Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

Pesquisa aponta que os maiores problemas são condições do asfalto e

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) lançou, nessa quarta-feira (4), a pesquisa CNT de Rodovias 2015. Foram examinados 100 mil km de estradas pavimentadas em todo o país e uma das conclusões é de que 57,3% delas têm alguma deficiência.

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Brasil registrou aumento de 50,3% em acidentes em rodovias federais

Na Região Norte, foram avaliados 11.661 km de rodovias federais e estaduais e, de acordo com os dados, 8.153 km foram considerados regulares, ruins ou péssimos. Ainda segundo a pesquisa, os maiores problemas da região são as condições do asfalto e a falta de sinalização.

O Norte do país também foi a região que apresentou a maior carência de infraestrutura rodoviária e a menor malha viária do país. De acordo com a CNT, essa carência é preocupante, porque o Norte possui importantes rotas de escoamento da safra de grãos que, se fossem viabilizadas de forma adequada, ajudariam a reduzir os custos logísticos de transporte e aumentaria a competitividade dos produtos nacionais.

Confira este e outros destaques desta quinta-feira (5) do Jornal da Amazônia 1ª Edição:

- Indígenas protestaram no Congresso Nacional contra PEC 215.

- Amazonenses estão hoje com a maior inadimplência dos últimos 10 anos devido à crise financeira.

O Jornal da Amazônia 1ª Edição é uma produção da equipe do radiojornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 7h45, horário de Brasília.

Últimos destaques por emissora

    O transporte hidroviário é o principal meio de locomoção na Região Norte do Brasil. A maior parte das grandes cidades são alimentadas por rios - a malha hidroviária é superior a 16 mil quilômetros - e poucas rodovias são pavimentadas.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    Em rios como o Negro, é comum o grande fluxo de embarcações. Os barcos transitam repletos de gêneros alimentícios, eletrodomésticos, peças de tratores e automóveis, material de construção, medicamentos e muitas outras coisas. Além das mercadorias, há diariamente um grande fluxo de pessoas.

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região Norte concentra cerca de 9% da população brasileira (quase 18 milhões de habitantes) e, desse total, 26% encontram-se na zona rural. Todos os dias, milhares de pessoas se deslocam para as cidades maiores.

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    O potencial para o desenvolvimento do transporte hidroviário na Região é fantástico, além de se constituir em fator essencial para o projeto Arco Norte e para a logística de exportação do agronegócio brasileiro.

    Estudo realizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em parceria com a Universidade Federal do Pará, sobre a oferta e demanda do transporte de passageiros na Região Amazônica em 2017, revela que, ao todo, incluindo as IP4, existem 196 terminais hidroviários na região Norte, sendo 129 só no estado do Pará. De acordo com o levantamento, no ano passado foram transportados, pelos rios da região, 9,7 milhões de passageiros e cerca de 3,4 milhões de toneladas de cargas.

    Fontes
    * Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)
    * Camara dos Deputados
    * Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MPTAC)

    Mais da metade da população indígena vive na Região Norte e na Região Centro-Oeste do país, especialmente na amazônia  único lugar onde as reservas são todas demarcadas, para evitar a ação de madeireiros, agricultores e grileiros. No Amazonas ha 56000 índios, e a maioria deles da tribo Ticuna, dividos em 70 aldeias espalhadas ao longo do rio solimões.

    Já tribo Macuxi, localizada no norte da Amazônia, e formada por índios relativamente adaptados à vida urbana. Alguns trabalham na cidade de Boa Vista, e adam de ônibus e caminhão, chegando alguns deles a morar na capital. A tribo Ticuna tem por principal tradição o ritual de iniciação das meninas, quando têm sua primeira menstruação. a tribo faz uma festa em noite de lua cheia, em que as virgens se enfeitam e um índio usa uma máscara com cara de serpente e incorpora o espírito que representa um monstro que vivia na água. O “monstro” faz gestos obscenos em volta das virgens, que ficam reclusas numa espécie de jaula. durante três dias e três noites, duas tias ensinam as virgens como ser uma boa mulher ticuna: ativa, trabalhadeira e que respeite o marido.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    Na Região Norte, a malha rodoviária é pequena e os transportes rodoviários são problemáticos, devido a rodovias mal conservadas. Em sua maioria, as rodovias foram construídas há algumas décadas e, além da distância que separa uma cidade da outra, as rodovias são insuficientes e são intransitiveis em períodos de chuva.

