Como ficou a Europa depois do fim da guerra?

No último século o mundo passou por várias mudanças provocadas por diversos motivos, dentre eles a Segunda Guerra Mundial que foi um conflito armado de grandes proporções que ocorreu principalmente na Europa, entre 1939 e 1945.

A eclosão da guerra foi promovida principalmente pela invasão da Alemanha sobre a Áustria, em 1938, e Tchecoslováquia, 1939, a Itália conquistou a Albânia e o Japão ocupou territórios no pacífico. Em 1939 a Alemanha invadiu a Polônia então a França e Inglaterra declararam guerra aos alemães.

Em 1941 a União Soviética também entrou na guerra, após ser invadida. Nesse mesmo ano os EUA entraram no conflito. A guerra foi travada entre dois grupos de países chamados de Força do Eixo e Aliados, após anos de combates os países do Eixo foram derrotados, a Itália se rendeu em 1943 e a Alemanha e Japão em 1945.

Após a Segunda Guerra, a Europa entrou em declínio e os EUA se consolidaram como principal potência ao lado da URSS, formando o mundo bipolar, sendo o primeiro capitalista e o segundo socialista.

A partir do interesse acerca do regime político que iria imperar, levando em conta as duas potências, teve início a Guerra fria. O avanço do socialismo no leste europeu e em outros países representava uma ameaça às intenções dos EUA, as rivalidades entre americanos e soviéticos se acirraram pela disputa na expansão de áreas de influência. A Guerra recebeu essa nomenclatura porque nunca houve um conflito armado, embora fosse uma bomba relógio prestes a explodir.

Esses foram, sem dúvida, os acontecimentos que deram nova configuração aos sistemas políticos e produtivos no mundo, além disso, consolidou a principal potência mundial que permanece até os dias atuais.

A Primeira Guerra Mundial causou profundas transformações no cenário político, social e econômico mundial. Segundo algumas estimativas, os diversos confrontos ocorridos ao longo desses quatro anos foram responsáveis pela morte de cerca de oito milhões de pessoas. Além disso, cerca de 20 milhões sofreram algum tipo de seqüela em conseqüência do conflito. Paralelamente, os prejuízos econômicos trazidos aos países envolvidos foram enormes.

Cerca de um terço das riquezas acumuladas pela Inglaterra e pela França foram perdidas com a Primeira Guerra. O parque industrial europeu foi quase reduzido pela metade e o potencial agrícola sofreu uma queda de 30%. A Europa deixava de ser o grande símbolo da prosperidade capitalista, estando atolada em dívidas e observando a desvalorização de suas moedas. Foi a partir de então que os Estados Unidos alcançaram a condição de grande potência.

Apesar de também ter sofrido com um significativo número de baixas e gastar aproximadamente 36 bilhões de dólares, os EUA tiveram suas compensações. No ano posterior à guerra, o país triplicou suas exportações em comparação ao ano de 1913 e a renda nacional atingiu um valor duas vezes maior. Ao mesmo tempo, outras nações que não se envolveram diretamente no confronto também ganharam com a Primeira Guerra.

Os países não-industrializados ampliaram as exportações de gêneros agrícolas e matéria-prima. Além disso, a retração econômica européia serviu para que algumas dessas nações – como o Brasil – pudessem ampliar suas atividades industriais substituindo internamente os mercados outrora controlados pelas nações européias. No Oriente, o Japão lucrou com o domínio sobre os mercados do Pacífico e no incremento de sua produção de algodão e aço.

No plano político, a Europa começou a sofrer uma verdadeira crise de valores. Em meio às desilusões de um continente destruído, as tendências comunistas e fascistas começaram a atrair boa parte da população. Ao mesmo tempo, tendo caráter extremamente punitivo, os tratados que deram fim à Primeira Guerra incitaram um sentimento de ódio e revanche que, algumas décadas mais tarde, prepararam o palco de uma nova guerra.

