Qual a importância da representatividade feminina?

Em 24/02/2022 celebra-se 90 anos que o Código Eleitoral passou a assegurar as mulheres o direito ao voto: “Dia da Conquista do Voto Feminino”

A luta pela igualdade de gênero na política não é recente, é fruto do trabalho intenso de mulheres que se dedicaram e se dedicam com afinco pelo direito à representatividade política.

O Brasil ocupa o 3° lugar na América Latina em representatividade feminina e, no ranking mundial, ocupa a 142° posição de participação de mulheres na política. Destes 15% na Câmara de Deputados, 11,54% no senado federal, 15, 56% Deputadas Estaduais.

As mulheres somam total de 77.649.569 aptas ao exercício do voto, representando 52,49% do eleitorado brasileiro e ocupam 16% nas Câmaras de Vereadores, 12,1% nas prefeituras, mesmo havendo uma expressão massiva de candidaturas femininas: 182.182 totais, representando 33,17% nas eleições de 2020.

De acordo com o Observatório de Dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MS), em Mato Grosso do Sul o total de eleitores aptos ao voto é de 1.852.231, desses 977.234 são mulheres, ou seja 52,79%.

Para o pleito de 2020-2024, em MS foram eleitas 159 vereadoras (18,90%), nos 79 municípios e 06 (seis) prefeitas nos municípios de: Naviraí, Corguinho, Fátima do Sul, Jardim, Água Clara, Sidrolândia.

Para além da luta pelo direito, existe o enfrentamento à Violência Política de Gênero, onde os cargos eletivos de representação, são majoritariamente ocupados pela presença masculina, fato que impõe um lugar de sub-representação da mulher, subalternidade e normatividade. Ou seja, nos espaços de poder e decisão, as assimetrias de gênero permanecem enraizadas.

A sub-representação das mulheres na política, traz consequências para a formulação e execução de políticas públicas no tange o gênero feminino, não considerando as prioridades nas questões fundamentais de saúde, educação, assistência social, segurança pública, planejamento e urbanismo, habitação, empreendedorismo e empregabilidade. Não propicia um debate adequado, amplo e plural de pensamentos e pontos de vista.

É necessário fomentar ações afirmativas que intensifiquem os debates, com o objetivo de identificar e analisar sob a perspectiva de gênero a formulação de iniciativas legislativas e políticas de estado, que fortaleçam a representatividade política das mulheres e combate à Violência de Gênero na Política.

 Lei 13.086 de 08 de janeiro de 2015 – “Institui no Calendário Oficial do Governo Federal, o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil”

Emenda Constitucional n. 97 de 04 de outubro de 2017 – “Estabelece normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do Fundo Partidário – Cota de 30% para Mulheres”.

Portaria n. 791 de 10 de outubro de 2019 – “Institui a Comissão Gestora de Política de Gênero do Tribunal superior Eleitoral (TSE), vinculada à presidência da república.

Fontes:

Agência Patrícia Galvão - (https://agenciapatriciagalvao.org.br)

ONU Mulheres – (http://www.onumulheres.org.br/)

TSE – (https://www.tse.jus.br)

Politizar/UFG – (politizar.ufg.br)

Folha – (https://www1.folha.uol.com.br)

TRE/BA (https://www.tre-ba.jus.br/imprensa/noticias-tre-ba/2020/Novembro/voto-feminino-completa-90-anos-no-brasil-e-ainda-inspira-desafios

Re-pre-sen-ta-ti-vi-da-de (substantivo feminino): 1 – Caráter do que é representativo; 2 – Qualidade reconhecida a um homem, a um organismo, mandatado oficialmente por um grupo de pessoas para defender os seus interesses. (Dicionário Priberam).

Mas o que isso quer dizer? Que a representatividade feminina está presente diariamente em nossas vidas e que sim, nós precisamos falar sobre ela.

Nos últimos anos, mulheres – e todos os simpatizantes – de todo mundo estão erguendo a bandeira da representatividade. O tema que antes não era tão discutido, apenas sentido, está tomando os debates do movimento feminista, das redes sociais, dos veículos de mídia de grande importância mundial, das discussões corporativas, das premiações artísticas internacionais, como aconteceu em Cannes, dos mais importantes eventos, como o Fórum Econômico Mundial, que em 2018, pela primeira vez, foi presidido apenas por mulheres, e também da mesa de bar no final de semana com seus amigos.

Qual a importância da representatividade feminina?

Lentamente o caminho está sendo reescrito e você já parou para pensar como isso interfere na sua vida? Hoje queremos contar aqui como a representatividade, a mulher e o mercado de trabalho estão relacionados diretamente. Isso porque mulheres como você tiveram a atitude de encarar essa difícil missão e estão aí, pegando sua fatia no mundo.

(Respira e não pira, pois esse artigo não é para desestimular você!).

Vamos falar sobre representatividade feminina!

Respeita as minas!

Hoje no Brasil, as mulheres somam quase trinta milhões de empreendedoras, segundo o Sebrae. Dos 52 milhões de empreendedores encontrados no país, 48% são mulheres!

Olhando globalmente e pegando carona na pesquisa divulgada em 2021 pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), as mulheres empreendedoras representam cerca de um em cada três empreendedores orientados para o crescimento ativos no mundo de hoje.

O relatório também mostrou mostrou que o empreendedorismo feminino é um fator fundamental no crescimento econômico inclusivo nas economias em desenvolvimento. Em países de baixa e média renda, 17% das mulheres são empreendedoras e 35% aspiram a se tornar empreendedoras.

