Por que o historiador Boris Fausto considera o Período Regencial um dos mais agitados da história política do país?

1 História capítulo 3 Exercícios propostos 143. (UFRGS-RS) Assinale a alternativa correta em rela&c...

História capítulo 3

Exercícios propostos

143. (UFRGS-RS) Assinale a alternativa correta em relação aos eventos políticos ocorridos no período regencial.

b) das guerras civis que eclodiram no período, a Cabanagem foi a que mais teve a participação das elites regionais. c) apresentou grande instabilidade política, nele ocorrendo o perigo de fragmentação territorial, decorrente das várias guerras civis. d) durante o período foi alterada a constituição, o que permitiu a substituição da forma unitária do Estado pela forma denominada federação. e) a criação da Guarda Nacional para a manutenção da ordem pública foi obra do Regente Uno Pedro de Araújo Lima.

a) Na Regência Una do Padre Feijó, foi suspenso parcialmente o uso do Poder Moderador pelos regentes. b) Na Regência Una de Araújo Lima, promulgou-se a Lei Interpretativa do Ato Adicional. c) Na Regência Trina Provisória, foram criados os partidos progressista, regressista, liberal e conservador. d) Na Regência da Princesa Isabel, eclodiu o movimento oposicionista da Confederação do Equador. e) Na Regência Trina Permanente, foi criada a Guarda Nacional.

146. (PUC-MG) O período regencial no Brasil (1830-1840) foi um dos mais agitados da história política do país. Foram questões centrais do debate político que marcaram esse período, exceto:

144. (UFRGS-RS) Observe a ilustração reproduzida a seguir, que satiriza a atuação dos denominados “corcundas”, os membros do Partido Restaurador em Pernambuco.

a) a questão do grau de autonomia das províncias. b) a preocupação com a unidade territorial brasileira. c) os temas da centralização e descentralização do poder. d) o acirramento das discussões sobre o processo abolicionista. 147. (FGV-SP) A abdicação de D. Pedro I em 1831 deu início ao chamado período regencial, sobre o qual se pode afirmar: I.

As elites nacionais reformaram o aparato institucional de modo a estabelecer maior descentralização política. II. Foi um período convulsionado por revoltas, entre elas, a Farroupilha e a Sabinada. III. D. Pedro II sucedeu ao pai e impôs, logo ao assumir o trono, reformas no regime escravista. IV. O exercício do Poder Moderador pelos regentes e pelo Exército conferia estabilidade ao regime. Folha de S. Paulo, 22 ago 2004, p. E3.

As afirmativas corretas são: a) l e l.l b) I, lI e llI. c) l e llI. d) II, lll e lV. e) II e lV.

A respeito da referida agremiação política, existente nos primeiros anos do período regencial, é correto afirmar que, em nível nacional, seus membros eram também conhecidos como: a) “jurujubas” e defendiam a autonomia provincial, além da descentralização do poder imperial. b) “chimangos” e defendiam a manutenção da ordem existente, em particular a monarquia e a escravidão. c) “caramurus” e defendiam a volta de D. Pedro I ao Brasil, além da manutenção do absolutismo monárquico. d) “maragatos” e defendiam a implantação do regime republicano e a abolição imediata da escravidão. e) “farroupilhas” e defendiam o sistema federativo, além da liberdade de imprensa e de associação.

148. (Fatec-SP) O período da História do Brasil entre 1831 e 1840, conhecido como período regencial e cujas datas correspondem, respectivamente, à abdicação de D. Pedro I e à maioridade de D. Pedro II, tem como um de seus traços marcantes: a) a constante luta das correntes liberais contra o sistema escravista e a monarquia. b) a perda da influência da economia inglesa sobre o Brasil, devido à crise da produção algodoeira no Egito e na Índia. c) o aumento do comércio de produtos primários de exportação, superando a crise do Primeiro Reinado. d) o rompimento definitivo dos laços com Portugal, em virtude da ascensão dos liberais ao poder. e) a instabilidade política e social, decorrente de numerosos movimentos revolucionários.

145. (PUC-PR) O período Regencial da História do Brasil durou de 1831 a 1840. Sobre o mesmo, pode-se afirmar corretamente que: a) o Governo Regencial não estava previsto no texto da constituição e foi uma improvisação política, necessária devido à renúncia de D. Pedro I.

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149. (UFSM) O Período Regencial no Império brasileiro (1831-1840) caracterizou-se pelo governo exercido por representantes do Poder Legislativo que promoveram:

152. (Unicamp-SP) Desde 1835 cogitava-se antecipar a ascensão de D. Pedro II ao trono. A expectativa de um imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem do monarca, buscavase unificar um país muito grande e disperso.

a) uma estabilidade política fundamentada no centralismo e na ampliação das atribuições do poder Moderador. b) a criação da Guarda Nacional em 1831, composta por tropas de confiança e controlada, principalmente, pelos grandes fazendeiros, que receberam o posto de comando e o título de coronéis. c) a mudança da Constituição de 1824 através do Ato Adicional de 1834, no qual a Regência Una passaria a ser Trina e o poder municipal se restringiria ao Executivo. d) a criação das faculdades de Direito de São Paulo, de Olinda/ Recife e de Porto Alegre, com o fim de formar uma classe política nacional diferenciada das influências recebidas nas universidades portuguesas. e) o surgimento de movimentos armados, que contestavam a legalidade do governo regencial, como a Revolução Pernambucana, a Cabanagem e a Revolução Farroupilha.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91. Adaptado.

No período regencial, a estabilidade e a unidade do país estavam ameaçadas porque: a) a ausência de um governo central forte causara uma crise econômica, devido à queda das exportações e à alta da inflação, o que favorecia a ocorrência de distúrbios sociais e o aumento da criminalidade. b) o desenvolvimento econômico ocorrido desde a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro levou as elites provinciais a desejarem a emancipação em relação à metrópole. c) a ausência de um representante da legitimidade monárquica no trono permitia questionamentos ao governo central, levando ao avanço do ideal republicano e à busca de maior autonomia por parte das elites provinciais. d) a expansão da economia cafeeira no sudeste levava as elites agrárias a desejarem uma maior participação no poder político, levando à ruptura da ordem monárquica e à instauração da república.

150. (FGV-SP) A revolta dos malês: a) foi comandada por escravos e libertos muçulmanos que controlaram Salvador por alguns dias. b) foi iniciada por setores da elite maranhense contra as medidas centralizadoras adotadas pelo governo sediado no Rio de Janeiro. c) foi liderada por comerciantes paulistas contrários à presença dos portugueses na região das minas. d) foi articulada pelo setor açucareiro da elite baiana descontente com a falta de investimentos do governo imperial. e) estabeleceu uma ampla rede de quilombos em Pernambuco, desafiando a dominação holandesa.

153. (UFU-MG) A fatalidade das revoluções é que sem os exaltados não é possível fazê-las e com eles é impossível governar. Cada revolução subentende uma luta posterior e aliança de um dos aliados, quase sempre os exaltados, com os vencidos. A irritação dos exaltados [trouxe] a agitação federalista extrema, o perigo separatista, que durante a Regência [ameaçou] o país de norte a sul, a anarquização das províncias. [...] durante este prazo, que é o da madureza de uma geração, se o governo do país tivesse funcionado de modo satisfatório – bastava não produzir abalos insuportáveis –, a desnecessidade do elemento dinástico teria ficado amplamente demonstrada.

151. (Unimontes-MG) Quanto mais examinamos o universo, mais nos sentimos levados a crer que o mal vem de uma certa divisão que não sabemos explicar, e que o retorno do bem depende de uma força contrária, que nos impele sem cessar a uma certa unidade.

NABUCO, Joaquim. Um Estadista do Império: Nabuco de Araújo, sua vida, suas opiniões, sua época. 2. ed. São Paulo: Editora Nacional, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1936, p.21.

Joseph de Maistre apud OLIVEIRA, Isabel Cristiane Gomes de. Em defesa da ordem, unidade e centralização: o partido conservador imperial na primeira metade dos Oitocentos.

Na obra Um Estadista do Império, escrita entre os anos de 1893 e 1894, Joaquim Nabuco faz uma análise da história do Brasil Imperial. O trecho acima remete ao período regencial (1831-1840) do país. Com base no texto e em seus conhecimentos, faça o que se pede. a) Explique como Joaquim Nabuco interpretou o período regencial no Brasil. b) O período da Regência é citado por diversos autores, incluindo Nabuco, como o de uma experiência republicana federalista. Aponte duas razões pelas quais a Regência no Brasil ganhou essa interpretação.

Entre as razões que explicam a grande repercussão, no Brasil, da ideia presente no pensamento de Maistre, durante o Período Regencial, é incorreto afirmar que: a) a descentralização político-administrativa, implantada em 1834, por meio do Ato Adicional, mostrava-se como a promotora da anarquia e não da satisfação provincial. b) os liberais defendiam um governo central forte que mantivesse as condições únicas necessárias para o escoamento da produção das províncias e um papel unívoco na administração. c) a defesa da unidade correspondia a uma concepção da liberdade como promotora de oposições dentro do Estado, e os grupos opositores eram vistos como propensos a separações e, por isso, instáveis. d) o regente Diogo Antônio Feijó propagava ideias abolicionistas, considerando que o trabalho escravo deveria ser substituído, progressivamente, por meio da imigração.

154. (UFR-RJ) O texto a seguir refere-se ao período da política regencial no Brasil . A Câmara que se reunia em 1834 trazia poderes constituintes para realizar a reforma constitucional prevista na lei de 12 de outubro de 1832. De seu trabalho resultou o Ato Adicional publicado a 12 de agosto de 1834 (...) O programa de reformas já fora estabelecido na lei de 12 de outubro, o Senado já manifestara sua concordância em relação ao mesmo e só havia em aberto, questões de

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pormenor. No decorrer das discussões poder-se-ia fixar o grau maior ou menor das autonomias provinciais, mas já havia ficado decidido que não se adotaria a monarquia federativa, o que marcava como que um teto à ousadia dos constituintes.

Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar: a) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente ao poder imperial, sediado no Rio de Janeiro. b) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer com os gaúchos pelo controle do mercado interno do charque. c) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava constante ameaça de invasão espanhola e platina. d) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais. e) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil.

CASTRO, P. P. de. A experiência republicana, 18311840. In: HOLANDA, S. B. de. História Geral da Civilização Brasileira. v. 4. São Paulo: Difel, 1985, p. 37.

a) Cite duas reformas instituídas pelo Ato Adicional de 12 de agosto de 1834. b) Aponte a razão pela qual se costuma dizer que a Regência correspondeu a uma “experiência republicana”. 155. (Unicamp-SP) O imperador D. Pedro II era um mito antes de ser realidade. Responsável desde pequeno, pacato e educado, suas imagens constroem um príncipe diferente de seu pai, D. Pedro I. Não se esperava do futuro monarca que tivesse os mesmos arroubos do pai, nem a imagem de aventureiro, da qual D. Pedro I não pôde se desvincular. A expectativa de um imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem de um monarca maduro, buscava-se unificar um país muito grande e disperso.

158. (UFSJ) Entretanto, a revolta não uniu toda a população gaúcha. Ela foi preparada por estancieiros da fronteira e algumas figuras da classe média das cidades, obtendo apoio principalmente nesses setores sociais. Eles pretendiam acabar com a taxação de gado na fronteira com o Uruguai ou reduzi-la, estabelecendo a livre circulação dos rebanhos que possuíam nos dois países [...]. Nas fileiras dos revoltosos, destacaram-se pelo menos duas dezenas de revolucionários italianos refugiados no Brasil, sendo o mais célebre deles Giuseppe Garibaldi.

Lilia Moritz Schwarcz, As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91. Adaptado.

a) Segundo o texto, quais os significados políticos da construção de uma imagem de D. Pedro II que o diferenciasse de seu pai? b) Que características do período regencial ameaçavam a estabilidade do país?

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003, p. 169.

O texto refere-se a um dos períodos mais agitados da história política do país, pois estavam em jogo a unidade nacional, a centralização e a descentralização do poder, a autonomia das províncias e a organização das forças armadas. A passagem descreve a revolta da: a) Sabinada. b) Cabanagem. c) Balaiada. d) Farroupilha.

156. (UEL-PR) No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA).

159. (ESPM-SP) Leia o texto a seguir e responda ao que se pede.

A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à: a) antecipação da maioridade do príncipe herdeiro. b) consolidação da Regência Una e Permanente. c) formação e consolidação do Partido Republicano. d) fundação das agremiações abolicionistas. e) volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras.

A província da Bahia era no século XIX uma das mais prósperas regiões canavieiras das Américas. Os engenhos de açúcar, movidos pela mão de obra escrava, estavam localizados sobretudo no Recôncavo, região fértil e úmida que abraça a Baía de Todos os Santos. Salvador, então mais conhecida como Cidade da Bahia, deveria contar, segundo estimativa da historiadora Kátia Mattoso, com 68 mil habitantes na época da rebelião. A recessão econômica das décadas de 1820 e 1830 e o processo turbulento de descolonização e formação do Estado nacional convergiriam para romper a relativa apatia política que caracterizara a sociedade colonial baiana. Então houve momentos de violência. A revolta de 1835 foi um elemento importante dessa correnteza. Foi um movimento envolvendo escravos e libertos. A revolta de 1835 deve ser compreendida na articulação entre conflitos de classes, étnicos e religiosos.

157. (Vunesp) A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao poder central no Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos teve algumas particularidades, quando comparado aos demais. Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta província extrema [...] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer espécie. [...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata. Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade.

João José Reis. Rebelião Escrava no Brasil.

O texto apresentado trata da: a) Cabanagem. b) Guerra dos Farrapos. c) Revolta dos Malês. d) Sabinada. e) Balaiada.

Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra Jatahy Pesavento. A Revolução Farroupilha, 1986.

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160. (Colégio Naval) A revolta de 1835, também chamada a “grande insurreição”, foi o ponto culminante de uma série que vinha desde 1807. A revolta desses escravos islamizados, em consequência, não será apenas uma eclosão violenta mas desorganizada, apenas surgida por um incidente qualquer. Será, pelo contrário, planejada nos seus detalhes, precedida de todo um período organizativo (...). Reuniam--se regularmente para discutirem os planos de insurreição, muitas vezes juntamente com elementos de outros grupos do centro da cidade. (...) O movimento vinha sendo articulado também entre os escravos dos engenhos e os quilombolas da periferia. (...) O plano não foi cumprido na íntrega porque houve delação. (...) os escravos, vendo que tinham de antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira. (...) Derrotada a insurreição, os seus líderes se portaram dignamente.

c) foi, inicialmente, o resultado das lutas internas da Província, opondo cabanos (conservadores) a bem-tevis (liberais), aprofundadas pela luta dos segmentos sertanejos liderados por Manuel Francisco dos Anjos, e pela insurreição de escravos, sob a liderança do Negro Cosme, dando características populares ao movimento. d) lutou pela extinção da escravidão no Maranhão, pela instituição da República e pelo controle dos sertanejos sobre o comércio da carne verde e da farinha – então monopólio dos bem-te-vis –, sendo o seu caráter multiclassista a razão fundamental de sua fragilidade. e) sofreu a repressão empreendida pelo futuro Duque de Caxias, que não distinguiu os diversos segmentos envolvidos na Balaiada, ampliando a anistia decretada pelo governo imperial, em 1840, aos balaios e aos negros de Cosme, demonstrando a vontade do Império de reintegrar, na vida da província, todos os que haviam participado do movimento.

MOURA, Clóvis. Os Quilombos e a Rebelião Negra. 7. ed. São Paulo, Brasiliense, 1987. pp. 63-69.

Sobre a rebelião escrava relatada no texto, é correto afirmar que: a) foi comandada por Ganga Zumba, que planejava implantar um território livre no Recôncavo Baiano. b) nessa rebelião, chamada de Revolta dos Malês, participaram escravos de diversas etnias que pretendiam acabar com a escravidão na Bahia. c) a revolta ocorreu devido à intolerância religiosa, já que os escravos foram impedidos de praticar sua religião, o Candomblé. d) seu líder Zumbi dos Palmares, após longa resistência às tropas do governo, acabou sendo preso e enforcado e o quilombo foi destruído. e) nessa rebelião, denominada Conjuração Baiana, os revoltosos queriam a independência do Brasil e o fim da escravidão.

163. (UFPI) Leia o texto a seguir. As revoltas do período regencial não se enquadram em uma moldura única. Elas tinham a ver com as dificuldades da vida cotidiana e as incertezas da organização política, mas cada uma delas resultou de realidades específicas, provinciais ou locais.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2001, p.164.

A partir desse texto e dos seus conhecimentos, assinale a alternativa correta sobre a Balaiada no Piauí. a) Iniciou-se em Pernambuco e atingiu o Piauí em virtude das disputas entre as elites das duas províncias. b) Caracterizou-se por uma forte presença de grandes proprietários rurais que exigiam o retorno do imperador D. Pedro I. c) Foi um movimento dos criadores de gado e grandes comerciantes em defesa do federalismo, da república e do fim da escravidão. d) Foi uma revolta organizada por pequenos produtores rurais em defesa da religião católica, que julgavam ameaçada pelo protestantismo. e) Envolveu muitos elementos provenientes das classes populares e teve como uma das causas a insatisfação da população com o recrutamento militar obrigatório.

161. (UFRGS-RS) A respeito da Revolta dos Malês, ocorrida na cidade de Salvador em 1835, é correto afirmar que ela foi um movimento liderado por: a) escravos oriundos da África Oriental, inspirados na independência do Haiti. b) escravos e libertos de origem africana, que professavam a religião muçulmana. c) escravos nascidos no Brasil e grupos excluídos do processo político-partidário. d) escravos e índios aldeados no Recôncavo, que protestavam contra a exploração. e) populares que se inspiraram na Revolta dos Alfaiates.

164. (Vunesp) Sobre as revoltas do Período Regencial (1831-1840), é correto afirmar que: a) indicavam o descontentamento de diferentes setores sociais com as medidas de cunho liberal e antiescravista dos regentes, expressas no Ato Adicional. b) algumas, como a Farroupilha (RS) e a Cabanagem (PA), foram organizadas pelas elites locais e não conseguiram mobilizar as camadas mais pobres e os escravos. c) provocavam a crise da Guarda Nacional, espécie de milícia que atuou como poder militar da Independência do país até o início do Segundo Reinado. d) a Revolta dos Malês (BA) e a Balaiada (MA) foram as únicas que colocaram em risco a ordem estabelecida, sendo sufocadas pelo Duque de Caxias. e) expressavam o grau de instabilidade política que se seguiu à abdicação, o fortalecimento das tendências federalistas e a mobilização de diferentes setores sociais.

