Como se dá a comunicação para as pessoas com deficiência auditiva?

ABSTRACT

Objective:

To identify in the literature how the communication between healthcare professionals and patients with hearing disabilities occurs.

Method:

Integrative review. The research was based in the MEDLINE, BDENF, LILACS, and SciELO databases through the following descriptors communication, nursing, hearing deficiency, deafness, deaf, and nursing care.

Results:

The 19 articles were grouped in the following categories communication strategies; professional training; professional relationship with the deaf, and suggestions for improving the communication between the deaf and health professionals.

Conclusion:

Each deaf person presents specific communicational needs, and the nurse should choose along with the deaf, the best communication strategy respecting their limitations.

RESUMO

Objetivo:

identificar na literatura como ocorre a comunicação entre profissionais de saúde e os pacientes com deficiência auditiva.

Método:

Revisão integrativa. A busca foi realizada nas bases de dados MEDLINE, BDENF, LILACS e SciELO por meio de seus descritores comunicação, enfermagem, deficiência auditiva, surdez, surdos e cuidados de enfermagem.

Resultados:

Os 19 artigos foram agrupados nas seguintes categorias estratégias de comunicação; formação profissional; relacionamento do profissional com o surdo e sugestões para melhoria da comunicação entre surdos e profissionais de saúde.

Conclusão:

Cada surdo apresenta necessidades comunicacionais específicas, cabendo ao enfermeiro a escolha, junto com o surdo, da melhor estratégia de comunicação, respeitando suas limitações.

RESUMEN

Objetivo:

Identificar en la literatura cómo la comunicación se produce entre los profesionales sanitarios y los pacientes con problemas de audición.

Método:

Revisión integrada. La búsqueda se realizó en MEDLINE, BDENF, LILACS y SciELO mediante sus descriptores la comunicación, la enfermería, el deterioro, la sordera, sordo y de enfermería de audición.

Resultados:

19 artículos fueron agrupados en las siguientes categorías estrategias de comunicación, la formación, la relación profesional con las personas sordas y sugerencias para mejorar la comunicación entre los profesionales sordos y la salud.

Conclusión:

Los sordos presentan necesidades específicas de comunicación, dejando la elección a la enfermera, junto con los sordos, la mejor estrategia de comunicación, respetando sus limitaciones.

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Como se dá a comunicação para as pessoas com deficiência auditiva?

 (Foto: Camilo Freedman/APHOTOGRAFIA/Getty Images)

Neste mês, tivemos duas datas muito importantes que nos ajudam a refletir sobre a importância do diálogo. Ainda mais relevante é analisar como fazemos para dialogar, nos comunicar, trocar ideias com todas e todos, sem distinção.

A primeira data foi o Dia Nacional do Sistema Braille, celebrado em 8 de abril, que nos remete a pessoas cegas ou com baixa visão. E a segunda, o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais Libras, em 24 de abril, que nos remete a pessoas surdas ou com baixa audição. Dados do Censo do IBGE (2010) apontam que cerca de 24% da população brasileira se autodeclara como pessoa com algum tipo de deficiência, ou 7%, considerando um refinamento deste estudo, no qual foram especificadas somente deficiências mais severas.

Ainda segundo o IBGE, há no país mais de 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, se houvesse um número maior de ações efetivas de prevenção e tratamento, a maioria dos casos poderia ter sido evitada.

Já o estudo do Instituto Locomotiva, realizado em parceria com a Semana da Acessibilidade Surda (SAS) em 2019, aponta que cerca de 10 milhões de brasileiros são pessoas com deficiência auditiva, e desse total 2,3 milhões são surdas.

Estamos falando de milhões de brasileiros que têm o direito de ter acesso a conteúdos, por leitura em braille, áudio leitura ou língua dos sinais, à educação, e principalmente ao emprego. Vamos lembrar aqui novamente que, desde 1991, temos uma legislação no Brasil que nos diz que empresas com mais de 1001 funcionários, mencionando apenas as grandes companhias, devem ter 5% de pessoas com deficiência em seu quadro de profissionais.

Se a comunicação é uma limitação para os profissionais que apresentam esses dois tipos de deficiência, como as áreas de recursos humanos vão chegar até eles? Como irão divulgar as vagas? E, principalmente, como farão um processo seletivo justo e correto quando essa pessoa chegar até a empresa?

Veja, as iniciativas a serem tomadas são simples, mas precisamos nos adaptar. Sim, nós pessoas sem deficiência precisamos nos adaptar. Parar de cobrar uma mudança do outro, ou falar que o outro precisa mudar. As pessoas com deficiência não precisam mudar, quem precisa mudar somos nós. E a sociedade.

