Quais são as mudanças que a globalização impõe aos hábitos dos consumidores?

Diante de tantas modificações em nossos cotidianos, nos vimos ainda mais dependentes da tecnologia, que possibilitou as compras e o trabalho durante todo o período de distanciamento social, adotado para que o Covid-19 não dizimasse toda a sociedade.

Foram dias difíceis, que graças a transformação digital que já vivíamos, e que foi acelerada por uma pandemia, aprendemos a nos arriscar mais e acreditar em inovações. E são sobre essas novidades do mundo pós-pandemia que falaremos neste conteúdo.

Vamos discutir sobre:

  • Os impactos da pandemia;
  • O fortalecimento da transformação digital na pandemia;
  • E projeções para o mundo pós-pandemia.

Nessas discussões, trataremos o assunto pandemia sob três ângulos: o do mercado de trabalho, das vendas e dos consumidores. Acompanhe!

Não deixe de conferir também algumas das nossas estratégias de vendas em tempos de Coronavírus.

Os impactos da pandemia

A pandemia do Covid-19 chegou e se espalhou em todo o mundo como um furacão, onde o primeiro e maior afetado nisso tudo foi o setor de saúde dos países.

O reflexo imediato da nova doença foi visto através da superlotação dos hospitais, na falta de equipamentos hospitalares, e no grande número de casos e mortes, principalmente de pessoas com mais de 65 anos.

Mas além dos impactos na saúde, o coronavírus respingou com força total também na economia, nas relações pessoais, no mercado de trabalho, e em tantos outros setores, onde uma recessão mundial de 3% já é calculada para o ano de 2020, mostrando a necessidade da adoção de novos padrões de consumo.

No mercado de trabalho

O impacto da pandemia no mercado de trabalho já é e será ainda mais forte. Segundo o Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), lançado em julho, a taxa de desemprego na América Latina e no Caribe deve chegar a 12,3%, um aumento de 33% comparado ao índice de 8% registrado em 2019.

Na tentativa de reduzir tantos impactos, 46% das empresas adotaram o home office como principal forma de desenvolver suas atividades e se adequar aos novos padrões de consumo. 

Uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (FEA-SP), ouviu 1.566 trabalhadores, e 70% deles disseram que gostariam de continuar trabalhando em home office.

Apesar dos números positivos, e da grande aceitação do trabalho remoto, 67% das companhias tiveram alguma dificuldade na implementação do sistema de trabalho em home office, isso porque muitas empresas ainda não estão preparadas tecnologicamente para esse novo momento.

Leia também: Teletrabalho durante a pandemia de coronavírus.

Nas vendas

No momento em que muitas pessoas pararam de circular nas ruas, e grandes e pequenos comércios tiveram que fechar suas portas, o e-commerce ganhou notoriedade, tornando-se o principal modo de compra de muitos.

Os consumidores passaram a priorizar segurança, agilidade e preços, muito mais que em outros momentos, pois além de não poderem sair de casa, muitas pessoas passaram a conter gastos por medo do período tão incerto que a pandemia criou. 

Essas mudanças deram início a um novo padrão de consumo, onde os consumidores começaram a priorizar as compras online.

Veja alguns dados do Sebrae, que refletem essas mudanças no comportamento do consumidor:

  • O consumo em sites de itens de saúde (alimentos naturais, vitaminas e higiene), cresceu 11%.
  • Páginas de utensílios domésticos tiveram aumento de acessos de 33%.
  • A compra em deliverys teve aumento de 59%.

Esses números refletem a mudança de rotina causada pelo Covid-19, e para o mundo pós-pandemia o que se espera são as vendas online ganhando ainda mais relevância.

Na vida dos consumidores

Refletindo o mercado e as vendas, o impacto da pandemia na vida dos consumidores refletiu de forma automática no consumo.

Com o fechamento do comércio, muitas pessoas perderam seus empregos ou tiveram suas jornadas de trabalho reduzidas. 48,7% dos consumidores tiveram suas vidas muito impactadas, e só 6,7% da população não sofreu nenhum impacto causado pela pandemia.

A Fundação Getúlio Vargas identificou que as pessoas que mais foram afetadas pelo distanciamento social, foram as com renda familiar de até  R$2.100,00 reais por mês, e dentre os fatores de maior preocupação desses consumidores de renda mais baixa, estão:

  • Desemprego (40,5%); 
  • Redução da renda (30,5%);
  • Inflação (5,5%); 
  • E contas e dívidas em atraso (13,7%).

Essas foram as causas de maior preocupação entre os mais pobres. Já entre os mais ricos, a maior preocupação ficou por conta da possível redução de renda.

