A garça vermelha é o mesmo guará

Espécie do mês de Março: Garça-vermelha

A garça vermelha é o mesmo guará

A garça-vermelha ou garça-imperial (Ardea purpurea) é uma ave pertencente à família Ardeidae, tal como a garça-real (Ardea cinerea) ou o abetouro (Botaurus stellaris). Distribui-se pelo continente Europeu, tendo como limite de distribuição Norte a Holanda e Polónia, e limite Este o Mar Cáspio.
É ligeiramente mais pequena que a garça-real e a sua plumagem, de cor acinzentada, pode variar, podendo ir desde tons bastante escuros até outros mais claros, quase róseos. Apresenta uma mancha identificativa, debaixo da asa, de cor púrpura, visível durante o voo. O bico é de cor amarela e com uma aparência bastante pontiaguda, sobretudo quando se comparado com o da garça-real.
Ocorre sobretudo em zonas húmidas com caniçais densos: estuários, rias, lagoas costeiras e pequenos canais de regadio, com águas pouco profundas, de correntes de baixa velocidade e com um substrato arenoso, sedimentar ou lodoso, sem rochas ou obstáculo semelhantes.
A alimentação desta espécie consiste essencialmente em pequenos peixes e insectos, podendo também caçar, pequenos mamíferos, anfíbios e répteis.
Os ninhos são construídos muito próximos da água, em caniçais densos, sendo este tipo de vegetação a principal matéria-prima para a sua construção. As crias são nidícolas e ambos os progenitores cuidam da prole até que esteja suficientemente desenvolvida para se tornar independente.

A garça vermelha é o mesmo guará

A população existente no continente europeu é migratória, e a maioria dos animais desloca-se para a África subsariana durante o Inverno, ainda que um número reduzido de animais possa invernar no sul da Europa ou no golfo da Arábia.
De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, esta espécie encontra-se “Em Perigo”, sendo o principal factor de ameaça a perturbação dos locais de alimentação e nidificação.

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Espécie do mês de Maio: Cobra-rateira

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A cobra-rateira ( Malpolon monspessulanus ) é a maior serpente da fauna ibérica, ultrapassando os dois metros de comprimento. Possui uma cabeça estreita, sulcada no dorso e lateralmente e tem olhos grandes e escamas lisas. Possui uma cor castanha-esverdeada com uma grande mancha escura no terço anterior do tronco. A cobra-rateira é uma serpente robusta, ágil e que pode ser agressiva quando provocada, bufando e podendo morder fortemente. Ao contrário da maioria das serpentes da fauna portuguesa, a cobra-rateira produz um veneno neurotóxico, com o qual paralisa as suas presas. De destacar que a cobra-rateira é opistoglifa, ou seja, tem os dentes inoculadores de veneno localizados na parte posterior das maxilas, não conseguindo injectar o veneno no homem em caso de mordedura, salvo raríssimas excepções, não sendo por isso considerada perigosa. As presas da cobra-rateira são essencialmente mamíferos como ratos e coelhos, outras serpentes e lagartos e pequenas aves.

Devolução à Natureza de 1 coruja-do-mato em Vasco Esteves de Baixo

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No dia 12 de Outubro de 2013 foi devolvida à Natureza uma coruja-do-mato ( Strix aluco ) em Vasco Esteves de Baixo, Alvôco da Serra, concelho de Seia. Esta ave tinha sido atropelada numa estrada próxima da aldeia e encaminhada para o CERVAS através dos particulares que a recolheram e do SEPNA/GNR de Gouveia. No momento do ingresso a coruja estava com ligeiros sinais de descoordenação motora e lesões oculares relacionadas com o trauma violento que tinha sofrido. Durante a fase de recuperação clínica as lesões oculares foram tratadas e a ave esteve em repouso. Depois, em contacto com outras corujas-do-mato foram realizadas as fases de treino de voo e caça. A devolução à Natureza decorreu na presença de habitantes locais, após uma breve sessão de esclarecimento e educação ambiental relacionada com as aves de rapina nocturnas. O local escolhido era muito próximo de onde a ave tinha sido atropelada, em zonas de pinhal e carvalhal, próximas da aldei

Espécie do mês de Setembro: Cágado-mediterrânico

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O cágado-mediterrânico ( Mauremys leprosa ) é uma das duas espécies de cágado que ocorrem em Portugal e que são autóctones. Esta espécie possui  um corpo e uma carapaça cinzento esverdeada ou castanho, com manchas claras e difusas. O pescoço e as patas anteriores apresentam linhas alaranjadas que geralmente são mais marcadas nos juvenis. Em ambos os lados da cabeça apresenta uma mancha arredondada de cor amarela ou laranja, que se vai tornando menos visível com a idade. O plastrão, ou fase ventral, possui uma coloração esverdeada ou amarela com manchas pretas distribuídas simetricamente em ambos os lados da linha central. A carapaça é oval e comprimida dorso-ventralmente, tendo uma quilha médio-dorsal proeminente. Possui placas axilares e inguinais bem desenvolvidas e as placas anais são pontiagudas. O cágado-mediterrânico possui extremidades robustas, com escamas distintas e dedos bem diferenciados unidos por membranas interdigitais e com unhas fortes. Normalmente as

