Efeitos colaterais da radioterapia na próstata

Autores

  • Aline Roberta Herrera da Silva Santos Faculdade Estácio de Carapicuíba
  • Ana Carolina Viveiros Teixeira Faculdade Estácio de Carapicuíba
  • Luiz Faustino dos Santos Maia Faculdade Estácio de Carapicuíba

Palavras-chave:

Câncer de Próstata, Radioterapia, Efeitos Colaterais

Resumo

Introdução: O câncer de próstata no Brasil é um dos que mais aflinge a população. Sendo que a falta de informação e preconceito cultural e social, fazem com que muitos homens tornem-se rezilientes, não se prevenindo e nem queiram realizar exames preventivos para o combate do câncer de próstata. Objetivo: Enfatizar os efeitos colaterais radioterápicos no cliente/paciente no decorrer do tratamento do câncer de próstata. Material e Método: Trata-se de um estudo de revisão da literatura utilizando artigos publicados no período de 2012 a 2020. Resultados e Discussão: A radiação ionizante é usada neste tratamento para inibir ou destruir as células cancerígenas. Como a braquiterapia (radioterapia interna) e radioterapia externa ambas provocam diversos efeitos adversos ao tratamento que podem ser proeminentes, impactando a qualidade de vida dos pacientes como fadiga, problemas intestinais, entre outros. Conclusão: A literatura mostra o desenvolvimento, evolutivo do tratamento radioterapico contra o câncer de próstata, e que os efeitos colaterais podem ser brandos levando em consideração o nível do carcinoma, sendo que há efeitos que podem durar durante toda a vida do paciente, levando em conta todo o tratamento deste paciente.
Palavras-chave: Câncer de Próstata, Radioterapia, Efeitos Colaterais.

Efeitos colaterais da radioterapia na próstata

Como Citar

Santos, A. R. H. da S., Teixeira, A. C. V., & Maia, L. F. dos S. (2022). CÂNCER DE PRÓSTATA: EFEITOS COLATERAIS DO TRATAMENTO DA RADIOTERAPIA. Revista Atenas Higeia, 4(1). Recuperado de http://www.atenas.edu.br/revista/index.php/higeia/article/view/126

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Tratamento do câncer de próstata com radioterapia

Tratamento do câncer de próstata com radioterapia

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    Efeitos colaterais da radioterapia na próstata

O câncer de próstata é o tumor mais frequente e a terceira causa de morte por câncer entre os homens. Seu diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e nesse caso um dos tratamentos indicados é a radioterapia. O tratamento de câncer de próstata por radioterapia utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas. Dos diversos tipos de radiação existentes, as mais utilizadas para o tratamento são a radioterapia externa, que utiliza o raio gama (ou raio X); e também a braquiterapia, onde o material radioativo é implantado diretamente na próstata.

Radioterapia externa

A radiação atinge a próstata através de uma máquina, que direciona e concentra o foco no órgão afetado, sem prejudicar os órgãos normais, como bexiga e intestino.

Radioterapia ou cirurgia

Estudos demonstram que a radioterapia possui eficácia similar ao da cirurgia quando o tumor está limitado apenas na próstata. A decisão entre cirurgia ou radioterapia deve ser discutida com os médicos especialistas para que esses expliquem as características e os efeitos de cada um desses tratamentos, de acordo com o perfil de cada paciente. Decidido pela radioterapia, o paciente passa para a fase de planejamento.

Planejamento

O paciente passa então pelo processo de planejamento, submetendo-se ao exame de tomografia na mesma posição em que serão realizadas as aplicações. São agendadas as aplicações em um determinado horário no Serviço de Radioterapia. As sessões são rápidas, em torno de 15 minutos, diárias, e o paciente não tem qualquer sintoma durante essas aplicações. É importante saber que a radiação não fica no corpo e o paciente não sai com qualquer risco de emitir radiação.