    O transporte ferroviário é quase inexistente na região, podendo destacar apenas a Estrada de Ferro Carajá, que vai de Marabá no Pará, até São Luis, no Maranhão e a Estrada de Ferro do Amapá, que transporta todo o níquel e o manganês extraídos na serra do Navio até o Porto de Santana, no Macapá.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    O transporte hidroviário é o meio de transporte mais comum na Região Norte. Os rios amazônicos são favoráveis à navegação, pois muitos são extensos e volumosos e suas águas fluem lentamente. Tal condição faz com que os rios sejam uma importante via de transporte para os habitantes da região. Os barcos transitam repletos de alimentos, eletrodomésticos e muitas outras coisas. Além das mercadorias, há diariamente um grande fluxo de pessoas. O transporte hidroviário é praticamente a única alternativa de transporte, tendo em vista que as rodovias são bastante restritas e as que existem não possibilitam o trânsito, como por exemplo, a transamazônica.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    A segunda maior usina hidrelétrica do país, Tucuruí, se localiza no Rio Tocantis no estado do Pará, na região norte. Inaugurada com atraso em novembro de 1984 no final do governo João Batista Figueiredo, ela fica atrás apenas da binacional Itaipu. A região também possui usinas menores como Balbina, no rio Uatumã, estado do Amazonas, e Samuel, no rio Madeira, estado de Rondônia.

    Na maior parte do estado do Amazonas, a planície da bacia amazônica inviabiliza a construção de hidrelétricas, portanto o estado investe em termelétricas a base de gás natural.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    A usina de Tucuruí fica a cerca de 300 km ao sul de Belém e tem uma capacidade geradora instalada de 8.370 MW. A usina atende principalmente a demanda residencial e industrial nos estados de Pará, Maranhão e Tocantins, e complementa também a demanda do resto do país. Na década de 1960, o projeto ganhou força por estimular a integração da região Norte com o resto do Brasil, e por suprir as necessidades energéticas da mineração desenvolvida na região.

    A usina trouxe impactos ambientais, já que na época em que foi construída (durante a ditadura militar) não haviam grandes preocupações com o meio ambiente. Não houve preocupação em se construir uma “escada” para peixes  adaptados às corredeiras ou que migravam ao longo do rio. Além disso, o projeto inicial previa desmatamento da região a ser alagada, mas no fim apenas 140 km² dos 2.850 km² foram limpos, com perda de 2,5 milhões de m³ de madeira potencialmente

    Existem 8 usinas hidrelétricas espalhadas pela Região Norte, com exceção das usinas que estão sendo construídas atualmente. As usinas são as seguintes:

    *Usina Hidreletrica de Tucuruí

    *Usina Hidreletrica de Kararaó

    *Usina Hidreletrica do rio Araguari

    *Usina Hidreletrica de Santarém

    *Usina Hidreletrica de Balbina

    *Usina Hidreletrica do Rio Xingu

    *Usina Hidreletrica do rio Curuá-Una

    *Usina Hidreletrica do rio Araguari

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    Apesar das usinas hidrelétricas possuir pontos positivos, como crescimento das indústrias, geração de emprego e energia limpa, causa desapropriamento de cidades perto das usinas, acaba com a fauna e flora e o processo de contrução de uma usinca é caro e demora de 8 até 10 anos.

    A maior usina hidrelétrica da Região Norte e do Brasil é a Usina Hidrelétrica de Tucuruí, em Belém e tem uma capacidade geradora instalada de 8.370 MW e é 100% brasileira, pois apenas perde para a Usina de Itaipu, que é mais potente, porém é dividida entre o Brasil e Paraguai. A usina atende a demanda residencial e industrial de todo o Brasil, principalmente nos estados de Pará, Maranhão e Tocantins.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    Como já dito, existem hidrelétricas sendo construídas atualmente, a EPE (Empresa de Pesquisas Energéticas) estimou que serão instalados 35.245 MW nos próximos oito anos. Estudos afirmam que , entre 2010 e 2013, estão sendo aplicados R$ 92 bilhões no setor de energia, com destaque para as obras das três usinas hidrelétricas a serem instaladas na região Norte. No rio Xingu, no Pará, a usina de Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica em operação no mundo.

