Crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza. Assinalamos com um acento grave ( ` ) a crase do a com outro a. Show Exemplo: No exemplo acima, não houve a fusão porque se encontraram duas vogais diferentes a + o = ao. Se, no entanto, no lugar do substantivo masculino, colocarmos um substantivo feminino, haverá o encontro de duas vogais iguais (preposição a + artigo a) e ocorrerá a fusão delas. Observe o seguinte exemplo: Acentua-se também o a que inicia locuções com palavra feminina. Exemplo: carro à gasolina. A crase pode ser fusão:
CRASE DA PREPOSIÇÃO A + O ARTIGO FEMININO A / AS Regra Geral Ocorrerá crase da preposição mais artigo: a) se o termo regente (a palavra da esquerda) exigir a preposição a; b) se o termo regido (a palavra da direita) aceitar o artigo feminino a (as). Exemplo: Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte método prático:
Exemplos: Eles irão à praia hoje. (Eles não irão ao cinema hoje.) Ele fez elogios a algumas professoras. (Ele fez elogios a alguns professores.) NUNCA ocorre crase antes de palavras que não aceitam o artigo a: a) antes de masculino. Exemplo: Andei a pé. b) antes de verbo. Exemplo: Estou apto a discutir. c) antes de pronomes de tratamento, exceção feita a senhora, senhorita e dona. Exemplo: Dirigiu-se à senhora Lúcia com aspereza. d) antes de pronomes em geral. Exemplo: Não me referia a ela. Falava a qualquer pessoa. Se o pronome aceitar o artigo, ocorrerá a crase: Fiz alusão à mesma pessoa. e) nas expressões formadas de palavras repetidas. Exemplo: Estamos cara a cara. f) antes dos nomes de cidade. Exemplo: Fiz uma viagem a Roma. Se o nome da cidade vier determinado, ocorrerá a crase: Fiz uma viagem à Roma antiga. g) quando um a (sem o s de plural) preceder um nome plural. Exemplo: Não falo a pessoas estranhas. Havendo o s de plural, é sinal de que ocorreu o artigo e haverá crase: Não falo às pessoas estranhas. h) antes de pronome indefinido, nas locuções adverbiais. Exemplo: Correr a toda a velocidade. SEMPRE ocorre crase: a) na indicação do número de horas. Exemplo: Cheguei às dez horas. b) na expressão à moda de, mesmo que a palavra moda venha oculta. Exemplo: Usam sapatos à (moda de) Roberto Carlos. c) nas expressões adverbiais femininas. Exemplos: Cheguei à tarde (tempo). Falou à vontade (modo). Ficou à direita (lugar). d) nas locuções conjuntivas (à medida que, à proporção que) e prepositivas (à procura de, à beira de etc.) constituídas de palavras femininas. Exemplos: Estou à procura de paz. À medida que leio, instruo-me. Casos Facultativos Antes de pronome possessivo, é facultativo o uso do artigo. Portanto, é facultativo também o uso do acento grave. Exemplos: Não escrevi a (à) tua tia. Refiro-me a (ou à) minha amiga. Acentuamos o a antes de nomes próprios de pessoas femininas quando se trata de pessoas íntimas. Exemplo: Refiro-me à Juliana (amiga, namorada, esposa, irmã etc.) Se, porém, não se mantém um relacionamento de intimidade com Juliana, deve-se escrever: Exemplo: Refiro-me a Juliana. (alguém que se chama Juliana) Se a preposição até vier seguida de um nome feminino que aceite o artigo a, poderá ou não ocorrer a crase. Isto porque essa preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a (até a): Exemplos: Cheguei até a muralha Cheguei até à muralha. CASOS ESPECIAIS Crase antes de casa A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase. Por outro lado, caso esteja especificada, aceita o artigo e ocorre a crase. Exemplos: Voltei a casa cedo. Voltei à casa de meus pais. Crase antes de terra A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição à expressão "a bordo", não aceita o artigo e não ocorre a crase. Se vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase. Exemplos: Os marinheiros já voltaram a terra. Os marinheiros já voltaram à terra dos seus sonhos. Crase antes de distância A única locução adverbial que não traz acento grave no a é a distância: Exemplo: Os guardas observavam os manifestantes a distância. Se, porém, a distância vem determinada, ocorre a crase: Exemplo: Os guardas observavam os manifestantes à distância de duzentos metros. Crase antes dos pronomes relativos Antes dos pronomes relativos quem e cuja não ocorre crase: Exemplos: Achei a pessoa a quem procuravas. Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu. Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase, se o masculino correspondente for ao qual, aos quais: Exemplos: Esta é a festa à qual me referi. (Este é o filme ao qual me referi.) Estas são as festas à quais me referi. (Estes são os filmes aos quais me referi.) Crase antes dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo Sempre que o termo regente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo haverá crase da preposição a com o a inicial desses pronomes: Exemplos: Falei àquele amigo. Aspiro a isto e àquilo. Dirijo-me àquela cidade. Fez referência àquelas situações. Crase da preposição a com o pronome demonstrativo a / as (= aquela) A crase da preposição a com o pronome demonstrativo a ocorre sempre antes do pronome relativo que (à que) ou da preposição de (à de). Para empregar corretamente o acento de crase nesses casos convém seguir este artifício: Se antes do que (ou de), aparecer ao(s), ocorre crase. Se antes do que (ou de) aparecer apenas o(s), não ocorre crase. Exemplos: Houve um palpite anterior ao que você deu. Houve uma sugestão anterior à que você deu. Comprarei esta calça, não a que você escolheu. (Comprarei este terno, não o que você escolheu.)
Vai a aula ou vai à aula?O enunciado deve se apresentar: “Cristina precisa ir à aula”. A preposição “a” é exigida pelo verbo “ir”, pois o verbo indica movimento em direção a algum lugar.
Quando uso o por quê?Por que = Usado no início das perguntas.. Por quê? = Usado no fim das perguntas.. Porque = Usado nas respostas.. O porquê = Usado como um substantivo.. Porque por que o por quê?“Por que” deve ser usado em perguntas e sempre que for possível inserir a palavra “razão” ou “motivo” na frase. “Por quê” deve ser usado no final das frases e tem o mesmo sentido de “por qual razão”. Já “porque” tem o mesmo valor de “pois” e é usado em respostas.
Quais são os quatro tipos de porquês?Na língua portuguesa, existem 4 tipos de porquês (por que, porque, por quê e porquê) que são empregados da seguinte forma: Por que: utilizado em perguntas. Exemplo: Por que não voltamos para a casa? Porque: utilizado em respostas.
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