162. (UFF-RJ) O Período Regencial, compreendido entre 1831 e 1840, foi marcado por grande instabilidade, causada pela disputa entre os grupos políticos para o controle do Império e também por inúmeras revoltas, que assumiram características bem distintas entre si. Em 1838, eclodiu, no Maranhão, a Balaiada, somente derrotada três anos depois. Pode-se dizer que esse movimento: a) contou com a participação de segmentos sertanejos – vaqueiros, pequenos proprietários e artesãos – opondo-se aos bem-te-vis, em luta com os negros escravos rebelados, que buscavam nos cabanos apoio aos seus anseios de liberdade. b) foi de revolta das classes populares contra os proprietários. Opôs os balaios (sertanejos) aos grandes senhores de terras em aliança com escravos e negociantes. 164

165. (Unifesp) Como elemento comum aos vários movimentos insurrecionais que marcaram o período regencial (1831-1840), destaca-se:

b) demonstra que as disputas comerciais entre Brasil e Argentina se iniciaram logo depois da independência e desde então se agravaram, até atingir a atual rivalidade entre os dois países. c) permitiu a adoção de um regime federalista no Brasil, uma vez que as negociações entre o governo imperial e os rebeldes determinaram a autonomia política rio-grandense. d) revela a impossibilidade de estabelecer relações políticas e diplomáticas na América Latina após a independência política e durante o período de formação dos estados nacionais. e) impediu a continuação do período regencial e levou à aceitação de outra exigência dos participantes da revolta: a antecipação da maioridade do futuro imperador Pedro II.

a) a oposição ao regime monárquico. b) a defesa do regime republicano. c) o repúdio à escravidão. d) o confronto com o poder centralizado. e) o boicote ao voto censitário. 166. (UFPA) Leia atentamente o texto a seguir sobre a Cabanagem: É preciso compreender que se fazer cabano no Pará era uma opção difícil e que precisa ser analisada à luz de todo um modo de pensar e de estratégias de lutas, que, em certo modo, constituíam a vida cotidiana daqueles homens e mulheres de 1835-1837, porém que foram gestados muito tempo antes, entre pessoas concretas que vinham de inúmeros lugares, com línguas, tradições e trabalhos diferenciados dentro da realidade amazônica.

168. (CFTMG) Em outubro de 1835, Bento Gonçalves, líder rio-grandense dos revoltosos Farroupilhas, dirigia uma carta ao regente Feijó: “[...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil que olha vigilante para o rio da Prata. Merece, pois, consideração e respeito. Não pode nem deve ser oprimido [...]. Exigimos que o Governo nos dê um presidente de nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos do centro e, com a espada na mão, saberemos morrer com honra ou viver com liberdade.”

Magda Ricci. De la independencia a la revolución cabana: la Amazonia y el nacimiento de Brasil (1808-1840). In: PEREZ, José Manuel Santos & PETIT, Pere. “La Amazonia Brasileña en perspectiva histórica”. Salamanca: Ediciones Universidad de Salamanca, 2006, p. 88.

A Cabanagem, um dos mais expressivos movimentos sociais do Brasil, ocorrido no Pará, no século XIX, tem suas raízes históricas na: a) opressão histórica que índios e tapuios sofreram do domínio português, e na própria luta empreendida contra os privilégios das elites portuguesas, que foram mantidos após a independência do País, deixando esta gente pobre e até mesmo remediados e abastados, excluídos da participação política e dos negócios do governo provincial. b) diferença no tratamento dos assuntos políticos, estabelecida pelo governo provincial, entre os que eram nativos, como os índios e os tapuios, e aqueles que eram de nacionalidade estrangeira, ou que pelo menos tivessem um título nobiliárquico outorgado pelo Imperador do Brasil. c) memória de exploração que a sociedade nativa amazônica tinha do cativeiro imposto pelos senhores de escravos portugueses durante as lutas de Independência, considerando-se que essas lutas levaram a província do Pará a sofrer um período de escassez de produtos alimentícios, especialmente da farinha de mandioca. d) época em que os “malvados” cabanos, sem qualquer sentimento humanitário e sem comando revolucionário, trucidavam todos aqueles que fossem simpatizantes do governo regencial ou tivessem propriedades fundiárias na ilha do Marajó. e) revolta das camadas populares, especialmente negras e mestiças, contra o governo do regente Diogo Feijó, porque este havia determinado que todos os portugueses fossem expulsos da Província do Pará e a direção do governo provincial fosse entregue ao Barão do Marajó.

Apud PESAVENTO, Sandra Jatahy. Uma certa Revolução Farroupilha. In: GRINBERG, Keila; SALLES, Ricardo. O Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. V. II. p. 246.

A partir do contexto histórico no qual esse documento foi produzido, é incorreto afirmar que os revoltosos: a) criticavam o sistema de impostos do governo regencial e exigiam a adoção de medidas protecionistas do charque sulino. b) explicavam a rebelião como legítima defesa da liberdade sulista e requeriam maior autonomia provincial. c) denunciavam o descaso com as reivindicações locais e destacavam a importância fronteiriça da região. d) defendiam a ampliação da cidadania política e contestavam os privilégios dos latifundiários e pecuaristas. 169. (UFU-MG) A “estabilidade” do Segundo Reinado e a consolidação de um Estado nacional dependente mal esconderam tumultos, conflitos, levantes e movimentos revolucionários, como a Cabanagem, a Praieira, a Farroupilha, que seriam, cada um a seu tempo, fatigados pelos mecanismos políticos e culturais criados nessa longa história de formação do patronato politico brasileiro, detentor da ideia desmobilizadora de um Brasil “estável”, unido, denso. MOTA, C. Guilherme. Ideias de Brasil. In: Viagem Incompleta. Experiência Brasileira (1500-2000). Formação: histórias. São Paulo: SENAC, 2000, p. 236. Adaptado.

A partir das afirmações transcritas, responda: a) Que motivações foram comuns aos conflitos e movimentos revolucionários ocorridos no Período Regencial no Brasil? b) Que aspectos diferenciam a Revolta dos Malês, ocorrida na Bahia, dos outros movimentos do mesmo período? c) Cite duas medidas tomadas pelo governo imperial brasileiro, a partir do Segundo Reinado, diante das revoltas que vinham ocorrendo desde o período regencial.

167. (Vunesp) Entre as várias rebeliões ocorridas no período regencial, destaca-se a chamada Guerra dos Farrapos, iniciada em 1835. O conflito: a) prosseguiu até a metade da década seguinte, quando o governo do Segundo Império aumentou os impostos de importação dos produtos bovinos argentinos e anistiou os revoltosos. 165

171. (UERJ) O Sete de Abril de 1831, mais do que o Sete de Setembro de 1822, representou a verdadeira independência nacional, o início do governo do país por si mesmo, a Coroa agora representada apenas pela figura quase simbólica de uma criança de cinco anos.

170. (FGV-SP) Entre 1831 e 1845, estouraram revoltas em diversas províncias brasileiras. A Revolta dos Malês (1835) teve por base a cidade de Salvador, na Bahia. A Balaiada (1838-1841) alastrou-se pelo Maranhão e Piauí. A Farroupilha (1835-1845) desenrolou--se no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O governo do país por si mesmo, levado a efeito pelas regências, revelou-se difícil e conturbado. Rebeliões e revoltas pipocaram por todo o país, algumas lideradas por grupos de elite, outras pela população tanto urbana como rural, outras ainda por escravos. (...) A partir de 1837, no entanto, o regresso conservador ganhou força, até que o golpe da Maioridade de 1840 colocou D. Pedro II no trono, inaugurando o Segundo Reinado. Estava estruturado o Império do Brasil com base na unidade nacional, na centralização política e na preservação do trabalho escravo.

a) Aponte uma característica de cada revolta indicada no enunciado. b) Do ponto de vista das propostas sociais, qual a grande diferença entre os projetos da Balaiada, em sua fase final, e os da Farroupilha? c) Em que contexto da política brasileira ocorreram tais revoltas?

CARVALHO, J. Murilo et al. Documentação política, 18081840. In: Brasiliana da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional/Nova Fronteira, 2001.

Indique um exemplo de revolta popular ocorrida no período regencial e explique por que a antecipação da maioridade de D. Pedro II foi uma solução para a crise.

172. (UFJF) Observe o mapa: Revoltas Do Período Regencial a) Cite e analise duas características do contexto no qual ocorreram esses conflitos assinalados no mapa. b) Eleja um desses conflitos e analise-o.

OCEANO ATLÂNTICO

GRÃO-PARÁ

MA

CE

RN PB

PI

PE SE GO

MT

AL

BA

MG ES

N

SP Revoluções Cabanagem Balaiada Sabinada Juliana (SC) Rio-Grandense (Piratini/RS)

SC

Repúblicas Farroupilhas

RJ

OCEANO ATLÂNTICO

RS

Fonte: Baseado em IstoÉ Brasil, 500 anos; Atlas histórico. São Paulo, Três, 1998. (adaptado).

No período regencial (1831-1840), uma série de conflitos surgiu em algumas províncias brasileiras. Sobre esse contexto, responda ao que se pede.

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História capítulo 4

Exercícios propostos

173. (CFTCE) Acerca do movimento de independência da América Latina, é correto afirmar que:

A guerra se iniciou realmente como um protesto contra os abusos da metrópole e da alta burocracia espanhola, mas também, e sobretudo, contra os grandes latifundiários nativos. Não foi a rebelião da aristocracia contra a metrópole, mas sim a do povo contra a primeira. Daí que os revolucionários tenham concedido maior importância a determinadas reformas sociais que à independência propriamente dita: Hidalgo decreta a abolição da escravatura; Morelos a divisão dos latifúndios. A guerra de Independência foi uma guerra de classes e não se compreenderá bem o seu caráter se ignorarmos que, diferente do que ocorreu na América do Sul, foi uma revolução agrária em gestação.

a) a presença dos exércitos napoleônicos, na península Ibérica, fortaleceu o colonialismo, dificultando o processo de emancipação latino-americano. b) a transmigração do Estado português para o Brasil, em 1808, criou condições contraditórias que levaram a elite brasileira ao rompimento com a família real e à proclamação da república. c) o Haiti foi a primeira colônia espanhola a obter a independência, inclusive com a abolição da escravatura e o estabelecimento de relações comerciais com a França. d) o Paraguai libertou-se do domínio espanhol sem guerra, em 1811, num movimento comandado, principalmente, por Gaspar de Francia. e) Simón Bolívar, o grande libertador, conseguiu realizar o seu sonho de uma América latina independente e unida.

O labirinto da solidão, 1976.

Segundo o autor, a luta pela Independência do México: a) contou com o apoio dos proprietários rurais, embora eles considerassem desnecessária a questão da ruptura com a Espanha. b) opôs-se aos ideais políticos do Iluminismo europeu, dividindo o país em regiões politicamente independentes. c) recebeu a solidariedade de movimentos revolucionários europeus, dado o seu caráter de guerra popular. d) enfraqueceu o Estado Nacional, favorecendo a anexação de territórios mexicanos pelos Estados Unidos da América. e) apresentou um caráter popular, manifestando questões sociais de longa duração na história do país.

174. (UFMG) Leia este trecho: ... não somos índios nem europeus, mas uma espécie intermediária entre os legítimos proprietários do continente e os usurpadores espanhóis: em suma, sendo americanos por nascimento e nossos direitos os da Europa, temos de disputar estes aos do país e mantermo-nos nele contra a invasão dos invasores – encontramo-nos, assim, na situação mais extraordinária e complicada. BOLÍVAR, Simón. Carta de Jamaica, 1815.

Ao escrever esse texto, o autor refere-se à situação ambígua dos: a) criollos, formados na tradição europeia, mas identificados com o Novo Continente. b) escravos negros americanos, que perderam seus laços culturais com a África. c) mulatos libertos nascidos na América, divididos entre diferentes tradições culturais. d) cholos, indígenas educados por europeus, afastados das suas raízes identitárias originais.

177. (FGV-SP) O hispano-americano principia como uma justificação da independência, mas se transforma quase imediatamente num projeto: a América é menos uma tradição a seguir que um futuro a realizar. Projeto e utopia são inseparáveis do pensamento hispano-americano, desde o final do século XVIII até nossos dias. PAZ, Octavio. Labirintos da solidão. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, 2. ed., p. 109.

Sobre o processo de independência na América espanhola, é correto afirmar: a) O Congresso do Panamá, de iniciativa de Simón Bolívar, tinha como objetivo a criação de uma confederação pan-americana e contava com a simpatia britânica. b) A utopia da unidade era compartilhada por líderes da independência, como San Martin, Hidalgo e Morelos. c) A luta pela independência visava à libertação dos “criollos” da tutela do domínio metropolitano, possibilitando, assim, a modificação da estrutura social e econômica das colônias. d) As guerras de independência, inicialmente lideradas pelas elites nativas, ganharam força com a participação de índios e escravos que concretizaram a emancipação do domínio espanhol. e) Bolívar, chamado de o “libertador”, era um político conservador, defensor de uma monarquia pan-americana.

175. Sobre a independência da América Latina, podemos afirmar: a) Foi um movimento espontâneo das elites “criollas” contra a dominação espanhola, sem nenhuma influência externa. b) Após a conquista da independência, os mestiços e indígenas passaram a ter direitos civis, devido à contribuição nas lutas contra o domínio espanhol. c) Simón Bolívar, um dos principais Libertadores da América, defendia a integração latino-americana como forma de evitar a dependência econômica e política em relação aos Estados Unidos e à Inglaterra. d) Os “criollos” implantaram governos republicanos e aboliram a escravidão por influência dos iluministas. e) A Inglaterra apoiou a independência latinoamericana, a fim de afastar a influência dos Estados Unidos. 176. (Vunesp) Octávio Paz, escritor mexicano, assim se referiu à participação de índios e mestiços no movimento de Independência do México: 167

178. (UFSM) No processo de ruptura do vice-reinado do Prata com a metrópole, ocorreu a formação do Estado argentino. Nesse processo, o papel preponderante coube ao(s):

d) A conformação dos Estados Nacionais veio em auxílio dos nativos, denominados “índios de caráter dócil”, escravizados desde o período da conquista e expropriados de suas terras – ejidos. A Constituição Americana, elaborada após as independências, formalizou e legalizou o direito de todos à liberdade, à igualdade racial. e) No período das lutas pela emancipação na América portuguesa, sobressaiu-se a figura do caudilho, líder militar e proprietário de terras, que conduziu as revoluções nas diversas regiões e contribui com a quebra da exclusividade comercial entre a metrópole e a ex-colônia.

a) caudilhos, ou seja, líderes políticos e chefes militares que enfrentaram os chapetones e moldaram o Estado para atender aos seus interesses. b) burgueses, visto que incrementaram a economia do Estado a ponto de torná-la competitiva e plenamente capitalista. c) clero, especialmente no que se refere à concretização de independência segundo projeto dos padres Hidalgo e Morelos que previa a soberania plena. d) criollos que, empolgados com os sucessos da Guerra Guaranítica, romperam os laços da dominação metropolitana. e) militares que, interessados na apropriação das terras dos índios e na nacionalização das indústrias, instalaram o regime militar na Argentina.

181. (UFRJ) A posição dos moradores do hemisfério americano foi, durante séculos, meramente passiva: sua existência política era nula. Estávamos num grau ainda mais baixo que a servidão e, por isso, com maiores dificuldades para elevarmo-nos ao gozo da liberdade. [...] Os Estados são escravos pela natureza da sua Constituição ou pelo abuso dela. Logo, um povo é escravo quando o governo, por sua essência ou por seus vícios, espezinha e usurpa os direitos do cidadão ou súdito. Aplicando estes princípios, veremos que a América estava privada da sua liberdade e também da tirania ativa e dominante.

179. (UEL-PR) Leia o texto a seguir. Para a aristocracia local, a independência foi tãosomente um meio de rearticular, em novas bases, os vínculos com o mercado europeu, sem alterar a substância e o caráter de dependência (...) Na verdade, a introdução do liberalismo nas relações comerciais apenas serviu à modernização das formas de controle externo. Uma vez completadas as guerras de independência, as elites locais assumiram o poder político como herdeiras da autoridade colonial e não como instrumentos de transformação.

In: “Simón Bolívar”: Política. (Orgs.) Manoel Lelo Belloto e Anna Maria Martinez Corrêa. São Paulo, Ática, 1983, p. 80

Assim escreveria Simón Bolívar, em 1815, na chamada Carta de Jamaica – também conhecida como Carta Profética, na qual faria uma avaliação sobre as tendências políticas dos movimentos de independência na América Espanhola. Entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, os processos de independência das áreas coloniais americanas (principalmente América Inglesa e América Espanhola) conheceriam complexidades históricas e desdobramentos políticos diversos. a) Identifique o regime político predominante implantado pelos movimentos de independência das colônias da América Espanhola. b) Identifique dois fatores relacionados à crise do Antigo Sistema Colonial e aos movimentos de independência das colônias americanas.

LOPEZ, Luiz Roberto. História da América Latina. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986. p. 71.

Sobre o significado e a importância do liberalismo no contexto da independência dos países latino-americanos, pode-se afirmar que essa doutrina: a) estimulou a inserção social de negros e índios como cidadãos. b) foi ajustada aos interesses das elites latifundiárias. c) garantiu a continuidade do regime monárquico. d) assegurou a independência econômica das novas nações. e) dificultou o exercício do poder dos caudilhos.

182. (UFES) Em 30 de julho de 1811, morria fuzilado, às 7 horas da manhã, Hidalgo, considerado o “pai da nação” no México. Hidalgo lutou ao lado de Morelos e Itúrbide pela derrubada do governo colonial espanhol naquele país. Juntos, eles iniciaram o processo de emancipação política mexicana, que triunfou somente dez anos depois, em 1821.

