Dois vírus são responsáveis pelo herpes: o tipo 1 (ou HSV-1), que é responsável pelas infecções na boca, nos lábios ou nos olhos; e o tipo 2 (HSV-2), que é responsável pelo herpes genital masculino. Infelizmente, o sexo oral também contribui para a transmissão de várias ISTs, incluindo o herpes genital: estima-se que o HSV-1 é agora responsável por 10 a 30% dos casos da
doença. Os casos aumentam, seja por negligência ao sexo seguro, seja por desinformação. O herpes genital é um verdadeiro problema de saúde, afetando aproximadamente dois terços da população brasileira sexualmente ativa. O que é o herpes genital masculino: números sobre a doençaHerpes é uma doença viral sexualmente transmissível e altamente contagiosa. No momento da primeira infecção de herpes genital, o vírus se manifesta através do surgimento de pequenas bolhas nos (ou ao redor dos) órgãos genitais, que podem parecer feridas. Em seguida, o vírus “adormece” no organismo. Mas ele pode reaparecer várias outras vezes. O vírus tipo 2 (HSV-2) é o principal responsável pelo herpes genital, mas como já dissemos, o HSV-1 também pode ser transmitido durante o sexo oral, no contato com as mucosas. Portanto, os dois vírus podem provocar a herpes genital. Herpes genital tem cura? [Omenscast #32]No nosso 32º episódio do Omenscast, o médico urologista João Brunhara vai falar sobre a herpes genital, que infelizmente afeta muitas pessoas no Brasil e no mundo todo. Vamos falar sobre tratamentos e prevenção? A transcrição do áudio você poderá encontrar aqui. Transmissão, primeira infecção e reativação do vírusQuando o vírus do herpes entra no corpo, ele causa o que se chama de infecção primária. Ele é ativado pelo surgimento temporário de pequenas bolhas, assim o herpes se instala no organismo antes de adormecer. A partir de então, é impossível se livrar completamente do vírus da herpes simples, mesmo que as suas manifestações no corpo desapareçam. Infecção primária de herpesEssa primeira infecção se caracteriza pelo primeiro contato entre o herpes e o organismo. Raramente transmitido de mãe para filho (ao contrário do herpes labial), o herpes genital é transmitido durante a relação sexual, que não precisa incluir obrigatoriamente a penetração. Os sintomas variam em intensidade, dependendo do indivíduo. A pessoa infectada que transmite o vírus
Em casos de infecção por HSV-1 e na presença de uma ferida na boca, é possível contrair o herpes genital pelo contato oral com o órgão sexual. Reativação do vírusUma vez em contato com o corpo, o vírus do herpes se desloca através das terminações nervosas da área infectada e permanece adormecido em um gânglio nervoso. Ele pode permanecer latente dessa forma por várias semanas, vários anos, sem reaparecer… Aliás, ele pode permanecer latente para sempre. Mas geralmente o herpes reaparece de forma esporádica na área da primeira infecção: são as chamadas recidivas (ou reincidências). Ao percorrer os nervos, o vírus da doença coloniza a região da pele ou das mucosas infectadas pela primeira vez, provocando machucados menores, mas recorrentes. Os fatores que podem incentivar uma recidiva são:
Por fim, sabe-se que as recidivas são mais frequentes no ano seguinte à primeira infecção. Consulte um urologista ONLINE e inicie seu tratamento hoje Marcar Teleconsulta Agora Receba receita médica, remédios e encaminhamento para exames Os sintomas do herpes genital masculinoEm casos raros, a infecção pelo vírus do herpes passa completamente despercebida. Isso quer dizer que algumas pessoas talvez tenham tido contato com a doença sem nunca desenvolver sintomas. Mesmo assim elas continuam sendo contagiosas se o vírus estiver presente nas mucosas – ainda que sem sintomas. Sintomas da infecção primária por herpes genitalApesar de passar despercebida na maioria das vezes, essa primeira infecção pode se manifestar de várias formas:
A cicatrização e o desaparecimento das feridas podem levar várias semanas. Reincidências do herpes genital masculinoAs recidivas de herpes se caracterizam por:
