Qual foi a novidade evolutiva que surgiu nos répteis e possibilitou a independência da água para a reprodução?

As aves, assim como todos os grupos de seres vivos, não surgiram no planeta da maneira como são hoje. Diversos fatores evolutivos atuaram até que as formas atuais estabelecessem-se. Para avaliar essas mudanças, o estudo paleontológico é fundamental, pois fornece informações a respeito da ancestralidade de cada espécie.

O registro fossilífero das aves é bastante incompleto, o que atrapalha, de certo modo, o conhecimento aprofundado a respeito da origem desses animais. O principal problema do registro é o processo de fossilização, que é dificultado em virtude da presença de ossos pneumáticos e do habitat aéreo, que ajuda na dispersão dos restos mortais. Entretanto, apesar da dificuldade, diversos estudos tentam compreender a evolução desse grupo de vertebrados.

Atualmente, acredita-se que, em virtude de algumas similaridades, as aves sejam derivadas de uma linhagem dos dinossauros Therapoda. Dentre as semelhanças entre esses grupos, podemos destacar o pescoço alongado e móvel, presença de três dedos dos pés voltados para a frente e um para trás e ossos pneumáticos. Além disso, a presença do conhecido “osso da sorte” e a fusão do osso esterno são características compartilhadas entre aves e um grupo específico de Therapoda, os coelosaurus.

Alguns estudiosos acreditam, no entanto, que os Crocodylomorpha ou os Mammalia são grupos irmãos das aves, entretanto faltam provas paleontológicas para tal fato. Sendo assim, a teoria mais aceita é a de que as aves constituam um grupo monofilético de tetrápodes, que apresenta como grupo irmão alguns dinossauros Coelurosauria.

Uma das descobertas mais marcantes a respeito da evolução das aves aconteceu em 1996, quando foi registrada a primeira ocorrência de um dinossauro com penas. Atualmente se conhecem várias espécies de coelosaurus que apresentam estruturas semelhantes às penas, o que ajuda a confirmar a teoria da evolução das aves a partir desse grupo de dinossauros. Entretanto, estudos comprovam que inicialmente essas estruturas não eram usadas para o voo, surgindo bem antes do desenvolvimento dessa capacidade. Alguns pesquisadores sugerem que elas podem ter sido usadas inicialmente para interação social.

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A ave mais primitiva que se tem registro é o Archaeopteryx, que foi extinto há aproximadamente 150 milhões de anos, no final do Jurássico. Esse gênero possuía um arranjo de penas bem semelhante ao das aves atuais adaptadas para o voo. Provavelmente esse animal pegava voo correndo e batendo suas asas, comportamento visualizado em espécies atuais.

Na década de 1990, diversos outros fósseis de aves foram descobertos, mostrando o surgimento de uma grande quantidade de espécies durante a Era Mesozoica, quando esse grupo teve sua origem. A partir dessa Era, diversas espécies surgiram e hoje temos um grupo bastante vasto de aves, que contam com cerca de 10.000 espécies no mundo.

Curiosidade: Ainda há controvérsias a respeito da classificação do Archaeopteryx como sendo a primeira ave ou não. Segundo alguns pesquisadores, o Archaeopteryx seria apenas outro dinossauro e espécies como o Aurornis xui, que viveu 10 milhões de anos antes, poderiam ser consideradas a primeira espécie desse grupo. Esse é um problema clássico na paleontologia, uma vez que os estudos são baseados em registros fósseis, que normalmente são incompletos. Sendo assim, é fundamental que estudos na área continuem sendo feitos para que conclusões definitivas sejam alcançadas.


Por Ma. Vanessa dos Santos

As gimnospermas são plantas vasculares, normalmente árvores, conhecidas principalmente por uma importante novidade evolutiva: as sementes. O nome desse grupo de vegetais, que significa “semente nua”, faz referência ao fato de não possuírem frutos envolvendo essas estruturas, que permanecem expostas.

As sementes possuem como função principal proteger e alimentar o embrião antes da germinação, por isso essa característica permitiu que essas plantas conseguissem dominar uma área muito maior que a das briófitas e pteridófitas. Essa estrutura reprodutiva é formada a partir do desenvolvimento do óvulo.