180. (UEL-PR) Com base nos conhecimentos sobre a formação dos Estados Nacionais americanos, assinale a alternativa correta. a) O motivo para as independências e consequente formação dos Estados Nacionais americanos pode ser encontrado na experiência política do Pacto Colonial imposto pela Inglaterra, que visava ao estabelecimento do monopólio comercial com as colônias ibéricas. b) Os movimentos de independência que aconteceram nas diversas regiões da América hispânica contaram com a participação de camponeses, indígenas e burgueses. O resultado dessas lutas foram sentidos por todas as classes sociais envolvidas, em especial pelos trabalhadores rurais nativos, que puderam reaver parte da terra que lhes pertencia. c) Assim que terminaram as lutas pelas independências na América hispânica, nos primeiros vinte anos do século XIX, a elite crioula assumiu o poder político das regiões recém-independentes e não empreenderam mudanças que proporcionassem a todas as classes usufruir dos resultados da emancipação.

Explique: a) dois fatores que contribuíram para a independência do México e demais regiões da América Espanhola; b) a especificidade do processo emancipacionista do Haiti, ocorrido entre 1791 e 1804. 183. (FGV-SP) Na Carta da Jamaica, de 1815, [Simón Bolívar] escreveu: “Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória”. Flavio de Campos e Renan Garcia Miranda, “Oficina de História – história integrada”.

A intenção de uma América hispânica independente e formando um único país, entre outros motivos, não prevaleceu em razão:

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a) de um acordo entre franceses e ingleses, assinado no Congresso de Viena. b) do interesse espanhol em enfraquecer o poderoso Vice-Reinado da Nova Granada. c) dos fortes e decisivos interesses ingleses, norteamericanos e das próprias elites locais da América. d) da deliberada ação do Brasil, preocupado com a formação de um poderoso Estado na América. e) das tensões entre as elites do México e Peru, que disputavam a hegemonia sobre a América.

186. (Unicamp-SP) Eu considero o estado atual da América como quando arruinado o Império Romano. Cada desmembramento formou um sistema político, conforme os seus interesses e situação. Nós, que apenas conservamos os vestígios do que em outro tempo fomos, e que por outra parte, não somos índios, nem europeus, e sim uma meia espécie entre os legítimos proprietários do país e os usurpadores espanhóis.

184. (UFPB) Leia com atenção as afirmativas sobre o processo de independência na América Latina.

a) Quem foi Bolívar e qual sua importância nos processos de Independência das colônias hispanoamericanas? A qual processo político Bolívar se refere? b) De que maneira BoIívar se refere aos “criollos” no texto? Qual o papel político dos “criollos” nas independências das colônias espanholas?

Simón Bolívar, Carta da Jamaica de 1815 , em “Escritos Políticos”. Campinas: Ed. Unicamp, p.61. Adaptado.

I.

O haitianismo é a designação pela qual ficou conhecido o longo e sangrento processo de independência do Haiti (1794-1804). Esse processo, que associou o liberalismo político e econômico à emancipação dos escravos, despertou, nas elites latino-americanas, o receio da participação popular nos demais processos de independência. II. O bolivarismo constituiu-se na visão panamericanista mais forte na América Latina e foi concebido por Simón Bolívar, que dirigiu as independências da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. A expressão maior do Bolivarismo foi o Congresso do Panamá, em 1826, que chegou a aprovar o Tratado de União, Liga e Confederação Perpétua entre as repúblicas recém-independentes. III. O monroísmo, visão pan-americanista conhecida pela máxima “a América para os americanos”, foi expresso pelo presidente estadunidense James Monroe, em mensagem enviada ao Congresso de seu país em 1823. Essa doutrina, em oposição ao bolivarismo, traduzia anseios imperialistas dos EUA sobre a América Latina.

187. (Vunesp) ‘‘Bolívar, durante os anos de luta pela independência, deixara escritos cantos de louvor à liberdade e prognosticava um porvir que faria da América um exemplo para o mundo. Quinze anos depois, morria doente, desiludido e só. Poucos dias antes de sua morte, escreveu uma carta (...) em que afirmava que nem mesmo os espanhóis desejariam reconquistar a América, tal o caos instalado (...). Nosso destino, dizia ele, era ser governado por pequenos tiranos.’’ Maria Lígia Coelho Prado, América Latina no século XIX.

As afirmações de Bolívar: a) expressam opiniões pessoais de um líder político favorável ao estabelecimento de governos anti-imperialistas. b) revelam que o peso da herança do colonialismo era maior do que supunham os heróis da independência. c) foram negadas pela experiência histórica concreta da América Latina ao longo do século XIX. d) indicam o descontentamento da elite agrária, prejudicada pela adoção de princípios liberais. e) aplicam-se somente aos países do Caribe, que não conseguiram atingir estabilidade após a independência.

Está(ão) correta(s): a) apenas I. b) apenas I e II. c) apenas I e III. d) apenas II e III. e) I, II e III. 185. (UERJ-MODIFICADA) Mas nossa maior força é o povo venezuelano. É a consciência política. (...) Eu não sou nada. Sou, quando muito, um instrumento dessa grande revolução bolivariana. É fundamental a organização popular. Simón Rodríguez (...) dizia: “A força material está na massa e a força moral no movimento da massa”.

188. (UFG-GO) Na primeira metade do século XIX, a América Latina foi convulsionada pelos movimentos de independência, provocando instabilidade na política internacional. Diante desse contexto, o governo norte -americano anunciou a Doutrina Monroe (1823), que se relaciona com: a) a defesa do continente americano de possíveis intervenções político-militares por parte das monarquias europeias. b) o incentivo a projetos políticos de expansão colonial dos EUA em direção ao continente sul-americano. c) o apoio ao projeto de unidade política entre os países da América Central, defendida pelo líder Simón Bolívar. d) a garantia da ampliação do mercado externo para escoamento da produção industrial do norte dos EUA. e) a criação de acordos comerciais entre EUA e os recém-criados países latino-americanos.

Entrevista de Hugo Chavez ao jornal argentino “O Clarín”. Disponível em: . Acesso em:

A história política da Venezuela nos últimos anos tem sido bastante tumultuada. Seu atual presidente, Hugo Chavez, vem enfrentando uma forte oposição tanto interna quanto externa, em especial do governo dos EUA. O ideal do “bolivarismo” e a proximidade entre Chavez e as camadas mais pobres são vistos, pela população do país e por analistas estrangeiros, ora como expressão de seu caráter democrático, ora como evidência de seu caráter demagógico e autoritário. Um ponto comum aos discursos de Bolívar e de Chavez é a ênfase dada ao pan-americanismo. Explique o significado desse ideal.

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189. (UFSM) Sobre a história contemporânea da América (séculos XIX, XX e XXI), assinale a afirmativa incorreta.

a) apenas I está correta. b) I, II e V estão corretas. c) apenas II está correta. d) III, IV e V estão corretas. e) I, II e III estão corretas.

a) O processo de independência da América caracterizou-se, principalmente, pela luta interna dos “criollos”. Como exemplo, tem-se a ação do latifundiário Simón Bolívar, que tentou unificar os interesses das regiões e das respectivas elites através de um projeto centralizador. b) Em todo o continente americano, o processo de independência ocorreu em dois momentos: a luta contra as metrópoles europeias e as disputas internas regionais. c) No período imperial brasileiro, ocorreram vários movimentos de contestação à Constituição de 1824, como a Confederação do Equador, a Revolução Farroupilha e a Cabanagem. d) A Guerra da Cisplatina ocasionou a aquisição do território do Uruguai pelo Brasil e a garantia da livre navegação pelos rios da Bacia do Prata. e) A expansão da ação dos Estados Unidos na América Latina encontra no NAFTA e na pretensa ALCA uma tentativa de reedição dos fundamentos da Doutrina de Monroe de 1823.

192. (Cesgranrio-RJ) Na primeira metade do século XIX, diversos movimentos pela independência eclodiram nas colônias espanholas da América, marcando a luta de seus povos contra o domínio da metrópole Ibérica. Marque a opção que se refere, corretamente, a um desses movimentos. a) Na Argentina, os comerciantes portenhos aliados ao líder militar Manuel Belgrano extinguiram os Cabildos e as Juntas Governativas, controladas por representantes da Coroa Espanhola. b) No Chile, a forte presença militar inglesa aquartelada no norte do país impediu o avanço do movimento de independência formado por segmentos populares liderados por Bernardo O. Higgins que, derrotado, exilou-se na Venezuela. c) No México, a elite “criolla”, que ocupava os altos cargos da administração colonial, aliada aos espanhóis da metrópole, proclamou Fernando VII da Espanha como Imperador do México, sobrevivendo a monarquia mexicana até o advento da Revolução Zapatista. d) No Peru, o principal centro de resistência espanhola tornou-se independente após a tomada conjunta de Lima pelos exércitos de Bolívar e San Martin, tornando-se este último o primeiro presidente perpétuo da República Peruana. e) No Uruguai, a conquista da independência não encerrou o poder personalista dos caudilhos, mas fortaleceu os segmentos burgueses atuantes em Montevidéu.

190. (UFES) Venezuela – A força de Chávez Por enquanto só duas mudanças parecem acertadas: o presidente poderá se candidatar à reeleição e o país passará a se chamar República Boliviana da Venezuela, em homenagem ao libertador Simón Bolívar. República. Época – 2 ago. 1999.

O texto trata da atual situação da Venezuela, governada pelo ex-tenente-coronel Hugo Chávez Frias, eleito em 1998, após tentativa de golpe de estado em 1992. A homenagem ao libertador Bolívar, a que o texto se refere, deve-se à: a) participação de Bolívar na consolidação da independência da Grande Colômbia, da qual a Venezuela fazia parte. b) proposta de Bolívar de efetivar a independência econômica da Venezuela, mantendo, porém, o vínculo colonial com a Espanha. c) intenção de Bolívar de fragmentar os países libertados da Espanha para melhor assegurar suas independências. d) união de Bolívar com a Santa Aliança na Europa como forma de fortalecer a autonomia dos países recém-libertados. e) ação diplomática de Bolívar nas negociações pela independência da América espanhola, a fim de manter a Venezuela livre do domínio da Colômbia.

193. (UFF-RJ) Ao final das guerras de independência na América Espanhola, o clima de instabilidade política alastrou-se por toda parte, multiplicando-se as lutas de facções e a sucessão de governos frágeis em quase todos os territórios hispano-americanos. Assinale a opção que explica melhor a instabilidade política vigente na América Espanhola na primeira metade do século XIX. a) Nesse período não foi possível a formação de blocos de poder hegemônicos que viabilizassem estruturas estatais sólidas nos países resultantes do esfacelamento do império hispano-americano. Isto favoreceu o poder pulverizado e efêmero de vários caudilhos. b) As economias hispano-americanas estavam totalmente destruídas, rompendo-se, por conseguinte, o comércio com a Europa, outrora vigoroso, e a possibilidade de alianças políticas no interior das classes dominantes. c) A manutenção das heranças políticas coloniais, sobretudo a estrutura dos Vice-Reinados, favoreceu o caudilhismo e retardou a formação dos Estados Nacionais. d) A opção pelo regime republicano, ao invés do monárquico, é a chave para se compreender não só a instabilidade política das jovens nações hispanoamericanas, mas também a fragmentação territorial e a descentralização dos regimes nelas instauradas. e) A instabilidade política hispano-americana deveu-se, basicamente, à multiplicação de regimes militares, a exemplo do pan-americanismo bolivariano, herança do pós-independência que marcaria a tradição política do continente.

191. (FGV-SP) Sobre o Congresso do Panamá em 1826, é correto afirmar que: I.

estabeleceu um pacto entre a Grã-Colômbia, Peru, México e Províncias Unidas de Centro-América de perspectiva integradora; II. o espírito do bolivarismo conduziu às discussões e decisões do Congresso. III. o Brasil fez-se representar defendendo a autonomia republicana dos Estados Nacionais latino-americanos; IV. o objetivo central do Congresso foi o alinhamento dos países hispano-americanos à Doutrina Monroe; V. a abolição da escravidão foi um dos pontos aprovados para os países que ratificassem as resoluções.

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194. (Fuvest-SP) Simón Bolívar escreveu na Conhecida Carta da Jamaica de 1815:

b) alardeou os desígnios dos Estados Unidos no sentido de justificar sua futura dominação sobre a América Latina. c) nasceu da necessidade de o governo norte-americano ser aceito como parceiro no clube das potências da época. d) provocou entre as potências europeias uma perda de interesse pelo continente americano em geral. e) ficou conhecida como a doutrina Monroe, a qual, naquele momento, expressava os interesses de toda a América.

“Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América [Latina] a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória.” Sobre esta afirmação, podemos dizer que: a) tal utopia da unidade, compartilhada por outros líderes da independência, como San Martin e O’Higgins, não vingou por ineficiência de Bolívar. b) inspirou a união entre Bolívia, Colômbia e Equador que formaram, por mais de uma década, uma única nação, fragmentada, em 1839, por problemas políticos. c) Bolívar foi o primeiro a pensar na possibilidade da unidade, ideia posteriormente retomada por muitos políticos e intelectuais latino-americanos. d) essa ideia, de grande repercussão entre as lideranças dos movimentos pela independência, foi responsável pela estabilidade da unidade centro-americana. e) Bolívar foi uma voz solitária, nestes quase 200 anos de independência latino-americana, ausentando-se tal ideia dos debates políticos contemporâneos.

197. (UEL-PR) rica Latina:

Segundo

Octavio

Ianni,

na

Amé-

(...) a debilidade da sociedade civil manifesta-se significativamente nos partidos políticos. Devido à precariedade da cultura política do povo, sua escassa vivência do jogo político formal, tendo em conta a prevalência do público sobre o privado, os partidos pouco representam, enquanto instituições políticas intermediárias, por meio das quais articulam-se os cidadãos e o Estado. Os partidos, ao longo da história latino--americana, seriam personalistas, caudilhescos, clientelísticos. Tanto os antigos como os recentes, à direita, no centro e à esquerda. Seriam pouco estruturados, sujeitos à influência de personalidades fortes, coloridas, demagógicas, carismáticas. Nos processos eleitorais e nos governos, nos poderes executivo e legislativo, em geral predominam chefes, caudilhos, caciques, coronéis, gamonales ou oligarcas; em lugar de programas, plataformas. O clientelismo, favoritismo, paternalismo, cartorialismo subsistem além do interesse público. Os partidos podem chamar-se liberais, conservadores, blancos, colorados, autênticos, ortodoxos, radicais, trabalhistas, justicialistas, nacionalistas e outras denominações, mas tendem a ser oligárquicos, personalistas, caudilhescos (...) Aos poucos, impõe-se a ideia do Estado forte como indispensável à organização e ao desenvolvimento da sociedade. Diante das limitações desta, do povo, cidadão, grupos, classes, movimentos sociais, partidos políticos, impõe-se a urgência da vigência do Estado abrangente, forte, desenvolvimentista, industrializador, modernizante, dirigente. Como a análise da sociedade civil é insatisfatória, reifica-se o Estado.

195. (Udesc) Analise as proposições que se referem aos séculos XVII, XVIII e XIX. I.

A Doutrina Monroe, estabelecida em 1823 pelo presidente norte-americano James Monroe, definiu os princípios sobre a segurança dos EUA, justificando intervenções e guerras contra vários países da América Latina. II. A dominação inglesa, no território indiano, foi ampliada ao longo do século XVII e início do século XVIII por meio do comércio e da compra de grandes extensões de terras, pelas empresas como a Companhia Britânica das Índias Orientais. III. A partir do final do século XVIII e no decorrer do século XIX, as condições de vida na Europa sofreram transformações em decorrência de vários fatores, entre os quais a melhoria dos meios de transporte e comunicação, a introdução de novas técnicas de trabalho no campo e nas indústrias, além do aumento populacional. IV. A maioria dos países que surgiram após a Independência da América Espanhola se tornaram países republicanos e democráticos, devido à participação das populações descendentes de indígenas e de mestiços que tiveram suas reivindicações por terras e trabalhos atendidas.

IANNI, O. O labirinto latino-americano. Petrópolis: Vozes, 1993, p. 20.

Com base no texto, é correto afirmar que: a) na América Latina a democracia está consolidada, o que se pode observar pela grande diversidade de partidos e correntes políticas. b) um Estado forte, desenvolvimentista, modernizante e dirigente é a solução para a América Latina superar os problemas causados pelos chefes, caudilhos, caciques, coronéis e oligarcas que não respeitam os programas liberais, trabalhistas e nacionalistas. c) nos processos eleitorais da América Latina, predominam programas e plataformas conservadoras, ortodoxas, que favorecem as oligarquias e a sociedade civil. d) os partidos políticos na América Latina tendem a ser mais personalistas do que programáticos, colocam interesses privados ou corporativos além do interesse público, e a ideia de um Estado dirigente prevalece sobre cidadãos, grupos, classes e movimentos sociais. e) na América Latina, o clientelismo, favoritismo, paternalismo, cartorialismo só subsistem por falta de interesse público nos processos eleitorais, seja para o executivo, seja para o legislativo.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 196. (Unifesp) ...os continentes americanos, pela condição livre e independente que assumiram e mantêm, não deverão, daqui por diante, ser considerados objetos de futura colonização por parte de quaisquer potências europeias... Mensagem da presidência dos Estados Unidos ao Congresso, em 1823.

Sobre essa mensagem, é correto afirmar que: a) tornou-se letra morta, pelo fato de esse mesmo governo iniciar uma política neocolonial no continente. 171

198. (Vunesp) Leia.

201. (UFRJ) O processo de independência na América Latina foi, em grande parte, concluído na década de 1820, quando os jovens governos se viram diante do desafio de preservar a autonomia conquistada em meio ao intrincado jogo político e diplomático da época. Simón Bolívar (1783-1830) não era simpático aos Estados Unidos, que, por sua vez, evitaram atritos com a Espanha para não comprometer a compra da Flórida e o comércio com possessões espanholas no Caribe.

É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e caracteres dessemelhantes dividem a América.

a) Indique dois aspectos nos quais o processo que culminou com o rompimento dos laços coloniais na América espanhola se diferenciou da Independência do Brasil. b) Cite uma diferença e uma semelhança entre o projeto pan-americanista de Simón Bolívar e o expresso pela Doutrina Monroe (1823).

Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. Simón Bolívar: política, 1983.

