Dor de garganta e dor de ouvido

Inflamações na garganta e ouvido - cuidado! busque tratamento adequado

Garganta e ouvidos estão interconectados por pequenos canais. E ter uma infecção em uma dessas regiões não é nada agradável, especialmente por conta da dor e do incômodo presentes. Uma dor de garganta, por exemplo, pode ser responsável por uma possível infecção de ouvido.

Basicamente, não existem diferenças ao pensar nos agentes causadores dessas doenças, que podem ser os vírus ou as bactérias, além de fungos que causam as micoses, principalmente, no conduto auditivo externo.

As principais doenças de garganta são as rinofaringites, as laringites e as amigdalites. Ou seja, cada uma delas significa a inflamação em alguma parte do sistema respiratório: faringe, laringe ou amígdalas. Elas causam dor local, dificuldade de deglutição, febre, mal-estar, dores musculares e dor para se alimentar (por conta da passagem do alimento).

Já as patologias que acometem o ouvido são as otites, que podem ser externas ou médias. As médias estão mais relacionadas ao inverno e as externas mais ao verão. Isso porque as otites externas acontecem, normalmente, pelo excesso de água no ouvido, comum quando as pessoas passam muito tempo em piscinas ou no mar, sendo consideradas doença “de nadador”.   As otites médias acontecem a partir de uma sinusite ou uma rinofaringite. A interligação entre a garganta, o nariz e os ouvidos faz com que o acúmulo de secreção corra para o ouvido médio, acumulando-se na região.

Tratamentos

No caso das infecções na garganta ocasionadas por vírus, o médico irá realizar o acompanhamento, receitar o remédio e o tratamento mais preciso. No entanto, os mais comuns são: AAS, cataflam, dipirona, flogoral, flanax, ibuprofeno, nimesulida, etc.

Algumas soluções naturais podem até ajudar, como utilizar mel, própolis, gengibre, limão e papaína.  Com relação às infecções por bactérias, o profissional pode receitar o uso de antibióticos.

Da mesma forma que a dor de garganta, a dor de ouvido pode ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Ele pode receitar deocil, dipirona, tramal, nimesulida e toragesic.

Mais uma vez: procurar um médico para o tratamento e acompanhamento é o mais indicado para ambos os casos.

Pode ou não usar cotonete? E compartilhar fones de ouvido? Especialista esclarece alguns mitos e verdades sobre dor de ouvido.

Quase todo mundo já teve dor de ouvido alguma vez na vida. As principais causas desse problema são inflamações provocadas por trauma, manipulação ou excesso de umidade. Infecções causadas por fungos, bactérias ou vírus, e mesmo excesso de cera também podem provocar dor. Confira alguns mitos e verdades apontados pela dra. Jeanne Oiticica, médica otorrinolaringologista e chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

1) Dor de ouvido pode estar relacionada à saúde bucal

VERDADE – Existem dois nervos longos que passam pelo ouvido e pela garganta, ou seja, as duas regiões estão interligadas. Problemas bucais, como gengivite ou amidalite, por exemplo, podem provocar dor de ouvido ou disfunção na articulação temporomandibular (ATM), que liga a mandíbula ao crânio. Através desses nervos, uma dor pode irradiar tanto do ouvido para a garganta como fazer o caminho inverso.

Veja também: Cuidado com as hastes flexíveis (cotonetes)

2) A limpeza do ouvido deve ser feita com hastes flexíveis (cotonetes)

MITO – Hastes flexíveis só devem ser usadas nas dobras das orelhas, e não introduzidas no canal do ouvido, já que podem criar fissuras na pele e facilitar a entrada e proliferação de bactérias. Além disso, elas podem romper o tímpano, membrana que veda o fundo do canal auditivo e protege a cavidade do osso do ouvido. A perfuração do tímpano pode resultar em infecções, dor de ouvido e até surdez.

3) Andar de carro com o vidro aberto e tomar vento pode causar dor de ouvido

VERDADE – Isso acontece porque o frio favorece a contração dos músculos e tecidos que envolvem o canal do ouvido e deixa a pele mais sensível. Essa contração é o que provoca a dor. Não se trata de otite (infecção de ouvido), apenas dor no canal auditivo. A dica é se agasalhar, usar gorro e evitar sair com o cabelo molhado no frio.

