Qual a importância da adaptação para a evolução?

Evolução

Ao iniciar o estudo da evolução, é imprescindível entender o significado da palavra adaptação. É comum ouvir a afirmação de que todos os seres vivos que existem atualmente no planeta estão adaptados aos seus ambientes.

Por exemplo: os crocodilianos, como o jacaré-de-papo-amarelo, apresentam os olhos e as narinas localizados na região dorsal do crânio. Quando dentro d’água, os olhos e as narinas dos crocodilianos podem ficar acima da superfície da água.

Essa característica anatômica permite que eles respirem sem maiores restrições enquanto se deslocam no rio.

Ao longo das sucessivas gerações, esses indivíduos da população, cujos olhos e narina estivessem mais bem po­sicionados dorsalmente no crânio, tiveram algum tipo de vantagem, como, por exemplo, aproximar-se da presa sem serem notados. Esses animais caçavam com maior eficiência e deixaram mais descendentes.

Qual a importância da adaptação para a evolução?
Jacarés, crocodilos e gaviais são capazes de manter-se muito tempo quase submersos, pois os olhos e as narinas estão localizados na parte de cima do crânio, permitindo a respiração e o espreitamento da presa.

Assim, adaptação é o resultado do processo de seleção natural e pode ser entendida como a capacidade que um ser vivo tem de sobreviver e se reproduzir no ambiente em que vive.

Origem da adaptação

Se as espécies que vivem hoje no planeta estão adaptadas ao seu ambiente, surge uma dúvida: o que é responsável por essa adaptação?

Uma das maneiras pelas quais os seres humanos tentam explicar a adaptação dos seres vivos ao meio ambiente é denominada fixismo. Por essa perspectiva, as espécies são imutáveis ao longo do tempo e permanecem essencialmente iguais desde seu surgimento.

No fixismo criacionista, as espécies são criadas por uma entidade divina (um criador) já adaptadas ao ambiente.

No fixismo naturalista, as espécies de seres vivos surgem por geração espontânea também adaptadas ao meio. Essa última concepção era a defendida por Aristóteles.

Em meados do século XVII, ganhou força outra visão de mundo, oposta ao fixismo. Nessa concepção, denominada transformismo, os seres vivos mudam ao longo do tempo. Um fator importante para seu desenvolvimento foi a percepção de que o planeta Terra passou e ainda passa por muitas mudanças.

Os cientistas, principalmente geólogos, começaram a notar algumas alterações lentas e outras bastante bruscas, como, por exemplo, o surgimento de uma ilha vulcânica na Islândia, documentado durante a década de 1960. Além disso, hoje, confirma-se uma hipótese, já antiga, de afastamento de massas continentais; Brasil e África, por exemplo, afastam-se alguns centímetros por ano.

Nesse contexto, alguns naturalistas do início do século XIX começaram a elaborar hipóteses acerca da ocorrência de alterações também nos seres vivos ao longo do tempo. A teoria da evolução por seleção natural foi desenvolvida em uma concepção transformista durante

Por: Wilson Teixeira Moutinho

Veja também:

  • Adaptações dos répteis ao ambiente terrestre
  • Níveis de organização dos seres vivos
  • Como as aves voam
  • Especiação
  • Evolução das Espécies
  • Evidências da Evolução

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Mariposas e o processo evolutivo

Promover a realização de momentos de internalização dos conteúdos propicia ao educador momentos de grande satisfação e reconhecimento. Direção, pais e os próprios alunos valorizam esses momentos em que a criatividade e o lúdico realmente despertam aquilo que torna o homem diferente dos demais animais, a capacidade de ensinar e aprender.

Dentro desta proposta de promover momentos de aprendizado, apresentamos uma estratégia simples e bastante oportuna, podendo ser realizada no pátio, salas de aula ou até mesmo em um corredor. Entretanto, o planejamento desta atividade deve coincidir com o estudo dos processos de evolução, a fim de que a prática possa ser entendida, mas nada impede que seja realizada para demonstrar a dinâmica ecológica com alunos da primeira ou segunda fase do ensino fundamental.

A sugestão seria recriar um evento de observação que se chama melanismo industrial. Basicamente, um médico inglês observou a mudança na frequência populacional entre duas espécies de mariposas em bosques ingleses. Observou que onde não havia poluição, os troncos das árvores eram claros e nestes lugares a população de mariposas claras eram maiores. Com o incremento da industrialização, o ambiente foi modificado pela poluição e os troncos das árvores ficaram cobertos de fuligem, escurecendo. Passado algum tempo, esse médico observou que a população de mariposas brancas havia diminuído e as escuras agora estavam em maior quantidade.

Essa observação é uma evidência do processo de seleção natural, apresentado por Charles Darwin. Para remontar essa observação, escolha um ambiente que apresente uma parede ou piso de cor uniforme; pode ser uma parede toda clara ou um piso todo escuro. Observe se existem outros lugares com a mesma característica e avalie o melhor lugar para montar o “experimento”.

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Recorte borboletas com a cor que se assemelhe à do lugar escolhido e outras borboletas com uma cor de contraste. Por exemplo, se a parede for branca, as borboletas deverão ser da cor branca e outras escuras (preto, vermelho, azul). Cole as borboletas alternadas no local de modo que fiquem ao nível dos olhos dos alunos. Monte esse mesmo procedimento em vários locais, se for possível pense um local para representar as fases da história, uma sem poluição e outra poluída.

Forme pequenos grupos com os alunos e, à medida que forem se aproximando dos locais, oriente-os que contem e anotem quantas borboletas veem, claras e escuras. Não antecipe detalhes da história! Finalizado o percurso, os grupos apresentarão seus dados e terão um momento para comentar por que não viram todas as borboletas.

Conte a história ocorrida na Inglaterra, destaque a importância dos fatores adaptativos, como a camuflagem, por exemplo, e reforce que os alunos desempenharam o mesmo papel dos pássaros que se alimentavam das borboletas. Instigue os alunos a tentar, em seus grupos, explicar por que as populações se alternaram de acordo com as mudanças ocorridas no meio ambiente.

Finalizando a atividade, os grupos apresentarão suas conclusões que deverão ser ouvidas e comparadas. Para concluir a aula, uma pequena atividade referente ao assunto estudado deve ser passada aos alunos para ser respondida individualmente, de preferência em casa. Sugira que os alunos, durante a atividade de casa, pesquisem mais sobre o assunto e apresentem na aula seguinte.

Fabrício Alves Ferreira
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola

Qual a importância da adaptação no processo evolutivo?

Ao longo do processo evolutivo, alguns organismos sofreram transformações que lhes possibilitaram maiores chances de sobrevivência no meio ambiente, ajustando-se morfologicamente e fisiologicamente ao ecossistema em que vivem.

O que significa adaptação em evolução?

Aquisição de características por parte de um organismo ou grupo de organismos mediante as quais se encontram em melhores condições para sobreviver e reproduzir-se no seu ambiente relativamente àqueles que são desprovidos dessas características.

O que é adaptação porque ela é importante?

Em biologia, adaptações referem-se às características dos organismos que os permitem sobreviver e se reproduzir melhor em seu ambiente do que se não as possuíssem.

Qual a importância da adaptação e da seleção natural no processo evolutivo?

Os organismos mais adaptados conseguem sobreviver e produzir descendentes, os quais herdam essas características. Os organismos menos adaptados apresentam menor chance de sobrevivência e, consequentemente, de reprodução.