Quais as consequências dos terremotos para o Japão?

O Japão relembra nesta quinta-feira (11) uma das piores tragédias que afetaram o país. Dez anos atrás, em um único dia, os japoneses tiveram que lidar com um terremoto, um tsunami e com um desastre nuclear.

O dia trágico começou às 14h46 de 11 de março de 2011 no Japão, quando o terremoto de 9 graus, o mais forte na história do país e um dos 5 mais poderosos do mundo, provocou ondas de dez metros de altura.

A população foi alertada para o tsunami, mas não deu tempo. Em 15 minutos, as ondas gigantes chegaram ao litoral, arrastando barcos, carros e até casas.

A água passou de quatro metros de altura e avançou cidade adentro por mais de 4 quilômetros, num cenário inimaginável de destruição. 

Cidades inteiras desapareceram debaixo d’água. No aeroporto de Sendai, aviões ficaram boiando, como se fossem brinquedos de plástico.

Tsunami só acontece quando o epicentro do terremoto se dá no oceano, como foi o caso desse tremor de 9 graus de magnitude que atingiu a costa nordeste do Japão. O ponto de choque entre as placas tectônicas foi a 130 quilômetros da Península de Ojika.

As ondas de um tsunami, em alto-mar, são mais baixas e muito rápidas, podendo alcançar até 800 quilômetros por hora. É a velocidade de um avião. Conforme as ondas se aproximam da praia o atrito reduz o deslocamento da água, mas em compensação, aumenta o tamanho das ondas.

Segundo os estudiosos, é possível monitorar terremotos, mas é impossível prevê-los e controlá-los. De acordo com os dados oficiais, 15.894 pessoas morreram.

Duas mil e quinhentas desapareceram e nunca foram encontradas. Outras 230 mil pessoas ficaram desabrigadas e parte delas não pôde voltar pra casa.

O terremoto e o tsunami de 11 de março de 2011 entraram para a história do Japão como a maior catástrofe no país, depois das bombas de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, na Segunda Guerra Mundial.

Além de toda a destruição, os japoneses ainda tiveram que enfrentar o que se tornou um dos piores desastres nucleares de todos os tempos. A usina atômica de Fukushima foi gravemente danificada pelo tremor e pelas ondas. Houve vazamento de vapor e de água contaminados com material radioativo.

Fukushima

Ao longo dos séculos, o Japão desenvolveu uma formidável capacidade de reconstrução depois de terremotos. Mas uma década depois do desastre de Fukushima, parte da cidade ainda está abandonada E não se trata de contaminação, mas sim de trauma.

O cinema condensou em minutos as horas de agonia de quem estava na usina nuclear no momento da tragédia. O filme lançado este ano, no Japão, recria o que aconteceu há uma década, baseado nos relatos dos sobreviventes.

Quais as consequências dos terremotos para o Japão?
Foto: CNN Brasil

O tremor causou o colapso do sistema de resfriamento do combustível atômico, que derreteu. O tsunami invadiu os tanques e espalhou resíduo altamente tóxico, bairros inteiros foram esvaziados. 160 mil pessoas tiveram de ir para abrigos.

Embora o governo tenha financiado a reconstrução da cidade e a empresa que administrava a usina continue pagando indenizações aos atingidos, muita gente não quer voltar para casa. Entre elas, Hisae Unuma, uma agricultora de 67 anos.

A idosa se mudou para os arredores da capital Tóquio. De tempos em tempos ela percorre os mais de duzentos quilômetros que separam a antiga da nova casa, para lembrar do marido que morreu há três anos, vítima de um câncer surgido por causa radiação que ficou no ar em Fukushima.

A roupa, que hoje se tornou comum por causa da pandemia, é um velho acessório de Hisae. Só assim ela se sente segura para voltar aonde passou a maior parte da vida.

Uma parte da população japonesa que não quer mais usinas atômicas no país. Mas isso é praticamente impossível, pelo menos hoje.

O Japão não tem recursos naturais suficientes para gerar a enorme quantidade de energia que consome. A eletricidade vem, basicamente, da queima de combustível fóssil. Desde a crise do petróleo em 1979, o governo passou a investir em reatores nucleares, que abastecem 30% do território.

E tem mais: embora arriscada, a energia atômica não gera dióxido de carbono, um dos gases responsáveis pelo efeito estufa. O Japão concordou em reduzir a poluição atmosférica, como parte de um esforço global contra as mudanças climáticas.

São trinta e três reatores em operação, hoje, no Japão. Dois deles na Usina de Fukushima, que voltou a funcionar. O governo admite que a energia nuclear é um “mal necessário”, no país. A única pergunta que ninguém consegue responder é se uma tragédia como a de 2011 vai se repetir.

Quais são as principais consequências da instabilidade tectônica no Japão?

Quais foram as consequências do terremoto de Fukushima? O terremoto de Fukushima provocou cerca de 20 mil mortes no Japão. Houve ainda um grande volume de perdas materiais, uma vez que muitas cidades tiveram que ser desocupadas e toda a infraestrutura da região sofreu com os eventos causados pelo terremoto.

Qual a consequência do terremoto que atingiu o Japão em 2011?

O sismo causou danos substanciais ao Japão, incluindo a destruição de rodovias e linhas ferroviárias, assim como incêndios em várias regiões, e o rompimento de uma barragem. Aproximadamente 4,4 milhões de habitantes no nordeste do Japão ficaram sem energia elétrica, e 1,4 milhão sem água.

Quais são as principais consequências de um terremoto?

Quais as principais consequências dos terremotos? Os terremotos podem causar vibração do solo, abertura de falhas geológicas, deslizamentos de terra, tsunamis (ondas gigantes) e, até mesmo, alteração na rotação da Terra.

Quais as causas para o terremoto no Japão?

O sismo teve magnitude de 9.1 graus na escala Richter, sendo o mais intenso já registrado na história do país e um dos maiores do mundo. Sua causa foi uma movimentação na zona de falha onde se localiza a Fossa do Japão, com epicentro a 130 km da costa japonesa e hipocentro a cerca de 25 km de profundidade.