Por que a pesquisa e a produção de tecnologia são diferenciais entre os países

A Revolução Industrial é marcada por vários fatores, um deles é a transformação da técnica para tecnologia.

Podemos citar vários exemplos de técnicas, da mais arcaica até a mais atual, como as técnicas de plantio, de caça utilizando arco e flecha entre outras.

Técnica é criar um manejo, um conhecimento que possa gerar inventos com intuito de facilitar um determinado trabalho. Com as relações sociais de experiências ocorre a evolução das técnicas, que seria um acúmulo de conhecimento acerca das formas de trabalho.

Os computadores, o transporte aéreo, a fibra óptica, o conjunto de conhecimentos, pesquisas e todo arsenal de tecnologias da sociedade contemporânea é resultado da transformação da técnica para tecnologia.

Tecnologia é a técnica evoluída, que é fruto de ideias oriundas do passado que ao longo dos anos foram sendo modificadas e aprimoradas, principalmente após 1970, início da terceira Revolução Industrial, quando o conhecimento científico e a pesquisa deram um salto gigantesco.

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Os avanços tecnológicos têm como objetivo apresentar novidades às indústrias, além de contribuir para o mercado especulativo. Na medicina revolucionou tratamentos, criou vacinas, descobriu a cura de doenças e com tudo isso melhorou a qualidade de vida, elevando também a expectativa.

No entanto, é preciso atentar-se, pois essas evoluções não ocorrem no mundo de forma homogênea, em razão das disparidades tecnológicas decorrentes do grau de desenvolvimento dos países (países desenvolvidos e subdesenvolvidos).

Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia

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Por que a pesquisa e a produção de tecnologia são diferenciais entre os países

Além dos entraves para novas empresas, companhias já estabelecidas também enfrentam desafios no quesito economia digital (Foto: Pexels)

Os avanços digitais, apesar de cada vez mais aparentes, não se dão de maneira igualitária entre países, entre empresas e até mesmo entre gerações de uma mesma sociedade, segundo conclui o relatório "Panorama da Economia Digital de 2017", divulgado nesta quarta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O documento alerta para o longo caminho a ser percorrido a fim de uma revolução digital que seja mais inclusiva. O Brasil, por exemplo, apesar de ter um amplo acesso à internet — 97,5% de suas empresas contam com conexão de banda larga — ainda sofre com o chamado custo Brasil, que engessa suas possibilidades de inovação: o país ficou listado como o quarto que mais sofre com encargos governamentais restritivos.

— As TIC [Tecnologias de Informação e Comunicação] reduzem os custos e permitem que as pessoas experimentem mais. Mas, muitos países, como o Brasil, ainda sofrem com pesadas regulamentações, que tendem a valorizar mais empresas tradicionais à startups, por exemplo. Com isso, o governo não estimula essa experimentação de novas ideias, tecnologias e modelos de negócios, fundamentais para o sucesso de novos empreendimentos — explicou Verena Weber, pesquisadora da OCDE.

Além dos entraves para novas empresas, companhias já estabelecidas também enfrentam desafios no quesito economia digital. Isso porque o uso de tecnologias de informação ainda é baixo quando comparado à média da OCDE: apenas 60% das empresas brasileiras possuem um site ou homepage, contra cerca de 75% da OCDE. Número esse que é ainda mais discrepante ao se diferenciar empresas de grande/médio e pequeno porte. Enquanto apenas 57,1% das pequenas possuem um endereço online, grandes companhias totalizam 88,7%.

— Essa tendência brasileira é um reflexo mundial. Todos os países do estudo precisam melhorar ainda em termos de uso das TIC. Especialmente quando falamos de segmentos mais complicados, que vão além do simples uso de um site, como os Sistemas de Gestão Empresarial [ERP, na sigla em inglês].

No segmento individual, as diferenças também são significativas: 87% dos brasileiros entre 16 e 24 anos usam a Internet, em comparação com apenas 31% das entre 55 e 74 anos. Os números variam ainda mais quando quando levada em consideração a escolaridade do grupo. Enquanto 99% dos jovens com nível superior possuem acesso, entre o grupo menos escolarizado, esse número cai para 70%.

Apesar de sua presença cada vez maior dentro de empresas — na Holanda, por exemplo, quase 40% dos funcionários das empresas já usam softwares de produtividade no dia a dia — a quantidade de pessoas que ainda não sabem lidar com essas tecnologias varia entre um terço a quase metade dessa força de trabalho. Isso mesmo em países com mais acesso à Internet, como a já citada Holanda, ou Japão e Estados Unidos.

Falta de incentivo governamental
Outro ponto bastante reforçado no documento é a falta de infraestrutura por parte dos governos, que, segundo o texto, ainda não estão preparados para lidar com tamanha conectividade. Nem todos eles possuem alguma política de estratégia digital e, mesmo os que têm, ainda sofrem com falta de organização para estabelecer quem é responsável por cada função.

A falta de preparo das organizações, porém, é ainda menos crucial do que a falta de investimento dos Estados em educação e capacitação de mão de obra especializada. “É preciso que haja mais investimento para a capacitação de todos os tipos de atores sociais para essa lógica digital”, defende o texto.

— É um alívio perceber que cada vez mais governos se dão conta da transformação que estamos vivendo, mas eles precisam adotar de maneira mais intensa o uso de tecnologias da informação e investir em pessoas capacitadas para uma economia digital. Precisamos de mais especialistas — explicou Weber, que acrescentou:

— Os países precisam intensificar os seus esforços, investir mais na educação e as competências e encorajar maior utilização de tecnologias avançadas, como a análise de grande volume de dados e computação em nuvem, em particular pelas pequenas empresas, para fazer a mudança digital, mais produtivo e inclusiva.

Porque a pesquisa e a produção de tecnologia são diferenciais entre os outros países?

Tecnologia - Inovação faz a diferença. Porque as empresas e os países investem cada vez mais no conhecimento para gerar competitividade, emprego e renda. Segundo o Banco Mundial, o Brasil tem baixo aproveitamento de pesquisas por empresas porque empresários e pesquisadores não trabalham de forma integrada.

Qual a diferença entre a técnica e tecnologia?

No dicionário Aurélio (2010), encontramos para o termo "técnica" o significado de "parte material de uma arte ou conjunto dos processos de uma arte". Para o termo "tecnologia", encontramos, como significado, "ciência cujo objeto é a aplicação do conhecimento técnico e científico para fins industriais e comerciais".