No que diz respeito à anatomia dessas plantas, o sistema vascular merece destaque. O xilema das gimnospermas é formado exclusivamente por traqueides, com exceção das Gnetales. Essas últimas apresentam em seu xilema elementos de vaso, característica que as aproxima das angiospermas.

Além dessas características marcantes, as gimnospermas são independentes da água para a reprodução. Nesse grupo de plantas, ocorre o processo chamado de polinização, no qual o gametófito masculino parcialmente desenvolvido (grão de pólen) é levado até o gametófito feminino. Normalmente a polinização em gimnospermas ocorre pelo ar (anemofilia).

Após o processo de polinização, o grão de pólen germina e dá origem ao tubo polínico, que conduz os gametas masculinos até o arquegônio, não necessitando, portanto, de água. O período compreendido entre o momento da polinização e a fertilização é demorado, podendo levar até mesmo um ano para ser completado.

O gametófito feminino geralmente produz vários arquegônios e, com isso, mais de uma oosfera pode ser fecundada. Caso isso aconteça, inicia-se o desenvolvimento de vários embriões em um óvulo, processo que é conhecido como poliembrionia. Vale destacar, no entanto, que na maioria das vezes apenas um embrião completa seu desenvolvimento.

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Essas plantas não possuem flores, diferentemente do que muitas pessoas afirmam. As estruturas reprodutivas das gimnospermas são os chamados estróbilos, que são folhas férteis onde estão presentes os microsporângios ou os megasporângios. Os estróbilos podem ser femininos ou masculinos e podem ocorrer em uma mesma planta ou em indivíduos diferentes. Apesar de se assemelharem às flores, essa característica só está presente em angiospermas.

As gimnospermas são bastante exploradas economicamente. Algumas possuem alto potencial madeireiro e outras são usadas na fabricação de papel. Além dessa utilização, são bastante utilizadas como plantas ornamentais, principalmente os pinheiros, que são extremamente usados em épocas de natal.

Atualmente podemos classificar as gimnospermas em quatro divisões principais: Coniferophyta, Cycadophyta, Gnetophyta e Ginkgophyta. Entre essas divisões, a que mais se destaca é a Coniferophyta, grupo também chamado de coníferas e que inclui plantas como pinheiros e ciprestes. O nome desse grupo vem do fato de que o seu estróbilo possui formato de cone.

As gimnospermas ocorrem normalmente em áreas temperadas, sendo bastante comuns no Hemisférios Norte. Em nosso país, essas plantas são pouco representativas, sendo encontradas atualmente apenas três das quatro divisões existentes: Coniferophyta, Cycadophyta e Gnetophyta.

Quais foram as novidades evolutivas que permitiram aos répteis a independência de água na reprodução?

Diversas características presentes nos ovos dos répteis permitiram que eles não dependessem da água para se reproduzir. O ovo desses animais possui uma casca grossa que impede o dessecamento do embrião. No entanto, a casca é porosa, permitindo a troca gasosa entre o embrião e o meio externo.

Como os répteis se tornaram independentes do meio aquático?

Esta pele seca, sem glândulas mucosas, lhes permitiu expandir seus habitats para territórios distantes das fontes de água, inclusive ambientes áridos. Além disso, a pele seca e impermeável deixou de ser uma estrutura respiratória.

Por que essa característica tornou os répteis independentes da água para a reprodução?

Após a fecundação, o zigoto formado passa a se desenvolver no interior de um ovo muito bem delimitado por uma casca calcária impermeável, o que evita o ressecamento e a desidratação do embrião, outra característica que torna os répteis independentes do ambiente aquático.

Quais foram as características que permitiram aos répteis a independência da água na reprodução e a conquista do ambiente terrestre?

Resposta: As características que permitiram aos répteis a independência da água na reprodução e a conquista do ambiente terrestre foram: Ovos com casca grossa e porosa; Pele queratinizada, o que dificulta a perda de água para o ambiente; Respiração exclusivamente pulmonar.