Um eclipse acontece sempre que um corpo entra na sombra de outro. Assim, quando a Lua entra na sombra da Terra, acontece um eclipse lunar. Quando a Terra é atingida pela sombra da Lua, acontece um eclipse solar. Show Sombra de Um Corpo ExtensoNa parte superior da figura acima vemos a região da umbra e da penumbra da sombra. Na parte inferior, vemos a aparência da fonte para os pontos A a D na sombra.
A órbita da Terra em torno do Sol, e a órbita da Lua em torno da Terra, não estão no mesmo plano, ou ocorreria um eclipse da Lua a cada Lua Cheia, e um eclipse do Sol a cada Lua Nova. O plano da órbita da Lua em torno da Terra não é o mesmo plano que o da órbita da Terra em torno do Sol. A figura representa as configura��es Sol-Terra-Lua para as fases Nova e Cheia em quatro luna��es diferentes, salientando os planos da ecl�ptica (ret�ngulo maior) e da �rbita da Lua (ret�ngulos menores). Nas luna��es (a) e (c), as fases Nova e Cheia acontecem quando a Lua est� um pouco acima ou um pouco abaixo da ecl�ptica, e n�o acontecem eclipses. Nas luna��es (b) e (d) as fases Nova e Cheia acontecem quando a Lua est� nos pontos da sua �rbita em que ela cruza a ecl�ptica, ent�o acontece um eclipse solar na Lua Nova e um eclipse lunar na Lua Cheia. O plano da órbita da Lua está inclinado 5,2 ° em relação ao plano da órbita da Terra. Portanto só ocorrem eclipses quando a Lua está na fase de Lua Cheia ou Nova, e quando o Sol está sobre a linha dos nodos, que é a linha de intersecção do plano da órbita da Terra em torno do Sol com o plano da órbita da Lua em torno da Terra.Eclipses do Sol e da Lua são os eventos mais espetaculares do céu. Um eclipse solar ocorre quando a Lua está entre a Terra e o Sol. Se o disco inteiro do Sol está atrás da Lua, o eclipse é total. Caso contrário, é parcial. Se a Lua está próxima de seu apogeu (ponto mais distante de sua �rbita), o di�metro da Lua é menor que o do Sol, e ocorre um eclipse anular. Como a excentricidade da órbita da Terra em torno do Sol é de 0,0167, o di�metro angular do Sol varia 1,67% em torno de sua média, de 31'59". A órbita da Lua em torno da Terra tem uma excentricidade de 0,05 e, portanto, seu di�metro angular varia 5% em torno de sua média, de 31'5", chegando a 33'16", muito maior do que o di�metro máximo do Sol.Embora Hiparcos (c.190-c.120 a.C.) n�o conhecesse em estas varia��es de dist�ncia, com os epiciclos ele conseguia calcular com precis�o de uma a duas horas a ocorr�ncia dos eclipses da Lua. Seus c�lculos foram publicados no Almagesto, de Ptolomeu (85 d.C. - 165 d.C.). As Tabelas de Toletan, de Abu Ishaq Ibrah�m ibn Yahya al-Naqqash al-Zarqali (1029-1087), latinizado como Arzaquel de Toledo, foram publicadas em 1080, atualizando os c�lculos. As subsequentes foram as Tabelas Alfonsinas, em hora do rei Alfonso X de Leon e Castilha (1221-1284), publicadas em Toledo em 1252. John M�ller de K�nigsberg (1436-1476), Alemanha, conhecido como Regiomantanus, notou que o eclipse da Lua ocorria j� uma hora mais tarde do que nas Tabelas Alfonsinas. Domenico Maria Novara da Ferrara (1454-1504), professor de Nicolao Cop�rnico (1473-1543), foi seu aluno. Regiomontanus publicou Ephemerides, com tabelas astron�micas para 30 anos, inclusive dados para se encontrar a latitude e longitude no mar, provavelmente utilizado por Cristov�o Colombo (1451-1503), na sua primeira viagem de descoberta das Am�ricas, em 1492. Cop�rnico assume �rbitas circulares em sua teoria, mas usa epiciclos para explicar suas varia��es, recalcula a excentricidade do movimento aparente do Sol estabelecida nos epiciclos de Ptolomeu, e publica tabelas para que a posi��o aparente do Sol e da Lua possam ser calculadas, refinando o c�lculo dos eclipses. Seu colega Erasmus Reinhold (1511-1553) publicou em 1551 as Tabulae Prutenicae, baseadas no