Show
ESPÉCIES EXÓTICAS INVASORASEspécies exóticas invasoras representam uma das maiores ameaças ao meio ambiente, com enormes impactos e prejuízos sobre a biodiversidade e os ecossistemas naturais, afetando a provisão de serviços ambientais, a saúde, a economia, bem como a conservação do patrimônio genético e natural. A introdução de espécies invasoras ocorre de forma intencional ou acidental por vias e vetores de transporte entre regiões, países e ecossistemas em ritmo crescente devido à intensificação do comércio, de viagens e do turismo em nível global. Devido ao seu potencial invasor e à sua capacidade de assumir o lugar e excluir espécies nativas, diretamente ou pela competição por recursos, as espécies invasoras podem transformar a estrutura e a composição dos ecossistemas, homogeneizando ambientes e destruindo características peculiares da biodiversidade local e regional. Por esse motivo, espécies exóticas invasoras estão entre as principais causas diretas de perda de biodiversidade e extinção de espécies, juntamente com outros fatores ambientais negativos com os quais pode ter efeitos sinérgicos. Também os prejuízos e custos decorrentes da prevenção, controle e erradicação de espécies exóticas invasoras indicam que os danos ao meio ambiente e à economia são significativos. Levantamentos realizados em diversos países, como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, África do Sul, Índia e Brasil, atestam que as perdas econômicas anuais decorrentes de invasões biológicas em cultivos, pastagens e áreas naturais podem ultrapassar centenas de bilhões de dólares. Tendo em vista a complexidade dessa temática, a gestão sobre espécies exóticas invasoras envolve agendas bastante amplas e desafiadoras, com ações multidisciplinares e interinstitucionais. Ações de prevenção, monitoramento, controle e erradicação são fundamentais e exigem o comprometimento e a convergência de esforços de diferentes entes dos governos federal, estaduais e municipais envolvidos com o tema, além de setores empresariais e organizações não-governamentais. Compromissos do BrasilO Ministério do Meio Ambiente, por meio do Departamento de Espécies, atua na formulação e definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias destinadas à prevenção da introdução e ao controle das espécies exóticas invasoras que ameacem os ecossistemas, habitat ou espécies nativas. As Unidades da Federação também possuem papel estratégico na execução de ações locais para prevenir o estabelecimento de espécies exóticas invasoras em todo território brasileiro, com destaque para a implementação de políticas estaduais e a elaboração de listas oficiais com informações essenciais para os órgãos competentes. Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras A Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras é uma inciativa do Ministério do Meio Ambiente, instituída pela Resolução CONABIO 07/2018, que consolida diretrizes e decisões da Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB aplicadas às diversas instâncias nacionais de governança ambiental. Ela estabelece, com clareza, o caminho para sua implementação, definindo ações prioritárias para gestão, prevenção, manejo e controle de espécies invasoras, referendadas por diversas esferas e setores de governo e da sociedade até 2030. Nesse horizonte temporal, a Estratégia Nacional foca espécies invasoras que ameaçam ou impactam a diversidade biológica e busca estabelecer a visão integrada entre os setores afetados em função de impactos, danos e prejuízos ambientais, sociais, culturais, sanitários e econômicos. Seu objetivo é orientar a implementação de medidas para evitar a introdução e a dispersão; reduzir impactos de espécies exóticas invasoras sobre a biodiversidade brasileira e os serviços ambientais e ecossistêmicos; e controlar ou erradicar tais espécies em território nacional. A primeira etapa para a implementação da Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras foi instituída pela Portaria MMA 03/2018 e tem duração de seis anos, definindo ações, metas, articuladores e colaboradores. Seus resultados são acompanhados e avaliados por monitorias anuais, sob a responsabilidade do Departamento de Espécies do Ministério do Meio Ambiente em articulação com suas entidades vinculadas (IBAMA, ICMBio e JBRJ) e demais parceiros institucionais, inclusive com o apoio do Projeto Pró-Espéciesfinanciado com recursos do GEF. Em 2024 deverá ser realizada a revisão deste primeiro período de implementação e a elaboração de um novo planejamento para execução dos próximos seis anos que irão complementar o período de vigência da Estratégia. Planos de Prevenção e Controle Os planos de prevenção e controle, que incluem também o monitoramento, manejo e erradicação de espécies exóticas invasoras, são instrumentos de gestão previstos na Estratégia Nacional, construídos de forma participativa e articulada com as diversas esferas de governo e setores da sociedade, com objetivos definidos em escala temporal. Tais Planos podem focar em determinadas espécies ou grupos de espécies, ou de acordo com o recorte geográfico das ocorrências, com os métodos de prevenção e controle, ou com as vias e vetores de introdução/dispersão, podendo envolver a prevenção de espécies que apresentam potencial risco de introdução ou o controle daquelas que já estão presentes, com vistas ao seu manejo até sua erradicação. Planos constituídos e coordenados pelo Governo Federal: Plano Javali: Portaria Interministerial MMA MAPA 232/2017 Plano Coral-sol: Portaria IBAMA 3.642/2018 Plano Mexilhão-dourado: Portaria IBAMA 3.639/2018 Para mais informações acesse outros conteúdos nos botões abaixo: Quais são os problemas causados por espécies invasoras?A introdução dessas espécies tem consequências negativas não só para o meio ambiente, pois afeta a segurança alimentar, o controle de doenças como a malária e a dengue, entre outras, assim como prejudica a economia.
Qual foi o problema gerado para as espécies nativas?Invasão biológica: um problema crescente que coloca espécies nativas em risco. Uma espécie de animal ou planta exótica é levada até um território novo, de onde ela não é natural.
Quais possíveis consequências da hibridização entre espécies invasoras e nativas?Cruzamento entre espécies nativas e exóticas leva à formação de populações com capacidade de reprodução reduzida, levando à extinção. A introdução de espécies em lugares que não são seu habitat natural pode causar um grande impacto ambiental.
Por que a espécie invasora traz prejuízos quais são estes prejuízos?Além de se tornarem espécies dominantes, elas podem causar prejuízos nas colheitas, favorecer a propagação de pragas e doenças, perturbar os ciclos biológicos, químicos, climáticos, degradar solos, pastagens e florestas.
|