O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer que: a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação política e militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil. b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e unidade da América e se empenhou na manutenção de sua condição de colônia espanhola. c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a América Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no continente. d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, mas tentou submeter o Brasil à força militar hispano-americana. e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, mas, em sua ação política e militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis.

202. (Unicamp-SP) Esta porção desgraçada de nossos irmãos que gemeu sob as misérias da escravidão já está livre. A natureza, a justiça e a política pedem a emancipação dos escravos; daqui em diante só haverá na Venezuela uma classe de homens: todos serão cidadãos. Discurso de Simón Bolívar, Venezuela, 1816.

a) Qual é o assunto tratado no discurso acima? b) Mencione dois outros movimentos políticos que foram liderados por Simón Bolívar. c) Cite dois princípios políticos que serviram de inspiração para a ação revolucionária de Bolívar. 203. (UFU-MG) É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma só nação com um só vínculo que ligue suas partes entre si e com o todo. Já que tem uma origem, língua, costumes e uma religião (comuns) deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diversos Estados que hão de formar-se; mas não é possível porque climas distintos, situações diversas, interesses opostos, caracteres dessemelhantes dividem a América.

199. (UFRJ) “(...) Desejo mais do que outro, ver formar-se na América a maior nação do mundo, não tanto pela sua extensão e riquezas como pela sua liberdade e glória.” Simón Bolívar. Carta de Jamaica, 1815.

BOLÍVAR, Simón. Carta de Jamaica, Kingston, 6 de setiembre de 1815. IN: ZEA, Leopoldo (comp.) Fuentes de La Cultura Latinoamericana, México: Fondo de cultura econômica, 1993. p. 30.

Simón Bolívar (1783-1830), um dos mais importantes líderes da luta pela independência das colônias espanholas na América, formulou uma série de propostas para o futuro do continente que, por diversas razões, não se concretizaram. No entanto, suas ideias serviram como fundamento para o pan-americanismo ao longo dos séculos XIX e XX. a) Identifique, a partir do texto, uma característica da proposta política de Bolívar para a América Independente. b) Explique por que as ideias de Bolívar não foram concretizadas na América hispânica independente. c) Apresente uma iniciativa política que demonstre a presença do pan-americanismo no pós Segunda Guerra Mundial.

Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência europeia (...) Trecho da Mensagem de Monroe. IN: AQUINO, R. S. L. e outros. História das Sociedades Americanas. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico. 1990. p.159.

Explique o chamado pan-americanismo na visão de Simón Bolívar e da Doutrina Monroe, apontando suas diferenças.

200. (Unicamp-SP) Durante o processo de Independência da América Latina, diferentes significados foram atribuídos à ideia de liberdade. Explique o significado da liberdade para: a) Simón Bolívar, um dos líderes da Independência da América espanhola. b) Toussaint Louverture e Dessalines, líderes da Independência do Haiti. c) Pedro I, Imperador do Brasil.

172

História capítulo 5

Exercícios propostos

204. (PUC-RJ) Leia, com atenção, os textos a seguir.

contudo, suas críticas à propriedade e à religião o forçaram a abandonar a Grã-Bretanha. e) Karl Marx considerava inevitável a ação política do operariado, a Revolução Socialista, que inauguraria a construção de uma nova sociedade.

Documento 1 “Defendi por quarenta anos o mesmo princípio: liberdade em cada coisa, na religião, na filosofia, na literatura, na indústria, na política; e por liberdade entendo o triunfo da individualidade, seja sobre a autoridade que gostaria de governar de forma despótica, seja sobre as massas que reclamam o direito de sujeitar a minoria à maioria.” Documento 2 “Detesto a comunhão, porque é a negação da liberdade e porque não concebo a humanidade sem liberdade. Não sou comunista, porque o comunismo concentra e engole, em benefício do Estado, todas as forças da sociedade; porque conduz inevitavelmente à concepção da propriedade nas mãos do Estado, enquanto eu proponho (...) a extinção definitiva do princípio mesmo da autoridade e tutela, próprios do Estado, o qual, com o pretexto de moralizar e civilizar os homens, conseguiu (...) somente escravizá-los, persegui-los e corrompê-los.” Nos documentos anteriores, estão expressas duas visões da realidade social elaboradas no século XIX representativas das ideias: a) do liberalismo e do socialismo utópico. b) da doutrina social da Igreja e do socialismo científico. c) do socialismo utópico e do anarquismo. d) do liberalismo e do anarquismo. e) da doutrina social da Igreja e do socialismo utópico.

207. (UFPel-RS) As ideias de Proudhon (1809-1865): – A propriedade é um roubo e a mãe da tirania; – Quem quer que ponha as mãos em mim com a intenção de governar-me é um usurpador e um tirano. caracterizam o: a) comunismo. b) materialismo histórico. c) liberalismo. d) socialismo. e) anarquismo. 208. (Mackenzie-SP) No século XIX, o mundo do trabalho fez surgir novas perspectivas para a compreensão da sociedade contemporânea. O Manifesto Comunista (1848), de Marx e Engels, indica a mudança de concepções abstratas e utópicas sobre a sociedade, para outras mais concretas e combativas. Carlos Guilherme Mota

Sobre Karl Marx e Friedrich Engels, é incorreto afirmar: a) A obra que sintetizou as suas teorias econômicas, sociais, políticas e culturais foi O Capital, que retomava a tradição do pensamento dialético, aprofundando-o na linha do materialismo histórico. b) A sociedade capitalista é contraditória, uma vez que produz um trabalho excedente que jamais retorna ao trabalhador, isto é, a mais-valia. c) Formularam um socialismo de um novo tipo, baseado na concepção de que o capitalismo deve progressiva e pacificamente evoluir para o socialismo. d) Criticavam os socialistas Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen, que não se baseavam, como eles, num estudo científico da história para aprender as leis da sociedade e da economia. e) As lutas de classes entre proprietários e trabalhadores eram percebidas por eles como uma contradição fundamental do sistema capitalista e que levariam à abolição da ordem burguesa e do Estado que sobre ela se sustentava.

205. (UFMG) Os movimentos de propaganda e a imprensa operária foram dois importantes pilares da divulgação da cultura anarquista. Assim sendo, é incorreto afirmar que, no Brasil, as pautas dos jornais e a atuação dos militantes anarquistas incluíam a: a) crítica ao clericalismo, derivada da oposição do anarquismo aos credos religiosos. b) defesa do Estado do bem-estar social, justificado por suas políticas sociais. c) luta antiestatista, pois os anarquistas recusavam todo tipo de coerção institucional. d) negação da ação parlamentar, considerada politicamente ineficaz. 206. (Fatec-SP) A reação operária aos efeitos da Revolução Industrial fez surgirem críticos ao progresso industrial, os quais propunham reformulações sociais e a construção de um mundo mais justo – os teóricos socialistas.

209. São considerados socialistas científicos: a) Robert Owen e Thomas Morus. b) Charles Fourrier e Saint Simon. c) Karl Marx e Engels. d) Karl Marx e Thomas Morus. e) Robert Owen e Saint Simon.

Sabe-se que: a) Pierre Joseph Proudhon propunha a formação de uma sociedade em que não haveria ociosos nem a exploração do homem pelo homem. b) Robert Owen tornou-se o líder do anarquismo terrorista ao apontar a violência como a única forma de alcançar uma sociedade sem Estado e sem desigualdade. c) Friederich Engels acreditava ser possível reorganizar a sociedade com a criação dos falanstérios, fazendas coletivistas agroindustriais. d) Charles Fourier implantou na Escócia uma comunidade de alto padrão e de igualdade absoluta;

210. (UERJ) Veja você, meu amigo, te resta apenas um meio para não ser explorado, nem oprimido: demonstrar coragem. Se os trabalhadores que são tão numerosos se opuserem com todas as suas forças aos patrões e a quaisquer formas de governo, estaremos bem próximos dos homens verdadeiramente livres. Fala da peça Uma comédia social, representada por operários de São Paulo nos anos de 1910. 173

Adaptado de Nosso Século (1910-1930). São Paulo: Abril Cultural, 1981.

Durante a Primeira República (1889-1930), em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, o movimento operário tornou-se um dos principais críticos às exclusões da sociedade brasileira. Considerando as propostas defendidas na fala citada do personagem, uma das ideologias que se fez presente no movimento operário brasileiro, naquele momento, foi: a) o socialismo. b) o anarquismo. c) o liberalismo. d) o cooperativismo.

festas, piqueniques, peças teatrais –, no sentido de disseminar o ideal libertário de emancipação social (...)

211. (UFU-MG) […] anarquismo era uma forma política de pressionar diretamente os dominadores através da utilização de conversas, debates, boicotes, sabotagens, denúncias, greves e levantes, numa escala de intensidade variável que não perdia de vista a abolição da autoridade e da exploração.

213. (UFF-RJ) Escrito em 1880, o livro de Friederich Engels, Do socialismo utópico ao socialismo científico, buscou discutir os limites do chamado socialismo utópico. Os filósofos do socialismo utópico acreditavam que a partir da compreensão e da boa vontade da burguesia se poderia transformar a sociedade capitalista, eliminando o individualismo, a competição, a propriedade individual e os lucros excessivos, todos responsáveis pela miséria dos trabalhadores. Como alternativa àquela corrente, Engels e Marx propunham o socialismo científico.

SFERRA, Giuseppina. Anarquismo e anarcossindicalismo. São Paulo: Ática, 1987, p. 21.

Tomando como referência o fragmento de texto acima: a) indique duas ideias ligadas ao movimento anarquista na Europa do século XIX; b) analise a concepção de Estado defendida pelos anarquistas.

[…] Em sentido estrito, anarquismo era a organização livre e espontânea dos trabalhadores em associações, já que só assim o instrumento organizacional escaparia da armadilha e da autoridade, para converter-se em alavanca da liberdade.

Com base nessa informação: a) caracterize a alternativa proposta por Engels e Marx – o socialismo científico – em relação ao papel dos trabalhadores na transformação da sociedade; b) mencione uma proposta levada a efeito pelos socialistas utópicos.

GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994, p. 75.

Relacione a organização do anarco-sindicalismo na Primeira Republica ao ideário de ordem e progresso vigente no Brasil.

214. (UFES) As revoluções de 1848, chamadas por Marx de “Primavera dos Povos”, pela primeira vez, entre suas causas, combinaram (A) o liberalismo, (B) o nacionalismo e (C) o socialismo. Explique como esses fatores influíram na eclosão revolucionária.

212. (UFF-RJ) Os libertários – anarquistas e anarcossindicalistas – concentram sua atuação na vida educativa, feita através da propaganda escrita e oral – jornais, livros, folhetos, revistas, conferências, comícios, além de 215. (UFBA)

10,1*

Evolução da população mundial

10 bilhões*

Entre os anos 1940 e 1970 A produção de grãos no Primeiro Mundo.

9,3* 9*

200000 A.C. O Homo sapiens evolui na África

8*

7 bilhões

1710 A invenção da máquina a vapor.

6

5

4

3

1927 O primeiro antibiótico.

1,65

Há 10000 anos A invenção da agricultura. 10000 1 milhão 5

10

20

27

50 100

200000100008000 6500 5000 2000 1000

A.C.

300

500 1 ANO 0

310 400

500 500

790

970

1 Bilhão

1,7

1,9

2

2,5 2,3

1,2

1000 1250 1492 1250 1750 1800 1801 1850 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1959 1974 1987 1998 31 out 2025 2043 2050 2083 2100 2011 D.C. *Previsão estimada

174

dade, certamente cada um deles não teria conseguido fabricar vinte alfinetes por dia, e talvez nem mesmo um.’’

Considerando-se os dados apresentados no gráfico e os conhecimentos sobre a evolução tecnológica, o crescimento, a distribuição e os principais movimentos migratórios da população mundial, é correto afirmar: 01) A população avançou lentamente, com a evolução da espécie – há, aproximadamente, duzentos mil anos – , porém, a partir do surgimento da agricultura e da domesticação dos animais – promovendo o aumento de grãos e o suporte animal – , o crescimento populacional aumentou, apesar dos altos índices de mortalidade. 02) A Revolução Industrial estava em pleno curso, com alta produtividade, transportes mais rápidos e a população mundial atingia um bilhão de habitantes, quando Thomas Malthus alertou para a desarmonia entre o crescimento populacional e a falta de alimentos. 04) O século XIX, conhecido pelos avanços na educação e na saúde, ficou marcado pela queda da mortalidade infantil e pelas conquistas da medicina, acelerando, assim, o crescimento da população até os dias atuais. 08) A Ásia é, atualmente, o continente mais populoso do planeta, a África tem as maiores taxas de crescimento demográfico, e os países ricos da Europa apresentam um envelhecimento da população. 16) As projeções estatísticas das últimas décadas apontam para uma redução dos movimentos migratórios, principalmente por causa da globalização e da diminuição dos conflitos. 32) O Brasil possui baixa densidade demográfica, mas a população está muito mal distribuída pelo território, havendo maior concentração na faixa litorânea, adentrando-se especialmente na Região Sudeste.

SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural,1996, p. 65.

Sobre a divisão do trabalho instituída a partir da Revolução Industrial e seus desdobramentos, é correto afirmar que: a) o toyotismo é uma forma de gerenciamento de estoque das indústrias, que proporcionou melhores meios de lidar com o meio ambiente e o controle de matérias-primas. b) o fordismo é uma forma de gerenciamento científico que serviu para os trabalhadores exercitarem suas melhores habilidades em atividades específicas. c) a redução da exigência do desenvolvimento das habilidades do trabalhador teve impacto sobre o processo produtivo e restringiu o conhecimento integral do trabalhador sobre seu ofício. d) a especialização do trabalhador obrigou que somente homens, bem treinados e com instrução sólida, fossem absorvidos pelas vagas de trabalho geradas com o processo de industrialização. 218. (Vunesp) Este considerável aumento de produção que, devido à divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é resultante de três circunstâncias diferentes: primeiro, ao aumento da destreza de cada trabalhador; segundo, à economia de tempo, que antes era perdido ao passar de uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande número de máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável para o realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos.

216. (IFSP) Compreenderemos mais facilmente os efeitos produzidos pela divisão do trabalho na economia geral da sociedade, se considerarmos de que maneira essa divisão do trabalho opera em algumas manufaturas específicas. (...) Tomemos, pois, um exemplo, tirado de uma manufatura muito pequena, mas na qual a divisão do trabalho muitas vezes tem sido notada: a fabricação de alfinetes. (...) da forma como essa atividade é hoje executada, não somente o trabalho todo constitui uma indústria específica, mas ele está dividido em uma série de setores. (...) Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete.

Adam Smith. “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações (1776)”. In: Adam Smith/ Ricardo. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.

O texto, publicado originalmente em 1776, destaca três características da organização do trabalho no contexto da Revolução Industrial: a) A introdução de máquinas, a valorização do artesanato e o aparecimento da figura do patrão. b) O aumento do mercado consumidor, a liberdade no emprego do tempo e a diminuição na exigência de mão de obra. c) A escassez de mão de obra qualificada, o esforço de importação e a disciplinarização do trabalhador. d) O controle rigoroso de qualidade, a introdução do relógio de ponto e a melhoria do sistema de distribuição de mercadorias. e) A especialização do trabalhador, o parcelamento de tarefas e a maquinização da produção.

O texto faz uma clara referência à tese: a) da lei férrea dos salários, desenvolvida por David Ricardo. b) do anarquismo, desenvolvida por Joseph Proudhon. c) do socialismo científico, desenvolvida por Karl Marx. d) do parcelamento das tarefas, desenvolvida por Adam Smith. e) do socialismo utópico, desenvolvido por Saint-Simon.

219. (PUC-PR) A cólera é uma doença causada por uma bactéria intestinal chamada Vibrio cholerae. Geralmente se propaga em situações de pouca higiene, em lugares sem sistema de esgoto sanitário. Esse foi o caso de sua propagação nas grandes cidades da Europa do século XIX, contexto da Revolução Industrial.

217. (UFU-MG) ‘‘Da forma pela qual a fabricação de alfinetes é hoje executada, um operário desenrola o arame, outro o endireita, um terceiro corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete e assim por diante. Dessa forma, a importante atividade de fabricar um alfinete está dividida em aproximadamente dezoito operações distintas. Trabalhando desta maneira, dez pessoas conseguiam produzir entre elas mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia. Assim, pode-se considerar que cada uma produzia 4.800 alfinetes diariamente. Se, porém, tivessem trabalhado independentemente um do outro, sem que nenhum tivesse sido treinado para este ramo de ativi-

Sobre a difícil vida da classe trabalhadora e as reações à industrialização, marque a alternativa incorreta. a) O socialismo cristão, ou catolicismo social, surgiu na segunda metade do século XIX e pregava a aplicação dos ensinamentos cristãos para corrigir os males criados pela industrialização. b) O socialismo científico encabeçado por Marx e Engels defende a ideia de uma sociedade sem classes e igualitária.

175

c) Charles Fourrier, considerado defensor das ideias liberais de Adam Smith, defendia uma economia livre que não coibisse a iniciativa privada. Considerava que a pobreza e o sofrimento faziam parte da ordem natural do mundo. d) Saint-Simon é um dos principais expoentes do socialismo utópico. Argumentava que, da mesma forma que o cristianismo propiciara unidade e estabilidade sociais durante a Idade Média, assim também o conhecimento científico iria unir a sociedade de sua época. e) David Ricardo, pensador liberal, considerava que os salários variam para permanecer no patamar mínimo a fim de garantir a manutenção dos trabalhadores. Caso contrário, eles seriam encorajados a ter mais filhos, provocando um aumento na oferta de mão de obra, e a competição maior por empregos forçaria, por sua vez, a redução dos salários.

Com respeito à postura de Adam Smith, assinale o que for correto. 01) Defendia a manutenção dos monopólios comerciais como meio de promover a riqueza das nações. 02) Adam Smith foi um importante crítico da sociedade burguesa e impulsionador dos movimentos socialistas. 04) Segundo Adam Smith, a divisão do trabalho implicava um aumento da produção. Assim, cada operário faria apenas uma operação incorrendo em uma especialização. Isso levaria a um aumento da produção e, consequentemente, ao barateamento dos custos. Logo, os produtos no mercado custariam mais barato e ocorreria um aumento no consumo. 08) Adam Smith era um crítico dos monopólios comercias e defendia um desenvolvimento nacional baseado no trabalho artesanal. 16) Considerava que o trabalho era a origem de toda a riqueza, refutando os mercantilistas que afirmavam ser o comércio o grande gerador de riqueza.

