Qual a primeira etapa a realizar quando for desenergizar um circuito?

Faaaaaaala prevencionista!

A NR 10 é o mais importante instrumento normativo para medidas de segurança no trabalho com eletricidade.

Nesse artigo estaremos explicando alguns de seus conceitos. Nesse caso aqueles que se referem a como garantir que a instalação está desenergizada. É uma série de procedimentos bem bacana destacados aqui pelo colega Gustavo Rezende.

Quando o assunto é segurança em instalações elétricas sabemos que a coisa é séria, infelizmente o número de acidentes de trabalho, principalmente aqueles que geram graves lesões ou mesmo fatalidades é presença constante nesse tipo de atividade profissional.

Pensando em facilitar a forma como podemos compreender a NR 10 quero compartilhar algumas “DICAS”.

Qual a primeira etapa a realizar quando for desenergizar um circuito?

É necessário entender que as atividades em instalações elétricas devem ser realizadas, quando possível, com os circuitos desenergizados, já que garantiremos a ausência de corrente elétrica circulando pelas fases da instalação, evitando uma potencial descarga elétrica quando em contato com alguma “parte viva” do circuito.

Todavia, o item 10.5.1 da NR 10 apresenta alguns procedimentos para que a instalação seja considerada desenergizada tecnicamente, na seguinte sequência:

a) Seccionamento (Desligamento automático ou manual através de chave seccionadora, interruptor, disjuntor);

b) Impedimento de Reenergização (Utilização de cadeados e travas de bloqueio);

c) Constatação de Ausência de Tensão (Verificação da ausência de tensão nos condutores, geralmente por meio de um equipamento chamado multímetro);

d) Instalação de Aterramento temporário com equipotencialização dos condutores de circuito (Ligação dos condutores na haste terra do conjunto de aterramento e realizado a equipotencialização das fases);

e) proteção dos elementos energizados na zona controlada (Aplicação de materiais isolantes em regiões que possam estar energizadas na área considerada como zona de controle);

f) Sinalização de impedimento de reenergização (Sinalização de alerta para todos os trabalhadores, alertando que naquela localidade está sendo prestado um serviço de risco em instalações elétricas).

Olhando bem para cada um dos itens vocês podem ver o motivo pelo qual eu reforcei que daria algumas “DICAS”; essa junção de letras e a formação da palavra supracitada nada mais é do que uma forma didática do profissional de SST saber quais são as etapas para garantir que a instalação elétrica esteja efetivamente desenergizada. Seguindo uma cadeia lógica de procedimentos.

Esse macete me ajudou muito desde quando era estagiário em uma indústria automotiva, quando acompanhava as tarefas de manutenção elétrica e até hoje como Professor essa ainda é uma forma bem efetiva de auxiliar meus alunos no entendimento da NR 10.

Qual a primeira etapa a realizar quando for desenergizar um circuito?

O leitor mais atento deve ter notado apenas um detalhe, e o item “e”.

Realmente meu caro, ele não está dentro das “DICAS”, pois em 2016 a NR 10 passou por uma atualização e no item 10.5.1 foi inserido a alínea e) proteção dos elementos energizados existentes na zona de controlada (Anexo II);

Ainda não encontrei outro jeito de sintetizar tudo em outra palavra meus caros, por enquanto faço apenas uma observação sobre essa nova alínea em minhas aulas, todavia, não descarto as velhas “DICAS”, tendo em vista os inúmeros auxílios já prestados por essa ideia pedagógica tão eficiente aplicada em nossa área de atuação.

Seguindo as dicas estaremos de fato garantindo que a instalação está desenergizada.

Deixem as suas ideias nos comentários, quem sabe juntos possamos descobrir novos olhares para seguirmos melhorando nossas “DICAS”.

Um forte abraço meus caros e até a próxima.

Gustavo Rezende de Souza – Técnico de Segurança do Trabalho e Professor no SENAC de Santo André

Segurança nos serviços com eletricidade – slides

Afim de se evitar acidentes que envolvam eletricidade faz-se necessidade de, sempre que possível for, trabalhar com circuitos sem a presença de eletricidade, o termo que define esse processo é a desenergização.

Muitos eletricistas consideram que um circuito esta desenergizado quando ele está desligado ou seccionado, mas isso não é uma verdade completa, a norma NR 10 é bem clara sobre isso, veja:

10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a seqüência abaixo:

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a) seccionamento; b) impedimento de reenergização; c) constatação da ausência de tensão; d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada; f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

Seccionamento.

