Quanto tempo demora a recuperar de um infarto

Infarto do Mioc�rdio

Infarto do Mioc�rdio: Aten��o para os seguintes aspectos

- O infarto do mioc�rdio � provocado pela forma��o de um co�gulo que obstrui totalmente a passagem do sangue por uma art�ria, causando a morte total ou parcial do territ�rio do cora��o irrigado por aquela art�ria.
- Normalmente este co�gulo instala-se por cima de uma placa de "colesterol" que se acumulou durante anos naquele determinado local.
- Um infarto costuma caracterizar-se por dor no peito e instabilidade dos impulsos el�tricos no cora��o levando a dist�rbios do ritmo card�aco.
- O tratamento do infarto deve idealmente ser instituido o mais breve possivel a fim de permitir a institui��o de medidas como tromb�lise (dissolu��o do co�gulo com medicamentos especiais) ou angioplastia prim�ria (dilata��o do local oclu�do atrav�s de bal�o).
- A istitui��o a tempo destas medidas impede a morte de pare do musculo card�aco afetado e melhora o progn�stico a curto e longo prazo.

O que � um infarto?

O infarto do miocardio � a morte de uma regi�o do m�sculo card�aco devido � interrup��o abrupta por um co�gulo, do suprimento de sangue atrav�s da art�ria que irriga aquela determinada regi�o. O infarto manifesta-se clinicamente atrav�s de dor e instabilidade do sistema de transmiss�o e gera��o de impulsos el�tricos que fazem o cora��o bater, podendo levar � "fibrila��o ventricular", um r�tmo ca�tico (n�o confundir com fibrila��o atrial) equivalente a uma parada card�aca, que necessita ser revertido urgentemente ao r�tmo normal sob pena de provocar-se dano irrepar�vel ao c�rebro por falta de oxigena��o adequada ou mesmo a morte do paciente. Aproximadamente 40-50% das pessoas que sofrem um infarto n�o sobrevivem a tempo de ser atendidas. J� dentre os pacientes que conseguem chegar a um hospital, pelo menos 90% sobrevivem e t�m alta hospitalar. Os outros cinco a dez por cento s�o aqueles portadores de grandes �reas do cora��o atingidas pelo infarto, e cuja fun��o impulsionadora do sangue est� irremediavelmente comprometida.

Em virtude desta elevada mortalidade precoce, um dos grandes desafios da cardiologia consiste em treinar o maior n�mero poss�vel de leigos na institui��o de medidas b�sicas de ressuscita��o como por exemplo massagem card�aca e ventila��o boca a boca, na tentativa de reverter uma poss�vel fibrila��o ventricular ou manter o paciente vivo at� a chegada de socorro m�dico, aparelhado com medica��o apropriada e desfibriladores que aplicam um choque el�trico e revertem a fibrila��o ventricular.

O que provoca um infarto?

Um infarto � provocado pela forma��o de um co�gulo de sangue por sobre uma placa de colesterol localizada na parede interna de uma art�ria que irriga parte do cora��o (as art�rias assim chamadas coron�rias s�o duas, a direita e esquerda que se ramificam em v�rias outras). O colesterol � um componente essencial � parede das c�lulas e participa na constitui��o de alguns hormonios, mas o excesso desta subst�ncia no sangue circulante provoca sua acumula��o indesej�vel na camada mais interna das art�rias, a� provocando uma esp�cie de rea��o inflamat�ria, cujo in�cio pode se dar na adolescencia ou mesmo na infancia. Este processo denominado aterosclerose, progride, podendo ser acelerado por fumo, press�o alta e diabete e leva ao estreitamento dos vasos. As "placas de aterosclerose" podem em certos momentos, se romper e o sangue circulante coagula em torno delas. Se ese co�gulo for suficientemente grande, toda a circula��o de sangue atrav�s daquela art�ria � interrompida e ocorre o infarto. Diferente da isquemia, onde o cora��o sofre mas est� vivo, o infarto representa a morte de toda aquela regi�o irrigada pela art�ria comprometida.

Quais s�o os sintomas de um infarto?

O sintoma mais comum � a dor opressiva, em "aperto", no centro do t�rax, de localiza��o imprecisa, que pode se irradiar para pesco�o, costas e bra�os ( a "famosa" irradia��o para bra�o esquerdo � apenas uma das possibilidades). O paciente � em geral acomemtido deste sintoma nas primeiras horas da manh�. N�o � comum a ocorrencia de infarto durante ou logo ap�s exerc�cio f�sico, como muitos acreditam. Cerca de um quarto dos infartos pode ocorrer sem dor.

Outros sintomas associados ou n�o, s�o os suores, a palidez, sensa��o de "queima��o" no t�rax ou por��o superior do abdome, mal estar generalizado, nausea, falta de ar.

Como se diagnostica um infarto?

A combina��o de sintomas e altera��es caractr�sticas no eletrocardiograma � a forma mais simples, mas a confirma��o � feita atrav�s da colheita de sangue na unidade de emerg�ncia ou na unidade coronariana, para dosagem de certas enzimas que s�o liberadas na circula��o decorrentes da morte do tecido muscular card�aco e consequente dissolu��o das membranas das c�lulas.

Quais as op��es para o tratamento do infarto?

O objetivo � obter o mais precocemente poss�vel a "reperfus�o" da �rea atingida, ou seja, reabrir a art�ria oclu�da e restaurar o fluxo sangu�neo. Uma vez atingido este objetivo, interrompe-se o processo de morte do m�sculo e a dor desaparece. Quanto mais precoce a reperfus�o, maior a quantidade de m�sculo salvo e melhor o progn�stico do paciente, que depender� essencialmente da habilidade do m�sculo card�aco remanescente em manter a vida do indiv�duo sem maiores sacrif�cios.

