Que estratégias podemos adotar para trabalhar com crianças com dificuldades de aprendizagem?

10 maneiras de ajudar seus filhos com dificuldades de aprendizagemTempo de leitura estimado: 7 min.

23 de abril de 2018

Durante os anos de estudo, a criança acaba tendo mais facilidade em algumas matérias e menos em outras. Cada uma tem um tempo de desenvolvimento, e isso é normal. Porém, ela pode apresentar mais desafios do que a maioria dos alunos, ou seja, um perfil de assimilação diferente do que é esperado para sua idade.

Criado na década de 1960 pelo psicólogo educacional Samuel Kirk, o termo “dificuldade de aprendizagem” resume um problema que pode ter origem cognitiva ou psicológica. Kirk referia-se, principalmente, a crianças com desordem na fala, leitura, linguagem e orientação espacial e que tinham sua interação social prejudicada por esses problemas.

Acompanhe este artigo e veja nossas 10 dicas para lidar com a dificuldade de aprendizagem.

1. Reconheça as dificuldades da criança

A dificuldade de aprendizagem pode acontecer com qualquer criança. Portanto, é importante respeitar as limitações que seu filho demonstrar e manter o olhar atento ao desenvolvimento escolar.

Aproxime-se dos professores e gestores escolares, converse e compartilhe informações sobre o comportamento de seu filho ao fazer tarefas ou estudar em casa. Esse diálogo é fundamental para encontrar o melhor método de aprendizagem para ele.

2. Evite brigar

Brigar com seu filho por causa do problema vai fazer com que ele se sinta inseguro, tenha medo de se abrir e fique apavorado só de pensar na escola. Com isso, seu desempenho tende a piorar.

A dificuldade de aprendizagem é uma disfunção que não tem a ver com preguiça ou má vontade do aluno ― da mesma forma, nem toda falta de motivação em certas atividades significa um problema de aprendizagem. Seja compreensivo, demonstre apoio e procure por alternativas para auxiliá-lo nesse processo.

3. Busque apoio psicológico

Um psicólogo infantil ou um psicopedagogo pode ajudar a lidar com as dificuldades do seu filho. Conversando com a criança, os responsáveis e a escola, o profissional poderá identificar se a origem do problema tem um fundo emocional ou cognitivo, avaliar qual a melhor forma de lidar com a dificuldade de aprendizagem e sugerir atividades que possam auxiliá-la. Além disso, pode orientar sobre a melhor abordagem pedagógica para a criança.

4. Converse com os professores

A escola deve ser aliada da família. O professor é a pessoa ideal para identificar esse tipo de problema, já que é um profissional capacitado para perceber se o estudante tem dificuldades que merecem uma atenção especial.

Além disso, ele está em contato direto com a criança por muitas horas. Converse com os docentes e o coordenador pedagógico e pergunte se eles notaram algum problema de escrita, raciocínio lógico, concentração ou leitura.

A instituição pode também indicar algum reforço educativo que seja válido para o aluno.

5. Tenha interesse pelo que a criança estuda

Desperte o conhecimento da criança interessando-se pelo que ela está aprendendo e, nos momentos de lazer, proporcione vivências relacionadas ao que está sendo trabalhado na escola.

Se o assunto for a independência do Brasil, por exemplo, mostre filmes relacionados, livros e pinturas que retratem esse momento. Além de reforçar o aprendizado, é uma forma de motivá-la a se interessar mais sobre o tema e buscar conhecimento.

6. Procure uma nova escola, se for o caso

Cada instituição tem um modelo de ensino e nem sempre uma raciocínio lógico trará o mesmo resultado para o desenvolvimento de todos os estudantes. Se você já tiver conversado com os professores e perceber que seu filho não está avançando, pode ser esse o caso.

