dos aspectos que influenciam na precificação e divulgue seu produto no máximo de lugares possível, para abraçar a melhor oferta de preço que tiver. 

Espero que o artigo tenha te ajudado e que você consiga lucrar muito fazendo negócios com colecionadores de todo o Brasil.

Até a próxima!

Abraços