Quais as consequências do uso indiscriminado de adubos naturais e fertilizantes sintéticos *?

Como o uso de fertilizantes impacta na agricultura

O uso de agroquímicos e fertilizantes pode, de muitas formas, ajudar e prejudicar a zona rural. E é importante que a qualidade do trabalho no setor do agronegócio seja compatível com seus lucros e a qualidade de seus produtos.

Os fertilizantes estão presentes nos territórios agrícolas desde o século XIX para melhorar a produção das plantas e revigorar a fertilidade do solo. Desde então, foram criados centenas de versões deles, no intuito de agradar o meio agrário – juntamente com suas produções e o meio ambiente.

Quais as consequências do uso indiscriminado de adubos naturais e fertilizantes sintéticos *?

O que são fertilizantes?

Os fertilizantes são compostos químicos que favorecem a nutrição do solo e contribuem com a qualidade de sua produção. Embora muito usado no setor do agronegócio, os fertilizantes possuem um alto custo – tanto para o bolso dos agricultores, quanto para a natureza, já que degrada e polui o meio ambiente.

A diferença entre adubo e fertilizante se dá pelo fato de que o adubo é um fertilizante orgânico e natural, que não prejudica a natureza e o território de produção. Enquanto o fertilizante químico é uma composição que interfere direta e indiretamente na fertilização do solo, na poluição de geradores de água e no surgimento de pragas.

Os principais tipos de adubo utilizados na agricultura são:

  • fertilizantes minerais – ou inorgânicos: são fertilizantes industriais constituídos por composições específicas para aplicação no solo ou diretamente nas plantas;
  • fertilizantes orgânicos: nutritivo ao solo e às plantas, é um fertilizante composto por resíduos animais e vegetais;
  • fertilizantes organominerais: são desenvolvidos por materiais orgânicos; visando o melhoramento do solo e a qualidade da plantação;
  • biofertilizantes: produzido com base em estercos e vegetais, é um adubo orgânico que mantém a preservação do meio ambiente.

O consumo de fertilizantes orgânicos diminuiu com o passar dos anos, abrindo espaço para maior uso de fertilizantes inorgânicos. Apesar de mais prejudiciais à saúde ambiental quando comparados aos orgânicos, estes ainda causam impactos menores que os agroquímicos.

No Brasil, é necessário todo o cuidado no cultivo para que os produtos não sejam prejudicados. Pois, com isso, seria gerado um atraso para o mercado interno de forma geral.

Vantagens dos fertilizantes

Para que mantenham seu crescimento de maneira adequada e correta, as plantas necessitam de atenção em diferentes aspectos. Água, luz, ar, ferro, zinco e outros nutrientes que contribuem para a qualidade do cultivo devem ser observados.

Quais as consequências do uso indiscriminado de adubos naturais e fertilizantes sintéticos *?

Também é importante que os agricultores conheçam seus plantios para evitar situações que possam atrasar as produções. Embora tenham grandes impactos na agricultura, há características divergentes entre o adubo orgânico e o adubo químico; este passa por processos industriais que os tornam menos sustentáveis.

Algumas características do uso fertilizantes orgânicos são:

  • por ser natural, é um processo mais demorado;
  • melhora a estrutura do solo;
  • dispõe nutrientes para a plantação;
  • aumenta a proporção de matéria orgânica do solo;
  • intensifica a saúde do solo.

Além do uso de fertilizantes visando cuidar da área agrária, é essencial que os produtores saibam sustentar todas as necessidades de um cultivo agro. Isso, pensando desde os cuidados com o solo até o processo de comercialização e consumo. Tendo sempre em vista que as plantações devem ser tratadas de maneira cuidadosa e específica para manter sua qualidade.

Quais as consequências do uso indiscriminado de adubos naturais e fertilizantes sintéticos *?

Fundador do Portal Vida no Campo e Agro20, Mayk é neto de Lavradores. Desde cedo esteve envolvido com as atividades do campo e, em 2014, uniu sua paixão pela comunicação com o tradicionalismo do campo. Tem como missão levar informações sobre o agronegócio de forma dinâmica, interativa e sem filtros.

Quais as consequências do uso indiscriminado de adubos naturais e fertilizantes sintéticos *?
Tema será abordado em Escola São Paulo de Ciência Avançada promovida pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP, em São Pedro (foto:Wikimedia Commons)

Ciência pode ajudar a reduzir impacto de fertilizantes nitrogenados no meio ambiente

18 de abril de 2016

Diego Freire | Agência FAPESP – Os fertilizantes nitrogenados, que contêm o elemento nitrogênio num formato assimilável pelos vegetais, são importantes para a formação das proteínas indispensáveis à saúde do caule e da raiz das plantas, mas seu uso indiscriminado aumenta as emissões de óxido nitroso, um potente causador do efeito estufa. O equilíbrio dessa relação será um dos temas estudados na School of Advanced Science on nitrogen cycling, environmental sustainability and climate change, que o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP) e o Inter-American Institute for Global Change Research realizam de 31 de julho a 10 de agosto, em São Pedro (SP).