Espécie do mês de Junho: Víbora-cornuda

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A víbora-cornuda ( Vipera latastei ) é uma das duas espécies de víbora existente em Portugal e que pode ser potencialmente perigosa para o Homem uma vez que possui veneno.  Esta víbora de tamanho pequeno, não ultrapassa, geralmente os 70 cm de comprimento total, possui um corpo robusto com uma cauda curta, e um dorso com uma coloração variável, entre o cinzento ou acastanhado. Ao longo do seu corpo tem uma banda dorsal escura disposta em zigue-zague, e o ventre é esbranquiçado ou acinzentado com manchas irregulares. A cabeça da víbora-cornuda é bem diferenciada do tronco e possui a extremidade do focinho proeminente formando um apêndice nasal típico da espécie. Os olhos têm a particularidade de ter a pupila vertical e a íris amarela ou dourada. Na parte posterior da cabeça existem normalmente duas manchas escuras que formam um V invertido.  As fêmeas de víbora-cornuda apresentam uma coloração do dorso acastanhada, enquanto que os machos são cinzentos e com uma cau

Espécie do mês de Setembro: Cobra-de-água-de-colar

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A cobra-de-água-de-colar ( Natrix natrix ) é um ofídio de dimensões médias que pode atingir os 2 m de comprimento não ultrapassando geralmente os 1,20 m. Apresenta escamas dorsais carenadas e geralmente 3 escamas pós-oculares (1). Os adultos desta espécie apresentam uma cor uniforme verde-acinzentada com pequenas manchas escuras dispersas ao longo do corpo e ventre esbranquiçado ou esverdeado com manchas pretas (1;3). Os juvenis possuem um notável colar branco, ou amarelado, orlado de negro na parte posterior da cabeça, resultando daí o nome que lhe é atribuído (1). Esta espécie possui uma ampla distribuição Paleártica, da Europa e Magreb até à Mongolia (1), encontrando-se bem distribuída na Península Ibérica embora de forma descontinua, (no sul a aridez ambiental restringe a espécie aos meios mais favoráveis com presença de massas de água estáveis e limpas) (2). Em Portugal a cobra-de-água-de-colar distribui-se por todo o território continental embora se considere que a espécie

Espécie do mês de Novembro: Gralha-preta

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A gralha-preta ( Corvus corone ) é uma ave pertencente à ordem dos passeriformes. De cor preta com um brilho azul moderado, é muitas vezes confundida com um corvo, distinguindo-se deste pelo menor tamanho, bico mais pequeno e cauda cortada em quadrado. Juntam-se muitas vezes em bandos e possuem um chamamento semelhante a um cacarejo áspero. A gralha-preta distribui-se praticamente por todo o país, sendo mais comum na região centro, no Ribatejo e faixa costeira que se estende de Setúbal a Sines. Ocorre principalmente em orlas florestais ou paisagens em mosaico com alternância de zonas agrícolas e pequenas matas, estando essencialmente associadas a zonas de pinhal, frequenta no entanto outros habitats como planícies e zonas serranas. Geralmente é escassa ou ausente em zonas densamente urbanizadas. A época de reprodução da gralha-preta estende-se de Março até Julho. Os ninhos são instalados em árvores como eucaliptos, carvalhos ou pinheiros a uma altura que varia de 5 a 10 metros do

Espécie do mês de Janeiro: Gaivota-d'asa-escura

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Foto: T. Valkenburg A gaivota-d'asa-escura, Larus fuscus , é a mais comum das gaivotas portuguesas, ocorre durante todo o ano. Trata-se de uma raça báltica, fortemente migratória, que voa através da Europa para invernar no Mediterrâneo e Este da África. Assim sendo, a sua presença é uma constante em quase todas as zonas húmidas do litoral português durante o Inverno. É muito abundante em estuários, praias e portos de pesca, sendo que a qualquer altura, a população nacional conta com várias dezenas de milhares de indivíduos (1). Ocorre também, embora em menor quantidade, no interior do país, frequentando rios, albufeiras e campos recentemente agricultados (2). Foto: T. Valkenburg Os juvenis desta espécie, tal como acontece com a generalidade das gaivotas grandes, podem ser de identificação difícil, já que a sua plumagem varia consoante a idade até ao 4º ano de vida. De asas estreitas e pontiagudas com uma pinta branca em cima, mesmo na ponta, os adultos apresentam uma plumagem t

