Qual exame radiográfico que melhor avalia as cristas ósseas alveolares?

Este mês eu trouxe um tema bem importante e muito comum na rotina clínica odontológica: as radiografias intraorais. Leva este nome justamente pela maneira em que o exame é feito. O filme/sensor radiográfico é inserido dentro da cavidade bucal do paciente, na região em que se deseja avaliar. Essas radiografias têm a finalidade de auxiliar o diagnóstico e consequentemente contribuir para o tratamento do paciente, já que é feito de forma mais detalhada. É importante lembrar que este exame deve ser correlacionado com outros exames clínicos.

Nesse artigo, vamos falar sobre os tipos de radiografias intraorais e quais são as indicações de cada uma delas. Na documentação radiológica, existem três tipos de radiografias intraorais: periapicais, interproximais e oclusais.

Radiografias periapicais

Esse exame mostra toda a estrutura dentária, desde a coroa até a raiz (envolvendo a região do ápice radicular). Além disso, engloba todos os tecidos ao redor do periápice. Desse modo, serve para avaliarmos todos os tecidos dentais, esmalte, dentina, polpa, ligamento periodontal, cemento, lâmina dura, osso alveolar e as cristas ósseas alveolares. Cada região do dente, desde a coroa até o ápice será identificada por uma imagem de densidade radiográfica específica, permitindo sua correta identificação e avaliação visual bem como a interpretação diagnóstica.

Por proporcionar uma visualização mais detalhada da anatomia dental, tem como objetivo identificar patologias que podem estar acometendo o interior do dente. Este tipo de radiografia é a mais comum no que diz respeito a exames intraorais na clínica odontológica.

Radiografias interproximais

Já a radiografia interproximal, também chamada de “bitewing”, que significa “asa de mordida” em inglês. Essa radiografia é indicada para o estudo das faces proximais (faces mesial e distal) da coroa dos dentes, a fim de se avaliar:

  • Presença de lesões cariosas;
  • Avaliação das restaurações (sub ou sobre contorno) bem como recidivas de lesões cariosas abaixo das restaurações;
  • Avaliação da crista óssea alveolar na região.

Desse modo, o principal cuidado nesse exame é evitar a sobreposição das faces proximais, deixando-as livres para que a correta avaliação e diagnóstico. Atrelado ao exame clínico, com a radiografia interproximal, o profissional será capaz de realizar um diagnóstico preciso e propor o melhor tratamento para o paciente.

Radiografias oclusais.

As radiografias oclusais, que podem ser tanto da região da maxila quanto da mandíbula, avaliam os dentes inclusos e impactados, dentes supranumerários, raízes residuais, processos patológicos e ainda auxilia na análise da região anatômica para procedimentos cirúrgicos. Além disso, é realizado para avaliação de tratamento ortodôntico, análise do crescimento ósseo em crianças e verificação da existência de cálculos nas glândulas salivares.

Em muitos casos, são realizados antes, durante e após o tratamento do paciente. Tudo é uma questão de bom senso do profissional quanto a necessidade da realização do exame. Por fim, devo ressaltar a importância da indicação correta para o exame radiográfico. Sabemos que este tipo de procedimento é delicado por se tratar de radiação ionizante em sua composição. Após a correta indicação e realização eficiente da técnica, é possível usufruir dos benefícios do exame radiológico como o diagnóstico certeiro e tratamento correto.

Até o próximo artigo!

Referências bibliográficas:
WHITE & PHAROAH. Radiologia Oral. Princípios e Interpretação. 7ª ed. 2017.
WATANABE & ARITA. Imaginologia e Radiologia Odontológica.
ELSEVIER. 2015.

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Qual exame radiográfico que melhor avalia as cristas ósseas alveolares?


Radiografia Periapical, Interproximal e Periapical Completo

A radiografia é um exame essencial para a Odontologia. Suas inúmeras técnicas permitem a observação de objetos dentários e patologias distintas. Uma das técnicas mais usadas pelos profissionais é a radiografia interproximal, que proporciona uma visualização nítida de dentes posteriores.

RADIOGRAFIA PERIAPICAL DIGITAL
Esta técnica possibilita uma visão em conjunto dos elementos dentais e dos tecidos ósseos adjacentes. Utilizada principalmente para avaliação óssea do periápice dental, podendo ser utilizada também para pesquisa de cárie, sua extensão e comprometimento pulpar, avaliação do nível da crista óssea alveolar e tipo de reabsorção, conhecimento da forma anatômica, número de raízes e condutos radiculares.

O que é radiografia interproximal?
Também chamada de bite-wing, a radiografia interproximal é uma técnica radiográfica intraoral em que você obtém imagens das faces mesial, distal e das coroas dos pré-molares e molares, além das cristas ósseas vizinhas do maxilar e da mandíbula. Resumindo, permitem a visualização mais nítida dos dentes posteriores. O termo “bite-wing” significa “asa de mordida” — termo da Odontologia que se refere à forma como o paciente segura o receptor de raios-X (entre os dentes).

