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Resumo

O presente trabalho tem por objetivo recuperar a vida dos homens do mar que atuaram no Atlântico no período das Grandes Navegações (séculos XV-XVI). Desse período, em geral se estuda e pesquisa em profusão as relações econômicas, políticas e tecnológicas, inerentes ao conhecimento náutico. Entretanto, subsiste uma grande lacuna quando se trata de falar dos atores que realizaram as navegações. Falam-se dos Colombos, Cabotos e Vespúcios, mas pouco ou quase nada sobre os que puxavam as âncoras, qu  ... 

O presente trabalho tem por objetivo recuperar a vida dos homens do mar que atuaram no Atlântico no período das Grandes Navegações (séculos XV-XVI). Desse período, em geral se estuda e pesquisa em profusão as relações econômicas, políticas e tecnológicas, inerentes ao conhecimento náutico. Entretanto, subsiste uma grande lacuna quando se trata de falar dos atores que realizaram as navegações. Falam-se dos Colombos, Cabotos e Vespúcios, mas pouco ou quase nada sobre os que puxavam as âncoras, que proviam as embarcações de viveres ou que se lançavam ao desconhecido integrando-se às populações nativas, formando novos núcleos populacionais. Pretendemos buscar o dia-a-dia desses marítimos, seja nas embarcações ou nas franjas do Atlântico, pelo oeste ou pelo leste do oceano, nas costas da África Ocidental e nas costas da América do Sul. Para tal foram realizadas leitura e análise de relatos de navegadores e viajantes do período em questão. Também foi consultada uma bibliografia que trata não só do tema específico dos homens do mar, mas também de aspectos mais gerais do período da transição da Idade Média para a Idade Moderna, como as relações de poder, a escravidão, o cotidiano, o colonialismo e o encontro de civilizações. Até o momento foi possível detectar diversos pontos da vida incerta e cheia de privações que levava o grupo dos marítimos e identificar diversas outras fontes e referências bibliográficas sobre eles. Também tivemos condições de entender em grande parte o cotidiano vivido nas embarcações, nas carreiras, e a vida dos marítimos no mundo Atlântico.  ... 

Abstract

This work aims to recover the lives of the seamen who served in the Atlantic during the Great Navigations (XV-XVI centuries). In this period, generally one studies and research in profusion economic relations, policy and technology inherent in nautical knowledge. However, there remains a large gap when it comes to talking about the actors who performed the navigations. Speaking if the Colombos, Cabotos and Vespúcios, but little or nothing about pulling the anchors, which provided food or craft   ... 

This work aims to recover the lives of the seamen who served in the Atlantic during the Great Navigations (XV-XVI centuries). In this period, generally one studies and research in profusion economic relations, policy and technology inherent in nautical knowledge. However, there remains a large gap when it comes to talking about the actors who performed the navigations. Speaking if the Colombos, Cabotos and Vespúcios, but little or nothing about pulling the anchors, which provided food or craft that launched the unknown integrating with the native populations, forming new settlements. We intend to get the day-to-day lives of these seafarers, whether in boats or on the fringes of the Atlantic, the west or the east of the ocean, the coasts of West Africa and the coasts of South America were held to just reading and analyzing reports navigators and travelers of the period in question. It was also found that a bibliography is not only the specific topic of the seamen, but also more general aspects of the period of transition from the Middle Ages to the Modern Age, as power relations, slavery, everyday life, colonialism and meeting of civilizations. Until now it was possible to detect various points of life uncertain and full of hardships that led the group of seafarers, and identify several other sources and references about them. Also we were able to understand the daily life largely lived in the boats, the careers and lives of seafarers in the Atlantic world.  ... 

Instituição

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de História: Licenciatura.

Grandes navegações: saiba tudo sobre esse período

  • Grandes navegações: principais características
    • Negócio lucrativo
  • Grandes navegações portuguesas
  • Grandes navegações espanholas
  • Objetivo das grandes navegações
  • Mapa das grandes navegações
  • Grandes navegações: principais consequências
  • Grandes navegações: resumo

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Entenda os pontos mais importantes desse período

As grandes navegações representaram uma das maiores aventuras da humanidade, talvez sendo superadas, apenas, pelo desafio atual da conquista espacial.

