Qual é a diferença entre o conteúdo manifesto é o conteúdo latente de um sonho

O que é conteúdo manifesto é latente?

Em outras palavras, o conteúdo manifesto é o produto do trabalho do sonho que consiste em não deixar aflorar na consciência algo proibido pela censura; enquanto o conteúdo latente é o produto da interpretação do analista em busca do verdadeiro significado do sonho.

O que é condensação e deslocamento?

O deslocamento é a obra da censura, onde um elemento do sonho a nível latente é substituído por um dos seus fragmentos constituintes. ... ''O mecanismo de condensação é marcado pelo conteúdo do sonho de forma abreviada.

O que é a queixa latente?

A queixa manifesta é o conteúdo que se apresenta ao indivíduo, enquanto a queixa latente vem através da análise, sendo o conteúdo “real” da queixa. ... O papel do analista é entender o real motivo desse sonho, e interpretá-lo de acordo com os dados e a realidade do indivíduo em análise.

O que são pensamentos oníricos?

O pensamento onírico é o trabalho psicológico predominantemente inconsciente que realizamos durante o sonho. Sonhamos continuadamente, estejamos acordados ou dormindo (Bion, 1962a/1977).

O que é algo onírico?

adjetivo Que faz referência aos sonhos; que pode estar relacionado com a essência dos sonhos; próprio dos pensamentos e ideias que aparecem durante o período do sono: condição onírica; devaneio onírico. ... Oniro + ico; pelo grego oneiros.

O que é oníricos?

Onírico é um adjetivo masculino da língua portuguesa e está relacionado ou faz referência aos sonhos, às fantasias e ao que não pertence ao chamado "mundo real". A palavra tem sua origem etimológica a partir do grego óneiros, que quer dizer literalmente "sonho".

O que é pintura onírica?

Opõe-se ao racionalismo da pintura abstrata. ... Ligada à fantasia, à emotividade e ao inconsciente.

O que é uma paisagem onírica?

Resposta. Resposta: Paisagem Onírica:onírico é um adjetivo masculino da língua portuguesa e está relacionado ou faz referência aos sonhos, às fantasias e ao que não pertence ao chamado "mundo real". ... Paisagem abstrata:abstrato é tudo aquilo que resulta de uma abstração de um alheamento.

Como fazer para ter um sonho lúcido?

Como ter um sonho lúcido?

  1. Crie um diário dos sonhos. Assim que acordar, mantenha os olhos fechados por alguns minutos e tente recordar ao máximo o que sonhou. ...
  2. Faça testes de realidade. Escolha um teste de realidade e faça-o várias vezes durante o dia. ...
  3. Escolha um método. ...
  4. Induza o sonho lúcido. ...
  5. Utilize ferramentas.

O que é sonho lúcido?

A premissa de um sonho lúcido é simples e, ao mesmo tempo, misteriosa: um sonho lúcido é aquele em que você sabe em que está sonhando. ... E isso significa ser capaz de fazer tudo o que você faz acordado, mas em sonho. O melhor é que qualquer um pode treinar pra adquirir essa habilidade.

Como sonhar com uma pessoa que eu amo?

VER A PESSOA AMADA: É um sinal para saber controlar melhor seus desejos, pode também indicar um período de ganhos financeiros. ABRAÇO: Se no sonho vocês se abraçam é sinal de que deve evitar brigas e desentendimentos bobos. RECONCILIAÇÃO: Chegada de bons momentos, então é melhor manter-se atento para não perdê-lo!

O que fazer para sonhar com a pessoa que você gosta?

Quando se olha fixamente para alguém é um sinal de que você sente um apreço por essa pessoa. E, ao sonhar que a pessoa amada está te olhando fixamente pode indicar um excelente presságio! É um sinal de que a outra pessoa sente algo por você, como amor, carinho e desejo. Afinal, o olhar é um sinal de amor e de paixão.

O que significa sonhar fazendo as pazes com alguém?

Sonhar para se reconciliar com alguém: seus sofrimentos logo serão aliviados, você encontrará sua paz interior. Sonhar com uma reconciliação significa que há alguém do seu passado com quem você gostaria de se comunicar. Você precisa repensar algumas coisas do seu passado, encará-las e esquecê-las.