A cicatrização pode levar de 7 a 10 dias. Prevenção masculina e contracepção: existe anticoncepcional? [Vídeo]É muito raro se falar em métodos contraceptivos masculinos: à exceção da camisinha masculina, pouco se conhece sobre tais métodos. O preservativo é, de fato, o mais conhecido e comum, mas e os outros? Outra bastante conhecida é a cirurgia de vasectomia, que muito se associa à laqueadura. Mas será que existe uma pílula anticoncepcional? Ou mesmo uma injeção? Por que não se fala sobre isso? Vem entender tudo sobre todos os métodos de contracepção masculina! Não existe até o momento vacina contra o herpes genital, por isso é importante se proteger durante as relações sexuais. Para evitar transmitir o vírus, uma pessoa infectada deve evitar ter relações sexuais assim que os sintomas aparecerem e até que as feridas tenham cicatrizado por completo (aguardar até as crostas caírem). Se os parceiros em questão não quiserem esperar, eles podem utilizar preservativos e protetores orais de látex, mas isso não é aconselhável. Mesmo porque os preservativos reduzem o risco de transmissão do vírus, mas não o erradicam. O preservativo deve, então, ser usado da seguinte maneira:
Também é possível fazer um protetor oral a partir de uma camisinha de látex, usando-o para cobrir a vulva ou o ânus durante o sexo oral: ele reduz o risco de infecção, evitando o contato entre a boca e os órgãos genitais. Ao utilizar brinquedos sexuais, também se recomenda o uso de preservativos. O atendimento personalizado de um urologista pode te ajudar Marcar Teleconsulta Agora Consulte um médico ONLINE e comece com o tratamento já! Como tratar o vírus do herpes?Não há cura para o herpes genital, embora alguns medicamentos possam aliviar a dor, reduzir o risco de recidivas e diminuir o risco de transmissão. No entanto, existem fármacos antivirais que ajudam a enfrentar a crise de reativação de herpes e fazer com que ela dure menos. Por exemplo, o aciclovir é uma substância que bloqueia os mecanismos de multiplicação do vírus, impedindo que a infecção se mantenha e se prolifere. Do mesmo modo, existe a opção do uso de aciclovir em forma de creme, para aplicar nas lesões, que pode reduzir a duração da crise Mas outro medicamento possível de ser utilizado além dos antivirais é a lisina, um aminoácido essencial encontrado nas proteínas, disponível em cápsulas para administração oral ou pomada para aplicação no local. O nosso corpo não produz essa substância, por isso você pode precisar consumi-la através de suplementos alimentares ou dieta específica. Alguns alimentos comuns ricos em lisina são, por exemplo: carne bovina, frango, peru, porco, sardinha, ovos, iogurte, queijo parmesão, soja… A lisina é essencial para a saúde humana, ajudando na absorção de cálcio e na formação de colágeno. Muitas pessoas consomem quantidade suficiente do aminoácido em sua dieta normal. Mas algumas outras (atletas e veganos especificamente) podem precisar consumir mais. Assim, caso você não disponha de lisina suficiente no seu organismo, pode ser que experimente sintomas como: fadiga, náusea, perda de apetite, agitação, anemia.
Além disso, é importante avisar os parceiros sexuais anteriores quando a pessoa se descobre infectada com o vírus do herpes, sobretudo para informá-los de que o vírus pode ser transmitido mesmo sem qualquer sintoma. ConclusãoSe você descobrir que tem herpes, não se desespere: há algumas maneiras de impedir que ela se espalhe para parceiros ou parceiras e até para outras partes do seu corpo. Como não transmitir herpes genital?
Atenção!As pessoas que têm herpes têm duas vezes mais probabilidade de contrair o HIV do que as pessoas que não têm. Além disso, os indivíduos que têm herpes e HIV possuem uma chance muito maior de transmitir o HIV. Por isso, é realmente importante usar preservativos para ajudar a proteger tanto os outros como a si mesmo. Mais posts que podem te interessar:
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