Além disso, para nós brasileiros, algumas questões sobre as grandes navegações são um verdadeiro mistério. Como por exemplo, entender por que Portugal foi o pioneiro nas grandes navegações, possibilitado pela Expansão Marítima.

Para esclarecer de vez esta e outras questões, vamos pintar um quadro geral desta grande obra humana, passando pelos seguintes tópicos:

  • O que foram as grandes navegações;
  • Grandes navegações portuguesas;
  • Grandes navegações espanholas;
  • Objetivo das grandes navegações;
  • Mapa das grandes navegações;
  • Consequências das grandes navegações;
  • Grandes navegações: resumo

Depois de ver todos estes itens, certamente você estará afiado para falar sobre o assunto com tranquilidade. Vamos lá?

Grandes navegações: principais características

No século XV (os anos 1400), a Europa começava a se reerguer economicamente, após séculos de divisões, guerras e impasses políticos durante a Idade Média.

A cultura e a ciência floresciam, sendo que uma das áreas mais privilegiadas deste desenvolvimento foi a de técnicas de navegação.

Novos tipos de embarcações e a invenção ou descoberta de instrumentos usados nas grandes navegações permitiram aos europeus se aventurarem pelos oceanos.

Negócio lucrativo

Aos poucos, estas iniciativas se tornaram grandes negócios, financiados tanto por burgueses e banqueiros, quanto pelos Estados.

Os riscos eram altos, mas as recompensas também. Principalmente, porque as rotas comerciais mais lucrativas da Europa eram as que levavam à Índia e ao extremo oriente.

Como essas rotas eram dominadas por mercadores da península itálica, a maioria dos Estados tentava encontrar formas de contornar aquele monopólio.

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Isto fundamentou os investimentos na exploração dos oceanos, com duas esperanças muito claras:

  • Descobrir novas rotas comerciais para a Índia e extremo oriente;
  • Descobrir outras terras e fontes de riquezas no além-mar.

E quando Cristóvão Colombo descobriu o novo mundo, em 1492, as esperanças se fortaleceram e o espírito explorador europeu dominou os próximos séculos.

Grande parte do globo terrestre foi “descoberto” neste período das grandes navegações, com o mapa mundial ficando mais parecido com o que conhecemos hoje.

Grandes navegações portuguesas

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Hoje, tomamos Portugal como um país pequeno, sem grande influência ou importância na geopolítica mundial. Durante as grandes navegações, entretanto, o país possuía uma das maiores e mais bem equipadas frotas da Europa.

A caravela portuguesa da época das grandes navegações era uma embarcação frágil, mas fácil de se construir e bastante versátil.

Posteriormente, foi substituída por outros tipos mais resistentes de embarcações, mas no início, deu aos portugueses uma certa vantagem.

Por isso, ao longo do século XV, descobriram praticamente toda a costa africana, até que em 1498, Vasco da Gama chegou à Índia, contornando o continente africano.

Ou seja, o pioneirismo português deveu-se, em grande parte, a sua capacidade técnica e científica, que como sabemos, ainda resultaria na descoberta do Brasil em 1500.

Além disso, há outros fatores que costumam ser apontados como responsáveis pelo pioneirismo dos portugueses, que poderíamos resumir assim:

  • Tradição marítima pela localização geográfica do país;
  • Ter sido um dos primeiros Estados a se consolidar na Europa;
  • Apoio da Igreja Católica, com o objetivo de espalhar o cristianismo.

Grandes navegações espanholas

A Espanha iniciou suas explorações apenas no final do século XV, mas de certa forma, teve sorte, porque uma das suas primeiras expedições foi justamente a de Cristóvão Colombo.

Daquele momento em diante, seus esforços se concentraram na exploração das rotas do novo mundo, cujos grandes marcos foram:

  • 1492 – Chegada de Colombo ao Novo Mundo (imaginando se tratar da Índia);
  • 1504 – Expedição de Américo Vespúcio, indicando que a descoberta de Colombo era um novo continente;
  • 1513 – Expedição de Nunes Balboa, atravessando o novo continente e descobrindo o oceano pacífico, confirmando que se tratava de um novo continente;
  • 1522 – Fernão de Magalhães faz a primeira viagem ao redor do mundo.

Objetivo das grandes navegações

No início do século XVI, com os portugueses e espanhóis abrindo novas rotas marítimas e descobrindo o Novo Mundo, outros países da Europa se lançam ao mar.