O evento, que tem apoio da FAPESP na modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), é promovido em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Universidade de Brasília (UnB) e a International Nitrogen Initiative (INI) e evidencia o importante papel que o nitrogênio exerce na vida no planeta, especialmente na produção de alimentos.

“Entre os diversos setores para os quais o nitrogênio é importante está a agricultura, que é também o que mais interfere no ciclo do elemento na Terra em função do amplo uso de fertilizantes. Mas, como uma verdadeira commodity, o nitrogênio é ofertado de maneira desigual entre países ricos e pobres, sendo usado em grandes quantidades por alguns, causando prejuízos ao meio ambiente, e, por outro lado, estando escasso em outras partes do mundo, atrasando o desenvolvimento da produção de alimentos de diversas nações. A ciência por trás de todo esse processo e as soluções científicas para o uso sustentável do nitrogênio serão abordadas ao longo da programação da ESPCA”, disse Luiz Antonio Martinelli, coordenador do evento.

Embora abundante no meio ambiente em sua forma molecular (N2), compondo 78% do ar atmosférico, o nitrogênio não é diretamente absorvido pelas plantas, que precisam da ajuda de bactérias para tal. Elas transformam o N2 da atmosfera em nitrogênio reativo, permitindo que ele seja utilizado pelos vegetais. Mas o excesso do elemento provoca, além de danos à própria planta, problemas de contaminação do solo e dos ecossistemas aquáticos e aumenta a emissão de óxido nitroso, o que agrava o efeito estufa.

“Portanto, o desafio consiste em fornecer nitrogênio de uma maneira que aumente e sustente a produção de alimentos sem danos para o meio ambiente. Isso é especialmente importante porque o uso inadequado de fertilizantes nitrogenados contribui para a intensificação das mudanças climáticas e traz prejuízos diretos às plantas”, explica Martinelli.

Quando Ppesente em quantidades que vão além da capacidade de assimilação das plantas, o nitrogênio fixado no solo pode limitar seu crescimento, prejudicando toda a cultura. Uma alternativa ao uso excessivo de fertilizantes nitrogenados, diz o pesquisador, é a rotação de culturas, “alternando-se plantas fixadoras de nitrogênio – aquelas que possuem bactérias e outros organismos fixadores associados às suas raízes, como as leguminosas (feijão e soja, por exemplo) – com outras que não têm essa capacidade natural”.

A rotatividade favorece a fixação de nitrogênio em quantidades mais seguras que a utilização dos fertilizantes, fornecendo nutrientes compatíveis com a capacidade de assimilação das plantas, beneficiando seu desenvolvimento e reduzindo a contaminação do solo e da água.

Escola

O objetivo da ESPCA é proporcionar a alunos de pós-graduação do Brasil e de outros países conhecimentos sobre o ciclo do nitrogênio e tópicos relacionados à sua disponibilidade, aos processos naturais e antrópicos e a questões socioeconômicas e de políticas públicas para o setor.

Entre os temas abordados pela programação estão os desafios e oportunidades relacionados ao ciclo do nitrogênio, tratando da sua fixação biológica, dos seus ciclos geoquímicos e da modificação humana que tem sofrido; o uso do nitrogênio e suas consequências ambientais (pegada de nitrogênio, o uso futuro de fertilizantes nitrogenados, emissões de gases do efeito de estufa associadas ao uso de N, efeitos cascata); e o ciclo do nitrogênio sob diferentes estresses climáticos, ilustrados pelos biomas brasileiros da Amazônia, Cerrado e Caatinga.

Os participantes serão selecionados de acordo com o mérito da sua atuação acadêmica na área e poderão ter suas despesas de viagem e hospedagem custeadas. Mais informações sobre como se inscrever na seleção estão disponíveis em www.iai.int/?p=11889. As inscrições serão encerradas no dia 30 de maio, às 14h.
 

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Quais as consequências do uso indiscriminado de adubos naturais?

Elas transformam o N2 da atmosfera em nitrogênio reativo, permitindo que ele seja utilizado pelos vegetais. Mas o excesso do elemento provoca, além de danos à própria planta, problemas de contaminação do solo e dos ecossistemas aquáticos e aumenta a emissão de óxido nitroso, o que agrava o efeito estufa.

Quais são os problemas relacionados ao uso de excesso de fertilizantes sintéticos?

O problema dos fertilizantes está nos seus impactos, tais como a degradação da qualidade do solo, a poluição das fontes de água e da atmosfera e aumento da resistência de insetos considerados pragas para as plantações.

Qual a principal consequência do uso descontrolado de fertilizantes?

O uso indiscriminado de agrotóxicos pode levar à contaminação da água e do solo e causar efeitos drásticos em espécies não alvo, afetando a biodiversidade, as redes alimentares e os ecossistemas aquáticos e terrestres.

Qual o impacto do uso exagerado de fertilizantes?

Fertilizantes, como os compostos por restos vegetais, têm o objetivo de neutralizar a acidez do solo. Porém, o uso exagerado e prolongado de determinados produtos provoca o aumento do PH das plantas a elevados níveis, gerando a indisponibilidade de nutrientes, como cobre, ferro e zinco.