Há cerca de 7 bilhões de pessoas no mundo segundo estimativas da organização das nações unidas

Mundo

O arroz é cultivado e consumido em todos os continentes. Destaca-se pela produção e área cultivada, desempenha papel estratégico tanto no aspecto de valor econômico quanto social e faz parte da dieta alimentar de grande parte da população mundial.

É alimento básico para cerca de 2,5 bilhões de pessoas e, segundo estimativas feitas pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), haverá, até 2050, uma demanda para atender ao dobro dessa população.

Além do papel econômico, o arroz também é um dos mais importantes grãos em termos sociais. É o alimento de maior importância em muitos países em desenvolvimento, principalmente na Ásia e Oceania, onde vivem 70% da população total dos países em desenvolvimento e cerca de dois terços da população subnutrida mundial. Aproximadamente 90% de todo o arroz do mundo é cultivado e consumido na Ásia.

Segundo os dados disponibilizados no site do United States Department of Agriculture (Usda – www.fas.usda.gov), em 2019 foram consumidas 492,4 milhões de toneladas de arroz beneficiado, sendo a população asiática a maior consumidora. Entre os países asiáticos os destaques em quantidade consumida são os seguintes: China (143,8 t), Índia (101,10 t), Vietnã (22,2 t) e Tailândia (10,5 t). Nas Américas, as distinções em consumo, em primeiro e segundo lugar, são para o Brasil e os EUA, respectivamente.

Assim como na Ásia, o arroz é um produto importante na economia de muitos dos países latino-americanos e faz parte da dieta da população, como nos casos do Brasil, da Colômbia e do Peru. Também é um produto importante no comércio internacional, como no Uruguai, na Argentina e na Guiana, como exportadores, e no Brasil, México e Cuba, como importadores.

É um dos alimentos com bom balanceamento nutricional, fornecendo 20% da energia e 15% da proteína per capita necessária ao homem. Trata-se de um alimento com grande potencial para o combate à fome no mundo. Por sua vez, é uma cultura que apresenta ampla adaptabilidade de cultivo considerando as condições de solo e clima.

Segundo dados nutricionais do arroz, disponíveis em http://www.dietasaude.com, uma colher de sopa cheia de arroz branco cozido tem valor energético equivalente a 32 Kcal, contendo, também 7,03 g de carboidratos e 0,63 g de proteínas.

Conforme se observa na Tabela 1, o consumo de arroz nos países da América do Sul é expressivo e é componente primordial na dieta de grande parte da população.

O crescimento da produção de arroz no Mercado Comum do Sul (Mercosul), a partir dos ingressos de novos países associados, como Chile, Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Venezuela, reforçou a participação desse cereal na sustentação da base da pirâmide alimentar das populações, atendendo a uma demanda significativa por parte dos trabalhadores que buscam consumir o arroz, para suprir as energias despendidas nas atividades diárias, principalmente as braçais, tanto na zona rural como urbana.

Tabela 1. Consumo de arroz nos países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), em equivalência calórica e proteica, em 2013.
Há cerca de 7 bilhões de pessoas no mundo segundo estimativas da organização das nações unidas

   Fonte: Dados da FAO (http://faostat3.fao.org), adaptados por SILVA, O. F. da, na Embrapa Arroz e    Feijão/ Socioeconomia. Acesso em: 24 jun. 2020.

Segundo dados do Usda (2019), disponibilizados em http://www.conab.gov.br, a produção mundial de arroz vem acompanhando o crescimento do consumo, mantendo reservas médias para as exportações e importações mundiais, em atendimento à demanda mundiais, na ordem de 47,2 e 44,1 milhões de toneladas, respectivamente (Tabela 2).

Tabela 2. Balanço da oferta e da demanda mundial de arroz (1.000.000 t), nas safras de 2016/2017 a 2018/2019.
Há cerca de 7 bilhões de pessoas no mundo segundo estimativas da organização das nações unidas

Fonte: World Agricultural Supply and Demand Estimates – Usda (abr. 2019).

Ainda, segundo estimativas do Usda, em 2019, o consumo de arroz, em relação a 2018, foi incrementado em 9,4 milhões de toneladas, em meio a um aumento da demanda africana pelo grão. Como resultado, as comercializações no mercado internacional seguem em leve tendência de crescimento, destacando-se que o volume atualmente transacionado no mundo ainda não atinge 10% do montante produzido. Outro fator que concorre para a inibição do consumo são os aumentos consideráveis nos preços internacionais do produto. Isso tem mobilizado organismos internacionais e governos dos países afetados em busca de soluções para garantir a segurança alimentar das classes mais carentes da população que, normalmente, têm no arroz um alimento essencial e o principal em sua dieta.

