Que fator intrínseco contribui para a conservação de vegetais em conserva e por quê?

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Que fator intrínseco contribui para a conservação de vegetais em conserva e por quê?

  • março 21, 2018
  • P&Q Engenharia Jr.
  • Alimentos

Cada vez mais as pessoas buscam comprar alimentos que demorem para estragar, seja por economia, por praticidade ou preguiça. Por isso, técnicas foram criadas para aumentar a durabilidade de produtos alimentícios, e, assim, fazer com que eles vendam ainda mais. Confira abaixo quais são elas!

Cada vez mais as pessoas buscam comprar alimentos que demorem para estragar, seja por economia, por praticidade ou preguiça. Por isso, técnicas foram criadas para aumentar a durabilidade de produtos alimentícios, e, assim, fazer com que eles vendam ainda mais. Confira abaixo quais são elas!​

Shelf life, ou vida útil, é o tempo que um alimento preparado permanece fresco, saudável, ou seja, é o período de tempo que alimentos, bebidas e outros produtos perecíveis possuem antes de serem considerados inadequados para o consumo.

As necessidades de qualidade são mostradas nos rótulos, de acordo com os requisitos de cada país, que os fabricantes de alimentos devem respeitar. Dependendo dos países e do tipo de produto podemos encontrar frases como “consumir antes de”, “bom para consumo até”, e outras variantes, sempre seguidas de uma data.

A definição das características sensoriais desejadas é uma área um pouco problemática para muitas empresas, mesmo quando se trata de produtos frescos, e a definição seguida das características sensoriais de armazenamento é ainda mais difícil.​

As características sensoriais de muitos alimentos deterioram-se durante o armazenamento (com exceções importantes, como vinho e queijo) e, mesmo assim, desde que permaneçam seguros, uma grande variação ainda é evidentemente tolerável para os consumidores.

As características sensoriais aceitáveis são, muitas vezes, definidas pela política da empresa, mas mesmo assim é importante entender como ocorrem as alterações no armazenamento e utilizar esses dados para ajudar a definir o shelf life (vida útil, data de perempção, data de validade, em português).

Que fator intrínseco contribui para a conservação de vegetais em conserva e por quê?

A Metodologia do Shelflife

Para se realizar a determinação de vida-de-prateleira de um produto, devemos seguir algumas etapas: primeiro, é necessário identificarmos os fatores que afetam a durabilidade do alimento a ser estudado. Depois de identificar estes fatores, fazemos um planejamento do estudo antes de partir para a etapa de realização de testes, que incluem análises sensoriais, microbiológicas e testes físicos e químicos.

Por fim, é determinada a vida de-prateleira.

Etapa 1 - Identificação Dos Fatores Que Afetam A Vida-de-prateleira Do Alimento

Muitos fatores podem influenciar o tempo de prateleira de um produto. Então, para a metodologia Shelflife, é necessária a determinação deles. Eles são classificados em dois fatores: intrínsicos e extrínsicos.

Os fatores intrínsecos são as propriedades do alimento final, e incluem:

      • atividade da água (aw) (água disponível);

      • valor de pH e acidez total;

      • tipo de ácido presente;

      • potencial de redução;

      • oxigênio disponível nele;

      • nutrientes presentes;

      • microflora natural e contagens de microrganismos sobreviventes(bactéria, fungos)

      • bioquímica natural da formulação do produto (enzimas, reagentes químicos usados);

      • presença de conservantes na formulação do produto (por exemplo, sal).

Os fatores intrínsecos do produto final surgem dos ingredientes iniciais, do manuseio e da produção. A quantidade de microorganismos, por exemplo, estão presentes nos primeiros ingredientes, devido à contaminação inicial de manuseio e falta de higiene.

O pH é a medida de acidez ou basicidade do produto, e como fator tem relação com a multiplicação desses microorganismos. A maioria deles cresce melhor com valores de pH em torno de 7,0, apesar de alguns poucos crescerem em pH abaixo de 4,0. A quantidade de nutrientes presente em um alimento também irá influenciar na multiplicação de microrganismos no mesmo.​

Os conservantes químicos (ou agentes antimicrobianos) são aditivos que impedem ou retardam as alterações provocadas por microrganismos. A ação antimicrobiana dos conservantes é baseada na ação sobre um ou mais dos seguintes componentes ou atividades dos seres vivos: DNA, membrana plasmática, parede celular, síntese proteica, atividade enzimática e transporte de nutrientes.

Os fatores extrínsecos são os fatores que o produto final encontra no armazenamento e no transporte, como:

      • perfil de temperatura durante o processamento e variabilidade espacial de pressão;

      • controle de temperatura durante o armazenamento e distribuição;

      • umidade relativa (UR) durante o processamento, armazenamento e distribuição;

      • exposição à luz (UV e IV) durante o processamento, armazenamento e distribuição;

      • contagem microbiana ambiental durante o processamento, armazenamento e distribuição;

      • composição da atmosfera dentro das embalagens;

      • tratamento térmico posterior (por exemplo, re-aquecendo ou cozinhando antes do consumo);

      • manuseio do consumidor

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Eles podem alterar a durabilidade do produto, como a umidade relativa, que é definida como a quantidade de água presente no ambiente que cerca um produto alimentício, estando embalado ou não. Muitos produtos tem a textura afetada pelo ganho de água.