Tem gente que te abraça e te reinicia significado?

Gente que entra numa relação de corpo e alma, com o propósito de compartilhar, de juntar e somar, de conceder, de mudar no que for preciso, de entender quem caminha junto, andando junto, nunca à frente ou atrás – junto.

O conteúdo manifesto dos sonhos e os pensamentos oníricos latentes – Os Sonhos (1916) Vol. XV – Capítulo VII

O leitor ao se debruçar sob a conferência VII  deve encontrar alguma dificuldade referente ao hiato existente entre o conteúdo proferido na Introdução das Conferências Introdutórias e esse momento da segunda parte sobre “Os sonhos”.

Por sorte Freud logo no início de sua palestra indica caminhos para nos situarmos: os estudos das parapraxias tem relação com os estudos dos sonhos. O termo parapraxia pode ser definido da seguinte maneira: “Fehlleistungen”, literalmente “atos falhos” ou “funções falhas”.  Nas páginas subsequentes à introdução Freud versa, portanto, sobre os lapsos de linguagem, leitura, audição, esquecimentos, perdas que fazem parte do nosso cotidiano (Ver Conferência II).  Os avanços nesses estudos, em suma, apontam que: um ato equivocado (um engano) aparentemente despretensioso tem uma intencionalidade, uma explicação que só pode ser fornecida por aquele que foi acometido pela falha (o falante, no caso de um ato falho de linguagem, por exemplo). Ora, mas o que isso tem a ver com os sonhos?

Freud vai estudar os sonhos a partir de duas premissas relacionadas às parapraxias: O sonhos são produções psíquicas – e não um fenômeno somático- assim como as parapraxias constituem a vida anímica do sujeito, não sendo atribuídas a elas uma justificativa fisiológica; O sonhador apenas “acha” que não sabe o que significa seu sonho, de maneira análoga, ao percebemos um ato de linguagem é comum banalizarmos seu significado dizendo: “foi apenas uma confusão”.

A partir desses pressupostos, a psicanálise consegue inventar um método eficaz de interpretar os sonhos, bem como desvelar a natureza desse fenômeno . Esse é o ponto nodal no qual  adentraremos a seguir, refere-se, portanto, àquilo que Freud quis evidenciar ao proferir essa conferência. São  consideraçõesi mportantíssimas para compreensão do trabalho com os sonhos; a conferência XI, da continuidade a este entendimento.

Os sonhos, nesse momento da exposição de Freud, devem ser entendidos como “substitutos deformados de alguma outra coisa”, ou seja, quando alguém narra um sonho, ainda que seja um sonho “claro” e linear, está apenas exprimindo o que chamamos de Conteúdo Manifesto, a saber, imagens ou cenas lembradas pelo sonhador e contadas ao analista. Nesse ponto, ainda não está sendo realizado o trabalho de interpretar os sonhos, que é justamente a “busca” pelos Pensamentos Oníricos Latentes, ou seja, aquilo que jaz por “detrás” dessa narrativa proferida pelo analisando. Como a psicanálise poderia “chegar” a tais conteúdos latentes? Freud responde: a partir da associação livre de ideias.

Retomemos, então: se o sonho como um todo substitui uma outra ideia, de modo a deformá-la, a associação livre leva a uma concatenação de ideias dando elementos para o psicanalista interpretar o conteúdo inconsciente, podendo finalmente ser trazido à consciência do paciente. O sonho deve então ser tomado como um texto¹, metaforicamente podemos dizer que mesmo no caso de um sonhos trazido com muitas falhas de narrativas, podemos entendê-lo como um texto censurado ( com partes faltando), as partes tamponadas pela censura são apenas mais uma deformação, pois, qualquer conteúdo manifesto (o texto original/completo) não exprimirá a “verdade” do sonho, ou , melhor dizendo, o pensamento onírico latente.

O leitor estará em um bom caminho se a essa altura se perguntar  por que os sonhos são ideias deformadas? Por que não são lembrados em completude e, pior, até no momento da interpretação o falante não conseguir seguir a regra de associar livremente? Há em resposta a essas perguntas um conceito fundamental para psicanálise: a resistência. Por mais que exista um rebaixamento no nível de consciência no momento do repouso e mesmo que o analisando esteja convicto da teoria psicanalítica (e da exigência da associação livre), ainda assim a resistência opera, dificultando o trabalho da interpretação.