Brasil

O arroz assume importância relevante nas ações sociais e governamentais de incentivo ao seu cultivo, pois, juntamente com o feijão, constitui um dos principais componentes da dieta da população brasileira.  

Conforme os dados da Embrapa Arroz e Feijão (2019), adaptados do acompanhamento de safras do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), no ano agrícola de 2018, a produção total de arroz foi de 11,7 milhões de toneladas, colhidas em 1,9 milhão de hectares, com uma produtividade média de 6,3 t/ha.

Segundo Silva e Wander (2014), disponível em http://www.cnpaf.embrapa.br/transferencia/informacoestecnicas/publicacoesonline/seriedocumentos_299.pdf, no Brasil, o arroz é cultivado em agricultura familiar e empresarial. A agricultura familiar, segundo o Censo Agropecuário de 2006, reúne o maior número de produtores das propriedades que exercem a atividade orizícola (89%), os quais são responsáveis por 34% do total da produção nacional. A maior parte da produção é obtida por agricultores não familiares ou empresariais, os quais representam 11% do total dos orizicultores que também tendem a adotar mais tecnologias e são responsáveis pelo equivalente a 66% da produção nacional.

O mercado brasileiro de arroz é relativamente ajustado. A produção nacional se aproxima do consumo doméstico. Entretanto, nesta última década, os estoques de passagem do produto sofreram drásticas reduções, devido, principalmente, às mudanças climáticas que afetaram as regiões produtoras de arroz. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os períodos de seca e de excessivas precipitações causaram impedimentos no cultivo do arroz, refletindo em redução de área e perdas significativas na produção. Isso gera pressão sobre os preços internos do produto e queda no consumo. Na safra 2015/2016, praticamente, houve uma redução de 1,8 milhão de toneladas de arroz, ou seja, um decréscimo de 14,8% em relação à safra anterior. Com isso o País recorreu à importação de 1,2 milhão de toneladas para suprir o consumo doméstico. Já na safra 2016/2017, ocorreu uma recuperação da produção, com maior suprimento. Com preços mais acessíveis, ocorreu um aumento no consumo (Tabela 3).

Tabela 3. Balanço da oferta e demanda brasileira de arroz em casca (1.000 t), nas safras de 2013/2014 a 2019/2020.
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Fonte: Conab - disponível em http://www.conab.gov.br

Entretanto, no período de 7 anos agrícolas analisados, verifica-se uma tendência de redução nos níveis de consumo. Na safra de 2013/2014, o consumo foi de aproximadamente 12,0 milhões de toneladas e em 2019/2020 foi de 10,8 milhões de toneladas, ou seja, ocorreu redução de 1,2 milhão de toneladas. Isso sugere que os preços continuam em ascensão, retraindo a demanda.

Os estoques de arroz ao final de cada safra, desde o ano agrícola de 2014, têm apresentado expressiva diminuição ao longo dos anos. A queda dos estoques de passagem no Brasil acompanha o comportamento dos estoques em outros países que também têm sofrido reduções ao longo dos anos.

Literatura recomendada

EMBRAPA ARROZ E FEIJÃO. Dados de conjuntura da produção de arroz (Oryza sativa L.) no Brasil (1985-2018): área, produção e rendimento. Santo Antonio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2019. Disponível em: http://www.cnpaf.embrapa.br/socioeconomia/index.htm. Acesso em: 24 jun. 2020.  

SILVA, O. F. da; WANDER, A. E. O arroz no Brasil: evidências do censo agropecuário 2006 e anos posteriores. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2014. 58 p. (Embrapa Arroz e Feijão. Documentos, 299).

Quando a população mundial chegou a 7 bilhões?

No dia 31 de outubro de 2011, a Organização das Nações Unidas-ONU, anunciou que a população mundial chegou a 7 bilhões de pessoas.

Qual é a estimativa de população mundial em 2030?

As últimas projeções das Nações Unidas indicam que a população mundial deve chegar em 8,5 bilhões em 2030 e 9,7 bilhões em 2050. A estimativa é de que a população atinja um pico de cerca de 10,4 bilhões de pessoas durante a década de 2080 e permaneça neste nível até 2100.

Qual é a estimativa da população mundial em 2050?

A população global terá população total de 8,5 bilhões em 2030; 9,7 bilhões em 2050; e 10,4 bilhões em 2100. O Brasil — que em 1990 possuía a quinta maior população do mundo — chega em 2022 como o sétimo mais populoso: somos 215 milhões. E vamos continuar a crescer ao longo deste século.

Tem

Falsa. Segundo dados da ONU, a população em 2050 irá aumentar atingindo a marca de 9 bilhões de pessoas.