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A paz na Europa e os primórdios da cooperação

Com o objetivo de pôr termo aos conflitos frequentes e sangrentos que culminaram na Segunda Guerra Mundial, os políticos europeus iniciam o processo de construção do que hoje conhecemos como União Europeia.

A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, fundada em 1951, é o primeiro passo para garantir uma paz duradoura. Em 1957, o Tratado de Roma institui a Comunidade Económica Europeia (CEE) e uma nova era de cooperação cada vez mais estreita na Europa. No entanto, este período também conta com a emergência da Guerra Fria que divide o continente por mais de 40 anos.

8 de maio de 1945 — fim da Segunda Guerra Mundial na Europa

A Segunda Guerra Mundial termina na Europa. O continente encontra-se devastado. Milhões de pessoas morreram, ficaram feridas ou estão deslocadas. Seis milhões de judeus foram assassinados no Holocausto.

4 de abril de 1949 — criação da NATO

É criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança intergovernamental de segurança entre os Estados Unidos, o Canadá e 10 países da Europa Ocidental. Em 2020, a Nato tem 30 membros, incluindo 21 países da UE.

5 de maio de 1949 — criação do Conselho da Europa

9 de maio de 1950 — Um plano para uma nova cooperação política na Europa

Robert Schuman, ministro francês dos Negócios Estrangeiros, apresenta um plano para uma cooperação mais estreita, que propõe a integração das indústrias do carvão e do aço da Europa Ocidental. Mais tarde, o dia 9 de maio é celebrado pela União Europeia como o «Dia da Europa».  

18 de abril de 1951 — Comunidade Europeia do Carvão e do Aço

Com base no plano Schuman, seis países assinam um tratado para colocarem as suas indústrias pesadas – carvão e aço - sob um sistema de gestão comum. Desta forma, ao contrário do que aconteceu no passado, nenhum destes países pode, por si só, fabricar armas de guerra para atacar os outros. Estes seis países são a Alemanha, a França, a Itália, os Países Baixos, a Bélgica e o Luxemburgo. A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço entra em funções em 1952.

25 de março de 1957 — tratados de Roma

Encorajados pelo êxito do Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, os seis países fundadores alargam a sua cooperação a outros setores económicos. Formalizam-no através da assinatura de dois tratados, que instituem a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom). Estes organismos entraram em funções em 1 de janeiro de 1958.

Lista de todos os países da UE e respetiva data de adesão

19 de março de 1958 — nascimento do Parlamento Europeu

A primeira reunião da Assembleia Parlamentar Europeia, antecessora do Parlamento Europeu de hoje, realiza-se em Estrasburgo, França, com o Presidente eleito Robert Schuman. Substitui a Assembleia Comum da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e altera o seu nome para Parlamento Europeu em 30 de março de 1962.

Informações adicionais

Qual a situação da Europa após o final da guerra?

O final da Primeira Grande Guerra mergulhou a Europa num estado caótico, ao terem sido destruídos não só alguns dos mais poderosos impérios (austro-húngaro, alemão, turco, russo) e dos mais relevantes países (Itália, França, Bélgica) como as suas estruturas sociais, económicas e políticas.

O que aconteceu com a Europa após o fim da Guerra Fria?

O fim da Guerra Fria (1991) A queda do Muro de Berlim foi o marco visível que simbolizou o fim dos regimes socialistas no Leste europeu. Após sua derrubada, os regimes socialistas foram caindo um a um, e em outubro de 1990, as duas Alemanhas foram finalmente unificadas.

Como foi a recuperação da Europa após a Segunda Guerra Mundial?

O Plano Marshall foi uma ajuda financeira dos Estados Unidos para reconstruir a Europa após o final da Segunda Guerra Mundial. Os principais objetivos desse plano eram garantir o apoio dos países da Europa Ocidental ao lado norte-americano e evitar o avanço da União Soviética sobre o Ocidente.