Esse conceito chave formula dois entendimentos importantes:

(i) A autoanálise dos sonhos não deve ser recomendada, pois o sujeito esbarrará na própria resistência;

(ii) A dificuldade de lembrar o sonho ou de fazer associações e por fim chegar ao pensamento onírico latente revela que a quantidade de resistência pode varia quantitativamente. Ou seja, se for muito dificultosa para o analista a interpretação, o paciente fornecer poucas associações ou ainda quase não se lembrar do sonho, podemos deduzir que há muita resistente envolvida nesse caso.

A resistência opera em função dos julgamentos morais que são conflitantes para o sonhador, há um desejo inconsciente presente no sonho que não é aceito moralmente pelo próprio paciente, isso explica porque todos os sonhos são deformados. A seleção de certos conteúdos por serem considerados desimportantes também são obra da resistência, pois a omissão de pensamentos interfere na associação livre.

Após introduzir a diferença entre conteúdo consciente e pensamento onírico, Freud relata alguns fragmentos de sonhos para iluminar quatro tipos de relação entre aquilo que foi manifesto e o que estava latente:

1- O conteúdo manifesto como constitutivo dos pensamentos latentes (exemplos ´a` e ´b` pg.123);

2- Substituição de um fragmento ou uma alusão de conteúdos latentes (exemplos ´c`, ´d` e ´f`);

3- Conteúdos manifestos como representação dos conteúdos latentes;

4- A relação simbólica entre conteúdo manifesto e latente. (Não apresentado neste texto)

Considerações

Pode-se dizer que a relação entre conteúdo manifesto e latente não é simples. Não necessariamente no relato do sonho (conteúdo manifesto) está presente o conteúdo central do pensamento inconsciente. Desse modo, um elemento manifesto pode substituir por vários elementos latentes ou um elemento latente pode substituir vários elementos manifestos. Isso ocorre por condensação e deslocamento [esses mecanismos serão mais bem descritos na conferência “ A Elaboração Onírica”].

Em síntese, é intrínseco à interpretação dos sonhos o caráter de só ser realizado em análise, através do método de associação-livre, para que assim, os conteúdos manifestos possam ser interpretados por um analista que “plana” sobre estes (o dito) na busca pelo não dito (latente). Lembrando sempre que cada significado do sonho é único para cada indivíduo, pois cada um associará tal cena à determinada situação idiossincrática.

¹ Contudo, precisamente por esse motivo ele [o sonho] é, mais uma vez, uma deformação, porquanto de há muito temos esquecidos de que imagem concreta a palavra se originou e, por conseguinte, deixamos de reconhecê-la quando substituída pela imagem” (p. 125)

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Elaborado por Andrea Nunes

Qual a diferença entre o conteúdo manifesto e o conteúdo latente de um sonho?

Em outras palavras, o conteúdo manifesto é o produto do trabalho do sonho que consiste em não deixar aflorar na consciência algo proibido pela censura; enquanto o conteúdo latente é o produto da interpretação do analista em busca do verdadeiro significado do sonho.

O que é um sonho latente?

De acordo com o psicanalista Sigmund Freud, o conteúdo latente de um sonho é o significado psicológico oculto do sonho. Freud acreditava que o conteúdo dos sonhos é relacionado ao cumprimento de desejos e sugeriu que os sonhos têm dois tipos de conteúdo: conteúdo manifesto e conteúdo latente.

Quem transforma o conteúdo latente e manifesto?

O processo que transforma o sonho latente em manifesto é chamado Trabalho do Sonho (Figura 1). O processo que avança na direção contrária, a que pretende conduzir do sonho manifesto ao latente, é o nosso Trabalho de Interpretação (Figura 2). O trabalho interpretativo deseja entender o trabalho do sonho.

O que é um pensamento latente?

Segundo o Dicionário Caldas Aulete, latente significa algo não manifesto, não aparente. Cabe-se ainda a ideia de encoberto, oculto, disfarçado, invisível e inativo. Compreenda que outros sinônimos correspondem à noção de algo que se mantém reprimido ou disfarçado.