O fortalecimento da transformação digital na pandemia

O uso da tecnologia, reforçado pela pandemia do coronavírus, estimulou a automação em empresas no mundo todo. Diversas ferramentas foram implementadas em processos que antes eram feitos manualmente, mas que com o distanciamento social precisavam ser possíveis também a distância.

A tecnologia possibilitou a migração parcial ou total de vendas de diversas empresas para a internet, ajudou equipes a se reunirem mesmo longe, fortaleceu o formato de atendimento omnichannel, e criou novos formatos para a sobrevivência do mercado de trabalho, tudo isso para acompanhar os novos padrões de consumo.

Um estudo da Internacional Data Corporation (IDC), mostrou que 62,8% das organizações brasileiras empregaram algum modelo de trabalho dinâmico e reconfigurável; 52,4% conectaram indivíduos e 38,7% está conseguindo gerar confiança nos clientes, mesmo trabalhando apenas online.

Essa aceleração na transformação digital impulsionou diversas tendência que demorariam alguns anos para serem implementadas, mas que, graças ao cenário que vivemos, já estarão em funcionamento, ou em forte desenvolvimento no mundo pós-pandemia. 

Algumas dessas tecnologias são:

  • tecnologia 5G;
  • tecnologia blockchain;
  • WiFi 6;
  • inteligência artificial e aprendizado de máquinas;
  • RPA e IPA crescente e fortalecido;

A importância da Lei Geral de Proteção de Dados no durante e pós-pandemia

Com a transformação digital, a sociedade tenderá a ser cada dia mais interconectada por softwares. Mas tudo que traz benefícios também exige atenção, e no que diz respeito a tecnologia, a proteção de dados deve ser resguardada. 

Pensando nessa segurança, que passou a ser mais exigida por empresas, seus funcionários e consumidores, que utilizam softwares conectados à internet para comprar, vender e gerenciar processos, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se tornou de suma importância nesse avanço da tecnologia.

A LGPD passou a vigorar oficialmente no Brasil em 18 de setembro. Em meio a pandemia, o país se juntou a mais de 100 países, onde normas específicas ligadas a dados pessoais já fazem parte de suas diretrizes de segurança digital.

O mundo pós-pandemia será um mundo super conectado, onde muitas coisas poderão ser resolvidas online, por isso, ter leis que resguardem as pessoas também digitalmente, impõe barreiras necessárias, para que nem as empresas e nem seus consumidores ultrapassem limites dentro dos novos padrões de consumo. 

Leia mais em: O que são dados sensíveis? Como coletar e armazenar dados com a nova LGPD?

Projeções para o mundo pós-pandemia

A Covid-19 mudou a vida e os princípios do mundo todo. O “novo normal”, como já é chamado o mundo pós-pandemia, trouxe transformações para realidade de todos. 

Vários são os novos cenários com os quais lidamos diariamente, dentre eles estão os novos padrões de consumo, o novo jeito de trabalhar, o novo formato de se divertir e muito mais. 

Para entender melhor quais são as projeções para o mundo pós-pandemia, falaremos de alguns setores específicos, que já estão se adaptando a tantas novidades.

Flexibilidade no local de trabalho

Como já falamos, o home office possibilitou grandes mudanças no mercado, pois com a metodologia de trabalho remoto adotada por diversas empresas, foi possível manter a engrenagem operacional de muitas organizações girando, sem que as portas fossem fechadas definitivamente.

No pós-pandemia, a flexibilização dos locais de trabalho deve continuar! Uma prova disso está na economia de R$ 1 bilhão em 5 meses de home office no serviço público.

Se esse formato de trabalho consegue tornar o serviços públicos mais econômicos, imagine só quanto pequenos escritórios podem deixar de gastar com aluguéis, adotando um trabalho 100% remoto.

Presença virtual

Sabe o que as empresas que conseguiram se manter e se destacar durante a pandemias tem em comum? 

  • 1º – Elas tem um site, blog ou redes sociais ativas para vendas online;
  • 2º – elas apostaram em estruturas mais enxutas para sobreviver;
  • 3º – simplificaram seus sistemas, utilizam tecnologia sem fio e em nuvem;
  • 4º – fizeram parceria com outros negócios.

O consumo online está em alta, reforçando-se com um grande padrão de consumo, portanto, o mercado deve estar preparado para acompanhar essa tendência, e as empresas devem se fazer presente nos ambientes virtuais, para poderem oferecer experiências positivas e vantajosas também nesse novo ambiente.

Novos padrões de consumo

O consumo, que ao longo de 2020 andou em baixa, foi fortalecido em um ambiente que antes da pandemia não era tão explorado: no e-commerce.