4) Dor de ouvido não tem nada a ver com gripe

MITO – Dor de ouvido e gripe podem estar relacionadas, já que as secreções geradas por gripes, resfriados e sinusitepodem migrar para o canal auditivo e provocar dor. Além disso, as inflamações das vias aéreas favorecem a proliferação de bactérias e vírus que provocam otite e também causam dor.

5) Compartilhar fones de ouvido não causa infecção

MITO – Compartilhar fones de ouvido pode, sim, causar infecção, pois existe o risco de contrair alguma bactéria do ouvido da outra pessoa. Outro fator que pode causar danos auditivos é o volume do som. A recomendação é deixar os fones em um volume em que a pessoa ao lado não escute sua música (o que, além de saudável, é educado).

Recomendações

A introdução de objetos no ouvido não é recomendada. Na verdade, o ouvido tem um sistema próprio de limpeza, que elimina a cera em excesso. Para limpar e secar a região, basta utilizar uma toalha felpuda após o banho. “Caso isso não seja suficiente para fazer a água coletada no canal do ouvido evaporar, o ideal é usar um secador de cabelo na temperatura morna em direção à orelha ou pingar uma gota de vinagre incolor ou de álcool para forçar a evaporação do líquido retido”, explica a dra. Jeanne. O efeito ocorre porque o vinagre tem ação desidratante, o que faz a água evaporar.

O vinagre também pode ser usado após exposição à água. Depois de tomar um banho de mar ou de piscina, por exemplo, você pode molhar um algodão com o produto e pingar uma gotinha no ouvido.

É importante destacar que algumas estratégias podem amenizar a dor de ouvido, mas é necessário procurar um médico para identificar e tratar a causa. “Se a dor surgir e você estiver longe de uma assistência médica, use dipirona, paracetamol ou ibuprofeno para aliviar os sintomas, mas em seguida procure um especialista para saber o que está causando a dor e nunca deixe de fazer o tratamento adequado para evitar complicações maiores”, recomenda a médica.

Quando o excesso de cera tampa o ouvido, o ideal é buscar um serviço médico para fazer a remoção. A dra. explica que há também a opção de usar um agente emoliente que ajuda a dissolver a cera e pode ser comprado em farmácias. Mas ele deve ser aquecido em banho-maria antes de ser aplicado no ouvido, pois sua temperatura precisa estar acima da temperatura corporal. “Outro detalhe é que o mesmo pode não promover alívio a depender da quantidade de cera, do tempo de formação dela (recente ou antigo) e da idade da pessoa. O cerumede crianças dissolve facilmente, mas a dificuldade aumenta conforme a idade avança.”

O que tomar para dor de garganta e dor de ouvido?

No entanto, os mais comuns são: AAS, cataflam, dipirona, flogoral, flanax, ibuprofeno, nimesulida, etc. Algumas soluções naturais podem até ajudar, como utilizar mel, própolis, gengibre, limão e papaína. Com relação às infecções por bactérias, o profissional pode receitar o uso de antibióticos.

Quando a dor de garganta afeta o ouvido?

Os canais entre a garganta e o ouvido são interligados. Quando você está com a garganta irritada, por exemplo, essa irritação pode se espalhar até afetar o trato auditivo, provocando a dor simultânea nos ouvidos. Por isso, é importante ficar atento à recorrência da dor e procurar um especialista.

O que pode ser garganta inflamada e dor de ouvido?

A garganta inflamada pode sim causar otalgia (dor nos ouvidos). A sensibilidade das orelhas externa e média e conduzida por alguns ramos de diferentes nervos.

Quando engulo a saliva dói a garganta e ouvido?

A causa mais comum de dor ao engolir é um vírus como um resfriado ou gripe. Infecções sinusais também podem ser a culpa. A dor na garganta é provavelmente causada por amígdalas inflamadas, tosse ou irritação causada por gotejamento dos seios da face.