Representatividade? Sim, mas infelizmente nem tudo podemos comemorar, isso porque não podemos esquecer que por trás de um empreendedor ou empreendedora, existe uma história.

E para as mulheres essa história nem sempre é apenas por coragem de querer ter um negócio próprio, especialmente no Brasil. Mulheres-mães, por exemplo, acumulam dados assustadores de demissões. Veja esses números lançados pela FGV:

  • 5% das mulheres são demitidas 1 mês após a licença-maternidade;
  • 15% são demitidas 2 meses depois da licença-maternidade;
  • 48% são demitidas 7 meses depois da licença-maternidade.

A conclusão deste estudo permite-nos afirmar que se você se tornar mãe, suas chances de ser demitida após 6 meses da licença-maternidade é de até 10%, e em até dois anos, de 50%.

E o que queremos mostrar com isso é que muitas dessas mulheres, diante da dificuldade do mercado de trabalho, optam por arriscar-se em ter o seu próprio negócio, seja ele uma grande ideia estilo “Vale do Silício” (as famosas startups) ou a sua confecção caseira de cupcakes.

Mea Culpa ou seria mãe-culpa

Licença pelo trocadilho, mas dados de outra pesquisa, colocam que as mães carregam, além da iminência do risco de demissão, a culpa por não passar tanto tempo com seus filhos, como suas mães, na sua maioria, faziam.

O mundo mudou como vocês podem perceber e viver, e cada vez mais precisamos nos dividir entre ser bem-sucedidas no trabalho, uma mãe exemplar e uma dona de casa impecável, isso mesmo, casa, comida, roupa lavada, filhos perfeitos, cargo de liderança e salário na conta (#picoftheday).

Mas, pera. Você é capaz de dar conta disso tudo sim. E mais ainda, você é capaz de perceber que perfeição não existe e que você não precisa da aprovação de terceiros para administrar a sua vida, e você pode ocupar os espaços que você almejar.

Além disso, você não precisa carregar tudo isso sozinha. Você não está sozinha, mesmo que tudo pareça tão insatisfatório.

De segunda a sexta-feira

Voltando a rotina no trabalho, empresas que constroem um ambiente de trabalho mais diverso estão mais propensas a multiplicar novas ideias e, consequentemente, respondem de forma mais diferenciada aos problemas e às soluções.

E para isso você não precisa de pesquisa e dados nenhum para comprovar. Basta você olhar ao seu redor para perceber que espaços mais livres para discussão e vozes de diferentes, trazem as novidades mais criativas e rentáveis do mercado atual.

No Brasil, algumas empresas já praticam algumas iniciativas de equilíbrio de gênero no seu quadro de colaboradores e em sua liderança, mas se você é mulher e ainda não tem ao seu lado, no trabalho, uma grande líder-mulher que lhe traz inspiração e sente dificuldades de encontrar o seu espaço, ou para ser a tal líder ou simplesmente exercer a sua função e ter lugar para a sua opinião, é isso aí mesmo, você sente o que quase a totalidade das mulheres sente.

A boa notícia é que é possível vencer esse sentimento e você só vai conseguir se você tentar. Agora, se você já tenta ou vai passar a tentar, e encontrar alguma dificuldade, não desista, una-se!

Procure as suas amigas, reúna suas colegas de trabalho, participe de eventos, procure grupos de discussão, treinamentos e coaches especializados. Há muita gente produzindo ações para melhorar os índices de representatividade feminina.

PS.: Não escrevemos esse texto para dizer que todas as mulheres devem trabalhar fora para exercerem a representatividade feminina. Ele foi escrito para todas as mulheres, homens e àquelas(es) que preferem não optar por uma coisa e nem outra, se informarem sobre o tema, com uma pitada de comentários nada imparciais e uma vontade imensa de desejar que você se sinta representada(o), sempre. Porque você pode ser o que você quiser.

Ouça também nosso Zencast sobre maternidade e mercado de trabalho.

Leia mais em:

  • “Mulheres que ganham mais, não devem se sentir culpada”
  • “Como lidar com relatos de assédio contra mulheres nas empresas”
  • “Quatro maneiras de empoderar as mulheres na sociedade”

Qual a importância da representatividade feminina na sociedade?

Falar em representatividade feminina é falar na defesa de uma sociedade mais igualitária, na busca pela garantia de direitos e na criação de modelos femininos diversificados que possam servir de inspiração para outras meninas e mulheres.

Qual a importância da representatividade feminina na política?

A sub-representação das mulheres na política, traz consequências para a formulação e execução de políticas públicas no tange o gênero feminino, não considerando as prioridades nas questões fundamentais de saúde, educação, assistência social, segurança pública, planejamento e urbanismo, habitação, empreendedorismo e ...

Qual a importância da representatividade feminina na ciência?

Incentivar as mulheres a fazer ciência é essencial para promover a igualdade e favorecer a diversidade. É por meio da ciência que promovemos o desenvolvimento do nosso país, da nossa realidade. A ciência é capaz de transformar uma sociedade e apontar soluções e é por meio da diversidade que ela se fortalece.

Qual a representatividade do Dia da mulher?

O Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, é uma data muito importante do calendário mundial. É um momento de reflexão sobre a luta e as conquistas das mulheres, principalmente por igualdade e respeito ao longo da história.