Braquiterapia

A técnica de braquiterapia consiste na implantação do material radioativo diretamente na próstata. O paciente recebe a anestesia e o Iodo-125 com o material radioativo é introduzido. O material possui o tamanho de um grão de arroz (5 mm de comprimento por 0,5 mm de diâmetro), e o paciente passa o resto da vida com esse material no interior da próstata. Esse procedimento deve ser realizado apenas em pacientes com tumor localizado e com próstatas pequenas (abaixo de 50 gramas).

Apesar de carregar o material radioativo no corpo, a exposição é muito baixa e o paciente não oferece risco para outras pessoas. Mesmo assim é recomendado evitar carregar crianças no colo e se aproximar de mulheres grávidas. Após aproximadamente um ano, o material perde as propriedades radioativas e o corpo fica livre do componente químico.

Vantagens e desvantagens da radioterapia

A radioterapia externa possui vantagens como:

  • Tratamento não invasivo, indolor;
  • Não possui risco anestésico;
  • Pode ser oferecido para pacientes idosos;
  • Ideal para pacientes com saúde comprometida ou com fatores que os levam a não tolerar uma cirurgia;
  • A incontinência urinária é raramente observada apenas com radioterapia externa.

Apesar de técnicas modernas terem reduzido as desvantagens, a radioterapia também apresenta possíveis efeitos negativos como:

  • Ardência para urinar;
  • Complicações retais tardias;
  • Sangramento nas fezes;
  • Tempo relativamente longo do curso da radioterapia externa convencional, em torno de 36 a 40 dias úteis.

Contra-indicações

As contra-indicações da radioterapia externa são mínimas. É o caso de pacientes muito idosos e com saúde debilitada que limita a sua expectativa de vida e o de portadores de colagenoses e de doenças inflamatórias do intestino, que aumentam as chances de complicações da radioterapia.

Efeitos colaterais

A radioterapia pode irritar o reto e provocar uma condição denominada proctite ou retite actínica, que pode levar à diarréia, às vezes com sangue nas fezes. A maioria desses problemas desaparece ao longo do tempo, mas em casos raros, a função intestinal não volta ao normal.

A radioterapia pode irritar a bexiga levando a uma condição chamada cistite. O paciente urina com mais frequência, pode ter sensação de queimação enquanto urina e pode encontrar sangue na urina. Os problemas urinários geralmente melhoram ao longo do tempo, mas em alguns homens nunca desaparecem. Alguns homens desenvolvem incontinência urinária após o tratamento, mas em geral, esse efeito colateral ocorre com menos frequência do que após a cirurgia.

Após alguns anos, a taxa de impotência após a radioterapia é aproximadamente a mesma que após a cirurgia. Problemas com ereção geralmente não ocorrem logo após a radioterapia, mas se desenvolve lentamente ao longo do tempo. Isso é diferente da cirurgia, onde a impotência pode ocorrer imediatamente e pode melhorar ao longo do tempo.

A radioterapia pode provocar fadiga que pode durar até algumas semanas ou meses após o término do tratamento.

Se os linfonodos próximos da próstata forem danificados pela radiação, pode haver dificuldade na drenagem linfática provocando inchaço e dor nas pernas e/ou na região genital. O linfedema geralmente é tratado com fisioterapia, embora possa não desaparecer completamente.

Realize seus exames preventivos!

A identificação precoce da doença, ainda em seus estágios iniciais, aumentam as chances de cura.

Efeitos colaterais da radioterapia na próstata

Dra. Cláudia Schavinski é médica Oncologista Clínica, especializada no tratamento do câncer. É responsável pela abordagem geral do paciente, do cuidado e especificamente da prescrição de tratamentos sistêmicos como quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia e terapia alvo-moleculares.

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Tradicionalmente o tratamento com finalidade curativa dura cerca de 35-40 sessões, mas a depender das características do tumor, dos sintomas urinários e comorbidades do paciente, e também da escolha do doente, pode-se realizar o tratamento em cerca de 20 sessões (hipofracionamento) ou 5- 6 sessões ( ...

Quanto tempo dura os efeitos colaterais da radioterapia?

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