Como a radiografia interproximal é realizada?
Para conseguir a radiografia interproximal, o profissional de Radiologia posiciona o aparelho para que o feixe de raio-X atinja as faces proximais perpendicularmente e paralelamente ao plano oclusal. A angulação horizontal é orientada paralelamente às faces proximais dos dentes que se deseja radiografar. Já a vertical varia de 8 a 10º positivos.

No processo tradicional, a asa de mordida é feita em um receptor com filme radiográfico nas dimensões 3 x 4 cm ou 3,4 x 2,2 cm. É feita numa película normal com aleta de cartolina ou colocada em posicionador interproximal. O filme é posicionado intraoralmente e o paciente faz a contenção ocluindo sobre a aleta. Caso o odontologista queira estudar as cristas alveolares, recomenda-se colocar o filme em pé.

Para que o odontologista consiga visualizar os dentes superiores e inferiores em um mesmo exame, a radiografia interproximal é dividida em quatro: duas para a região dos dentes molares e duas para os dentes pré-molares.

Já na versão digital, não há necessidade de filme. O profissional faz o posicionamento correto do aparelho e conta apenas com o auxílio do posicionador para que o paciente faça a oclusão. O sistema de placas de fósforo, responsável por receber a imagem, faz com que a taxa de exposição à radiação seja 70% menor do que a emitida por uma radiografia convencional. posição da cabeça: PSM perpendicular ao solo e linha do trago à asa do nariz paralela ao assoalho; arcada: o exame deve mostrar a face distal dos 2º pré-molares e a face distal dos caninos.

O exame é totalmente indolor e não causa desconforto ao paciente. Em menos de 2 minutos, o profissional obtém a imagem que necessita. Obviamente, se o odontologista necessitar de mais zonas anatômicas, o tempo tenderá a aumentar. A radiografia interproximal é simples, pode ser feita tanto em crianças quanto em adultos e não requer preparação prévia.

Gestantes podem fazer radiografia interproximal?
O ideal é que gestantes evitem exames de raio-X durante a gravidez. No entanto, a radiografia interproximal não apresenta contra indicações significativas. Para evitar qualquer tipo de problema, a paciente deve avisar tanto ao odontologista quanto ao profissional de Radiologia sobre o atual tempo de gravidez.

Mesmo que a gestação não seja confirmada, é essencial avisar sobre a suspeita. Nesse caso, o profissional vai tomar o mesmo cuidado que tomaria com uma gestante: o uso de um avental de chumbo para proteger o feto da exposição à radiação.

Quais as indicações da radiografia interproximal?
Confira os casos em que a radiografia interproximal é indicada:
visualização das coroas dos dentes superiores e inferiores numa mesma imagem;
relação entre dentes decíduos e germes dos permanentes;
visualização de possíveis mudanças na cavidade pulpar;
visualização de cáries oclusais e interproximais;
identificação de excessos marginais;
avaliação do estado periodontal;
visualização de cálculos dentais;
visualização das cristas ósseas;
visualização de perdas ósseas;
pesquisa de cálculo gengival;
reincidência de cáries;
pode ser usada para avaliar a eficácia de alguns tratamentos, como as restaurações.

Quais as vantagens da radiografia interproximal?
a radiografia interproximal oferece maiores resolução e nitidez, pois atende aos 5 itens da radiografia ideal com mais qualidade que outras técnicas;
ideal para análise de presença de cáries oclusais e interproximais, que são mais difíceis de diagnosticar durante um exame clínico, além de trauma oclusal;
é mais rápida e simples, portanto exige menos exposição do paciente aos raios-X.
A versão digital da radiografia interproximal proporciona ainda mais benefícios: imagens digitais economizam armazenamento e são mais fáceis de compartilhar entre outros profissionais;
permitem marcações e edições de contraste, brilho e tamanho;
promovem a sustentabilidade, já que a receptação de imagens não lida com substâncias tóxicas tanto ao ambiente quanto aos profissionais e pacientes;
equipamentos de radiologia digital não geram resíduos poluentes ao meio ambiente;
exigem menos exposição aos raios-X;
raramente necessitam de retrabalho.

Afinal, por mais que seja um exame relativamente simples, ele proporciona a visualização de alterações e patologias de difícil detecção em um exame clínico convencional.

Qual a diferença entre radiografia periapical e interproximal?

Radiografia bite wing ou Raio X interproximal: é um exame idêntico à radiografia periapical, contudo, ainda mais restrito. Neste exame pretende-se visualizar apenas as coroas de alguns dentes superiores e inferiores na mesma imagem.

Qual exame radiográfico indicado para diagnóstico da maturidade óssea?

Para aferir a idade óssea, os recursos diagnósticos mais utilizados são a radiografia de mão e punho, a telerradiografia de perfil e a radiografia panorâmica dos maxilares.

Qual exame radiográfico é o mais indicado para avaliar crista óssea alveolar?

CONCLUSÃO: O exame periapical pode ser considerado o melhor método radiográfico para avaliar o nível da perda óssea alveolar e, por conseguinte, ajudar no diagnóstico da doença periodontal.

Como é feito o exame do osso alveolar?

O osso alveolar é visto na radiografia como a lâmina dura (WILSON & KORNMAN, 2001 ). (LINDHE, 1999). alterações nos níveis de inserção do ligamento periodontal (ZYBUTZ et a/., 2000).