Além disso, os objetivos das grandes navegações também se tornam mais variados, conforme os interesses de cada Estado.

Inglaterra, França, Países Baixos e outros Estados passavam a competir com os pioneiros e, assim, os interesses aumentavam.

Podemos resumir os principais objetivos desta forma:

  • Fundar colônias e expandir territórios;
  • Estabelecer entrepostos comerciais nas principais rotas marítimas;
  • Encontrar fontes de recursos naturais, principalmente ouro e prata;
  • Lucrar com o comércio de escravos (século XVI em diante);
  • Difundir a fé cristã pelo mundo.

Mapa das grandes navegações

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A imagem acima é uma reprodução de um dos muitos mapas produzidos no período das grandes navegações.

Se você reparar bem, perceberá que a Austrália ainda não aparece no mapa e a América do Norte também não estava completamente “descoberta”.

Isso acontecia por dois motivos principais:

  • Primeiro, porque as explorações eram orientadas pelo estabelecimento de rotas comerciais, visando lucro;
  • Segundo, porque o processo de descoberta em si era lento, com muitas expedições se perdendo em tempestades e acidentes.

Por estes motivos, as grandes navegações se estenderam até o século XVII (anos 1600), com a descoberta do último continente: a Oceania.

Grandes navegações: principais consequências

A esta altura você já deve saber, mas as grandes navegações representaram um salto na história da humanidade.

Como sempre, isso significou uma série de mudanças em muitas sociedades ao redor do mundo, com o estabelecimento do contato europeu.

Portanto, a lista de consequências é longa, mas podemos resumir alguns pontos principais:

  • Descoberta da América e início do sistema colonial;
  • Estabelecimento do comércio de escravos africanos;
  • Criação de novas rotas comerciais;
  • Expansão política e militar das nações europeias.

Todas estas mudanças ainda se somam a várias outras, mais localizadas, como por exemplo, o lento extermínio das populações indígenas da América.

Resumindo, o próprio mundo contemporâneo, para o bem e para o mal, é fruto daquele período de intensa exploração e inovação europeia.

Grandes navegações: resumo

Para encerrar este artigo, vamos pontuar as principais etapas e descobertas das grandes navegações, em ordem cronológica:

  • 1415 – Marco inicial da navegação pela costa africana, com a tomada de Ceuta (Marrocos), pelos portugueses;
  • 1487 – Bartolomeu Dias contorna o continente africano pela primeira vez;
  • 1492 – Colombo chega ao Caribe, depois confirmado como sendo a América;
  • 1498 – Vasco da Gama chega à Índia;
  • 1519 a 1522 – Fernão de Magalhães faz a primeira navegação ao redor do mundo;
  • Décadas de 1540 a 1560 – Novas rotas comerciais com a chegada ao Japão;
  • Décadas de 1600 a 1640 – Descoberta da Oceania pelos holandeses.

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Quais os principais aspectos do cotidiano nas embarcações na época das grandes navegações?

Juntamente com a tripulação, existia a presença de ratos e baratas, sempre comprometendo a qualidade dos alimentos. Outro fator que contribuía para a falta de higiene era a ausência de banheiros na embarcação – geralmente os tripulantes faziam suas necessidades em recipientes e as lançavam ao mar.

Como eram as embarcações na época das grandes navegações?

- As caravelas consistiam em grandes embarcações feitas de madeira. - Eram capazes de transportar centenas de homens e toneladas de mercadorias. Possuíam uma ou mais velas grandes e altas de formato, geralmente, retangular. Estas velas eram presas em altos mastros.

Como era o cotidiano das embarcações durante as viagens no século 16?

Não era nada fácil... Extremamente desconfortável, insalubre e perigosa. Em média, a cada três navios que partiam de Portugal nos séculos 16 e 17, um afundava. Cerca de 40% da tripulação morria nas viagens, vítimas não só de naufrágios, mas também de ataques piratas, doenças e choques com nativos dos locais visitados.

Como é hoje em dia o dia a dia nas embarcações?

Atualmente, os navios de carga transportam uma grande quantidade dos mais variados produtos, desde alimentos perecíveis até automóveis e petróleos. Existem também os transatlânticos, que navegam nos oceanos e se destinam ao transporte de muitos passageiros.