Os moneras são encontrados nos mais variados ambientes e em condições que se julgam desfavoráveis à manifestação de qualquer tipo de vida, como temperaturas muito altas. As cianobactérias são encontradas em solos úmidos, recobrindo rochas e troncos de árvores, e na água doce ou salgada. Também podem ser encontradas vivendo no corpo de
animais. No nosso intestino, por exemplo, existem bactérias que produzem vitaminas do complexo B. O uso de antibióticos pode provocar a alteração nessa flora intestinal, causando diarreia. Este é mais um motivo por que esses medicamentos só devem ser usados com indicação médica. As bactérias podem ser autótrofas mas a maioria é heterótrofa, obtendo os nutrientes pela decomposição de
matéria orgânica. Um exemplo de bactérias heterótrofas são as que se nutrem vivendo associadas a outros seres vivos, como as que digerem celulose no estômago de ruminantes, por exemplo o boi e o carneiro. As cianobactérias são autótrofas, ou seja, elas fazem fotossíntese. Além da clorofila, que é um pigmento de cor verde, a cianobactéria pode conter pigmentos de outras cores em sua célula e, por isso apresentar diferentes colorações. Bactérias e leguminosasAlgumas espécies, do gênero Rhizobium, são capazes de captar o nitrogênio do ar. Elas liberam no solo sais como nitratos, que são ricos em nitrogênio e podem ser absorvidos e aproveitados pelas plantas. O nitrogênio é um dos elementos componentes das proteínas. Essas bactérias, formando nódulos, vivem nas raízes de plantas chamadas leguminosas, cujos frutos têm forma de vagem (exemplos: o feijão, a soja e a lentilha). Graças à presença dessas bactérias, as plantas leguminosas são ricas em proteína. Em contrapartida, uma fração da matéria orgânica produzida pelas leguminosas por meio da fotossíntese é assimilada por essas bactérias, que são heterótrofas. Estabele-se assim uma relação de benefícios mútuos entre as bactérias Rhizobium e as leguminosas. Esse tipo de interação, no qual ambos os parceiros se beneficiam, é denominado mutualismo. Raízes de leguminosa com nódulos onde vivem bactérias do gênero Rhizobium. Depois de colhidas as sementes das leguminosas, o agricultor pode enterrar as partes restantes das leguminosas, que funcionam como "adubo verde". À medida que esse material enterrado vai se decompondo, sais nitrogenados vão sendo incorporados ao solo, tornando-o mais fértil. Como se reproduzem os moneras?As bactérias podem se reproduzir com grande rapidez, dando origem a um número muito grande de descendentes em apenas algumas horas. A maioria delas reproduz-se assexuadamente, por cissiparidade, também chamada divisão simples ou bipartição. Nesse caso, cada bactéria se divide em duas outras bactérias geneticamente iguais, supondo-se que não ocorram mutações, isto é, alterações em seu material genético. Em algumas espécies de bactérias pode ocorrer recombinação de material genético. é o caso da conjugação, fenômeno descoberto quando duas variedades de bactéria Escherichia coli foram criadas juntas. Nesse processo, duas bactérias geneticamente diferentes se unem por meio de pontes citoplasmáticas. Uma delas, a bactéria doadora, injeta parte de seu material genético na outra, a bactéria receptora. Então, as duas bactérias separam-se e, no interior da bactéria receptora, ocorrem recombinações gênicas. Em seguida, essa bactéria reproduz-se assexuadamente por cissiparidade dando origem a novas bactérias, portadoras de material genético recombinado. A conjugação possibilita o aumento de variabilidade genética da população bacteriana, o que contribui para a sua adaptação a determinado ambiente. Esquema mostrado a reprodução assexual, por bipartição, e a recombinação na reprodução sexual. Bactérias em conjugação vistas ao microscópio eletrônico. Como referenciar: "Moneras" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 26/12/2022 às 07:13. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/monera2.php Qual o tipo de relação entre as bactérias do gênero Rhizobium e as plantas leguminosas?As bactérias do gênero Rhizobium apresentam uma relação mutualística com plantas da família das leguminosas. Nessa relação, a bactéria fornece à planta nitrogênio e a planta fornece à bactéria os carboidratos necessários para seu desenvolvimento.
Qual a importância das bactérias Rhizobium para as plantas leguminosas?As bactérias do gênero Rhizobium que se encontram nas raízes de plantas leguminosas, como por exemplo, o feijão, milho, ervilha, etc., é que transformam o nitrogênio atmosférico em sais nitrogenados (nitrito e nitrato) para as plantas, aumentando a quantidade de nutrientes que elas absorvem.
Qual a relação entre plantas leguminosas e bactérias?As raízes das leguminosas são o lar de bactérias simbióticas. Essas bactérias podem fixar o nitrogênio do ar, transformando-o em amônia, um nutriente essencial para as plantas. Em troca, as plantas hospedam as bactérias nos nódulos das raízes , fornecendo açúcares e oxigênio.
Que relação interespecífica ocorre entre as bactérias do gênero Rhizobium e as plantas leguminosas Qual a vantagem dessa relação para as bactérias?Podemos afirmar que o nome da relação ecológica estabelecida entre as bactérias do gênero Rhizobium e as plantas leguminosas é o mutualismo. Sabe-se que o mutualismo trata-se de uma relação ecológica onde há a associação entre duas espécies, e que ambas obtêm para si próprias, benefícios.
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