Espécie do mês de Junho: Ouriço-cacheiro

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Ouriço-cacheiro ( Erinaceus europaeus ) é um mamífero que pertence à ordem Insectivora e à família Erinaceidae. Possui a particularidade de ser o único mamífero da nossa fauna que possui espinhos em todo o corpo, sendo estes pêlos modificados. Quando ameaçado enrola-se sobre si próprio, defendendo-se assim dos predadores. Os ouriços-cacheiros podem ter até cerca de 7500 espinhos pelo corpo, com cerca de 2-3 cm e que lhes confere uma variação de cor entre o amarelado e o castanho. A cabeça, está bem diferenciada do corpo cujo comprimento varia entre 20-35 cm, possui orelhas pequenas e olhos grandes, e uma cauda curta, entre 10-20 cm. O peso dos ouriços adultos pode variar entre 400-1200g.  Entre os machos e as fêmeas não existe grande dimorfismo sexual,embora o macho possa ser ligeiramente maior que a fêmea. O ouriço-cacheiro ocorre na maior parte do oeste europeu, encontrando-se ainda na zona mais ocidental da Sibéria e no norte da Rússia. Em Portugal o ouriço é

Espécie do mês de Junho: Melro-preto

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Fotografia: Bruno Martins O melro-preto – Turdus merula , Linnaeus, 1758 – é uma espécie comum nas zonas verdes da generalidade das localidades do nosso país. Os machos são facilmente identificados pela sua plumagem preta, bico alaranjado e a auréola amarelada em torno do olho. As fêmeas e os juvenis são acastanhados, com algumas riscas ténues, e, embora possam ser confundidos com o estorninho-preto, a plumagem dos melros é mate e a dos estorninhos é brilhante. Tanto o macho como a fêmea possuem patas e cauda compridas (1). Fotografia: Gonçalo Costa Em Portugal, o melro-preto é uma espécie residente muito comum, ainda que ocorram alguns indivíduos invernantes, e existe apenas a subespécie nominal ( Turdus merula merula ) (2). Distribui-se por toda a Europa de climas temperados, Rússia, Turquia, norte do Irão e China, podendo ser residente ou migratória (3). Encontra-se em toda a extensão do território nacional e frequenta todo o tipo de habitats florestais, embora seja escass

Espécie do mês de Setembro: Estorninho-preto

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Semelhante ao melro-preto, o estorninho-preto ( Sturnus unicolor ) possui penas compridas com um aspecto “gorduroso” na garganta e no peito, com reflexos arroxeados. As patas são curtas e avermelhadas, a fronte é plana e o bico é fino e amarelo, onde a base nos machos é azul e nas fêmeas rosada, as asas são curtas e triangulares. No Inverno possui variações na plumagem, possuindo pequenas marcas brancas que se desgastam rapidamente e apresenta o bico escuro. Os juvenis são acastanhados com a garganta pálida. O estorninho-preto vocaliza muito durante todo o ano, emitindo fortes silvos e imitando muitas vezes o som de outras aves.  O estorninho-preto é residente e muito comum não sendo totalmente sedentário, realiza em certas regiões movimentos de âmbito local. O estorninho-preto encontra-se assim em todo o território continental frequentando desde terrenos agrícolas e zonas arborizadas, até áreas com forte presença humana, como parques e jardins em grandes cidades, preferin

Qual é a cor do guará?

Com bico longo e curvo, pernas finas e compridas o guará, que mede cerca de 60 cm, é considerado uma das mais belas aves brasileiras. O motivo é o tom vermelho vivo da plumagem. A coloração que destaca a espécie e chama atenção de qualquer observador de aves está associada à alimentação.

Qual é o pássaro guará?

O guará é uma ave pelecaniforme da família Threskiornithidae. Também conhecida como íbis-escarlate, guará-vermelho, guará-rubro, guará-piranga e garça-vermelha. É considerado por muitos uma das mais belas aves brasileiras, por causa da cor de sua plumagem.

Por que o guará e vermelho?

Pássaro nasce com as penas acinzentadas e só depois de um ano adquire a cor avermelhada, pois se alimenta de um caranguejo rico em caroteno.

O que quer dizer a palavra guará?

Significado de Guará substantivo masculino [Zoologia] Mamífero semelhante ao lobo, que habita os campos e cerrados do norte da Argentina, do Paraguai e do Brasil.De cor pardo-avermelhada, com o focinho e pés pretos, possui pernas finas e compridas e uma pequena juba.