Divulgar as vagas somente em meios impressos não é suficiente, vamos divulgar nas rádios também. Vamos tornar os nossos sites acessíveis, com sistema de som e áudio. E que tal incluir Libras em nossos eventos? Vamos divulgar as nossas vagas em instituições que atuem com pessoas com deficiência, vamos contratar especialistas que estudaram sobre esse tema.

Por exemplo, o Brasil tem duas línguas oficiais, e uma delas é a Libras. Por que então não estudamos para ter conceitos básicos dessa língua desde o ensino primário? Até o século 15 XV, acreditava-se que pessoas surdas eram incomunicáveis. O francês Charles-Michel foi quem criou, na metade do século XVIII, o sistema de sinais para alfabetizá-las.

No Brasil, a luta pela educação das pessoas surdas começou em 1857, após a vinda do francês, Eduard Huet, que era surdo, para a fundação da primeira escola para surdos, hoje conhecida como Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES). Em 1966, o americano Orin Cornett deu mais uma importante contribuição para o desenvolvimento da língua, unindo a utilização dos sinais com a leitura labial. Todas as línguas de sinais utilizadas atualmente no mundo derivam do alfabeto manual francês, mas apresentam pequenas variações em função da gramática local.

Ainda assim, infelizmente parece que até hoje algumas empresas e pessoas acreditam que pessoas com deficiência auditiva continuam incomunicáveis.

A Lei N° 10.436/02, que dispõe sobre Libras e a reconhece como segunda língua oficial do Brasil, prevê o seu uso em ambientes públicos e privados, com o objetivo de proporcionar acessibilidade e visibilidade à comunidade de surdos.

O Braille, por sua vez, sistema criado e adaptado para a comunicação de pessoas com deficiência visual, existe há quase 200 anos. Este modo de escrita e leitura em relevo foi desenvolvido inicialmente pelo francês Louis Braille, em 1837.

Como podem dois sistemas de comunicação para pessoas com deficiência existirem há cerca de 200 e 300 anos e ainda serem, em 2020, um tabu para a sociedade? Como é possível não garantirmos que as informações relevantes estejam disponíveis e acessíveis a todos? Como é possível até hoje impormos a limitação a determinados grupos sociais nos processos seletivos, com base em nosso desconhecimento sobre o tema?

Essas datas nos dão a oportunidade de refletirmos sobre a construção de “novas” empresas, uma nova sociedade mais inclusiva para todos. Como disse certa vez a Mariana Rosa, do Diário da Mãe de Alice: “Pessoas não são deficientes. Deficientes são as estruturas sociais, a arquitetura o sistema de ensino e trabalho que não estão acessíveis para todos”.

Ou como disse Benedita Casé Zerbini, filha de Regina Casé, em uma rede social, revelando que é uma pessoa com deficiência auditiva para apoiar outras pessoas surdas: “Não sabia até onde eu chegaria, como iria me virar, estudar, me formar, trabalhar, casar, ter filho [...], busquem reabilitação auditiva e vejam que é possível, sim, ir muito mais longe do que a gente imagina”.

Sim, as pessoas surdas e cegas podem ir muito além das barreiras impostas pela sociedade, mas é inegável que para isso precisam de líderes e gestores que estejam abertos para as suas habilidades. Mais do que estar aberto à inclusão desses profissionais, o verdadeiro líder permite que esses profissionais se desenvolvam e cresçam dentro de suas empresas.

*Liliane Rocha CEO e Fundadora da Gestão Kairós, consultoria especializada em Sustentabilidade e Diversidade, autora do livro Como ser um líder Inclusivo e premiada com o 101 Top Global Diversity and Inclusion Leaders.

Como deve ser feita a comunicação com pessoas com deficiência auditiva?

7 dicas de como melhorar a comunicação com deficientes auditivos.
Seja expressivo. ... .
Tente a comunicação escrita. ... .
Use frases curtas. ... .
Fale de frente para ele. ... .
Fale devagar. ... .
Não altere o tom de voz. ... .
Não fale enquanto estiver mastigando..

Quais as formas de comunicação com o surdo?

As pessoas que apresentam essa deficiência geralmente se comunicam através de gestos, numa linguagem própria, feita através de sinais. Essa linguagem recebe a nomenclatura de Língua Brasileira de Sinais, mais conhecida como LIBRAS.

Como podemos nos comunicar com pessoas com deficiência?

p) Se conversar com uma pessoa cega, fale sempre diretamente, e nunca por intermédio de seu companheiro. A pessoa cega pode ouvir tão bem ou melhor que você. Não evite as palavras “veja”, “olhe” e “cego”; use-as sem receio. As pessoas cegas também as usam.

O que é comunicação auditiva?

A audição é fundamental no desenvolvimento e manutenção da comunicação por meio da linguagem falada. A comunicação se faz, primordialmente, por meio desta linguagem e, ao nos comunicarmos, compartilhamos com alguém um conteúdo de idéias, pensamentos, experiências, passando a ter com ele algo em comum.