Estudos constatam que uma foda pode variar de 33 segundos a 44 minutos. Mas a média global é de apenas 5 minutinhos. Ah, agora você provavelmente já está interessado para acabar de ler esta matéria e saber como e porque desses número intrigantes. Então veja e tire suas próprias conclusões.
Dr. Brendan Zietsch é um psicólogo responsável pela pesquisa da Universidade de Queensland, na Austrália que consiste em responder uma pergunta: “quando tempo dura uma relação sexual?”.
Nós aqui sabemos (e somos a favor) de que o sexo não é só pênis na vagina, ou vagina com vagina, ou pênis com ânus, com pênis, ou qualquer orifício cercado de um amigo convidado. Beijo, amasso e preliminares também fazem parte do combo, ou seja, este é um estudo um tanto quanto complexo, certo?
Mas para a coisa ser mais simples e específica, o fofo do Dr. focou apenas no tempo até a ejaculação. Sim, esta é uma pesquisa machista. A comunidade LGBT (e o mundo) que nos desculpe, mas vamos ao dados.
O estudo envolveu 500 casais heterossexuais que foram convidados a apertar o botão início e fim durante o rala e rola durante um mês. Start quando o pênis entra, e stop quando ele goza, para ser mais exato. Foi constatada uma enorme variação de tempo entre dias e casais, por que né, somos seres humanos. Não máquinas de procriar – no caso desse estudo restritivo, claro.
A média foi 5 minutos. E ao contrário do que algumas pessoas pensam, a camisinha e o fato do homem ser circuncidado não interferiram no tempo de ejaculação.
Mas e aí, o que você achou dessa pesquisa?
Fotos: Giphy e reprodução
Não é fácil estabelecer uma forma científica de medir a duração do ato sexual. O que marca o começo? Como cronometrar? O estudo que chegou mais próximo de fazer uma medição confiável determinou qual o “tempo de latência da ejaculação intravaginal”, ou seja, o tempo que demora desde a penetração do pênis até a ejaculação.
O estudo, feito na Universidade de Utrecht, reuniu dados de 500 casais heterossexuais de cinco países (Holanda, Reino Unidos, Estados Unidos, Espanha e Turquia). As mulheres receberam um cronômetro que disparavam no momento da penetração e acionavam novamente quando havia ejaculação. O resultado foi bem variado: de relações de 33 segundos a outras de 44 minutos.
“Tirar a média não resultaria em um número muito fidedigno por causa da grande variação, o mais sensato foi valorizar a mediana. Ou seja, aquele índice em que o maior número de casais concentrou as respostas - que foi 5,4 minutos”, explica Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da USP (Universidade de São Paulo).
Ela lembra que a mediana foi decrescendo com a idade: homens de 18 a 30 anos tiveram, com mais frequência, penetrações de 6,5 minutos. Entre os mais velhos de 51 anos, a mediana foi de 4,3 minutos.
Ter ejaculação precoce já foi símbolo de virilidade
A importância da pesquisa, segundo Carmita, foi definir o tempo da ejaculação a ser considerado precoce para efeito de pesquisas. Esse tempo foi fixado em um minuto ou menos, depois da penetração. Ela explica que até os anos 1960, o ejaculador precoce era tido como mais viril, justamente por sua rapidez.
A liberação sexual feminina acarretou uma mudança de conceito: para conseguir sexo em sincronia com sua parceira, ser rápido deixou de ser interessante para ele. O homem passou a se adaptar ao tempo dela.
Carmita Abdo,
coordenadora do Prosex
Ainda não há estudos bem estruturados sobre o tempo de orgasmo da mulher.
Carmita aponta que alguns fatores modificam a duração da penetração, mesmo em homens saudáveis. Isto ocorre quando há maior preocupação com o trabalho, com as finanças, estar vivendo um momento de insegurança no relacionamento ou até estar diante de uma parceira que considera mais experiente. Medicamentos podem alterar para mais essa duração, como é o caso de vários antidepressivos.
Pesquisa coordenada pela pesquisadora em 2008 mostrou que 25,8% dos homens brasileiros estão insatisfeitos com o tempo e o controle de sua ejaculação. Gostariam de mais tempo, antes de ejacular.
E os animais?
Enquanto os felinos realizam penetrações rápidas de 20 a 90 segundos, as serpentes demoram cerca de uma hora - e os machos têm dois pseudopênis (chamados hemipênis).
“Um casal de leões, por exemplo, chega a realizar 300 incursões em dois dias”, diz Carlos Alberts, biólogo e pesquisador da Unesp (Universidade Estadual Paulista). “Isso ajuda a garantir que haja fertilização do espermatozoide no óvulo”, explica.
As serpentes têm pseudopênis porque são estruturas apenas semelhantes ao pênis, mas que possuem outra origem embrionária. Um dos pseudopênis é colocado na cloaca da fêmea e, depois, o outro. Esse sistema é comum em cobras e lagartos.
Maioria dos vertebrados não tem penetração
A maioria dos vertebrados não tem penetração na hora do acasalamento. “Não existe pênis. Em alguns casos, como das aves, a cloaca do macho é colocada sobre a da fêmea. No caso de peixes, óvulos e espermatozoides são liberados no ambiente, o que dificulta a fecundação e oferece mais perigos ao embrião”, diz Alberts.
A penetração é uma vantagem dos mamíferos, o que ajuda a assegurar a reprodução. Nos seres humanos, mais de 80% dos espermatozoides não são aptos a fertilizar o óvulo. Apenas aqueles que são da primeira onda são perfeitos e são lançados para longe a fim de alcançar o óvulo.
Os espermatozoides da segunda, terceira e quarta onda de esperma têm algumas deformações, como o flagelo (cauda) em forma de mola, triplo, etc. e formam uma rede atrás dos primeiros. “Acredita-se que seja para evitar que espermatozoides de outro homem sejam capazes de fertilizar o óvulo”, diz.