Por que a floresta amazônica tem um potencial econômico gigantesco?

Por que a floresta amazônica tem um potencial econômico gigantesco?
Clareira deixada por árvore caída na Amazônia – Foto: Christian Braga/Greenpeace

Por Joniel Decol, para Desacato.info.

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo e sua maior parte está em território brasileiro.

A Floresta Amazônica é muito antiga, apresentando milhões de anos de existência. Esse fato faz com que ela seja insubstituível.

Certamente a Floresta Amazônica é a maior tecnologia ambiental do Brasil, superando as barreiras do setor agrícola, industrial e empresarial dentro do desenvolvimento do Brasil.

Agora você deve estar se perguntando: Como a preservação de uma floresta pode gerar renda e contribuir tanto para o país?

A Floresta Amazônica faz parte de um “sistema de irrigação gigantesco” que mantém em maior equilíbrio a oferta de água e energia, a produção agrícola, a produção industrial, e assim favorecendo o aquecimento difuso da economia do país, ou seja, o crescimento econômico desde o pequeno até o grande produtor rural, desde microempresas até grandes empresas, desde pequenos até grandes municípios.

Estudos já chegaram à conclusão de que a Floresta Amazônica tem um enorme potencial em regular o volume de chuvas para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Na medida que a Floresta Amazônica é desmatada, a sua contribuição na distribuição de chuvas para o país vai diminuindo e já estamos chegando bem perto de uma situação em que será muito crítica para todos. Afinal, colocar em risco a segurança da água é muito grave.

Segundo dados do Relatório Anual de Desmatamento divulgado pelo projeto MapBiomas, o desmatamento no Brasil em 2020 correspondeu a uma área maior que 1,3 milhões de hectares, sendo o bioma amazônico o mais desmatado, totalizando uma área de 843 mil hectares.

Por que a floresta amazônica tem um potencial econômico gigantesco?

No Mapa divulgado pelo projeto MapBiomas é possível observar em vermelho as regiões do Brasil que sofreram desmatamento.

Por que a floresta amazônica tem um potencial econômico gigantesco?
Mapa Alerta de Desmatamento (Fonte: MapBiomas: Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (2020)).

O Brasil precisa crescer, mas o caminho do crescimento está longe do que está sendo traçado. Ao invés disso, estamos colocando em risco a segurança das futuras gerações em troca de nenhum benefício coletivo.

“Precisamos refletir de forma diferente e entender melhor o comportamento do Meio Ambiente como uma das principais engrenagens no desenvolvimento social e econômico, em todos os cantos do Brasil”.

O relatório completo com os dados de desmatamento está disponível no site do MapBiomas Alerta: http://alerta.mapbiomas.org/


Por que a floresta amazônica tem um potencial econômico gigantesco?

Joniel Decol é Engenheiro Ambiental e Sanitarista, formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/FW).Possui experiência nas áreas de Gestão de Recursos Hídricos, Saneamento Básico e projetos de Consultoria Ambiental.

Qual o potencial econômico da Floresta Amazônica?

Segundo os cálculos, a Amazônia brasileira rende ao país (e ao mundo) cerca de US$ 1,83 trilhão (R$ 7,67 trilhões) por ano em valor bruto.

Qual é a importância econômica da Floresta Amazônica?

Extrativismo. Cerca de 25,5 milhões de pessoas (entre populações tradicionais e familiares) no Brasil vivem na região amazônica ou na/da floresta. Na Amazônia, a extração de produtos não-madeireiros (óleos, resinas, ervas, frutos e borracha) contribui economicamente para a vida de 400 mil famílias de extrativistas.

Qual é o interesse de grandes potências internacionais na Floresta Amazônica?

O interesse maior de grandes potências parece ser o de bloquear o crescimento do agronegócio brasileiro.

Por que a Floresta Amazônica é considerada uma das maiores reservas?

abrange a maior bacia hidrográfica do mundo, bem como a maior floresta tropical. é considerado o conjunto de ecossistemas de maior diversidade do planeta. abriga milhares de espécies de animais e vegetais, entre catalogados e desconhecidos.