Como ser um bom professor alfabetizador?

Como ser um bom professor alfabetizador?

No processo de alfabetização, há um crescente nível de exigência sobre as competências da professora alfabetizadora. É preciso ter domínio da disciplina, capacidade de organizar um currículo que enfatize os principais objetivos, capacidade de comunicação com os alunos, de manter um clima organizar e entusiasmar os alunos para lerem muito, entre outras habilidades.

Vamos ver, então, quais as principais competências que a professora alfabetizadora deve saber em relação a Língua Portuguesa, Literatura e Literatura Infantil e Competências Pedagógica Gerais. Além disso, vamos verificar as competências específicas como consciência fonêmica, compreensão de textos e avaliação.

Língua Portuguesa

A professora alfabetizadora precisa possuir um domínio teórico e prático da língua portuguesa, especialmente sobre:

  • Fonética
  • Morfologia
  • Ortografia
  • Semântica
  • Sintaxe

Além disso, deve saber escrever de forma legível e bem organizada e ler bem em voz alta.

Literatura e Literatura Infantil

Para a alfabetização, a professora alfabetizadora deve ter um conhecimento razoável e uma familiaridade com livros importantes de literatura, que incluam:

  • Teoria da literatura
  • Literatura universal
  • Literatura brasileira
  • Literatura infantil

É preciso saber os principais autores, as principais correntes, escolas e características desses trabalhos. A professora precisa, nesse sentido, conhecer critérios para avaliar a adequação e livros ao programa de ensino e ao nível de interesse dos alunos.

Competências pedagógicas gerais

  • A professora precisa saber como utilizar as competências abaixo no contexto de programas de alfabetização:
  • Elaborar um plano de curso de alfabetização, levando em conta o programa de ensino da Secretaria ou da escola.
  • Elaborar planos de aula.
  • Manejar a classe e conduzir adequadamente os alunos na sala de aula, inclusive no que diz respeito à interação com seus pais e familiares.
  • Desenvolver e utilizar instrumentos de avaliação para toma decisões relacionadas ao diagnóstico, recuperação e enturmação de alunos.

Competências específicas

As competências específicas referem-se às suas atividades específicas, e, portanto, às competências que ele precisa ensinar ao aluno:

  • Consciência fonêmica, princípio alfabético e familiaridade com textos impressos
  • O código alfabético: fônica e decodificação
  • Fluência
  • Vocabulário
  • Compreensão de textos
  • Expressão escrita
  • Caligrafia e ortografia
  • Avaliação

Saiba mais no livro “ABC do Alfabetizador“, escrito pelo professor João Batista Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto

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Para que possa produzir mudanças, o educador precisa buscar novos conhecimentos e saber como aplicá-los em sala de aula

POR: Muriele Massucato, Eduarda Diniz Mayrink
27 de Agosto de 2015

Como ser um bom professor alfabetizador?
Para produzir mudanças, o educador precisa buscar novos conhecimentos e saber aplicá-los em sala de aula, contando com o auxílio da formação continuada    Crédito: Manuela Novais

O professor alfabetizador é o profissional responsável por planejar e implementar ações pedagógicas que propiciem aos alunos o desenvolvimento das habilidades para ler e escrever com compreensão. É importante considerar que a alfabetização vai muito além da determinação de conteúdos a serem ensinados, e a sua complexidade exige que o docente conheça a estrutura e o funcionamento da língua. Sendo assim, é indispensável que ele esteja familiarizado com as características e as implicações das etapas do desenvolvimento de uma criança, as competências que os alunos deverão adquirir ao final de um ano letivo, os métodos de alfabetização existentes e as abordagens de avaliação da aprendizagem.

Para que possa produzir mudanças, o educador precisa buscar novos conhecimentos e saber como aplicá-los em sala de aula, contando com o auxílio da formação continuada. Alfabetizar é uma das maiores dificuldades dos professores e, por isso, o tema precisa ser trabalhado constantemente pelo coordenador pedagógico. Os conteúdos da formação são muitos, e a definição de quais assuntos priorizar e por onde começar deve favorecer a construção das competências necessárias para garantir a evolução dos alunos.

Portanto, o processo de formação precisa ser menos idealizado e mais próximo da realidade, levando em conta a experiência cotidiana e os saberes adquiridos na prática. Para que garanta a alfabetização, o docente precisa estar qualificado em relação ao domínio dos conceitos e teorias de aprendizagens no processo de construção da escrita, assim como às estratégias de leitura. Mas como ajudar os professores a construir tais competências?

Ao elaborar um plano de formação sobre alfabetização, destaco alguns conteúdos e ações essenciais que podem ajudar no processo:

- A concepção de alfabetização, os métodos de ensino e as teorias de aprendizagem;
- A construção da escrita: hipóteses de escrita e de leitura;
- A análise de adequação das situações didáticas de alfabetização com base no conhecimento dos alunos;
- A análise da produção escrita dos alunos, identificando o que ela revela sobre o conhecimento linguístico de cada um;
- A produção de instrumentos de avaliação da aprendizagem;
- A identificação das variáveis que interferem na assimilação do conteúdo;
- A formação de agrupamentos produtivos e o favorecimento da cooperação entre as crianças;
- A seleção de diferentes materiais apropriados para o trabalho pedagógico;
- A gestão adequada da sala de aula e a organização do espaço, especialmente quando há níveis heterogêneos de conhecimento em relação ao sistema de escrita;

Minha sugestão é olhar para a prática do professor, os materiais que ele produz, os conteúdos que trabalha e como organiza e planeja as atividades. É muito importante acompanhar a rotina de toda a equipe, fazendo observação de aula e analisando o caderno dos estudantes. Isso não deve ser feito para vigiá-los e fazer cobranças, mas sim como um trabalho de parceria e um diagnóstico para levantamento das necessidades de aprendizagem.

E vocês, como organizam a formação dos professores alfabetizadores? Compartilhem!

Abraços,
Eduarda

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