De Revolutionibus de Cop�rnico, somente superadas pelas Tabelas Rudolfinas, publicadas por Johannes Kepler (1571-1630) em 1623. Um eclipse total da Lua (Foto de Nima Asadzadeh, 28 Jul 18, Iran) acontece quando a Lua fica inteiramente imersa na umbra da Terra; se somente parte dela passa pela umbra, e resto passa pela penumbra, o eclipse é parcial. Se a Lua passa somente na penumbra, o eclipse é penumbral. Um eclipse total é sempre acompanhado das fases penumbral e parcial. Um eclipse penumbral é difícil de ver diretamente com o olho, pois o brilho da Lua permance quase o mesmo. Durante a fase total, a Lua aparece com uma luminosidade t�nue e avermelhada. Isso acontece porque parte da luz solar é refractada na atmosfera da Terra e atinge a Lua. Por�m essa luz est� quase totalmente desprovida dos raios azuis, que sofreram forte espalhamento e absor��o na espessa camada atmosf�rica atravessada.Eclipses do SolDurante um eclipse solar, a umbra da Lua na Terra tem sempre menos que 270 km de largura. Como a sombra se move a pelo menos 34 km/min para Leste, devido à órbita da Lua em torno da Terra, o máximo de um eclipse dura no máximo 7 1/2 minutos. Portanto um eclipse solar total só é visível, se o clima permitir, em uma estreita faixa sobre a Terra, chamada de caminho do eclipse. Em uma região de aproximadamente 3000 km de cada lado do caminho do eclipse, ocorre um eclipse parcial. , para leste, em relação ao Sol (360°/29,5 dias= 12°/dia), o que implica numa velocidade de: Eclipses da LuaTemporada de EclipsesSe o plano orbital da Lua coincidisse com o plano da eclíptica, um eclipse solar ocorreria a toda Lua nova e um eclipse lunar a toda Lua cheia. Entretanto, o plano está inclinado 5,2 ° e, portanto, a Lua precisa estar próxima da linha de nodos (cruzando o plano da ecl�ptica) para que um eclipse ocorra. Como o sistema Terra-Lua orbita o Sol, aproximadamente duas vezes por ano a linha dos nodos est� alinhada com o Sol e a Terra. Estas s�o as temporadas dos eclipses, quando os eclipses podem ocorrer. Quando a Lua passar pelo nodo durante a temporada de eclipses, ocorre um eclipse. Como a �rbita da Lua gradualmente gira sobre seu eixo (com um per�odo de 18,6 anos de regress�o dos nodos), as temporadas ocorrem a cada 173 dias, e n�o exatamente a cada meio ano. A distância angular da Lua do nodo precisa ser menor que 4,6° para um eclipse lunar, e menor que 10,3 ° para um eclipse solar, o que estende a temporada de eclipses para 31 a 38 dias, dependendo dos tamanhos aparentes e velocidades aparentes do Sol e da Lua, que variam porque as �rbitas da Terra e da Lua s�o el�pticas, de modo que pelo menos um eclipse ocorre a cada 173 dias.Entre dois e sete eclipses ocorrem anualmente. Em cada temporada usualmente acontece um eclipse solar e um anular, mas podem acontecer tr�s eclipses por temporada, numa sucess�o de eclipse solar, lunar e solar novamente, ou lunar, solar e lunar novamente. Quando acontecem dois eclipses lunares na mesma temporada os dois s�o penumbrais. As temporadas de eclipses s�o separadas por 173 dias [(1 ano - 20 dias)/2]. Eclipses do Sol 2010-2024DataTempo Din�micoLatitudeLongitudeTipo de(centro)(centro)(centro)Eclipse15 Jan 201007:07:392 N69 EAnular do Sol11 Jul 201019:34:3820 S122 OTotal do Sol4 Jan 201108:51:4265 N21 EParcial do Sol1 Jun 201121:17:1868 N47 EParcial do Sol1 Jul 201108:39:3065 S29 EPenumbral do Sol25 Nov 201106:21:2469 S82 OParcial do Sol20 Mai 201223:53:5449 N176 EAnular do Sol13 Nov 201222:12:5540 S161 OTotal do Sol10 Mai 201300:26:202 N175 EAnular do Sol3 Nov 201312:47:363 N12 OTotal do Sol29 Abr 201406:04:3371 S131 EAnular do Sol23 Out 201421:45:3971 N97 OParcial do Sol20 Mar 201509:46:4764 N7 OTotal do Sol13 Set 201506:55:1972 S2 OParcial do Sol9 Mar 201601:58:1910 N149 ETotal do Sol (n�o vis�vel no