220. (Fatec-SP) Adam Smith, teórico do liberalismo econômico, cuja obra, Riqueza das Nações, constitui o baluarte, a cartilha do capitalismo liberal, considerava:

223. (UFSM) O monopólio do comércio da colônia [...] com todos os outros expedientes mesquinhos e malignos do sistema mercantilista, deprime a indústria de todos os outros países, mas principalmente a das colônias, sem que aumente em nada – pelo contrário, diminui – a indústria do país em cujo benefício é adotado [...] Todos os sistemas, seja de preferência ou contenção, portanto, devem ser afastados, estabelecendo-se o simples e o óbvio sistema de liberdade natural.

a) a política protecionista e manufatureira como elemento básico para desenvolver a riqueza da nação. b) necessária a abolição das aduanas internas, das regulamentações e das corporações então existentes nos países. c) a propriedade privada como a raiz das infelicidades humanas, daí toda a economia ter de ser controlada pelo Estado. d) a terra como fonte de toda a riqueza, enquanto a indústria e o comércio apenas transformavam ou faziam circular a riqueza natural. e) o trabalho como fonte de toda a riqueza, dizendo que, com a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio, a harmonia e a justiça social seriam alcançadas.

Adam Smith. A Riqueza das Nações, 1776.

O pensamento econômico de Adam Smith veio ao encontro do interesse emancipacionista das colônias inglesas na América do Norte, à medida que defendia: a) a liberdade dos indivíduos na busca de seus interesses, relacionando a riqueza do Estado com a capacidade de trabalho de seus habitantes. b) a relativização do trabalho enquanto alternativa de riqueza, baseando-se o valor desse trabalho na lei de oferta e procura. c) a riqueza de uma nação política e economicamente livre, devendo explorar somente os recursos da natureza. d) o planejamento estatal considerado alavanca do progresso, com forte interferência na economia. e) a necessidade da exploração da mais-valia sobre as nações novas, o que justificava a escravidão nas colônias do Sul e o dirigismo econômico.

221. (UFR-RJ) O texto a seguir se refere ao liberalismo econômico. A Escola de Manchester, conhecida também como Escola Clássica, desenvolveu o pensamento econômico dominante na época do capitalismo industrial e liberal. Coube a Adam Smith formular em “A Riqueza das Nações”, que foi publicado em 1776, as ideias iniciais do Liberalismo Econômico, igualmente defendido por Davi Ricardo em “Princípios da Economia Política e do Imposto”, Thomas Robert Malthus em “Ensaio Sobre o Princípio da População” e Jean Baptiste Say em “Tratado de Economia Política”.

224. (Vunesp) Adam Smith, autor de ‘‘A Riqueza das Nações (1776)’’, referindo-se à produção e à aquisição de riquezas, observou:

AQUINO, S. L. de A.; et alii. História das sociedades modernas às atuais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1995, p. 1.281.

‘‘Não é com o ouro ou a prata, mas com o trabalho que toda a riqueza do mundo foi provida na origem, e seu valor, para aqueles que a possuem e desejam trocá-la por novos produtos, é precisamente igual à quantidade de trabalho que permite alguém adquirir ou dominar.’’ Os pontos de vista de Adam Smith opõem-se às concepções: a) mercantilistas, que foram aplicadas pelos diversos estados absolutistas europeus. b) monetaristas, que acompanharam historicamente as economias globalizadas. c) socialistas, que criticaram a submissão dos trabalhadores aos donos do capital. d) industrialistas, que consideraram as máquinas o fator de criação de riquezas. e) liberais, que minimizaram a importância da mão de obra na produção de bens.

A obra Riqueza das Nações (1776), fundamental na evolução do pensamento econômico, defendia, entre outras, a ideia de que: a) a grandeza de um Estado exige a planificação e o dirigismo econômico. b) o trabalho é a fonte de riqueza, baseando-se no valor da lei da oferta e da procura. c) a riqueza deve basear-se, fundamentalmente, na exploração dos recursos da natureza. d) a “mais-valia”, resultado da exploração do trabalhador, deve ser suprimida. e) a socialização dos meios de produção e distribuição aumentam a eficiência da economia. 222. (UEM-PR) O economista Adam Smith, ao publicar sua obra maior, ‘‘A Riqueza das Nações’’ (1776), faz a defesa da ordem econômica liberal como forma de promover o desenvolvimento das forças produtivas e a satisfação das necessidades humanas.

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225. (UEL-PR) [O indivíduo], orientando sua atividade de tal maneira que sua produção possa ser de maior valor, visa apenas o seu próprio ganho e, neste, como em muitos outros casos, é levado como que por uma mão invisível a promover um objetivo que não fazia parte de suas intenções. (...) Ao perseguir seus próprios interesses, o indivíduo muitas vezes promove o interesse da sociedade muito mais eficazmente do que quando tenciona realmente promovê-lo.

16) Marx, Engels e Adam Smith fazem parte do elenco dos teóricos do socialismo. 32) David Ricardo, no livro ‘‘Princípios da Economia Política’’, afirmava que o trabalho deveria ser considerado uma mercadoria sujeita às leis da oferta e da procura. 227. (UFRGS-RS) Na sua obra clássica, publicada em 1776, ‘‘A Riqueza das Nações’’, o escocês Adam Smith descrevia o funcionamento de uma forma de produção de alfinetes:

SMITH, A. “A riqueza das nações”. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p.379-80.

Um homem puxa o arame, o outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto o afia, um quinto o esmerilha na outra extremidade para a colocação da cabeça; para se fabricar a cabeça são necessárias duas ou três operações distintas; a colocação da cabeça é muito interessante, e o polimento final dos alfinetes também; até a sua colocação no papel constitui, em si mesma, uma atividade... Smith dizia que 10 homens, dividindo o trabalho, produziam ao fim de um dia 48 mil alfinetes. Se a produção fosse artesanal, um homem produziria apenas 20 alfinetes por dia e os dez homens juntos somente 200 alfinetes.

Sobre o liberalismo, considere as seguintes afirmativas: I. O liberalismo econômico, cujos princípios, como o livre comércio, a propriedade privada e a lei de mercado, favoreceram o desenvolvimento do capitalismo, teve em Adam Smith um de seus principais fundadores. II. A sistematização das análises econômicas no livro História da riqueza das nações contribuiu para a definição da economia como ciência. III. No trecho acima, Adam Smith denunciou os males do individualismo e do egoísmo econômico. IV. A “mão invisível” citada por Adam Smith é uma metáfora que pode ser substituída pela definição liberal de mercado. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras. b) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. d) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

Com base nas informações acima, assinale a alternativa que responde corretamente às questões a seguir. Que forma histórica do trabalho está sendo descrita por Smith? Quais as principais consequências econômicas dessa nova forma de produção, defendida por Smith como real avanço para a sociedade? a) A divisão manufatureira do trabalho – o aumento da produção e a liberdade de comércio b) A produção artesanal – a industrialização e a liberdade de comércio c) A divisão manufatureira do trabalho – o aumento da produção e o monopólio do comércio d) A produção artesanal – o aumento da produção e a liberdade de comércio e) A cooperação fabril – a industrialização e o monopólio do comércio

226. (UFSC) Concordam os historiadores e economistas que a industrialização, ocorrida, nos séculos XVIII e XIX, provocou transformações sociais e econômicas significativas em alguns continentes. Os burgueses teriam assumido o domínio econômico das regiões industrializadas, nas quais, aos operários, também denominados proletários, coube uma posição social e econômica subalterna. Diante dos conflitos gerados pelas diferenças de interesses entre burgueses e operários, surgiram teorias econômicas e sociais que tentaram resolvê-los. O liberalismo econômico tratou de justificar e legitimar as diferenças sociais geradas pela sociedade industrializada. Os socialistas propunham alternativas para eliminar as diferenças sociais e as injustiças geradas pela mesma sociedade. Pensadores cristãos propunham reformas que pudessem harmonizar os diferentes interesses e garantir padrões mínimos de dignidade humana para os operários.

228. (UERJ) Não se veem, porventura (...) povos pobres em terras vastíssimas, potencialmente férteis, em climas dos mais benéficos? E, inversamente, não se encontra, por vezes, uma população numerosa vivendo na abundância em um território exíguo, até algumas vezes em terras penosamente conquistadas ao oceano, ou em territórios que não são favorecidos por dons naturais? Ora, se essa é a realidade, é por existir uma causa sem a qual os recursos naturais (...) nada são (...). Uma causa geral e comum de riqueza, causa que, atuando de modo desigual e vário entre os diferentes povos, explica as desigualdades de riqueza de cada um deles (...)

De acordo com as ideias do texto, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). 01) Entre os principais representantes do liberalismo econômico destacaram-se Adam Smith, Malthus e David Ricardo. 02) O papa Leão XIII promulgou a Encíclica “Rerum Novarum”, na qual explicitava os fundamentos da doutrina social da Igreja Católica. 04) Malthus escreveu o ‘‘Ensaio sobre os princípios da população’’, no qual afirmava que a população crescia numa progressão geométrica, enquanto que as possibilidades de manutenção cresciam em progressão aritmética. 08) Karl Marx e Friederich Engels formularam as bases do socialismo científico, também denominado marxismo, fundamentados na análise histórica e filosófica das sociedades.

SMITH, Adam. Apud HUGON, Paul. História das Doutrinas Econômicas. São Paulo: Atlas, 1973.

O texto anterior evidencia a preocupação, por parte de pensadores do século XVIII, com a fonte geradora de riqueza. As “escolas” econômicas do período – Fisiocracia e Liberalismo – apresentavam, contudo, discordâncias quanto a essa fonte. Os elementos geradores de riqueza para a fisiocracia e para o liberalismo eram, respectivamente: a) terra e trabalho. b) agricultura e capital. c) indústria e comércio. d) metal precioso e tecnologia.

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229. (Fuvest-SP) Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro principalmente em projetos lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural costuma empregar o seu em despesas. Um frequentemente vê seu dinheiro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa do dinheiro, raramente espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em geral, um empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus empreendimentos...

As ideias presentes na citação anterior podem ser identificadas com: a) o darwinismo social, que entende que na luta pela sobrevivência os mais fracos serão eliminados pelos mais fortes e aptos. b) a teoria malthusiana, segundo a qual a população aumenta em razão geométrica, enquanto que a produção de alimentos cresce em progressão aritmética. c) o nazismo, que propunha o extermínio dos degenerados e raças inferiores como forma de manter a pureza racial. d) o discurso médico-higienista, que propunha uma melhoria nas condições sanitárias e de habitação para reduzir a incidência de doenças infecto-contagiosas.

SMITH, Adam. A riqueza das nações, Livro III, capítulo 4.

Neste pequeno trecho, Adam Smith: a) contrapõe lucro a renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos. b) mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval. c) defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo. d) critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros com a ostentação de riquezas. e) expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII.

233. (Faap) “Quando a terra de terceira qualidade é posta em cultivo, a renda imediatamente começa na segunda, e é determinada, como antes, pela diferença em sua capacidade produtiva [...] Com os aumentos da população, que obrigarão o país a recorrer a terras de pior qualidade para que consiga o volume de alimentos de que necessita, a renda sobre a terra mais fértil começará a ser cobrada.” Esta teoria da renda que se esboça no texto foi escrita por: a) Pascal b) Karl Marx c) Adam Smith d) Ricardo e) Malthus

230. (UFMG) Assinale a alternativa que apresenta a concepção de trabalho de Adam Smith. a) A divisão do trabalho deve ser controlada pelo Estado, de forma a garantir a estabilidade na oferta de empregos. b) A maior produtividade pressupõe a especialização do trabalho, a divisão entre vários homens daquilo que anteriormente era produzido por um só. c) Os parasitas, aqueles que não trabalham, não podem participar e nem se beneficiar da riqueza produzida pela coletividade. d) Uma maior colaboração entre produtores diretos garante uma maior socialização das riquezas e o Estado do bem-estar social.

234. (FAAP-SP) Os pensadores do liberalismo econômico, como Adam Smith, Malthus e outros, defendiam: a) intervenção do Estado na economia. b) o mercantilismo como política econômica nacional. c) socialização dos meios de produção. d) liberdade para as atividades econômicas. e) implantação do capitalismo de Estado.

231. (Vunesp) Com plena segurança achamos que a liberdade de comércio, sem que seja necessária nenhuma atenção especial por parte do Governo, sempre nos garantirá o vinho de que temos necessidade; com a mesma segurança podemos estar certos de que o livre comércio sempre nos assegurará o ouro e prata que tivermos condições de comprar ou empregar, seja para fazer circular as nossas mercadorias, seja para outras finalidades.

235. (FAAP-SP) A população, quando não controlada, aumenta numa razão geométrica. A subsistência aumenta apenas em proporção aritmética... Isso significa um controle forte e constante sobre a população, provocado pela dificuldade de subsistência. Essa dificuldade deve recair em alguma parte e deve necessariamente ser fortemente sentida por grande parte da humanidade... O autor desse texto só pode ser: a) Pascal. b) Karl Marx. c) Adam Smith. d) Ricardo. e) Malthus.

Adam Smith – A riqueza das nações.

No texto, os argumentos a favor da liberdade de comércio são, também, de críticas ao: a) laissez-faire. b) socialismo. c) colonialismo. d) corporativismo. e) mercantilismo.

236. (Udesc) Assinale a alternativa correta, em relação à chamada “Primavera dos Povos”. a) A “Primavera dos Povos” não influenciou a formação dos movimentos sociais do século XIX. b) Foi uma revolução brasileira, mas que atingiu também outros países do Cone Sul. c) Houve influência da “Primavera dos Povos” no Brasil através do movimento dos “Seringueiros”. d) Atribuição colocada ao movimento revolucionário francês em 1848, que derrubou a monarquia de Luis Felipe e trouxe à discussão a exploração burguesa e a dominação política. e) A influência da “Primavera dos Povos” se restringiu às preocupações francesas do período.

232. (UFMG) Leia o texto. A fome parece ser o último, o mais horrível recurso da natureza. O poder da população é tão superior ao poder da terra em prover subsistência (...) que a morte prematura, com uma aparência ou outra, tem que visitar a raça humana. Os vícios da humanidade são ativos e habilidosos agentes de despovoamento (...). Mas caso eles falhem na sua missão de extermínio, doenças endêmicas, pestes e pragas surgirão em terríveis sucessões ceifando milhares e dezenas de milhares de vidas. 178

237. (FGV-SP) A nova onda se propagou rapidamente por toda a Europa. Uma semana depois da queda de Luís Filipe I, o movimento revolucionário tomou conta de uma parte da Alemanha e, em menos de um mês, já estava na Hungria, passando pela Itália e pela Áustria. Em poucas semanas, os governos dessa vasta região foram derrubados, e supostamente se inaugurava uma nova etapa da História europeia, a Primavera dos Povos.

Texto 2 A ideia de um mundo famélico assombra a humanidade desde que Thomas Malthus previu que no futuro não haveria comida em quantidade suficiente para todos. Organismos internacionais – Organização das Nações Unidas, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional – chamaram a atenção para a gravidade dos problemas decorrentes da alta dos alimentos. O Banco Mundial prevê quem 100 milhões de pessoas poderão submergir na linha que separa a pobreza da miséria absoluta devido ao encarecimento da comida.

Luiz Koshiba, História – origens, estruturas e processos.

O texto faz referência: a) à Belle Epoque. b) às Revoluções de 1848. c) à Restauração de 1815. d) à Guerra Franco-Prussiana. e) às Revoluções liberais de 1820.

FRANÇA, R. O fantasma de Malthus. Veja. 23 abr. 2008. Adaptado.

Para K. Marx (1818-1883), a teoria malthusiana do crescimento populacional: a) permitia entender, de modo científico, as razões pelas quais os proletários teriam dificuldades para ascender socialmente. b) apresentava as bases adequadas sobre os quais se deveria elaborar a teoria do valor trabalho. c) reforçava valores da burguesia ascendente que, posteriormente a 1848, assumia posições cada vez mais conservadoras. d) era o primeiro passo na construção de uma teoria explicativa do real caráter de classe da sociedade burguesa. e) apreendia a essência do proletariado moderno e os motivos pelos quais a classe burguesa estaria fadada a desaparecer.

238. (UFRGS-RS) Em 1830, o rei Carlos X, líder dos ultrarrealistas da França, desfechou um golpe com a intenção de restaurar o absolutismo, o que resultou nas jornadas gloriosas de julho, em Paris, que tiveram como consequência a: a) proclamação da República, em que se destacou Luiz Bonaparte, que organizou o Partido da Ordem. b) liquidação do absolutismo dos Bourbons e a instalação de uma monarquia liberal sob o governo de Luiz Felipe de Orleans. c) instauração do governo do comitê de salvação pública e a declaração de guerra à Santa Aliança. d) conquista do México para desviar a tensão política interna e restaurar o prestígio dos Bourbons. e) enunciação da Doutrina Monroe, prevendo a conquista do Oeste dos Estados Unidos pela província francesa do Quebec.

241. (Fuvest-SP) “Eles mesmos [os pobres] são a causa de sua pobreza; os meios de encontrar o remédio estão em suas mãos e não nas mãos de nenhuma outra pessoa.” R. Malthus, Ensaio sobre a população, 1798.

239. (FGV-SP) Leia as afirmações a seguir, sobre a Restauração na França, e assinale a alternativa correta.

Nas últimas décadas do século XX, concepções muito semelhantes a esta sobre os pobres e a pobreza são propagadas: a) pelo neoliberalismo. b) pela social-democracia. c) pela democracia cristã. d) pelo neo-populismo. e) pelo justicialismo.

I.