O m�todo mais r�pido e eficiente � a angioplastia imediata, ou seja, a introdu��o de um cateter dotado de um balonete na ponta, avan�ado atrav�s de exame radiol�gico at� a art�ria entupida, for�ando sua abertura, espremendo para os lados a placa de gordura e o co�gulo ali formado. Entretanto, este m�todo s� pode ser aplicado se o hospital para onde o paciente foi (rapidamente) removido, tiver facilidades e organiza��o m�dica e de enfermagem para realiza��o de cateterismo e cirurgia card�aca.

A modalidade mais difundida de reperfus�o �, no entanto, a tromb�lise, ou seja, o emprego de inje��es intravenosas de medicamentos especialmente dotados da propriedade de dissolver o co�gulo e restabelecer o fluxo de sangue. Os chamados agentes trombol�ticos mais empregados s�o a estreptoquinase e o r-TPA, capazes de reabrir, em cerca de 90 minutos, cerca de 80% das art�rias agudamente oclu�das. Ap�s seis horas do in�cio dos sintomas, a efic�cia dos trombol�ticos � quase nehuma, pois a maior parte das c�lulas j� est� irremediavelmente danificada. Por isto, quanto antes for atendido o paciente, melhor.

A aspirina � um medicamento muito eficaz na fase aguda do infarto do mioc�rdio pois impede a agrega��o das plaquetas, componentes do sangue envolvidas no processo de coagula��o. � administrada juntamente com os agentes trombol�ticos.

A heparina, outro anticoagulante, � tamb�m utilizada durante terapia trombol�tica, dependendo do protocolo de tromb�lise empregado por cada servi�o.

Outros medicamentos como nitroglicerina e inibidores da enzima conversora (capoten, renitec, prinivil e outros) s�o utilizados para aliviar o trabalho do cora��o e reduzir a dor.

Como se processa a recupera��o ap�s um infarto?

Os pacientes n�o complicados podem receber alta da unidade coronariana em tr�s a quatro dias. Ao completar seis a sete dias, durante os quais sua atividade f�sica gadualmente aumenta, ele geralmente submete-se a uma "estrafica��o de risco" onde, atrav�s de um teste de esfor�o ou outro m�todo semelhante procura-se estimar o risco de um novo infarto nos pr�ximos seis meses. A forma de avalia��o de risco pode variar bastante de um profissional para outro, mas a mais comum � atrav�s de um teste de esfor�o adaptado a esta situa��o peculiar. O teste de esfor�o pr�-alta tamb�m ajuda a modular o n�vel de atividade f�sica do paciente durante a fase de convalescen�a p�s-alta.

S�o necess�rias entre 3 a 6 semanas, dependendo do tamanho da �rea acometida, para que o processo de cicatriza��o esteja bem consolidado. Neste per�odo os pacientes devem evitar exerc�cios f�sicos vigorosos ou levantar pesos acima de 6 kg.

Como evitar um novo infarto?

O uso prolongado de aspirina e betabloqueadores � comprovadamente eficaz para evitar um novo ataque. Entretanto, a doen�a ateroscler�tica � progressiva e a melhor maneira de deter sua progress�o � atrav�s de mudan�as no estilo de vida. Supress�o completa do fumo, perda de peso, exerc�cios f�sicos e controle rigoroso do colesterol, press�o arterial (se o paciente for hipertenso) e do diabete. Hoje sabemos que a grande maioria dos sobreviventes de um infarto tem indica��o para uso de inibidores da HGM Coa redutase (mevacor, pravacol, zocor, lescol, citalor) que reduzem o colesterol e parecem prevenir mortes card�acas mesmo em pessoas cujos valores de colesterol no sangue n�o se encontram muito elevados.

Pacientes em maior risco podem ser identificados seja clinicamente (pois apresentam novos sintomas de dor no peito) ou atrav�s de testes especiais que podem, inclusive, ditar a necessidade de cirurgia de revasculariza��o miocardica ou angioplastia.

Quanto tempo de vida depois de um infarto?

Agora, sabe-se também que a sobrevida média depois do infarto é de apenas 5,5 anos para mulheres. Nos homens, a estatística é de 8,2 anos. O dado foi divulgado no relatório de 2021 da Associação Americana de Cardiologia.

Quem teve infarto pode ter uma vida normal?

Nos casos em que todas as áreas do coração são recuperadas, no entanto, a vida pode voltar ao normal gradativamente”. O cardiologista recomenda que o paciente só volte às atividades regulares como trabalhar, por exemplo, um mês depois do ocorrido e inicie atividades físicas moderadas.

O que pode acontecer depois de um infarto?

Além disso, depois de um infarto agudo do miocárdio, o paciente pode desenvolver a arritmia cardíaca ou parada cardiorrespiratória. Saiba mais sobre elas: Arritmia cardíaca: é uma alteração no batimento do coração. Se ele bater muito rápido, é chamado de taquicardia.

O que acontece com o coração depois de um infarto?

E, por consequência disso, o coração acaba não recebendo sangue e oxigênio suficientes para se manter em atividade, provocando danos no músculo cardíaco ou, até mesmo, a morte dele. Apesar de não causar o óbito em todas as pessoas que infartam, é indispensável que você busque atendimento médico o quanto antes.