Brasil)1 Set 201609:08:0211 S38 EAnular do Sol (n�o vis�vel no Brasil)26 Fev 201714:54:3335 S31 OAnular do Sol (Parcial vis�vel na maior parte do Brasil, exceto extremo norte.21 Ago 201718:26:4037 N88 OTotal do Sol, mas n�o vis�vel no Brasil.15 Fev 201820:52:3371 S1 EParcial do Sol13 Jul 201803:02:1668 S127 EParcial do Sol11 Ago 201809:47:2870 N174 EParcial do Sol6 Jan 201901:42:3867 N154 EParcial do Sol2 Jul 201919:24:0717 S109 OTotal do Sol26 Dez 201905:18:531 N102 EAnular do Sol21 Jun 202006:41:1531 N80 EAnular do Sol14 Dez 202016:14:3940 S68 OTotal do Sol10 Jun 2021Anular do Sol (n�o vis�vel do Brasil)4 Dez 2021Total do Sol (n�o vis�vel do Brasil)30 Abr 2022Parcial do Sol (n�o vis�vel do Brasil)25 Out 2022Parcial do Sol (n�o vis�vel do Brasil)20 Abr 2023Total do Sol (n�o vis�vel do Brasil)14 Out 2023Anular do Sol - vis�vel no norte do Brasil8 Abr 2024Total do Sol - n�o vis�vel no Brasil2 Out 2024Anular do Sol - vis�vel no sul do BrasilEclipses da Lua 2010-2024DataTempo Din�micoTipo de(centro)Eclipse26 Jun 201011:39:34Parcial da Lua21 Dez 201008:18:04Total da Lua15 Jun 201120:13:43Total da Lua10 Dez 201114:32:56Total da Lua04 Jun 201211:04:20Parcial da Lua28 Nov 201214:34:07Penumbral da Lua25 Abr 201320:08:38Parcial da Lua25 Mai 201304:11:06Penumbral da Lua18 Out 201323:51:25Penumbral da Lua15 Abr 201407:46:48Total da Lua08 Out 201410:55:44Total da Lua04 Abr 201512:01:24Total da Lua28 Set 201502:48:17Total da Lua23 Mar 201611:48:21Penumbral da Lua16 Set 201618:55:27Penumbral da Lua11 Fev 201700:45:03Penumbral da Lua07 Ago 201718:21:38Parcial da Lua31 Jan 201813:31:00Total da Lua27 Jul 201820:22:54Total da Lua21 Jan 201905:13:27Total da Lua16 Jul 201921:31:55Parcial da Lua10 Jan 202019:11:11Penumbral da Lua05 Jun 202019:26:14Penumbral da Lua05 Jul 202004:31:12Penumbral da Lua30 Nov 202009:44:01Penumbral da Lua26 Mai 2021Total da Lua26 Mai 2021Total da Lua18/19 Nov 2021Parcial da Lua15/16 Mai 2022Total da Lua8 Nov 2022Total da Lua5/6 Mai 2023Penumbral da Lua28/29 Out 2023Parcial da Lua24/25 Mar 2024Penumbral da Lua17/18 Set 2024Parcial da LuaA diferen�a entre o Tempo Din�mico e o Tempo Universal, devido principalmente � fric��o causada pelas mar�s, aumenta de 67s em 2010 para 74s em 2020.SarosO Sol e o nodo ascendente ou descendente da Lua estão na mesma direção uma vez cada 346,62 dias. Dezenove de tais períodos (=6585,78 dias = 18 anos 11 dias) estão próximos em duração a 223 meses sinódicos. Isto significa que a configuração Sol-Lua e os eclipses se repetem na mesma ordem depois deste período. Este ciclo já era conhecido pelos antigos Babilônios, e por razões históricas, é conhecido como Saros, que significa repetição em grego. Qual a diferença entre eclipse solar e lunar?Eclipse lunar total: ocorre quando a lua posiciona-se totalmente sobre a área da umbra formada pela sombra da Terra, ficando completamente escura. Eclipse lunar penumbral: é quando a lua encontra-se totalmente sobre a área da penumbra formada pela sombra da Terra, ficando parcialmente escura.
Qual é mais raro eclipse lunar ou solar?Os eclipses lunares são mais comuns do que os solares (quando a lua fica entre o sol e a Terra e encobre a luminosidade solar).
Qual é a semelhança entre o eclipse solar e O eclipse lunar?O eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra, produzida pelo Sol, é projetada sobre a Lua, cobrindo-a. De forma similar ao eclipse solar, o eclipse lunar só pode ocorrer quando a órbita da lua coincide com a eclíptica.
Qual a diferença entre o eclipse solar?O eclipse solar ocorre quando a Lua se posiciona em frente ao Sol, projetando sua sombra sobre o nosso planeta. Durante esse fenômeno uma parte da Terra fica escura devido a projeção da sombra lunar, conhecida como umbra, podendo ser observada somente durante um eclipse solar total.
|