Durante a Restauração (1789-1815), os Bourbon buscaram reinstalar o absolutismo, sofrendo, por isso, uma resistência popular de caráter republicano e ações de terror contra a nobreza. II. O parlamento francês, na primeira fase da Restauração, foi composto por três forças políticas: a ultrarrealista, a constitucional e a liberal. III. Na tentativa de consolidar uma transição, durante a Restauração, foi instituído o voto censitário. IV. A vitória da Revolução Liberal, nas jornadas de julho, não representou o triunfo do liberalismo sobre o absolutismo. V. Luís XVIII e Carlos X ficaram conhecidos como os “reis da restauração”, enquanto Luís Felipe de Orléans, como o “rei dos banqueiros” nesse processo. a) apenas I, II e IV estão corretas. b) apenas III, IV e V estão corretas. c) apenas I, IV e V estão corretas. d) apenas II, III e V estão corretas. e) todas estão corretas.

242. (UFMG) Leia este trecho: O monopólio do comércio da colônia, portanto, com todos os outros expedientes mesquinhos e malignos do sistema mercantilista, deprime a indústria de todos os outros países, mas principalmente a das colônias, sem que aumente, em nada – pelo contrário, diminui – a indústria do país em cujo benefício é adotado. Todos os sistemas, seja de preferência ou contenção, portanto, devem ser afastados, estabelecendo-se o simples e óbvio sistema de liberdade natural. Todo homem, desde que não viole as leis da justiça, fica perfeitamente livre de procurar atender a seus interesses, da forma que desejar, e colocar tanto a sua indústria como capital em concorrência com os de outros homens, ou ordem de homens.

240. (UEL-PR)

SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas [1776]. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 124.

Texto 1 Thomas Malthus (1766-1834) assegurava que, se a população não fosse de algum modo contida, dobraria de 25 em 25 anos, crescendo em progressão geométrica, ao passo que, dadas as condições médias da terra disponíveis em seu tempo, os meios de subsistência só poderiam aumentar, no máximo, em progressão aritmética.

A partir da leitura desse trecho e considerando outros conhecimentos sobre o assunto:

179

a) Identifique a teoria econômica expressa nessa passagem; b) Caracterize o contexto histórico, de fins do século XVIII, em que esse trecho foi escrito; c) Explique um dos princípios básicos da teoria econômica defendida nessa passagem.

fusão otimista. Era a ‘primavera dos povos’ - e, como a primavera, não durou. HOBSBAWM, Eric. Era do Capital, Paz e Terra, RJ, 1982, p. 33.

As revoluções de 1848 tiveram seu início na França, em fevereiro daquele ano, com a derrubada do “Rei Burguês”, Luís Felipe, e se estenderam por diversos Estados europeus em pouco tempo. a) Exponha um resultado da forte participação operária, já de base socialista, na derrubada do “Rei Burguês”. b) Explique as palavras de Hobsbawm sobre a duração da “primavera dos povos”.

243. (UFV-MG) Nos últimos anos, a mídia em geral e diversos partidos políticos têm denunciado o chamado “neo-liberalismo” como um sistema econômico que necessariamente amplia as desigualdades sociais e penaliza o trabalho em sua relação com o capital. Na verdade esse “neo-liberalismo” se refere a um retomada dos pressupostos liberais defendidos no século XVIII, tendo em Adam Smith e David Ricardo os seus principais teóricos. Quais são as principais linhas do liberalismo que, ainda hoje, estão na raiz do “neo-liberalismo”?

248. (UFRJ)

244. (Unicamp-SP) Compare e comente os principais elementos das doutrinas formuladas por Adam Smith em ‘‘A Riqueza das Nações ‘‘e por Marx e Engels no ‘‘Manifesto Comunista’’. 245. (Vunesp)

Intensos debates na Paris de 1848 (M. Carnavalet, Paris). A historiografia tradicionalmente considera a revolução de 1848, na França, como um divisor de águas na história dos movimentos populares europeus do século XIX. Justifique tal afirmativa. 249. (UFF-RJ) À época de Bismarck (1871-1890) associamse alguns elementos que vieram a reforçar o capitalismo industrial e financeiro na Alemanha recém-unificada. Assinale a opção que contém referências vinculadas ao momento político mencionado.

A Liberdade guiando o povo. Museu do Louvre, Paris, 1831.

A tela de Eugène Delacroix celebra a revolução de julho de 1830 na França, que derrubou o rei Carlos X e encerrou o período da Restauração. Explique o significado do movimento de 1830 e identifique, por meio da análise da tela, dois elementos que atestem sua relação com a Revolução de 1789.

a) Vitória dos cristãos-sociais mais moderados ao impor reformas do sistema de trabalho na década de 1880, greve dos mineiros do Ruhr, emigração maciça para o continente americano, imposição do livre comércio de importação e exportação em 1879. b) “Zollverein” ou união aduaneira alemã, abolição do regime político federal no Império Alemão, diminuição da influência dos Junkers prussianos, dissolução da Aliança do Centeio e do Aço. c) Unificação monetária alemã e fundação do “Reichsbank”, extensão das ferrovias, desaparecimento de numerosas pequenas empresas após a crise financeira de 1873, imposição do protecionismo alfandegário em 1879. d) Financiamento de seguros sociais pelo “Reichsbank” para aliviar tensões, condução a um período de paz social por meio da unidade alemã, privatização das ferrovias, entrada da Alemanha na corrida colonial ao anexar a Etiópia. e) Sacrifício da agricultura à industria, reforço da posição dos industriais determinado pelo “novo curso” ligado ao chanceler Caprivi, formação, no “Reichstag”, da maioria chamada “do Cartel”, favorável ao grande capitalismo e a medidas antisindicais em 1879.

246. (PUC-RJ) A Revolução Liberal de 1830 na França sepultou definitivamente as intenções restauradoras do Congresso de Viena de 1815, motivando uma onda de progressismo e de ímpeto revolucionário, que levaria às revoluções de 1848 e a diversos movimentos nacionalistas do período. A partir desta afirmativa: a) apresente uma resolução do Congresso de Viena que exemplifique suas “intenções restauradoras”; b) indique um princípio do liberalismo que caracterize a “onda de progressismo e o ímpeto revolucionário” ocorridos na primeira metade do século XIX. 247. (UFR-RJ) Qualquer historiador reconhece-a imediatamente: as barbas, as gravatas esvoaçantes, os chapéus dos militantes, as bandeiras tricolores, as barricadas, o sentido inicial de libertação, de imensa esperança e con-

180

250. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que apresenta uma afirmativa correta sobre o processo de unificação da Alemanha (1871) e da Itália (1870).

a) o nazismo chegou ao poder por meio de um golpe militar, em 1933, e criou o Terceiro Império (“Reich”), iniciando um período de forte expansão e anexação territorial, que se manteve mesmo após sua derrota na Segunda Guerra Mundial. b) a unificação ocorreu em 1848, na chamada”Primavera dos Povos”, quando trabalhadores se rebelaram contra a fragmentação política da Confederação Germânica e se aliaram à Áustria para conseguir a unidade nacional alemã. c) o nazismo foi derrotado ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando a Alemanha foi repartida entre os vencedores e sua capacidade de produção industrial foi destruída para que se tornasse um país agrícola, o “celeiro da Europa”. d) a unificação envolveu diversos conflitos e fez nascer, em 1871, sob comando prussiano, o Segundo Império (“Reich”), iniciando um período de acelerada expansão econômica e militar alemã, que durou até a Primeira Guerra Mundial. e) o nazismo surgiu após a Primeira Guerra Mundial, em 1918, e pregou a necessidade de a Alemanha lutar contra comunistas e judeus, “inimigos internos”, mas aliar-se a países vizinhos de população branca e ariana, como França e Inglaterra.

a) Na Itália, a proclamação da República por Giuseppe Garibaldi, líder do movimento carbonário e republicano, estabilizou economicamente o país, permitindo a fixação das fronteiras internacionais italianas e sua unificação interna. b) Na Itália, com o apoio do Papa Pio IX, o movimento unificador difundiu-se a partir da cidade de Roma, sendo contrário aos interesses econômicos da burguesia do Piemonte e do norte do país. c) Na Alemanha, Bismarck implementou a unificação com a ajuda econômica e militar do Império Austríaco, opondo-se à política separatista da Prússia de Guilherme I. d) A criação da União Alfandegária (Zollverein) entre os estados alemães desenvolveu a industrialização e a economia da Confederação Germânica, culminando na unificação política com a criação do Segundo Reich (império) Alemão. e) Ambos os processos unificadores resultaram da derrota dos movimentos nacionalistas locais frente à reação das forças monárquicas reunidas pelo Congresso de Viena.

253. (PUC-RS) Em 1871, alterava-se profundamente o quadro geopolítico europeu com a conclusão do processo de unificação da Alemanha sob hegemonia prussiana e a criação do “Segundo Reich”. É correto afirmar que um componente político fundamental da estratégia prussiana de unificação foi o _________, tendo como base social decisiva _________ .

251. (Mackenzie-SP) A unificação política da Alemanha (1870-1871) teve como consequências: a) a ruptura do equilíbrio europeu, o revanchismo francês, a revolução industrial alemã e política de alianças. b) enfraquecimento da Alemanha e miséria de grande parte dos habitantes do sul, responsável pela onda migratória do final do século XIX. c) a anexação da Alsácia e Lorena, o empobrecimento do Zollverein e retração do capitalismo. d) corrida colonial, revanchismo francês, o enfraquecimento do Reich e anexação da Áustria. e) o equilíbrio europeu, a aliança com a França, a formação da união aduaneira e a Liga dos Três Imperadores.

a) republicanismo – a alta burguesia b) nacional–socialismo – os operários fabris c) militarismo – a aristocracia fundiária d) nacional–socialismo – a alta burguesia e) militarismo – os operários fabris 254. (UECE) As unificações alemã e italiana, em 1860/1871, aconteceram, segundo os historiadores, a partir da chamada “via prussiana”. Isto significa que:

252. (PUC-SP) Considere os textos a seguir, que se referem a dois momentos distintos da história alemã: respectivamente, à unificação do Estado nacional, no século XIX, e ao período nazista, no século XX.

a) foram realizadas de cima para baixo, isto é, a partir de uma aliança entre a burguesia e a aristocracia. b) as mudanças ocorridas naqueles países correspondiam às expectativas plenas dos trabalhadores. c) as mudanças foram feitas de baixo para cima, isto é, a partir de uma aliança entre setores populares e setores intelectuais da classe média. d) as transformações políticas na Itália e na Alemanha se verificaram a partir de intervenções de potências estrangeiras, especialmente da Prússia.

O próprio Bismarck parece não ter-se preocupado muito com o simbolismo, a não ser pela criação de uma bandeira tricolor, que unia a branca e preta prussiana com a nacionalista liberal preta, vermelha e dourada (...). HOBSBAWN, Eric. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, p. 281.

255. (UFG-GO) A unificação italiana, no final do século XIX, ameaçou a integridade territorial da Igreja. Esse impasse resultou:

Hitler escreve a propósito da bandeira: ‘como nacional-socialistas, vemos na nossa bandeira o nosso programa. Vemos no vermelho a ideia social do movimento, no branco a ideia nacionalista, na suástica a nossa missão de luta pela vitória do homem ariano e, pela mesma luta, a vitória da ideia do trabalho criador que como sempre tem sido, sempre haverá de ser antissemita’.

a) no reforço dos sentimentos nacionalistas na Itália, provocando a expropriação das terras da Igreja. b) no envolvimento da Igreja em lutas nacionais, criando congregações para a expansão do catolicismo. c) na adoção de atitudes liberais pelo Papa Pio IX, como forma de deter as forças fascistas. d) na assinatura do Tratado de Latrão, em 1929, quando Mussolini criou o Estado do Vaticano. e) no “Risorgimento”, processo em que segmentos ligados à Igreja defenderam a Itália independente.

REICH, Wilhelm. Psicologia de massas do fascismo. São Paulo: Martins Fontes, 1988, p. 94-5.

Sobre os processos e períodos históricos mencionados acima, pode-se dizer que:

181

256. (UFRGS-RS) Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que está correta em relação ao processo de unificação italiana, concluída na segunda metade do século XIX.

e) impediu o surgimento de fluxos de emigração de camponeses para o Continente Americano, por meio da implantação de uma política de fechamento das suas fronteiras.

a) O Congresso de Viena concluiu o processo de integração nacional italiano na medida em que este veio ao encontro dos interesses das elites locais. b) O processo de unificação nacional resultou das fortes pressões da burguesia do sul do país, cuja economia demandava um mercado interno homogêneo, dinâmico e integrado para a colocação da sua moderna produção industrial. c) A construção do Estado Nacional implicou enfrentar e expulsar as tropas de ocupação pertencentes aos impérios britânico, russo e espanhol, estabelecidas na Península Itálica desde os acontecimentos de 1848. d) O movimento de unificação partiu das áreas mais industrializadas, teve forte presença de uma burguesia interessada na ampliação do mercado interno e foi sustentado pela ideologia do nacionalismo. e) A consolidação da formação do Estado nacional italiano ocorreu com a anuência do papa Pio IX e o reconhecimento, pelo primeiro-ministro Cavour, da existência e da soberania do Estado do Vaticano, após as negociações da Questão Romana.

258. (Fuvest-SP) “Fizemos a Itália, agora temos que fazer os italianos”. “Ao invés da Prússia se fundir na Alemanha, a Alemanha se fundiu na Prússia”. Estas frases, sobre as unificações italiana e alemã: a) aludem às diferenças que as marcaram, pois, enquanto a alemã foi feita em benefício da Prússia, a italiana, como demostra a escolha de Roma para capital, contemplou todas as regiões. b) apontam para as suas semelhanças, isto é, para o caráter autoritário e incompleto de ambas, decorrentes do passado fascista, no caso italiano, e nazista, no alemão. c) chamam a atenção para o caráter unilateral e autoritário das duas unificações, imposto pelo Piemonte, na Itália, e pela Prússia, na Alemanha. d) escondem suas naturezas contrastantes, pois a alemã foi autoritária e aristocrática e a italiana foi democrática e popular. e) tratam da unificação da Itália e da Alemanha, mas nada sugerem quanto ao caráter impositivo de processo liderado por Cavour, na Itália, e por Bismarck, na Alemanha.

257. (UFV-MG) A unificação política da Itália, ocorrida na segunda metade do século XIX, foi um processo tardio, considerando o contexto histórico europeu. Sobre esta unificação, é correto afirmar que ela:

259. Quais as diferenças entre o Reino do Piemonte e outros Reinos na Península Itálica?

a) possibilitou a sua participação na corrida colonial, envolvendo-a no domínio do mercado internacional juntamente com a Inglaterra e a França. b) contribuiu em parte para romper o equilíbrio político-militar que, a partir do Congresso de Viena, foi estabelecido entre as nações europeias. c) acarretou o desenvolvimento do capitalismo a partir de um intenso surto de industrialização que se estendeu por todo o seu território. d) permitiu o reatamento das relações políticodiplomáticas com o Vaticano e a garantia do direito de liberdade religiosa aos cidadãos.

260. (Vunesp) Antes de 1871, a Alemanha não era propriamente um país, mas um território politicamente dividido em trinta e nove pequenos Estados. Porém, desde 1834, o seu mercado encontrava-se unificado por meio do “Zollverein”. E foi sobre esta base que se construiu o Império Alemão em 1871. a) Cite o Estado alemão que liderou a mencionada unificação. b) Esclareça no que consistiu o “Zollverein”.

261. (UFSM) Observe o mapa a seguir: Expansão territorial norte-americana (século XIX) 1ª fase Treze colônias (1775) Cessão da Grã-Bretanha (1783)

Minnesota

2ª fase Compra da França (1803) Compra da Espanha (1812-19)

Oregon

Incorporação (1818)

Louisiana

3ª fase Associação do México (1845) Acordo com a Grã-Bretanha (1845)

Nevada

Anexação do México (1848) Compra do México (1853)

Treze Colônias

Califórnia

4ª fase Compra da Rússia (1867) Anexação (1889) Reservas indígenas em 1875 Limites da colonização até 1860

Texas Flórida Havaí

N 0

400 km

Golfo do México

182

Alasca

264. (UERJ)

Essa rápida expansão territorial dos Estados Unidos da América no século XIX, mostrada no mapa, foi impulsionada por uma ideologia propagadora da crença de que os norte-americanos eram um povo eleito pela vontade divina para conquistar o Novo Mundo e expandir os seus domínios sobre territórios e populações que estivessem no seu caminho da “marcha para o oeste”. Trata-se: a) do Fardo do Homem Branco. b) da Declaração de Independência. c) do Corolário Rooseveltiano. d) da Doutrina Monroe. e) do Destino Manifesto. 262. (Unirio-RJ) “... era como se os Estados Unidos tivessem como objetivo uma missão civilizatória junto aos povos da América Latina.”

“Progresso Americano” (1872)

Hervert Croly, “The Promise of American Life”

A tela de John Gast simboliza a difusão de progressos materiais, como as ferrovias e o telégrafo, nos EUA, no decorrer do século XIX. Essas mudanças contribuíram para a conquista de novos territórios e foram justificadas pelo seguinte conjunto de ideias: a) Doutrina Monroe. b) Política do Big Stick. c) Política da Boa Vizinhança. d) Doutrina do Destino Manifesto.

A consolidação do capitalismo nos Estados Unidos da América, ao longo do século XIX, identificou-se em seu processo de expansão territorial, que se relaciona corretamente com o(a): a) Destino Manifesto, que fundamentava a distinção política e econômica entre os estados sulistas escravocratas e os nortistas industriais. b) fim da guerra hispano-americana, que acarretou a incorporação da Flórida, de Cuba e da zona do Canal do Panamá. c) vitória no conflito contra o México, que resultou na anexação dos territórios do Texas, Novo México e Califórnia. d) Marcha para o Pacífico, que estendeu o território americano até a costa oeste, com a invasão e a ocupação do Alasca e dos territórios do noroeste do Canadá. e) Doutrina Monroe, que ratificou a compra dos territórios franceses e ingleses na América, tais como a Luisiana e o Oregon.

265. (UFF-RJ) A formação das nações americanas do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul se processou a partir de relações históricas distintas e, desse modo, desenhou sociedades cujos valores culturais e sociais assumiram perspectivas políticas variadas e diversas. Entretanto, é possível estabelecer entre elas alguns pontos comuns com relação ao seu processo histórico e às ideias matrizes vindas da Europa. Levando em conta a afirmação acima: a) Indique o movimento de ideias que foi comum às duas regiões, tanto ao Norte quanto ao Sul, no que diz respeito aos processos de independência, e explique uma diferença nos seus processos de formação de estados nacionais, tomando como referência a expansão europeia dos séculos XVI e XVII; b) Explique o significado de “destino manifesto”, presente na formação dos Estados Unidos da América a partir de 1776.