Eles podem alterar a durabilidade do produto, como a umidade relativa, que é definida como a quantidade de água presente no ambiente que cerca um produto alimentício, estando embalado ou não. Muitos produtos tem a textura afetada pelo ganho de água.

A Temperatura de armazenamento é geralmente considerada um fator determinante com relação a durabilidade, porque afeta consideravelmente a velocidade das reações que ocorrem após a produção, durante o manuseio, distribuição e estocagem. Em geral, quanto mais elevada, maior será a velocidade da multiplicação microbiana.

Existem também odores presentes no ambiente, que são facilmente absorvidos por certos tipos de alimentos.

Vários desses fatores podem ser corrigidos pela embalagem correta. Elas são fundamentais para prevenção de deterioração e contaminação, proteção física, informação, estética e para facilitar transporte e distribuição.

Etapa 2 - Planejamento Do Estudo De Vida-de-prateleira

Alguns pontos devem ser levados em consideração ao se planejar o estudo de Shelflife:

1 Quais testes devem ser realizados;

2- Qual será a duração do estudo e com que frequência as amostras serão analisadas;

3- Quantas amostras serão necessárias para cada teste;

4- Quantas amostras serão necessárias ao total do estudo de vida-de-prateleira;

5 Em que momento o estudo será realizado. Idealmente ele deve ocorrer em uma estação do ano com maior probabilidade de surgimento de problemas, geralmente, no verão. O estudo deve ser feito mais de uma vez para que se leve em conta a variabilidade do produto e suas matérias-primas. É necessário que se escolha o pior cenário possível para a realização dos testes, assim o prazo de vida-de-prateleira estipulado poderá ser considerado seguro em quaisquer outras circunstâncias;

De modo geral, podemos considerar os seguintes protocolos para se fazer o planejamento do estudo de vida-de-prateleira:

Produtos com curta vida-de-prateleira: No caso de alimentos refrigerados com vida-de-prateleira de até uma semana (como por exemplo, refeições prontas para consumo), amostras podem ser analisadas diariamente (MAN, 2002).

Produtos com média vida-de-prateleira: Para produtos com vida-de-prateleira de até três semanas (por exemplo, bolos e massas), amostras podem ser coletadas e analisadas nos dias 0, 7, 14, 19, 21 e 25.

Produtos com longa vida-de-prateleira: No caso de produtos com vida-de-prateleira de até um ano (como por exemplo, cereais matinais e alimentos processados termicamente), amostras podem ser coletadas e analisadas em intervalos mensais, ou nos meses 0, 1, 2, 3, 6, 12 e 18. A frequência correta irá depender de cada produto.

É importante que o produto, seu processamento e sua embalagem sejam sempre os mesmos. Devem ser mantidos registros escritos dos testes ao longo de toda a vida-de-prateleira.

Etapa 3 - Testes A Serem Realizados

Testes adequados devem ser selecionados para determinar a segurança e a qualidade do produto. Em geral, testes de vida-de-prateleira podem ser divididos em quatro categorias e serem realizadas na seguinte ordem: análises químicas, físicas, microbiológicas e sensoriais.

Análise Sensorial

Na avaliação sensorial as características como cheiro, aparência, sabor e textura do produto são testados. Assim podemos avaliar a aceitação de um produto, observar as mudanças na matéria-prima e nos processos de fabricação ou avaliar sua preferência em relação a outros. Esta avaliação pode ser utilizada para monitorar e registrar mudanças que ocorrem ao longo do tempo, por isso, os testes sensoriais são muito importantes para a determinação da vida-de-prateleira de alimentos. O alimento deve ser avaliado sob as condições nas quais ele é estocado e consumido.

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Análise Microbiológica

A análise microbiológica é realizada para verificar quais e quantos microrganismos estão presentes, os riscos que o alimento pode oferecer à saúde do consumidor e qual será a sua vida-de-prateleira.

Estes testes podem ser feitos para estimar mudanças no número e tipo de organismos deteriorantes (leveduras, bolores e bactérias) e patogênicos que se desenvolvem ao longo do tempo.

A qualidade microbiológica do alimento está diretamente ligada à sua vida-de-prateleira, já que a partir do momento em que a quantidade aceitável de um determinado microrganismo é ultrapassada, a vida-de-prateleira do alimento chega ao fim.

Análises Químicas

As análises químicas são importantes para a avaliação nutricional do produto; controle de qualidade; desenvolvimento de novos produtos e a monitorização de parâmetros da legislação. Para isso alguns testes químicos devem ser feitos:

pH é necessário para as determinações de deterioração do alimento como o crescimento de microrganismos, atividade das enzimas, retenção de sabor e odor de produtos, e escolha de embalagem.​

Os ácidos graxos livres são uma classe de lipídios, presentes tanto em organismos vivos como em alimentos, óleos e produtos industriais. A quantidade e composição de ácidos graxos livres em alimentos influenciam no sabor característico e estão relacionados com processo de produção e qualidade do produto.

nitrogênio volátil total, de maneira geral, busca quantificar o nitrogênio volátil que existe no alimento, visto que, apresenta a formação de substâncias que são responsáveis pela deterioração do alimento.

