Como podemos caracterizar o tecido epitelial quanto a matriz extracelular?

Índice

  • 1 A Matriz Extracelular
  • 2 Conceito Matriz Extracelular
  • 3 Junções celulares
    • 3.1 Junções de Ancoragem
    • 3.2 Posts relacionados:

Confira um artigo completo que falamos sobre a Matriz Extracelular para esclarecer todas as suas dúvidas. Ao final, confira alguns materiais educativos para complementar ainda mais os seus estudos.

Boa leitura!

Em um organismo multicelular, as células podem ser unidas por meio de interações célula-célula ou se ligarem por meio dos materiais que elas secretam, mas, de uma forma ou de outra, devem estar coesas para formar uma estrutura multicelular organizada. O mecanismo de coesão coordena a arquitetura do organismo, sua forma e o arranjo dos diferentes tipos celulares.

As junções entre as células criam vias para a comunicação, permitindo que as células compartilhem sinais que estruturem seu comportamento e regulem seu padrão de expressão gênica. As ligações entre células à matriz extracelular controlam a orientação da estrutura interna de cada célula.

A formação e a destruição das ligações e a modelagem da matriz extracelular governam o modo como as células se movem no organismo, orientando-as durante o crescimento, o desenvolvimento e o reparo celular. Dessa forma, o aparato das junções celulares, os mecanismos de adesão celular e a matriz extracelular são críticos para cada um dos aspectos da organização, função e dinâmica das estruturas multicelulares.

A matriz extracelular consiste em uma rede complexa de proteínas e cadeias de polissacarídeos secretados pelas células. Sua disponibilidade é variada em diferentes tipos de tecido. Nos tecidos conjuntivos, tais como ossos ou tendões, por exemplo, a matriz extracelular é abundante e as células se encontram esparsamente distribuídas.

A matriz é rica em polímeros fibrosos constituídos principalmente de colágeno. Ligações diretas entre as células são relativamente raras, mas as células apresentam importantes ligações à matriz que as permitem esticar a própria matriz e ser por ela esticadas.

Por outro lado, no tecido epitelial, como aquele que reveste o intestino ou a epiderme, as células são fortemente ligadas em camadas chamadas de epitélio. A matriz extracelular é escassa e consiste principalmente em uma fina camada denominada lâmina basal (ou membrana basal), que se situa subjacente ao epitélio. As células estão ligadas umas às outras diretamente, por adesões célula-célula, onde os filamentos do citoesqueleto estão ancorados, transmitindo o estresse pelo interior das células de um local de adesão a outro.

Junções celulares

A ligação física é importante, tanto no tecido epitelial quanto em tecidos não-epiteliais, porém as junções entre as células e a matriz são distintas em estrutura e fazem mais do que apenas transmitir forças físicas durante um estresse mecânico. Veja na tabela abaixo as principais junções celulares e sua classificação funcional:

Como podemos caracterizar o tecido epitelial quanto a matriz extracelular?

As junções celulares de ancoragem são reconhecidas em dois grupos. No primeiro, situa-se junções que são sítios de ancoramento para a actina, que compõe o citoesqueleto das células. Nesse sentido, existem as junções aderentes (célula-célula) e as junções célula-matriz ligadas por filamentos de actina (célula-matriz).

No segundo grupo estão as junções que possuem sítios de ligação para filamentos intermediários, que também são componentes do citoesqueleto. Os desmossomos (célula-célula) e os hemidesmossomos (célula-matriz) formam este grupo.

Junções de Ancoragem

Em cada um dos quatro tipos de ancoramento, o papel central é desempenhado pelas proteínas de adesão transmembrana, que atravessam a membrana com uma extremidade ligada ao citoesqueleto no interior da célula e a outra extremidade ligando as outras estruturas fora dela. Essas moléculas transmembrana ligadas ao citoesqueleto classificam-se em duas superfamílias, correspondendo aos dois tipos básicos de ligação externa.

As proteínas da superfamília das caderinas medeiam as ligações célula-célula, e as proteínas da superfamília das integrinas medeiam as ligações célula-matriz.

Em cada família, ocorrem especificações. Algumas caderinas se ligam a actina e formam as junções aderentes, enquanto outras se ligam aos filamentos intermediários e formam os desmossomos. Igualmente, algumas integrinas se ligam a actina e formam as junções matriz-célula ligadas por actina, enquanto outras se ligam aos filamentos intermediários e formam os hemidesmossomos.

As junções aderentes são parte essencial da maquinaria de modelagem da forma das estruturas dos organismos multicelulares do corpo de um animal. A ligação indireta dos filamentos de actina de uma célula com as células vizinhas permite que as células dos tecidos usem seu citoesqueleto de actina de maneira coordenada.

Em muitos tecidos não epiteliais, as junções aderentes se apresentam na forma de pequenos pontos ou linhas que indiretamente conectam os filamentos de actina cortical, abaixo da membrana plasmática entre duas células vizinhas. Já nos tecidos epiteliais, essas junções frequentemente formam um cinto de adesão (ou zona de adesão) logo abaixo da face apical do epitélio, circundando cada célula da camada.

O desmossomos são estruturalmente similares às junções aderentes, mas ligam os filamentos intermediários ao invés da actina. Eles estão presentes em abundância na epiderme, epitélio que forma a camada mais externa da pele. Sua principal função é proporcionar força mecânica. Os desmossomos aparecem como pontos de contato intercelular em forma de botões que fixam as células.

No interior da célula, eles atuam como sítios de ancoramento para filamentos intermediários semelhantes a cordas que formam uma rede estrutural de grande força tensora. Através dos desmossomos, os filamentos intermediários de células adjacentes são ligados a uma rede que se estende por muitas células de um tecido.

O tipo específico de filamento intermediário ligado aos desmossomos depende do tipo celular. Na maioria das células epiteliais, por exemplo, os filamentos intermediários são formados por filamentos de queratina. Já nas células do músculo cardíaco, por filamentos de desmina.

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Como podemos caracterizar o tecido epitelial quanto à disposição das células em relação à matriz extracelular?

O tecido epitelial caracteriza-se pela presença de pouca matriz extracelular e células justapostas, ou seja, células intimamente unidas. O tecido epitelial destaca-se pela presença de células bastante unidas. O tecido epitelial caracteriza-se por apresentar células unidas e com pouca matriz extracelular entre elas.

Qual a matriz extracelular do tecido epitelial?

Por outro lado, no tecido epitelial, como aquele que reveste o intestino ou a epiderme, as células são fortemente ligadas em camadas chamadas de epitélio. A matriz extracelular é escassa e consiste principalmente em uma fina camada denominada lâmina basal (ou membrana basal), que se situa subjacente ao epitélio.

Porque o tecido epitelial tem pouca matriz extracelular?

Ouça este artigo: O tecido epitelial é composto por células poliédricas justapostas com pouca deposição de matriz-extracelular entre elas. Devido a presença de estruturas de junção intercelular, este tipo de tecido possui uma alta adesão celular.

Quais as características de um tecido epitelial?

O tecido epitelial caracteriza-se pela pouca quantidade de material intercelular e por apresentar células extremamente unidas (justapostas). Esse tecido não apresenta vasos sanguíneos, sendo que sua nutrição e oxigenação, assim como a remoção de detritos, são feitas através de capilares do tecido conjuntivo adjacente.