    A Dilma, nossa atual presidente, é a favor das contruções de novas usinas hidrelétricas. Segundo uma matéria da UOL: “Dilma disse que o Brasil vai trabalhar, sim, pelo desenvolvimento sustentável, para tirar as pessoas da pobreza, para encontrar formas de conciliar o progresso com o respeito ao meio ambiente.” Isso mostra que são poucas as chances das usinas em contruções pararem devido aos protestos.

    Na região Norte, existem linhas de transmissão, como a Tramoeste, que leva a energia de Tucuruí, no rio Tocantins, até o oeste paraense. Em 1998, foi feita linha de 230 kV entre Tucuruí e Altamira (PA), mas a Tramoeste foi concluída em 1999.

    No entanto, a distribuição de energia ainda é precária, e, por essa razão, a região é a que mais frequentemente sofre com apagões. A região Norte não faz parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), e sim de um Sistema Isolado (ao qual, mesmo assim, Rondônia e Acre só conseguiram ser interligados em 2009 e, ainda assim, nem todos os municípios) o que justifica, em boa medida, a ocorrência de  mais problemas no fornecimento de energia. Pelo mapa a seguir, pode-se perceber a diferença de concentração de linhas de transmissão na região Norte, se comparada às demais regiões.

    Se você quiser saber mais sobre os frequentes apagões no norte é só conferir essa matéria do Jornal Estadão http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,regiao-norte-e-lider-em-apagoes,63169,0.htm

    A malha rodoviária na região Norte não é muito extensa. Boa parte das rodovias existentes foram construídas nos anos 1960 e 1970 com o intuito de integrar essa região às outras regiões do país. Um exemplo é a transamazônica. Seus extremos são Cabedelo, na  Paraíba e Lábrea , Amazonas.  Ela foi construída no período do regime militar, entre os anos de  1969 e 1974, e por ser uma obra gigantesca ficou conhecida como uma “obra faraônica”.

    A rodovia se tornou a terceira maior do país, com 4 mil km , percorrendo os Estados da Paraíba, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. A Transamazônica corta o Brasil no sentido leste-oeste, por isso é considerada uma rodovia transversal, sendo, em grande parte, não pavimentada. Isso faz com que ela fique intransitável entre outubro e março, período que determina a época chuvosa na região. Sua construção provocou diversos problemas, entre eles o desmatamento que ocorre nas áreas próximas.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    Em janeiro de 2011, foi concedida a licença para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que será a terceira maior hidrelétrica do mundo com pontencial para gerar cerca de 4.500 MW (39,5 TWh por ano) com um orçamento estimado em 19 bilhões de reais. Ela se localizará no Rio Xingu, no estado do Pará, Brasil.

    A central de energia causou grande polêmica ao ser divulgada, pois em sua construção serão alagados cerca de 516 km². A vazão da água fará com que o transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu) seja interrompido. Atualmente, este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira, onde encontram todo tipo de assistência social. Além disso, a obra irá afetar o ciclo hidrológico do rio e consequentemente as espécies que nele fazem a desova, coisa que terá um enorme impacto na pesca (principal atividade econômica da população indígena e ribeirinhos). A construção também implicará na migração de mais de 100 mil pessoas para a região e pelo deslocamento forçado de mais de 20 mil pessoas.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    As principais fontes de energia elétrica na Região Norte do Brasil são usinas hidrelétricas e outras fontes renováveis. Paulo Gomes, o vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, diz que as energias são recursos importantes no combate contra o aquecimento global. Contudo, a construção de tais usinas é motivo de severas criticas por parte de ecologistas pelo mundo inteiro, já que, para que haja essa construção é necessário que sejam devastadas enormes quantidades de árvores, provocando a extinção de grande variedade de mamíferos, aves, peixes e insetos, muitos dos quais desconhecidos pelos cientistas, além de interferir na vida de grupos indígenas

