Qual a diferença de ciclone para furacão

Com a chegada de um ciclone extratropical no Brasil, entenda o que difere um termo do outro

Resultando em fortes ventos e chuvas, um ciclone extratropical ocorre nesta semana no Brasil. Os resultados podem ser observados entre 10 e 11 de agosto em São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. 

Vale ressaltar que os ciclones extratropicais não são novidades no país, e acabam se formando no extremo sul do Brasil. Quando comparados com ciclones tropicais, as consequências são menos devastadoras, apresentando ventos mais fracos e uma duração menor, conforme repercutido pela Folha.

Assim, muitos devem se perguntar o que diferencia um ciclone de um furacão. Ou até mesmo, o que diferencia esses dois fenômenos de um tufão, por exemplo. 

Diferentes nomes

Conforme repercutido pela BBC Brasil em reportagem de 2018, todos esses termos se referem a tempestades tropicais. O que, de fato, diferencia a nomenclatura são os locais onde ocorrem. 

Se um fenômeno do tipo se manifesta no norte do Oceano Atlântico e nordeste do Pacífico, o nome utilizado é furacão. Por outro lado, se a tempestade ocorre no noroeste do Oceano Pacífico, o nome empregado é tufão.

Quanto ao ciclone, termo que tem sido bastante escutado por brasileiros nos últimos dias, compreende uma tempestade tropical que ganha forma no Pacífico Sul e Oceano Índico.

O que classifica esses fenômenos?

Mas afinal, o que classifica esses fenômenos? Bom, o National Geographic Brasil repercute que a classificação ocorre quando a tempestade registra velocidades intensas de vento. Especificamente, para ser determinada como ciclone, furacão ou tufão, a tempestade precisa ser caracterizada velocidades de ventos que tenham, ao menos, 119 km/h. 

Por outro lado, caso o fenômeno registre velocidades de 179 km/h, passa a ser classificado como um 'furacão intenso'. A partir dos 241 km/h, passa a ser chamado de 'supertufão'. 

Relembre o que foi o furacão Katrina!

15 Outubro 2013

O tufão Usai — que significa coelho em Japonês — é o terceiro e mais forte tufão no Pacífico deste ano. Ele foi classificado como um tufão severo, ou “super”, pelos meteorologistas que registaram rajadas de mais até 260 quilómetros por hora.

Se nunca viveu na Ásia, deverá estar a perguntar-se como será experienciar um tufão. Mas se já sobreviveu a um furacão ou a um ciclone já sabe a resposta.

Isso acontece porque os furacões, ciclones e tufões são todos o mesmo fenómeno meteorológico. Os cientistas simplesmente têm diferentes nomes para estas tempestades dependendo de onde elas ocorrem.

No Atlântico e norte do Pacífico, as tempestades são chamadas “furacões”, nomeadas pelo deus do mal caribenho chamado Furacão.

No noroeste do Pacífico, as mesmas poderosas tempestades são chamadas de “tufões”. No sudeste do oceano Índico sudoeste do Pacífico são chamados de “graves ciclones tropicais”.

No norte do Oceano Índico eles são chamados de “graves tempestades ciclónicas”. No sudoeste do Oceano Índico eles são chamados apenas de “ciclones tropicais”.

Para ser classificado como um furacão, tufão ou ciclone, uma tempestade tem de atingir velocidades de pelo menos 119 quilómetros por hora).

Se os ventos de um furacão atingirem velocidades de 179 quilómetros por hora ele é considerado um “furacão intenso”.

Se um tufão atingir 241 quilómetros por hora — como Usagi atingiu — ele torna-se um “super tufão”.

Diferentes estações

Enquanto a estação dos furacões no Atlântico acontece de 1 de junho a 30 de novembro, as estações dos tufões e dos ciclones seguem uns padrões ligeiramente diferentes.

No Pacífico nordeste, a temporada oficial vai de 15 de maio a 30 de novembro. No noroeste do Pacífico, os tufões são mais comuns desde o fim de junho até dezembro. E o norte do Oceano Índico vê ciclones de abril a dezembro.

Não importa o que se decida chamar, estas tempestades monstruosas são eventos naturais poderosos com capacidade de causas alguns estragos graves.

De acordo com o NOAA’S National Hurricane Center, em média um olho de furacão — onde a pressão é menor e a temperatura do ar mais alta — estende-se por 48 quilómetros de largura, chegando a atingir os 200 quilómetros.

As tempestades mais fortes, com equivalência à Categoria 5 da escala Saffir-Simpson, chegam a ter ventos que ultrapassam os 250 quilómetros por hora.

Com a ajuda de satélites e computadores, tais tempestades podem ser previstas com vários dias de antecedência e são relativamente fáceis de detetar. Mas como o Furacão Sandy mostrou recentemente, prever o caminho que um furacão, tufão ou ciclone fará depois de formado é ainda complicado.

Efeitos do aquecimento global?

Nos últimos anos, os cientistas têm debatido se o aquecimento global causado pelo Homem está a afetar os furacões tornando-os mais fortes ou levando-os a ocorrer com mais frequência. (Relacionado: “As temperaturas crescentes podem causar mais Katrinas.”)

Em teoria, as temperaturas atmosféricas mais elevadas deverão levar a temperaturas da superfície do mar mais quentes, o que deverá, por sua vez, suportar furacões mais fortes.

O número de furacões de Categoria 4 ou 5 praticamente duplicou em todo o mundo desde o inicio de 1970 até 2000. Além disso, tanto a duração dos ciclones tropicais como a velocidade dos seus ventos mais fortes aumentaram em cerca de 50% nos últimos 50 anos.

Mas não há nenhum consenso cientifico se haverá uma ligação entre as alterações climáticas e os furacões.

A média da velocidade máxima do vento de um ciclone tropical poderá aumentar, embora o aumento possa não ocorrer em todas as bacias oceânicas”, de acordo com o relatório de 2012 do Painel Intergovernamental sobre a Mudança do Clima. (Relacionado: “Relatório que sublinha a grande mudança no clima revelado.”)

“É provável que a frequência mundial de ciclones diminua ou fique exatamente na mesma.”

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O que é mais forte furacão ou ciclone?

Um ciclone passa a ser classificado como um furacão quando atinge velocidades superiores a 150 km/h, quando é considerado um tufão forte, mas também podendo superar os 195 km/h no que é considerado um tufão violento.

Qual a diferença de furacão e ciclone?

Na verdade, furacões, ciclones e tufões são todos o mesmo fenômeno meteorológico. Os cientistas chamam essas tempestades de nomes diferentes, dependendo de onde elas ocorrem.

O que é ciclone tornado e furacão?

Ciclone, tornado e furacão são todos fenômenos atmosféricos que envolvem o deslocamento entre massas de ar frio, quente além das zonas de baixa pressão, mas, embora possam parecer sinônimos de um mesmo evento, eles se diferenciam a partir de sua força e local de formação.

Qual foi o ciclone mais forte do mundo?

baseados em suas estimativas, Gonu foi o ciclone tropical mais forte já registrado no Oceano Índico norte. O DMI classificou o sistema como a super tempestade ciclônica Gonu no final de 4 de junho, com ventos constantes (10 minutos sustentados) de 240 km/h e uma pressão atmosférica mínima estimada de 920 mbar.