Análises Físicas

As análises físicas incluem analisar do estado da embalagem. A análise da embalagem é feita visualmente onde se procura por pontos de ruptura ou partes amassadas. Estas avaliações devem ser feitas para identificar danos que possam ocorrer na embalagem durante transporte e manuseio.

Etapa 3 - Testes A Serem Realizados

Usando as informações coletadas e observadas, deve-se decidir por quanto tempo o produto pode ser mantido com segurança e qualidade aceitáveis. Os tempos máximos aceitáveis para qualidade e segurança podem não ser os mesmos.

Desta forma, a vida-de-prateleira será definida pelo tempo mais curto. O profissional que irá determinar a vida-de-prateleira deve saber quais são as características de qualidade do produto e, idealmente, conhecer os mecanismos de deterioração que podem afetar estas características, diminuindo a aceitação do produto.

Seguindo estes passos pode-se obter um tempo de vida-de-prateleira baseado nas condições ideais de estocagem, porém é necessário que se considere as condições “reais”, onde as condições de estocagem podem variar e vida-de-prateleira não será a mesma.

Etapa 5 – Monitoramento

As amostras devem ser testadas em relação aos fatores que foram considerados mais importantes para o produto em questão, como por exemplo, acidez, perda de sabor, nível de deterioração por microrganismos, etc. Se os testes mostrarem que o prazo preliminar está incorreto, deve-se fazer um ajuste.

Também é de extrema importância que o estudo de vida-de-prateleira seja repetido depois que quaisquer mudanças forem feitas na produção, no ambiente de processamento ou na formulação do produto.

O monitoramento do produto deve ser feito continuamente para assegurar sua segurança e qualidade ao longo de toda a vida-de-prateleira.​

Por fim, realizar um estudo e determinação de vida-de-prateleira de um produto vai muito além de apenas se especificar um prazo de validade a ser informado na embalagem.

Realizar o estudo de vida-de-prateleira significa obter o total conhecimento das propriedades do alimento (incluindo quais são seus componentes, seus nutrientes, sua acidez, sua qualidade microbiológica, entre outros), obter o completo conhecimento das reações que nele ocorrem ao longo do tempo e também o entendimento de como o meio em que este alimento está estocado pode afetar sua qualidade.

E assim, com todo esse estudo, você pode saber também o que fazer para aumentar a durabilidade do seu produto.

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As amostras devem ser testadas em relação aos fatores que foram considerados mais importantes para o produto em questão, como por exemplo, acidez, perda de sabor, nível de deterioração por microrganismos, etc. Se os testes mostrarem que o prazo preliminar está incorreto, deve-se fazer um ajuste.

Também é de extrema importância que o estudo de vida-de-prateleira seja repetido depois que quaisquer mudanças forem feitas na produção, no ambiente de processamento ou na formulação do produto.

O monitoramento do produto deve ser feito continuamente para assegurar sua segurança e qualidade ao longo de toda a vida-de-prateleira.​

Por fim, realizar um estudo e determinação de vida-de-prateleira de um produto vai muito além de apenas se especificar um prazo de validade a ser informado na embalagem.

Realizar o estudo de vida-de-prateleira significa obter o total conhecimento das propriedades do alimento (incluindo quais são seus componentes, seus nutrientes, sua acidez, sua qualidade microbiológica, entre outros), obter o completo conhecimento das reações que nele ocorrem ao longo do tempo e também o entendimento de como o meio em que este alimento está estocado pode afetar sua qualidade.

E assim, com todo esse estudo, você pode saber também o que fazer para aumentar a durabilidade do seu produto.

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Qual a importância dos fatores intrínsecos na produção e na conservação dos alimentos?

Fatores intrínsecos e extrínsecos, relacionados com as características próprias do alimento ou com o ambiente, respectivamente, interferem na conservação dos alimentos. A conservação dos alimentos está diretamente ligada à capacidade de sobrevivência ou de multiplicação dos microrganismos neles presentes.

Quais são os fatores intrínsecos dos alimentos?

Os fatores intrínsecos são as propriedades do produto final, e incluem: atividade de água (aw); valor de pH e acidez total; tipo de ácido; potencial redox ou valor redox (Eh);

Quais são os principais fatores intrínsecos de alteração e deterioração de alimentos?

Essas características são conhecidas como fatores intrínsecos e incluem a atividade de água (aw), a acidez ou pH, o potencial de oxirredução (Eh), a composição química (presença de nutrientes), a presença de inibidores antimicrobianos naturais e a própria estrutura biológica que pode representar uma barreira a ...

Quais os principais fatores intrínsecos que favorecem o desenvolvimento microbiano?

Acidez (pH); • Atividade de água (aW); • Composição química (nutrientes); • Substâncias antimicrobianas naturais; • Estrutura biológica. pH < 4,0 crescimento de bolores e leveduras. Alimentos pH > 4,5 mais sujeitos ao crescimento microbiano.