Entre fevereiro e maio, o faturamento do e-commerce nacional foi de R$27,3 bilhões, marcando um aumento expressivo de 71%, quando comparado ao mesmo período de 2019. Esse aumento nos números do e-commerce provam que é através da internet que os novos padrões de consumo se estabelecem.

A pandemia acelerou a migração dos consumidores para o varejo online, pois na internet, além dos compradores encontrarem tudo o que procuram de maneira fácil e rápida, a grande vantagem é fazer todos as comprar sem precisar sair de casa e tendo sites de pesquisa que facilitam muito na identificação dos melhores preços. 

Experiência de consumo virtual

Uma das grandes lições da pandemia, que com toda certeza seguirá como tendência de novo padrão de consumo pós-pandemia, está ligado a experiência.

Os consumidores, que se tornaram menos impulsivos, passarão a consumir de forma controlada e planejada, deixando sempre uma reserva para emergências. Isso quer dizer que para conquistar um cliente, as empresas precisarão oferecer ótimas experiências para seus consumidores, pois só assim conseguirão fechar vendas.

Portanto, será fundamental que as empresas ofereçam experiências muito boas aos seus clientes. 

De acordo com o  nosso relatório Tendências da experiência do cliente para 2020, que analisou dados de 45 mil empresas em 140 países:

  • toda interação com o cliente é parte de uma conversa;
  • e os clientes esperam que todos numa empresa colaborem para uma ótima experiência.

Essas informações são reforçadas principalmente quando as empresas adotam uma abordagem omnichannel, possibilitando mais coesão na experiência do cliente. Veja um vídeo onde falamos um pouco sobre o impacto das mensagens nessa experiência:

Consumidores mais responsáveis e conscientes

Um estudo realizado pela Getty Images em parceria com a YouGov, com 10 mil consumidores e profissionais mostrou que 86% dos entrevistados estão tentando reduzir o consumo de plástico de forma ativa e 58% só compra produtos de marcas que se esforçam para ser ecologicamente corretas.

Essas informações reforçam o novos padrões de consumo, que além de serem menos impulsivos, têm se tornado mais conscientes ao longo dos anos.

Os consumidores se preocupam mais com seus hábitos e também com o tipo de produtos que consomem. Essa onda sustentável foi reforçada pela pandemia, e no no pós-pandemia a tendência é que a responsabilidade e a consciência na produção de produtos e no consumo, se torne ainda mais importante.

Pós-pandemia: como se preparar para o futuro

Acompanhamos diariamente a corrida de diversos países na produção de uma vacina que seja capaz de minimizar os impactos do coronavírus. 

Hoje ainda não é possível afirmar, com 100% de certeza, que a pandemia acabará daqui alguns meses, pois o cenário ainda é incerto.

As únicas coisas que conseguimos prever são as mudanças que vieram como reflexo de uma doença que acometeu o mundo todo, fazendo milhares de negócios ruírem e os padrões de consumo mudarem

No que será o “novo normal”, poderemos ter muita tecnologia, um consumo mais controlado, uma grande necessidade de oferecer diferenciais aos consumidores e também muita preocupação com a vida das pessoas, não só no trabalho.

Os novos padrões de consumo estarão ligados a felicidade e experiência dos clientes, pois parafraseando Sabina Deweik, mestre em comunicação semiótica da PUC e pesquisadora de comportamento e tendências, o “consumir por consumir saiu de moda”. 

Portanto, rever modelos de mercado e consumo no mundo, tornou-se muito mais que rever métodos de trabalho. O Covid-19 mudou nossa visão de sobrevivência, e para o mundo pós-pandemia, as empresas e consumidores devem estar preparados para colocar a experiência e sobrevivência humana sempre em primeiro lugar.

Para fortalecer os laços com seus clientes e entregar boas experiências no pós-pandemia, conheça as vantagens que a Zendesk oferece aos seus canais de atendimento.

Como a globalização influenciou o consumismo?

O consumismo é característico das sociedades modernas capitalistas e da expansão da globalização. Ele está inserido na denominada: “Sociedade do Consumo”, onde ocorre o consumo massivo e desenfreado de bens e serviços que visa, sobretudo, o lucro das empresas e o desenvolvimento econômico.

Como a globalização influencia nossa vida e portanto o comportamento do consumidor?

Nessa dimensão, a glocalização funciona como um “amenizador” cultural em prol da globalização e a serviço do processo de manipulação do consumo. Considerando que a cultura se reflete no estilo de consumo dos indivíduos, o consumo é um elemento cultural altamente suscetível aos efeitos da mídia através de propagandas.

Como a globalização influencia a vida das pessoas?

A globalização desencadeou profundas transformações no mundo do trabalho e na vida econômica. Novos padrões de comércio internacional e a mudança para uma economia de informação tiveram um significativo impacto sobre os antigos padrões de emprego.