O que é necessário se explicar sobre um corpo para que haja movimento?

A Primeira Lei de Newton afirma que: "um objeto permanecerá em repouso ou em movimento uniforme em linha reta a menos que tenha seu estado alterado pela ação de uma força externa."

Também chamada de Lei da Inércia ou Princípio da Inércia, ela foi concebida por Isaac Newton. Ele se baseou nas ideias de Galileu sobre a inércia para formular a 1ª Lei.

A 1ª Lei, junto com outras duas leis (2ª Lei e Ação e Reação) formam os fundamentos da Mecânica Clássica.

Inércia

Inércia é a resistência oferecida por um corpo à alteração de seu estado de repouso ou movimento. Quanto maior a massa do objeto, maior a inércia, ou seja, maior a resistência que este corpo oferece à alteração do seu estado.

Assim, a tendência de um corpo que se encontra em repouso é continuar em repouso, a menos que alguma força passe a atuar sobre ele.

Da mesma forma, quando a resultante das forças que atuam sobre um corpo em movimento é nula, ele continuará a mover-se.

Neste caso, o corpo terá um movimento retilíneo uniforme (M.R.U.), ou seja, o seu movimento será em linha reta e sempre com a mesma velocidade.

O que é necessário se explicar sobre um corpo para que haja movimento?
Por inércia o piloto continuou seu movimento

Para que haja alteração no valor numérico, na direção ou no sentido da velocidade de um corpo, é necessário que se exerça sobre este corpo uma força.

Exemplos:

  • Quando estamos dentro de um ônibus em pé e o mesmo freia bruscamente, por inércia, somos atirados para frente.
  • Quando um carro vai fazer uma curva é necessário que uma força atue, pois de outra forma o carro irá seguir em linha reta.
  • Ao puxar bruscamente a toalha que cobre uma mesa, os objetos que estão em cima, por inércia, ficam no mesmo lugar.
  • O uso do cinto de segurança baseia-se no princípio da inércia. Os passageiros de um veículo, ao colidir com um outro veículo ou numa freada mais brusca, têm a tendência de continuar em movimento. Desta forma, sem o cinto, os passageiros podem ser arremessados para fora do veículo ou bater em alguma de suas partes.

Saiba mais em O que é a Inércia na Física? e Galileu Galilei

As Três Leis de Newton

O físico e matemático Isaac Newton (1643-1727) formulou as leis básicas da Mecânica, onde descreve os movimentos e suas causas. As três leis foram publicadas em 1687, na obra "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural".

Segunda Lei de Newton

A 2ª Lei de Newton estabelece que a aceleração adquirida por um corpo é diretamente proporcional a resultante das forças que atua sobre ele.

É expressa matematicamente por:

Terceira Lei de Newton

A 3ª Lei de Newton é a Lei da "Ação e Reação". Isso significa que, para cada ação, há uma reação de mesma intensidade, mesma direção e em sentido oposto. O princípio da ação e reação analisa as interações que ocorrem entre dois corpos.

Quando um corpo sofre a ação de uma força um outro receberá a sua reação. Como o par ação-reação ocorre em corpos diferentes, as forças não se equilibram.

Para saber mais, leia também

  • Leis de Newton
  • Gravidade
  • Fórmulas de Física

Exercícios Resolvidos

1) Enem-2016

No dia 27 de junho de 2011, o asteroide 2011 MD, com cerca de 10 m de diâmetro, passou a 12 mil quilômetros do planeta Terra, uma distância menor do que a órbita de um satélite. A trajetória do asteroide é apresentada na figura:

O que é necessário se explicar sobre um corpo para que haja movimento?

A explicação física para a trajetória descrita é o fato de o asteroide

a) deslocar-se em um local onde a resistência do ar é nula.
b) deslocar-se em um ambiente onde não há interação gravitacional.
c) sofrer a ação de uma força resultante no mesmo sentido de sua velocidade.
d) sofrer a ação de uma força gravitacional resultante no sentido contrário ao de sua velocidade.
e) estar sob a ação de uma força resultante cuja direção é diferente da direção de sua velocidade.

Ver Resposta

Alternativa e: estar sob a ação de uma força resultante cuja direção é diferente da direção de sua velocidade.

2) PUC/MG-2004

A respeito do conceito de inércia, pode-se dizer que:

a) inércia é uma força que mantém os objetos em repouso ou em movimento com velocidade constante.
b) inércia é uma força que leva todos os objetos ao repouso.
c) um objeto de grande massa tem mais inércia que um de pequena massa.
d) objetos que se movem rapidamente têm mais inércia que os que se movem lentamente.

Ver Resposta

Alternativa c: um objeto de grande massa tem mais inércia que um de pequena massa.

2) PUC/PR-2005

Um corpo gira em torno de um ponto fixo preso por um fio inextensível e apoiado em um plano horizontal sem atrito. Em um determinado momento, o fio se rompe

O que é necessário se explicar sobre um corpo para que haja movimento?

É correto afirmar:

a) O corpo passa a descrever uma trajetória retilínea na direção do fio e sentido contrário ao centro da circunferência.
b) O corpo passa a descrever uma trajetória retilínea com direção perpendicular ao fio.
c) O corpo continua em movimento circular.
d) O corpo para.
e) O corpo passa a descrever uma trajetória retilínea na direção do fio e sentido do centro da circunferência.

Ver Resposta

Alternativa b: O corpo passa a descrever uma trajetória retilínea com direção perpendicular ao fio.

O que é necessário se explicar sobre um corpo para que haja movimento?

Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1992, Licenciada em Matemática pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2006 e Pós-Graduada em Ensino de Física pela Universidade Cruzeiro do Sul em 2011.

O que é necessário para se dizer que um corpo está em movimento?

O objeto móvel está em movimento quando sua posição varia em relação a determinado referencial. Um mesmo objeto pode estar em repouso em relação a um referencial e em movimento em relação a outro.

O que gera o movimento dos corpos?

Um corpo pode estar em movimento em relação a um referencial, mas parado em relação a outro. Por isso, dizemos que movimento é a situação em que a posição de um corpo muda, no decorrer de certo intervalo de tempo, em relação a um referencial.