Por quê os precos do galaxy note 8 estão caros

Os preços dos smartphones mais caros são bastante previsíveis. Em regra, você gasta em torno de 600 a 800 dólares para comprar um smartphone premium, como um iPhone 7 ou Galaxy S8, nos Estados Unidos. Por aqui, essa faixa se converte atualmente em valores de 3.000 a 4.000 reais. Mas tudo indica que isso está prestes a mudar.

O Galaxy Note 8 inaugurou uma nova faixa de preço no mercado americano: desbloqueado, ele será vendido por US$ 929 na versão com capacidade de 64 GB, a menor disponível. Algumas operadoras venderão o smartphone por um preço ainda maior, chegando a US$ 960 na Verizon.

Por quê os precos do galaxy note 8 estão caros

Com certeza essa é a foto mais cara que eu já tirei

Para fins de comparação, o Galaxy Note 7 foi lançado nos Estados Unidos custando a partir de US$ 770 nas operadoras (não houve tempo para lançar a versão desbloqueada no país antes do recall). Por sua vez, o iPhone 7 Plus é vendido por US$ 769 (32 GB), US$ 869 (128 GB) e US$ 969 (256 GB); esse último é o smartphone relevante mais caro disponível por lá.

Depois da Samsung, a Apple também deve aumentar a faixa de preço de seu aparelho. Rumores de que um iPhone mais caro seria lançado são antigos. Agora, mais perto do lançamento, o colunista Brian Chen, do New York Times, afirma que o próximo iPhone deverá custar em torno de US$ 999, de acordo com uma fonte.

Por quê os precos do galaxy note 8 estão caros

E John Gruber, conhecido por suas fontes na Apple, aposta mais alto, acreditando na versão menos cara por US$ 999, uma com capacidade maior por US$ 1.099 e a última por US$ 1.199. São faixas de preço que não existem atualmente nas maiores fabricantes de smartphones.

Isso gera algumas consequências. A primeira, mais óbvia, é que os flagships da Apple e da Samsung deverão ser mais caros também por aqui, já que os preços adotados no exterior se refletem diretamente no que é cobrado no mercado nacional. Exceto por incentivos fiscais, é improvável que um produto físico aumente de preço em todos os países e não no Brasil.

A segunda é que as duas empresas, na posição de líderes de mercado, ditam as faixas de preço dos topos de linha. Uma outra fabricante que queira ter um número não vergonhoso de vendas não vai lançar um smartphone premium por R$ 4.999, R$ 5.999 ou R$ 6.999 no mercado brasileiro — afinal, os melhores custam R$ 3.999. Quando a Apple e a Samsung sobem seus preços, o limite de preços de todo o mercado aumenta.

Quem esperava que os smartphones high-end parassem de subir de preço, pode tirar o cavalinho da chuva. Eles já custaram 2.000 reais, aumentaram para 3.000, agora estão na faixa dos 4.000 e, pelo visto, teremos outro milhar em breve. Felizmente, a boa notícia é que, como a tecnologia avança em todas as faixas de preço, estamos até desejando mais, mas precisando cada vez menos dos topos de linha.

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Com a alta do dólar, preços de smartphones sobem no varejo eletrônico brasileiro e a Xiaomi é uma das marcas mais afetadas.

Por quê os precos do galaxy note 8 estão caros

Publicado 18/05/2020 e atualizado 18/05/2020 4 min. de leitura

Os celulares Xiaomi estão mais caros no Brasil. O preço mínimo do Redmi Note 8, smartphone mais buscado da marca no Buscapé, aumentou 43% em abril de 2020. Movimentação semelhante acontece com o Mi 9, top de linha lançado em 2019, que teve preço mínimo de R$ 2,5 mil nos últimos 40 dias, e agora custa cerca de R$ 1 mil a mais, no varejo nacional.

Com esse cenário, a marca chinesa, que há um ano se posicionava como referência em custo-benefício no Brasil, fica no mesmo patamar de outros nomes fortes por aqui, como a Samsung e a Motorola, cujos produtos também passaram por encarecimento nas principais varejistas.

Leia também: Celular bom e barato: 12 smartphones com preço baixo em 2020

Os dados foram coletados do nosso serviço de comparação de preços e apoio à compra, que reúne grandes lojas do comércio eletrônico e também comerciantes menores, que atuam por meio do marketplace do Buscapé – estes últimos, inclusive, que são os mais impactados pela alta do dólar e pela crise de importação provocada pelo novo coronavírus.