Procure por uma escola que trabalhe com criatividade, inteligência socioemocional e diversidade, além dos conteúdos cognitivos. Os profissionais poderão lidar melhor com as dificuldades da criança, encorajá-la nos estudos, criar diversas atividades lúdicas para ensiná-la e integrá-la aos outros alunos, preocupando-se com a formação integral do estudante.

7. Acompanhe de perto o desenvolvimento escolar

Quando os pais acompanham de perto o desenvolvimento escolar, a criança tende a ficar mais interessada. Ao abordarmos esse tópico, não estamos mencionando apenas as atividades de aula. Mas, também, verificar a mochila, elogiar um bom trabalho (quando o dever de casa está caprichado, por exemplo), perguntar como foi o dia e quais foram as dificuldades que seu filho teve (tanto com a matéria quanto com relacionamentos interpessoais), entre outros tópicos.

Outro ponto importante para estimular é a participação das crianças em eventos propostos pela escola. Precisamos enxergar a instituição como um local que vai além de apenas ensinar as lições tradicionais. Lá, também é possível aprimorar o relacionamento com as pessoas e ter mais autoconfiança para falar em público e para argumentar sobre os mais diferentes temas, além de desenvolver aspectos socioemocionais e corporais.

Justamente por isso, a participação em reuniões é tão importante. Assim, os pais terão o conhecimento das principais estratégias adotadas pela escola e poderão ter uma conversa mais presente com os filhos.

8. Reforce os aprendizados de forma lúdica

Para filhos que tenham dificuldades de aprendizagem, uma prática muito indicada é a de reforçar o que foi passado em sala de aula de forma lúdica. Depois do dever de casa, por exemplo, aproveite os momentos livres e de lazer para proporcionar brincadeiras que tenham algum tipo de relação com o que está sendo estudado. Isso contribui para uma melhor memorização e entendimento sobre aquelas atividades aplicadas na prática.

Exemplo: suponhamos que, na disciplina de Biologia, o aluno esteja estudando a propriedade das frutas e legumes. Convidar a criança para fazer uma salada de frutas que leve uma grande quantidade de alimentos que tenham vitamina C é uma boa dica para que ela possa aplicar o que aprendeu e, até mesmo, tenha a oportunidade de conhecer melhor esses alimentos.

9. Entenda o tempo da criança

De forma alguma tente comparar o tempo de seu filho com o de outras crianças. Várias vezes, ao longo da vida, entendemos que cada pessoa é única, e cada um desenvolve suas atividades à sua maneira. Nesse caso, não é diferente. Entender o tempo que a criança leva para aprender determinada atividade e demanda escolar e não exigir que isso seja feito em um período menor contribuirá para que a criança fique por dentro do que é transmitido na escola sem muita pressão.

Leve sempre em consideração que cada pessoa conta com estruturas psicológicas, culturais e biológicas distintas, o que impacta também a questão do desenvolvimento e da aprendizagem.

10. Tenha uma rotina

Por fim, recomendamos que a criança tenha uma rotina bem estabelecida. Assim, o seu filho identificará qual é o momento destinado apenas para o estudo, quando ele terá a oportunidade de brincar e de se divertir com o que gosta e quais serão aqueles momentos em que poderá interagir mais com amigos que moram perto ou com seus irmãos.

Além disso, separe um local que seja destinado apenas às atividades escolares: isso aumenta o foco e a concentração da criança, atingindo o objetivo traçado para aquele dia de maneira mais efetiva.

Dificuldades de aprendizagem podem ter fundo biológico ou psicológico, portanto, vão além da vontade da criança de estudar. Por meio de uma conversa com um psicólogo ou psicopedagogo, você vai descobrir qual a possível origem do problema. O melhor a fazer é apoiar o seu filho e colocá-lo em contato com métodos que possam desenvolver seu raciocínio. Com isso, ele começa a ter autoconfiança e mais disposição para as aulas.

Para ajudar seu filho nesse processo, entre em contato com a Escola da Inteligência e receba mais informações!

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