263. (UERJ) Precisamos manter para sempre o princípio de que só o povo deste continente tem o direito de decidir o próprio destino. Se, porventura, uma parte desse povo, constituindo um estado independente, pretendesse unirse à nossa Confederação, esta seria uma questão que só a ele e a nós caberia determinar, sem qualquer interferência estrangeira. Primeira mensagem anual do presidente Polk ao Congresso dos Estados Unidos. In: SYRETT, H.C., org. Documentos istóricos dos Estados Unidos, Cultrix, s/d.

266. (Unicamp-SP) Tanto nos Estados Unidos como no Brasil, a política rural estava ligada a uma certa concepção de trabalho. Mas, enquanto a Lei Brasileira de 1850 dificultava a obtenção de terra pelo trabalhador livre, o “Homestead Act” de 1862, nos Estados Unidos, doava terra a todos os que desejassem nela se instalar.

O discurso acima, de 2 de dezembro de 1845, reafirmava a crença do presidente Polk na expansão do território americano. O conjunto de ideias que melhor explicita essa crença é: a) o New Deal. b) a Doutrina Truman. c) o Destino Manifesto. d) a Política de Boa Vizinhança.

Emília Viotti da Costa, Da Monarquia à República, Brasiliense, 1985. Adaptado.

a) Compare as políticas de acesso à terra nos Estados Unidos e no Brasil na segunda metade do século XIX, mostrando no que diferem. b) Qual o impacto dessas políticas para o desenvolvimento agrícola e industrial no Brasil e nos Estados Unidos?

183

267. (Unicamp-SP) No fim do século XIX, Frederick Jackson Turner elaborou uma tese sobre a “fronteira” como definidora do caráter dos Estados Unidos até então. A força do indivíduo, a democracia, a informalidade e até o caráter rude estariam presentes no diálogo entre a civilização e a barbárie que a fronteira propiciava. As tradições europeias foram sendo abandonadas à medida que o desbravador se aprofundava no território em expansão dos Estados Unidos.

tista e líder do Partido Republicano. Nem todas as unidades da federação aceitaram o resultado eleitoral, e alguns estados sulistas criaram os Estados Confederados da América. Era o início da Guerra de Secessão, resultado das inúmeras divergências entre os estados do Norte e do Sul. Entre essas divergências, pode-se apontar: a) a questão fundiária, na qual o Sul defendia o acesso à terra para negros libertos, e o Norte defendia o acesso apenas por meio da compra. b) a questão bancária, em que o Sul defendia a criação de um banco emissor nacional, e o Norte, a formação de bancos regionais e particulares. c) a proposta antagônica para a política alfandegária, em que o Norte defendia o protecionismo, enquanto o Sul apoiava o livre-cambismo. d) a questão da escravidão, na qual o Sul defendia a imediata abolição dessa instituição, e o Norte queria o fim gradual do escravismo. e) a defesa do Homestead Act pelo Norte e pelo Sul, apesar de que, na visão do Norte, essa lei só deveria atender aos homens recém-libertos da escravidão.

Em relação à questão da fronteira nos Estados Unidos, responda: a) De quais grupos ou países essas terras foram sendo retiradas no século XIX? b) O que foi o “Destino Manifesto” e qual seu papel nessa expansão? 268. (Unimontes-MG) Escreva C (correto) ou I (incorreto) ao lado das afirmativas sobre a Guerra de Secessão (1861-1865). (( ) A guerra civil norte-americana envolveu duas sociedades distintas: a do sul, baseada nas manufaturas, e a do norte, baseada na economia agrária de exportação.

271. (Fatec-SP) Sobre a Guerra de Secessão, ocorrida em meados do século XIX, nos Estados Unidos, é correto afirmar:

(( ) Ao final da guerra civil norte-americana, aprovou-se, através de uma Emenda à Constituição, a abolição da escravidão em todo o território americano, em 1865.

a) Com a vitória dos estados do Norte sobre os estados do Sul, a servidão foi abolida e foi adotada uma política protecionista. b) Abraham Lincoln, eleito presidente pelos sulistas, tentou evitar a guerra com o Norte, que era totalmente contrário à abolição da escravatura no país. c) Os estados do Norte, predominantemente agrícolas, defendiam uma política de livre comércio, enquanto os estados do Sul, industrializados, reivindicavam uma política protecionista. d) Os estados do Norte, por não fabricarem armas ou navios, foram bloqueados pelos estados do Sul e impedidos de exportar seus produtos e de receber ajuda externa. e) Os nortistas obtiveram alguns êxitos iniciais nessa guerra, mas, graças à superioridade populacional, industrial e financeira dos sulistas, terminaram derrotados.

(( ) A população escrava dos estados do sul foi declarada livre, em 1863, por Lincoln, em função de uma necessidade militar. (( ) Descontentes com a eleição de Lincoln para presidente, os estados do sul, liderados pela Carolina do Sul, separaram-se dos estados do norte e autodenominaram-se Estados Confederados. A sequência correta de respostas encontra-se na alternativa: a) I, I, C, C b) I, C, C, C c) C, I, C, I d) C, C, I, I 269. (UECE) O que opõe o Norte industrial ao Sul agrícola é uma divergência mais de ordem econômica: o primeiro é protecionista, o segundo quer a liberdade de comércio. Não é, portanto, a questão do escravismo que pode explicar a origem das hostilidades e de um conflito que causará a morte de mais de 600 mil americanos.

272. (FGV-SP) Acerca dos Estados Unidos, é incorreto afirmar que: a) obteve o reconhecimento de sua independência em 1783 e, ainda nesta mesma década, viu promulgada sua Constituição. b) o país foi devastado pela Guerra Civil (1861-1865), colocando em combate duas sociedades distintas: a do Norte, baseada em manufaturas e direcionando-se rapidamente para a industrialização, e a do Sul, baseada na economia agrária de exportação e procurando expandir a área destas lavouras. c) durante o século XIX, observou-se um aceleramento da ocupação do seu território, através de migrações internas e europeias, bem como sua expansão física, com a compra e anexação da Louisiana, Flórida, Nevada, Califórnia, Utah, Arizona, Novo México e Oregon. d) em 1860, o Sul detinha apenas 15% da capacidade industrial nacional, sendo que apenas 5% dos escravos eram empregados fora das lavouras. e) a abolição definitiva da escravidão ocorreu apenas em 1885, sendo um dos últimos países do mundo a adotar tal procedimento.

KERSAUDY, François. Estados Unidos: o nascimento de uma nação. Trad. Ana Montoia. In: “Revista História Viva”. São Paulo: Duetto, nov. 2003, p. 28. n. 1.

De acordo com o texto, podemos reconhecer como fator que desencadeou a Guerra de Secessão americana: a) a pretensão dos nortistas de impedir a expansão do escravismo nos territórios do Oeste, ainda não constituídos em estados. b) o radicalismo anti-escravista de Abraão Lincoln, eleito presidente da República, que ameaçava os direitos dos proprietários de escravos. c) a ação da sociedade secreta Ku Klux Klan, que acabou com a segregação racial ao conceder o igual direito de voto aos negros. d) a manutenção do escravismo nos Estados do Sul, que propiciava a industrialização nos Estados do Norte, devido à mão de obra barata. 270. (FGV-SP) As eleições presidenciais de 1860 nos Estados Unidos foram vencidas por Abraham Lincoln, nor184

273. (PUC-SP) A Guerra Civil Norte-americana (1861-65) representou uma confissão de que o sistema político falhou, esgotou os seus recursos sem encontrar uma solução (para os conflitos políticos mais importantes entre as grandes regiões norte-americanas, a Norte e a Sul). Foi uma prova de que mesmo numa das democracias mais antigas, houve uma época em que somente a guerra podia superar os antagonismos políticos. EISENBERG, Peter Louis. Guerra civil americana. S. Paulo, Brasiliense, 1982.

Dentre os conflitos geradores dos antagonismos políticos referidos no texto está a: a) manutenção, pela sociedade sulista, do regime de escravidão, o que impediria a ampliação do mercado interno para o escoamento da produção industrial nortista. b) opção do Norte pela produção agrícola em larga escala voltada para o mercado externo, o que chocava com a concorrência dos sulistas que tentavam a mesma estratégia. c) necessidade do Sul de conter a onda de imigração da população nortista para seus territórios, o que ocorria em função da maior oferta de trabalho e da possibilidade do exercício da livre-iniciativa. d) ameaça exercida pelos sulistas aos grandes latifundiários nortistas, o que se devia aos constantes movimentos em defesa da reforma agrária naquela região em que havia concentração da propriedade da terra. e) adesão dos trabalhadores sulistas ao movimento trabalhista internacional, o que ameaçava a estabilidade das relações trabalhistas praticadas na região norte. 274. (UFRGS-RS) Observe o mapa a seguir. Resultado das eleições presidenciais norte-americanas (novembro 2012) CANADÁ Washington Montana Oregon

Dakota do Norte

Idaho Wyoming

Dakota do Sul Nebraska

Nevada Utah

Colorado

California Arizona

New Mexico

Kansas

Maine Vermont Wisconsin New Hampshire Nova York Massachusetts Michigan Connecticut Pennsylvania Iowa New Jersey Indiana Ohio Delaware Illinois Virginia Maryland Kentucky do oeste Virginia Missouri

Minnesota

Oklahoma Arkansas

Texas

Georgia Alabama Mississippi

Alasca

Hawaii

Carolina do Sul

Flórida

Louisiana MÉXICO N

Carolina do Norte

Tennessee

Golfo do México

Democratas Republicanos

As afirmações a seguir estão relacionadas à Guerra da Secessão (1861-1865) e à situação político-eleitoral atual dos EUA. I. O sistema eleitoral norte-americano, desde o final da Guerra da Secessão, passou a utilizar o voto direto nas eleições presidenciais. II. Alguns dos estados que votaram no candidato republicano fizeram parte dos Estados Confederados. III. Os estados que votaram no candidato democrata fizeram parte, na sua maioria, dos Estados da União. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas l e ll. e) Apenas II e III.

185

275. (Fuvest-SP) Uma casa dividida contra si mesma não subsistirá. Acredito que esse governo, meio escravista e meio livre, não poderá durar para sempre. Não espero que a União se dissolva; não espero que a casa caia. Mas espero que deixe de ser dividida. Ela se transformará só numa coisa ou só na outra.

são de 1873 apressou o declínio dos Republicanos Radicais, que sentiram a falta do apoio financeiro dos bancos. Para o público, a corrupção tolerada pelos Republicanos Radicais agora parecia um desperdício inaceitável.

Abraham Lincoln, em 1858.

a) De acordo com o texto, aponte dois fatores que levaram à vitória do projeto de exclusão dos negros no sul dos Estados Unidos após a Guerra da Secessão. b) Quais foram as causas da Guerra da Secessão?

EISENBERG, Peter Louis. Guerra Civil Americana. São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 102-105. Adaptado.

Esse texto expressa a: a) posição política autoritária do presidente Lincoln. b) perspectiva dos representantes do sul dos EUA. c) proposta de Lincoln para abolir a escravidão. d) proposição nortista para impedir a expansão para o Oeste. e) preocupação de Lincoln com uma possível guerra civil.

278. (PUC-MG) A Guerra Civil norte-americana, também chamada de Secessão, por se tratar do conflito entre o Sul e o Norte dos EUA, trouxe desdobramentos políticos ideológicos graves para a formação da identidade nacional do país. Assinale o fato que mais aprofundou a radicalização dos conflitos étnicos em território americano ao longo do século XX.

276. (UERJ) Os líderes dos estados do Norte dos Estados Unidos, durante o movimento contra o Sul escravista na Guerra de Secessão (1861-1865), tinham ideias a respeito da escravidão que podem ser resumidas com a seguinte frase: a escravidão era, para eles, “remanescente de um mundo agonizante de barão e servo, nobre e escravo”.

a) A criação da Ku-Klux-Klan em território sulista ao final da guerra. b) A formação dos Estados Confederados liderados por Abraham Lincoln. c) O estabelecimento da doutrina Monroe, que garantia as liberdades civis a todas as raças nos EUA. d) As leis a favor do apartheid, promulgadas após o desfecho do conflito.

MOORE Jr., Barrington. As origens sociais da ditadura e da democracia. São Paulo: Martins Fontes, 1983. Adaptado.

De acordo com a Constituição norte-americana de 1787, cada estado da federação poderia decidir pela manutenção ou não do trabalho escravo. A permanência da escravidão no Sul, no entanto, ampliou os conflitos com o Norte do país, levando à Guerra de Secessão. Indique uma oposição de ordem política, econômica ou social entre os estados do Norte e os do Sul que tenha contribuído para deflagrar a guerra civil. Apresente, também, a principal consequência político-econômica da vitória dos estados do Norte para o país.

279. (Fuvest-SP) A recente catástrofe ocorrida em Nova Orleans mostrou a pobreza da região, mais uma vez apontando as diferenças econômicas e sociais entre o norte e o sul dos Estados Unidos. Para a maioria dos historiadores, essas diferenças estão associadas à Guerra de Secessão, que dividiu o país, no século XIX, e deixou sérias consequências. a) Quais eram as diferenças entre o norte e o sul dos Estados Unidos antes da Guerra? b) Qual o tratamento dispensado pelos vitoriosos aos derrotados no final da Guerra?

277. (Unicamp-SP) Nos Estados Unidos da década de 1870, o projeto político sulista de excluir os negros venceu. Os Republicanos Radicais ficaram isolados em sua defesa dos negros e tiveram que enfrentar a oposição violenta do terrorismo branco no sul. A Ku Klux Klan, formada por veteranos do exército confederado, virou uma organização de terroristas, perseguindo os negros e seus aliados com incêndios, surras e linchamentos. A depres-

280. (UFG-GO) De 1861 a 1865, os Estados Unidos enfrentaram a Guerra de Secessão entre os Estados do sul e os do norte do país. Explique dois interesses em jogo na deflagração desse conflito.

186

Gabarito

143. B 144. C 145. C 146. D 147. A 148. E 149. B 150. A 151. B 152. C 153. a) O estudante deverá identificar no texto de Joaquim Nabuco uma crítica ao período regencial no Brasil, caracterizado como uma época de “agitação federalista extrema”, de “anarquização das províncias”, trazendo uma ameaça de fragmentação política do Brasil. Segundo os grupos mais conservadores, esse fato pode ser associado ao Ato Adicional de 1834, que concedia autonomia para as províncias. b) O estudante deverá argumentar que o período regencial foi chamado de “uma experiência republicana federalista”, a partir da ocorrência da ausência de um rei soberano no comando da Nação, ficando o governo sob responsabilidade dos regentes, que teriam enfraquecido o poder centralizado no país. A criação das Guardas Nacionais, que atuavam principalmente nos municípios, paróquias e curatos, servindo de instrumento político armado para as elites locais, também deve ser mencionada, assim como a criação do Ato Adicional de 1834, visto comumente como o grande marco das medidas descentralizadoras do período regencial. Além disso, o Ato, ao transformar a Regência Trina em Regência Una, instituiu a eleição do regente pelo corpo dos eleitores e não mais pela Assembleia Geral. Deve, também, mencionar a criação dos Códigos Criminal (1830) e de Processo Criminal (1832), que determinavam a escolha de júris populares escolhidos localmente, bem como deixavam aos poderes locais a escolha dos membros do judiciário. 154. a) Extinção do Conselho de Estado, substituição da Regência Trina pela Regência Una, criação de Assembleias Legislativas nas províncias. b) Maior autonomia provincial durante o período, conferida, sobretudo, pela criação de Assembleias provinciais, mas também a renovação periódica do Regente, por meio de votação. O governo regencial representou uma vitória dos liberais moderados, que avançaram algumas propostas descentralistas de governo. Mas apesar de derrotados,

algumas das propostas dos exaltados foram ao menos parcialmente contempladas. Entre elas está a autonomia provincial. O modelo de república que estes exaltados tinham na cabeça era precisamente o modelo americano, que punha uma ênfase forte na autonomia das unidades federativas. Assim, apesar de não se tratar de uma federação, tal como a americana, alguns autores têm falado em “experiência republicana” para se referir a algumas das conquistas dos exaltados/ republicanos durante a Regência, inclusive o autor citado, Paulo P. de Castro. 155. a) De acordo com o texto, a construção da imagem de D. Pedro II, diferenciada da de seu pai, representaria segurança e estabilidade para o país e sua unificação em torno da figura do imperador. b) Das características do período regencial que ameaçavam a estabilidade do país, pode-se considerar a vacância do trono em razão da menoridade de D. Pedro II e a ocorrência de revoltas de caráter separatistas autonomistas em algumas províncias. 156. A 157. A 158. D 159. C 160. B 161. B 162. C 163. E 164. E 165. D 166. A 167. A 168. D 169. a) A indiferença dos governos regenciais frente às demandas regionais, apesar da aprovação do Ato Adicional de 1834, que instaurou uma espécie de “federalismo” na monarquia, e a acentuada crise econômica que atingia os produtos tradicionais da economia brasileira, incluindo o charque gaúcho. b) Durante as primeiras décadas do século XIX, várias rebeliões de escravos explodiram na província da Bahia. A mais importante delas foi a dos Malês, uma rebelião de caráter racial, contra a escravidão e a imposição da religião católica, que ocorreu em Salvador, em janeiro de 1835. Nessa época, a cidade de Salvador tinha cerca de metade de sua população composta por negros escravos ou libertos, das mais variadas culturas e procedências africanas, dentre as quais a islâmica, como os haussas e os nagôs. Foram eles que protagonizaram a rebelião, conhecida 187