Redmi Note 8 foi o celular mais buscado da Xiaomi no Buscapé nos últimos seis meses. (Imagem: M Harits Fadhli/Shutterstock)

É importante ressaltar que, no site oficial da DL Eletrônicos, distribuidora da Xiaomi no Brasil, os preços também aumentaram. O Xiaomi Mi 9 foi anunciado de forma oficial no Brasil por R$ 3.999. Hoje, quase um ano depois do lançamento, ele custa R$ 4.966,90, a prazo, na loja online da DL.

Para fins de comparação, o Galaxy S10, da Samsung, foi lançado em março de 2019 por R$ 4.999 e agora tem preço a partir de R$ 4.399, a prazo, no site oficial da marca. Já o iPhone 11 chegou ao mercado nacional em outubro do último ano, por R$ 4.999 – preço que a Apple mantém em sua loja oficial.

Preço do Xiaomi Mi 9 na loja oficial da fabricante, no dia 18 de maio de 2020. (Imagem: Reprodução)

É assim que a Xiaomi, que se destacou no Brasil por trazer preços bem menores em relação à concorrência, acaba se tornando apenas mais uma empresa na corrida pelo melhor custo-benefício, perdendo sua principal vantagem em uma disputa acirrada. Não é à toa que o Galaxy A30s, custando R$ 1 mil, desbancou o Redmi Note 8 no ranking de smartphones mais buscados no Buscapé em abril de 2020.

Procurada pelo Buscapé, a Xiaomi esclarece que que alguns produtos, sobretudo smartphones, tiveram um acréscimo no preço, por conta da grande variação do dólar durante o período. Ainda assim, a distribuidoraDL afirma que trabalha "com margens mínimas" na venda dos produtos por aqui.

Apesar de não ter mais o preço disparadamente mais baixo da indústria, a Xiaomi cresce no Brasil, e agora tem a fatia de 8.09% do mercado de celulares no país, ficando atrás da Apple (10,84%), Motorola (23,32%) e Samsung (46,75%), de acordo com dados do StatCounter referentes ao mês de abril de 2020.

Custo-benefício e importação

O principal impacto para os fãs da Xiaomi deve ser em relação aos celulares que não são vendidos por aqui de forma oficial, pela distribuidora DL Eletrônicos. Esses dispositivos costumam ter preços incrivelmente baixos – o que se deve, em muitos casos, à falta de adequação às normas exigidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Como já explicamos, aqui no Buscapé, quem opta por esse tipo de produto está sujeito a alguns problemas e fatores de risco, como a falta de assistência técnica oficial e da garantia da marca em território brasileiro. Entretanto, era um preço que muitos consumidores estavam dispostos a pagar para obter descontos de mais de R$ 1 mil em smartphones da fabricante chinesa.

Como anda a concorrência?

O aumento de preços no varejo eletrônico não é exclusividade da Xiaomi. A inflação também atinge celulares Samsung, Motorola e os iPhones, da Apple. Fazendo o recorte para os 10 modelos mais buscados no Buscapé em março de 2020, é possível notar que todos eles ficaram mais caros no decorrer do mês de abril.

Histórico de preços do Buscapé para o Moto G8 Plus partindo de 03 de abril de 2020. (Imagem: Reprodução)

O Moto G8 Plus, smartphone que pertence ao mesmo segmento do Redmi Note 8, teve preço mínimo de R$ 1.046 em março, e em 13 de maio, já estava custando aproximadamente R$ 350 a mais, como mostra o gráfico acima. O próprio Galaxy A30s, líder do nosso ranking em abril, passou de R$ 900 para R$ 1.258,90, no mesmo período.

A dica valiosa para o momento atual é, mais do que nunca, pesquisar antes de comprar. Além de comparar preços, é importante colocar as especificações dos produtos lado a lado, e entender suas principais características antes de tomar qualquer decisão.

Além disso, é preciso ponderar na hora de importar, especialmente em tempos de crise, já que a atuação das marcas acaba ficando mais limitada nesse tipo de aquisição. Por aqui, algumas das principais fabricantes estenderam suas garantias para ajudar consumidores que estão mantendo as recomendações de isolamento social por conta da Covid-19.

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