O seccionamento é o ato de promover a descontinuidade elétrica total, obtida mediante o acionamento de dispositivo apropriado (chave seccionadora, interruptor, disjuntor), acionado por meios manuais ou automáticos. Este termo é o que normalmente é confundido com a a desenergização, mas para que a mesma esteja completa os itens abaixo também devem ser realizados para garantir total segurança na atividade.

Qual a primeira etapa a realizar quando for desenergizar um circuito?

Chave seccionadora.

Impedimento de reenergização.

É o estabelecimento de condições que impedem a reenergização do circuito ou equipamento desenergizado, assegurando ao trabalhador o controle do seccionamento. Uma reenergização inesperada pode provocar um choque elétrico de consequências graves.

Atualmente a maioria dos componentes que proporcionam o seccionamento já possuem alguma forma de bloqueio contra reenergização, normalmente sendo realizado através do uso de um cadeado.

Constatação da ausência de tensão.

É a verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico. Este passo é extremamente importante e de unica responsabilidade do eletricista que irá realizar a intervenção no circuito. Existem diversos equipamentos no mercado para que seja realizada detecção de tensão de forma segura.

O método mais utilizado no entanto é o uso de multímetro para detecção de tensão.

Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos.

Constatada a inexistência de tensão, os condutores deverão ser ligados à haste terra  do conjunto de aterramento temporário e realizado a equipotencialização das fases.

A proteção por aterramento é a união de todas as partes que não fazem parte do circuito, mas que, devido a ocorrências de falhas de isolação, poderão tornar-se condutoras com a terra. A medida preventiva é obtida por meio de um curto-circuitamento da tensão de contato, efetuando-se uma ligação condutora de baixo valor resistivo entre a parte da instalação e a terra.

Qual a primeira etapa a realizar quando for desenergizar um circuito?

Sistema de aterramento temporário.

Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada. 

Área em torno da parte desenergizada, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados, podendo ser feito com cones, fitas, barreiras, etc.

As barreiras são os dispositivos que impedem todo e qualquer contato direto das pessoas com as partes energizadas das instalações elétricas. Elas tanto servem para enclausurar equipamentos como para isolar áreas, quadros de distribuição de energia e pontos de acesso privativo da pessoa autorizada, no momento de realizar o serviço nas instalações elétricas.

Os invólucros são os envoltórios das partes energizadas destinados a impedir qualquer contato direto de suas partes internas com partes do corpo humano. Eles são os boxes (caixas) e as coberturas de carcaça que envolvem completamente os dispositivos elétricos e suas conexões, impedindo o contato de qualquer parte do corpo com as partes “vivas” do circuito.

Veja esta aula no vídeo abaixo:

Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

Destinada à advertência e à identificação da  razão de desenergização e informações do responsável. Esta etapa além de conter informações importantes sobre a atividade serve para avisar que alguém está intervindo em um circuito elétrico e que o mesmo não deve ser religado.

A segurança em uma atividade deve sempre ser levada como prioridade número um, o acidentado é o que mais se prejudica em um acidente, por esse motivo o próprio trabalhador deve ter consciência sobre sua segurança e sobre o que pode ocorrer em caso de acidentes.

Qual a primeira etapa a realizar quando for desenergizar um circuito?

Eletricista desde 2006, Henrique Mattede também é autor, professor, técnico em eletrotécnica e engenheiro eletricista em formação. É educador renomado na área de eletricidade e um dos precursores do ensino de eletricidade na internet brasileira. Já produziu mais de 1000 videoaulas no canal Mundo da Elétrica no Youtube, cursos profissionalizantes e centenas de artigos técnicos. O conteúdo produzido por Henrique é referência em escolas, faculdades e universidades e já recebeu mais de 120 milhões de acessos na internet.

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Quais são as etapas do processo de desenergização?

Quais são os passos de desenergização?.
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Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos. ... .
Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada..

Como desenergizar um circuito?

Para desenergizar um disjuntor ou interruptor é necessário fazer uma série de procedimentos para que o trabalhador tenha total segurança na instalação elétrica. A Norma Regulamentadora que estabelece os requisitos e condições mínimas de controle e sistemas preventivos que envolvem serviços com eletricidade é a NR-10.

O que é desenergização é quais as suas etapas?

A desenergização de um sistema é o resultado final a partir da realização de um conjunto de ações coordenadas. Além disso, são sequenciadas e controladas, destinadas a garantir a efetiva ausência de tensão no circuito, trecho ou ponto de trabalho.

Quais são as etapas que devem ser seguidas para que uma instalação seja considerada desenergizada de acordo com a NR

Vale ressaltar que o processo de desenergização deve ser feito em etapas bem definidas, conforme preconiza a NR 10. Entretanto, deve-se observar que é necessário separar o ferramental, EPI, EPC e a devida sinalização da área de trabalho onde ocorrerá a intervenção.