O aborto retido ou o abortamento incompleto é quando não existe mais batimentos cardíacos do feto e o embrião fica sem vida por semanas ou até meses dentro do útero da mãe. Show
Nesse sentido, o aborto retido é diferente do aborto completo, no qual o embrião, o saco gestacional e todo o resíduo são expelidos pelo corpo naturalmente. Sendo assim, no aborto retido, o embrião e os restos ovulares continuam dentro do corpo da gestante. O fenômeno, que ocorre geralmente entre a 6ª e a 14ª semana de gestação, possibilita o risco de infecção e complicações para a mulher. Dessa maneira, se o feto não for expulso naturalmente no decorrer de 30 dias, será necessária a intervenção médica para sua retirada. Tal procedimento pode ocorrer através de estimulação medicamentosa ou de curetagem. Vale ainda lembrar que sofrer um aborto não é fácil para a mulher, mas ainda assim é a complicação mais comum no primeiro trimestre da gestação. Nesse sentido, aproximadamente 20% das mulheres passam por uma perda gestacional no período. Quais são os sinais do aborto retido?A mulher pode sentir alguns sinais que indiquem que ela está sofrendo um aborto retido. Entretanto, muitas gestantes podem ser assintomáticas e passar várias semanas sem notar algum sinal. Por esta razão, é de extrema importância realizar o acompanhamento médico e todos os exames do pré-natal como a ultrassonografia e exames de sangue laboratorial. Para as mulheres que têm sintomas de aborto retido, os sinais mais comuns são:
Aborto retido e suas causas: confira possíveis fatoresAs causas do aborto retido devem passar por análise caso a caso, já que existem diversos fatores que desencadeiam a ocorrência. As principais situações que podem levar a um aborto retido são: Inclusive, é importante lembrar que o fato de uma mulher sofrer um aborto retido, normalmente não apresenta risco para uma futura gravidez, porém é preciso estar atenta à origem do problema. Por essa razão, o ideal é fazer um acompanhamento detalhado, descobrir as causas e tratá-las. Dessa forma, a mulher, provavelmente, terá uma próxima gestação saudável e tranqüila, sem outros eventos de aborto de repetição. Além disso, o aconselhável do ponto de vista médico é deixar passar entre dois e três ciclos menstruais antes de tentar uma nova gravidez. Assim, o corpo da mulher terá tempo de se restabelecer e equilibrar seus hormônios para a próxima tentativa. Tratamento do aborto retido: como acontece?O tratamento indicado para o aborto retido pode variar de acordo com cada caso. Ele ocorre somente após a confirmação da morte do embrião através do exame de ultrassom ou de exame de sangue laboratorial. Sendo assim, é fundamental que o médico avalie os diversos aspectos referentes à saúde da mãe e mostre as diferentes formas de proceder. Além disso, é essencial que o ginecologista informe as vantagens e desvantagens de cada método para que a paciente possa decidir, sempre que possível, pela conduta que ela deseja. Nesse sentido, há três possibilidades: a expectante, a farmacológica e a cirúrgica. Confira as diferenças de cada uma: Conduta ExpectanteUma das primeiras opções é que o próprio corpo faça a expulsão do feto e de todo o resíduo contido dentro do útero através de medicamentos. Contudo,sem a necessidade de internação. Neste método, é muito importante que haja um controle e acompanhamento rigoroso para evitar que a mulher tenha infecções. Nesse sentido, a conduta expectante tem taxas de sucesso bastante variáveis, portanto, deve-se avaliar o estado psicológico da paciente. Todavia, essa espera só pode durar por um tempo, uma vez que processos infecciosos podem surgir. Conduta FarmacológicaOutra opção para o tratamento de aborto retido é o de internar a paciente e fornecer medicamentos à base de ocitocina para provocar contrações uterinas. Dessa forma, a mãe passa por uma situação parecida com a de um parto normal e, assim, o embrião e os resíduos são expelidos.E ssa conduta, portanto, reduz o risco decorrente de processos cirúrgicos e da anestesia. Entretanto, diferente da curetagem, o tempo de sangramento é maior. Conduta Cirúrgica: curetagem uterina ou por aspiração manual intra-uterinaA conduta cirúrgica acontece em hospital e com anestesia. Nesse sentido, baseia-se principalmente na técnica de dilatação uterina e curetagem. É um processo de limpeza e esvaziamento uterino onde um procedimento de raspagem garante a eliminação de todo resíduo. Tal processo também pode ser feito por aspiração de forma manual com a ajuda de uma seringa, através do qual o resíduo é aspirado. Existem casos, ainda, onde se indica o uso dos dois procedimentos para garantir que se retirem os restos ovulares e a placenta. Dessa forma, a cirurgia diminui significativamente o tempo de tratamento, que é bastante doloroso para a mãe. Entretanto, vale destacar que é um procedimento invasivo e pode provocar consequências na mulher. Curetagem: quando é necessário fazer?A curetagem é eficaz em quase 100% dos casos de aborto retido. Por esta razão, se o tratamento expectante e farmacológico não derem certo e quatro semanas depois do diagnóstico o feto ainda estiver retido, é necessário internar a paciente para realizar a curetagem. Nesse sentido, a raspagem uterina traz riscos anestésicos, de perfuração uterina ou formação de sinéquias. Nesses casos, pode levar a alterações estruturais do colo uterino, associadas a futuras perdas gestacionais. Mas, em geral, os riscos são baixos e o procedimento é feito de maneira segura e eficaz. Dessa forma, indica-se a curetagem para as pacientes que não conseguiram expelir o feto e que apresentam sangramentos importantes ou sinais de infecção. Sendo assim, as opções são curetagem tradicional, com cureta fenestrada,ou aspiração manual a vácuo (AMIU). Após o procedimento, um patologia analisa parte do material, que tentará determinar a causa do aborto. Riscos do aborto retido para a saúdeO aborto retido pode trazer riscos graves para a saúde da mulher. Por essa razão, se o tratamento da ocorrência não acontecer devidamente ou se o diagnóstico for demorado, há grandes chances da paciente apresentar problemas. Entre eles, a mulher pode ter infecção, sangramentos, desenvolver sensibilidade do sistema Rh, infertilidade por lesão de trompa de falópio e até risco de morte. Nesse sentido, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no mundo, 67 mil mulheres morrem anualmente por falta de tratamento ou por procedimento inadequado. Tal dado tem relação a perdas gestacionais no primeiro trimestre. Já nos países em desenvolvimento, essa cifra representa 13% das mortes maternas relacionadas com complicações na gravidez. Também vale lembrar que sofrer um aborto espontâneo ou retido não é algo tão incomum. Por isso, é imprescindível fazer o acompanhamento médico e todos os exames gestacionais para evitar complicações. Parágrafo Ainda, é importante ressaltar que a partir do momento que a gestante sofre dois ou mais abortos, investigar algumas deficiências, como de enzimas, colágenos, proteínas e coagulograma, se faz necessário. Por último, o médico também deve checar outras possíveis causas de infertilidade feminina. Está tentando engravidar? Confira as dicas que separamos para ajudar você a realizar esse sonho. Ao clicar na imagem abaixo, você poderá fazer o download do nosso infográfico 7 dicas para quem quer engravidar em 2022. |