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    Em 1978, começaram a ser construídas usinas hidrelétricas na região. Atualmente várias estão concluídas, e muitas outras projetadas. Entre as que estão em funcionamento estão Tucuruí e Curuá-Una, no Pará; Balbina, no Amazonas; Samuel, em Rondônia; Coaraci Nunes, no Amapá, Estreito, Cana Brava, Serra da Mesa, Peixe Angical em Tocantins. A UHE é a primeira hidrelétrica brasileira privada, construída com auxílio financeiro público, erguida com total desrespeito à população atingida. Atualmente estão sendo construídas usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, que terão, juntas, uma capacidade instalada de 6.450 MW, o que seria, aproximadamente, cerca de metade da energia gerada pela UHE de Itaipu. Os especialistas da área apontam a construção das usinas como uma solução para os problemas de racionamento de energia do país. Apesar da polêmica criada em torno das obras por ambientalistas e organizações não-governamentais, estas usinas serão as primeiras da Amazônia a utilizar um sistema de turbinas chamado “bulbo”, o que não requer grandes volumes de água, já que as turbinas serão acionadas pela correnteza do rio e não pela queda d’água. Assim, o coeficiente de eficiência energética das usinas será superior, por exemplo, ao da UHE de Itaipu, que é considerada um modelo para o setor.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida

    Usina de Santo Antônio, em construção

    No Amazonas, dentre as diversas fontes de energia sustentável que ele possui, a biomassa é, segundo pesquisadores, a mais promissora. Adotando custos menores de operação e manutenção, os gaseificadores produzem energia a partir de resíduos abundantes na Região Norte, que são rejeitados pela agroindústria. Depois de queimado no gaseificador com pouco oxigênio, o resíduo vegetal com uma combustão incompleta produz um gás de síntese que pode alimentar motores e produzir eletricidade. Usando a biomassa como investimento sustentável, o Amazonas gera energia elétrica e aumenta a criação de emprego e renda.

    A mineração na região Norte vem se tornando grande fonte de riqueza. Duas das jazidas de maior destaque são a Serra dos Carajás e Oriximiná.

    A jazida da Serra dos Carajás é uma das maiores do mundo e produz minério de ferro, manganês, cobre, bauxita, ouro, níquel, estanho, entre outros.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida
    O governo, na década de 70, realizou um plano de investimentos na jazida, chamado de Grande Carajás. Os investimentos foram feitos para facilitar a extração, o processamento e o escoamento da produção. Alguns exemplos de investimentos foram a criação da Estrada de Ferro Carajás (facilitando o escoamento da produção) e do porto Ponta da Madeira, (facilitando a exportação).

    Já a jazida de Oriximiná produz bauxita e tem a maioria de sua produção destinada à exportação.

    A extração de madeira na Floresta amazônica é uma das principais responsáveis pelo desmatamento da região, não só diretamente, mas também pela abertura de estradas, que, posteriormente levarão a agropecuária para áreas remotas da floresta.

    Por que a região norte apresenta uma malha rodoviária bastante reduzida
    Em 2004, foi feita uma pesquisa quanto à proveniência da madeira da floresta amazônica, e descobriu-se que cerca de 43% dessa madeira é explorada ilegalmente, sem nenhum tipo de certificado.

    Não há fiscalização eficiente quanto a esse assunto, por isso, continua sendo fácil extrair madeira ilegalmente na região.

    Esse desmatamento também é responsável por ameaças à fauna local, já que o habitat de diversos animais é destruí do.

    Porque na região Norte apresenta a malha rodoviária bastante reduzida?

    Porque ela predomina no transporte de carga que não evoluiu muito.

    Qual é o principal meio de transporte da região Norte?

    O principal meio de transporte para a população da região Norte são as embarcações fluviais. Os rios da região Norte é parte integrante da vida dos habitantes dessa região do Brasil. A característica dos rios amazônicos é favorável à navegação, pois muitos são extensos e volumosos e suas águas fluem lentamente.

    Em quais regiões do Brasil a malha rodoviária está mais concentrada?

    A distribuição espacial da logística de transportes no território brasileiro revela uma predominância do modal rodoviário, bem como sua concentração na região Centro-sul com destaque para o estado de São Paulo.

    Como se apresenta a malha rodoviária brasileira?

    Subsistema Rodoviário Federal A extensão total da malha rodoviária federal, excluindo as vias planejadas, é de 75.553 mil km *, dos quais 65.528 mil km (87%) correspondem a rodovias pavimentadas e 10.025 mil km (13%) correspondem a rodovias não pavimentadas.