como dos “malês”, pois este termo designava os negros muçulmanos que sabiam ler e escrever o árabe. Sendo a maioria deles composta por “negros de ganho”, tinham mais liberdade que os negros das fazendas, podendo circular por toda a cidade com certa facilidade, embora tratados com desprezo e violência. Alguns, economizando a pequena parte dos ganhos que seus donos lhes deixavam, conseguiam comprar a alforria. c) A aprovação da Lei Interpretativa do Ato Adicional em 1840 que, entre outras, restaurou o Conselho de Estado e acabou com a relativa autonomia das províncias e suas assembleias. Entretanto, as resistências em relação às mudanças fizeram com que essas discussões durassem quase três anos, a ponto de que somente em maio de 1840 se deu a aprovação da lei de Interpretação do Ato Adicional, e a reforma do Código do Processo Criminal só foi aprovada em dezembro de 1841. Houve uma grande repressão desencadeada pelas revoltas da Cabanagem (30 mil mortos) e da Balaiada, enquanto o movimento da Farroupilha, de base elitista, mereceu uma negociação: em 1845, Caxias firmou com Davi Canabarro a Paz do Ponche Verde. Encerrava-se a Revolta dos Farrapos. O acordo de paz foi muito vantajoso para os farroupilhas: anistia aos revoltosos; integração dos oficiais rebeldes ao Exército Imperial com suas patentes; liberdade para os escravos que haviam participado da guerra; taxação sobre o charque platino importado; pagamento pelo Império das dívidas da guerra e indicação pelos farrapos do presidente de sua Província. 170. a) A Revolta dos Malês ocorreu na Bahia, em 1835, liderada por negros muçulmanos que falavam árabe. Criticavam a escravidão e a imposição do catolicismo. A Revolta da Farroupilha ocorreu no Rio Grande do Sul, entre 1835-1845, e possuía um caráter separatista, ou seja, separar-se do Brasil e adotar uma república. A Balaiada ocorreu no Maranhão e suas origens remetem às disputas políticas pelo controle do poder local. b) A Balaiada foi constituída por elementos populares, incluindo escravos que sonhavam com a liberdade. Estes sujeitos históricos contestavam os privilégios dos comerciantes portugueses e da elite agrária. Devido à divergência entre os líderes e a falta de unidade em torno de um projeto, o movimento entrou

em declínio e foi derrotado em 1841. A Farroupilha, por sua vez, foi um movimento de elite liderado pelos estancieiros contra os impostos abusivos cobrados sobre o charque, que acabavam beneficiando o charque dos países vizinhos. Desta forma, o movimento defendeu a separação, surgindo a República Rio-grandense e a República Juliana em Santa Catarina. O movimento terminou em 1845 depois de uma intensa luta entre as tropas do império e os revoltosos. c) Estas revoltas ocorreram no Período Regencial, 1831-1840, momento em que começaram a surgir o Estado Nacional Brasileiro e os partidos políticos: Partido Liberal (defendeu o federalismo, maior autonomia para as províncias) e o Partido Conservador (defendeu a centralização do poder). 171. Uma dentre as revoltas populares: Balaiada (Maranhão), Cabanagem (Grão-Pará), Malês (Bahia). / A maioridade de D. Pedro II foi a solução para a crise, pois teve como consequência a restauração do Poder Moderador, além de ser o mecanismo encontrado pelas elites imperiais de retorno à ordem com o fim das revoltas descentralizadoras que ameaçavam a unidade do Império e dos confrontos gerados pelas regências. 172. a) O candidato deveria indicar e analisar duas características do período regencial. Entre elas, destacamos os mais citados períodos marcados pela abdicação de D. Pedro I e minoridade de D. Pedro II e pelo exercício do poder nas mãos dos regentes: governo marcado por uma certa instabilidade política, no qual emergiram projetos de natureza política diversa, como o republicanismo, a presença de estauradores, os embates entre liberais e conservadores etc.; questionamento ao modelo político proposto pela Constituição de 1824; aprovação do Ato Adicional; debate em torno da autonomia provincial; criação da Guarda Nacional; restrições ao exercício do poder moderador, entre outros. b) O candidato tinha o auxílio do mapa, no qual encontrava os nomes e locais das quatro grandes revoltas do período. A partir destas informações, deveria apresentar as características gerais das revoltas. Entre as revoltas mais citadas, tivemos a Revolta Farroupilha, com seu republicanismo e desejo de autonomia regional. Capítulo 4 173. D

174. A 175. C 176. E 177. D 178. A 179. B 180. C 181. O regime político predominante implantado pelos movimentos de independência das colônias da América Espanhola foi a República. b) São fatores que se relacionam à crise do Antigo Sistema Colonial e aos movimentos de independência na América Espanhola: Advento da Revolução Industrial na Inglaterra que almejava o fim do Pacto Colonial para a ampliação de mercados; Influência do pensamento liberal (Iluminismo); Aumento do fiscalismo da metrópole; Insatisfação da elite criolla com a política metropolitana em relação às colônias. 182. a) Serão observadas, positivamente, as citações de fatores e considerações que expliquem o processo de independências na América Espanhola, sem prejuízo de outras citações afins ou correlatas: Um dos fatores comuns, e talvez o principal deles, é o fato de que as independências da América Espanhola relacionam-se com a ocupação napoleônica da Península Ibérica, entre 1806 e 1808. Como muitos espanhóis não obedeciam a Napoleão, muitos colonos também não o faziam. Outro fator diz respeito à ausência de liberdade comercial e política nos espaços coloniais, que estavam submetidos à autoridade da metrópole. Também pode ser citada a crise do Antigo Regime e o advento de uma era de revoluções que, entre 1810 e 1820 e entre 1820 e 1830, colocaram em questão o absolutismo monárquico e a necessidade da adoção de preceitos constitucionais. Embora variem de lugar para lugar, as lutas de independência na América espanhola apresentam ainda outras características comuns. Via de regra, o processo emancipatório foi conduzido pelos extratos sociais mais elevados, que já dispunham de certo status e prestígio durante a colonização. Os brancos que ocupavam os altos postos da administração colonial e os criollos, que nasceram na colônia, lideraram os movimentos. Entre estes havia enorme descontentamento pelo fato de não participarem das decisões tomadas na metrópole para a administração colonial. Pode-se mencionar, ainda, como fatores responsáveis pelas independências nas colônias espanholas, a transferência de enormes riquezas para a Espanha e 188

sua concentração nas mãos de uma elite restrita, bem como o uso da mão de obra colonial em modalidades de trabalho forçado e até mesmo escravo, e a presença de uma estrutura jurídico-militar opressiva sobre extratos significativos da sociedade. Tal estrutura de exploração provocou enorme pressão social nas sociedades americanas, promovendo a adesão aos movimentos emancipacionistas que eram vistos como a possibilidade de atingir a liberdade. Outros fatores referem-se ao desenvolvimento da economia colonial, estimulando o desenvolvimento do capitalismo e a ascensão da burguesia local, que começa a reivindicar maior espaço nos circuitos comerciais. Este é o caso, sobretudo no segmento dos criollos, muitos deles envolvidos em atividades mercantis e prejudicadas pelos metropolitanos. Na Europa, a crise do Antigo Regime e das monarquias absolutistas havia levado à intensa concorrência entre as nações europeias que, após as guerras napoleônicas e no contexto da Restauração e do Congresso de Viena, procuravam tentar sufocar movimentos liberais, desejosos de reformas e de adoção de princípios constitucionais. Isso levou ao desgaste e fragilidade política de muitas monarquias. A presença do ideário liberal, mas também de expressões do pensamento iluminista, inspiraram não somente os europeus, mas também os colonos na América a lutarem pela independência. Deve ser lembrada também a influência que a independência americana, em 1776, exerceu naquele contexto. b) Serão considerados, positivamente, os comentários e particularidades pertinentes à independência do Haiti, sem prejuízo de outras citações afins ou correlatas: No Haiti, o caminho seguido no processo de emancipação política foi bastante diferente. Uma das principais diferenças é o caráter racial que marcou o movimento: sua independência foi obtida mediante a liderança dos escravos negros. No Haiti, logo após a Revolução francesa, ocorreram levantes sistemáticos de escravos que destruíam os engenhos e atacavam seus proprietários e agentes colonizadores franceses. Na porção francesa da ilha de São Domingos – o Haiti – quase a totalidade da população era composta por escravos de origem africana, que eram explorados por uma minoria absoluta e secundada por escravos libertos e mulatos também livres. A administração colonial compu-

nha-se de um governador-geral, de poderes quase absolutos, um tesoureiro ou intendente encarregado das finanças e uma assembleia formada exclusivamente pela elite branca. A Revolução Francesa ascendeu nessa elite branca minoritária o desejo da emancipação política e os ideais revolucionários atingiram também os ex-escravos, como Vincent Ogé, que liderou uma revolta armada contra os brancos, mas foi derrotado e executado. Em 1794, o governo francês, controlado pelos montanheses e sans-culottes mais radicais, decretou a abolição da escravidão na ilha, o que fortaleceu o movimento negro contra o jugo exercido pela elite branca no Haiti. Foi quando o líder negro François Dominique Toussaint, mais tarde chamado de Toussaint Louverture, chefiou a luta dos negros contra os brancos, derrotando os exércitos franceses. Louverture havia aprendido a ler e escrever, falava francês e não sua língua nativa. Mas, uma vez vitorioso, cometeu o equívoco de tentar uma aliança entre o Haiti e a França, procurando ganhar a confiança de Napoleão Bonaparte. Outro grande erro foi obrigar os ex-escravos a continuarem trabalhando compulsoriamente nas fazendas de açúcar, mantendo sua administração nas mãos dos brancos. O confinamento nas fazendas, a condescendência com os antigos exploradores brancos e a insatisfação dos negros provocaram uma grande reação contra a administração de Louverture. Surgiu forte reação entre os ex-escravos mais radicais, contrária ao seu governo, e dentre eles estava seu próprio sobrinho. Mas essa reação não conseguiu êxito. Em seguida, o governo francês enviou, entre 1802 e 1803, quase 25 mil soldados para tentar restabelecer o controle sobre a ilha, cuja produção de açúcar era fundamental para concorrer com o açúcar inglês produzido nas Antilhas. Louverture foi capturado, preso e morreu no cárcere, mas os haitianos resistiram às investidas francesas; novos reforços foram enviados à ilha, mas os franceses não conseguiram reconquistar aquele território. Baixas em combate e doenças tropicais, sobretudo a febre amarela, que inclusive vitimou o general Leclerc, lentamente conduziram à derrota francesa. Ao rechaçar os colonizadores, também a elite branca do Haiti foi exterminada durante os combates e, diante da destruição das lavouras e engenhos, a economia foi duramente atingida. Com o apoio de ingleses e

americanos, Dessalines manteve a independência da ilha e os escravos viram-se definitivamente livres do trabalho compulsório nas lavouras e nos engenhos. Tal processo peculiar motivou, ainda no seu próprio tempo, o receio em vários lugares, em especial no Brasil, do fenômeno conhecido como haitianismo, ou seja, o temor ante uma insurreição generalizada dos escravos. Pode-se dizer que, diferentemente de outros países, no Haiti o processo de independência correspondeu a uma verdadeira revolução popular. 183. C 184. E 185. Construção de uma unidade entre as nações latino-americanas, a fim de garantir sua efetiva soberania em face das ameaças tanto de natureza político-militar quanto econômica. 186. a) Originário da elite criolla (descendentes de espanhóis nascidos na América) da Venezuela, é considerado o principal líder no processo de independência das colônias espanholas da América do Sul. Com base no texto, Bolívar faz referência ao processo de emancipação da América Espanhola. b) Como uma “meia espécie” entre os “legítimos proprietários do país” (os índios) e os “usurpadores espanhóis” (os colonizadores). Considera-se que os criollos conduziram o processo de independência da América espanhola. 187. B 188. A 189. D 190. A 191. B 192. E 193. A 194. C 195. D 196. E 197. D 198. E 199. a) O projeto de unidade da Hispano-América. b) Devido aos particularismos regionais, as disputas políticas, o caudilhismo, os interesses ingleses e norte-americanos na fragmentação. c) As Conferências Internacionais Americanas, os Tratados de Comércio, a criação organismos interamericanos, como a O.E.A. 200. a) A independência e a liberdade estariam na união latino-americana. b) Liberdade para a população escrava. c) Elitista e aristocrática. 201. a) o candidato deverá indicar que o Brasil tendeu a manter as fronteiras geopolíticas da América 189

Portuguesa, enquanto a América Espanhola desintegrou-se em inúmeros países; além disso, no Brasil foi adotado o regime monárquico, enquanto os novos países hispano-americanos tenderam a assumir o regime republicano. b) O candidato deverá citar uma semelhança e uma diferença entre o projeto pan-americanista de Simón Bolívar e o expresso pela Doutrina Monroe, entre as quais: semelhança: preservação da independência dos países americanos contra investidas recolonizadoras europeias; diferença: Bolívar propunha abolir a escravidão e montar um exército comum para a defesa do hemisfério, propostas não apenas ausentes, mas contrárias ao monroísmo, cuja prática fundou-se no predomínio dos interesses dos Estados Unidos sobre os demais estados americanos. 202. a) Independência da Venezuela e a abolição da escravidão. b) A Independência da Colômbia e a Independência do Peru. c) O Liberalismo e o Republicanismo. 203. Ambos os discursos estabeleciam a ideia de integração da América Latina, sendo o de Simón Bolívar com ênfase à integração como fortalecimento frente ao imperialismo de grandes potências. A doutrina Monroe com a máxima “A América para os americanos” contestava a proposta de recolonização da América, apoiada pela Santa Aliança (1823), mas já evidenciava as intenções imperialistas dos Estados Unidos em relação à América Latina. Capítulo 5 204. D 205. B 206. E 207. E 208. C 209. C 210. B 211. A ideologia do anarco-sindicalismo implantada no Brasil durante a República Velha visava à substituição do Estado Burguês por uma forma de cooperação entre indivíduos livres. Os adeptos dessa ideologia vislumbravam uma sociedade marcada pela ordem e pelo progresso, porém não como o positivismo pensava no início da República, que era uma forma capitalista de entender a economia. 212. a) Várias ideias podem ser associadas aos anarquistas na Europa do século XIX, dentre elas a de que a educação deve ser um agente revolucionário e ter como objetivo destruir tudo que oprime e explora o ser humano. Outra ideia central do

movimento anarquista é a da primazia do indivíduo sobre a sociedade, da qual decorre a noção de que o indivíduo é único e que possui, por sua natureza, direitos que não podem ser discutidos por nenhuma forma de organização social. O movimento também se posiciona contra o sistema de representação característico das democracias liberais, afirmando a ação direta do indivíduo na sociedade. As ideias anarquistas também contemplam a crítica a todas as formas de preconceitos morais e ideológicos, com isso pretendiam fazer do indivíduo um ser sem condicionamentos mentais, garantindo a sua total liberdade. Desse modo, podemos sintetizar assim essas ideias: defesa de uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade, coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão. b) Os anarquistas defendem que em lugar de se apoderarem do Estado, os trabalhadores devem lutar pela sua abolição radical e imediata. Da mesma forma, acreditam que deve ser abolido todo o tipo de autoridade política opressora da liberdade humana. Preconizam a autogestão. E também concordam com a organização dos indivíduos. Essa organização deve levar em conta a ação consciente e voluntária de seus membros, promovendo a total igualdade de modo a limitar as formas tradicionais de domínio político. Os anarquistas defendem, desde o século XIX, a criação de sociedades mutualistas, cooperativas, associações de trabalhadores (sindicatos e confederações), escolas, colônias e experiências de autogestão. 213. a) O candidato poderá responder que, para os socialistas científicos, somente os trabalhadores, através de sua organização e de uma ação revolucionária para tomar o poder, seriam capazes de transformar a sociedade capitalista, eliminando as desigualdades e a miséria; discutir a proposta do socialismo científico, destacando a luta entre os que detêm os meios de produção (a burguesia) e os que possuem apenas a força de trabalho (proletariado), ressaltando que – na ótica de Marx e Engels – os interesses das duas classes sociais são irreconciliáveis, daí a noção de luta de classes; destacar que o socialismo científico ganhou força na segunda metade do século XIX, posto que veio a ser a base das conquistas pela melhoria das condições de trabalho e de salário do pro-

letariado; ressaltar que o socialismo científico – como força política – modificou profundamente o estilo da vida pública, introduzindo novos métodos de análise da sociedade, constituindo-se como uma força de oposição ao status quo; enfatizar, ainda, que o socialismo científico preconizava o fim da exploração do homem pelo homem e a defesa da construção de uma sociedade sem classes, com o desaparecimento gradual do Estado. b) Uma das seguintes respostas poderá ser dada: para Fourier, os socialistas deveriam fundar comunidades-modelo denominadas “falanstérios”, nas quais todos os participantes experimentariam as várias formas de trabalho, evitando a inveja e a especialização do trabalho. Para Louis Blanc, os socialistas deveriam reivindicar a criação de fábricas – cooperativas, em associação com o Estado. Para Robert Owen, os socialistas deveriam organizar associações de produtores, incluindo os proprietários e os trabalhadores, que dirigiriam as fábricas, tornando os meios de produção coletivos. Para Saint-Simon, o socialismo viria da ação filantrópica dos capitalistas que, através da diminuição dos seus lucros, aumentariam os salários dos trabalhadores, chegando a uma sociedade de iguais. 214 a) Liberalismo: ideologia burguesa que contestava o Estado Absolutista, desejando a implantação do Estado Liberal. b) Socialismo: ideologia proletária que reivindicava a supressão das desigualdades sociais. c) Nacionalismo: ideologia que postulava a unificação de povos de mesma origem etno-linguística, como foi o caso da Unificação Italiana e da Unificação Alemã, ou movimentos separatistas como o da Polônia, que procurou se libertar do domínio austríaco. 215. 01 + 02 + 08 + 32 = 43 216. D 217. C 218. E 219. C 220. E 221. B 222. 04 + 16 = 20 223. A 224. A 225. B 226. 01 + 02 + 04 + 08 + 32 = 47 227. A 228. A 229. A 230. B 231. E 232. B 190

233. D 234. D 235. E 236. D 237. B 238. B 239. D 240. C 241. A 242. a) Liberalismo econômico. A resposta é obtida pela leitura do texto ou mesmo pelo conhecimento que se tem sobre seu autor, pois Adam Smith é considerado o “pai” da teoria liberal na economia. b) Contexto de crise do Antigo Regime, quando o modelo de sociedade, caracterizado pelas imposições do Estado, é questionado em todos os sentidos, críticas fundamentadas em novas concepções de mundo desenvolvidas pelos filósofos iluministas. No campo econômico, o controle estatal, o intervencionismo e o sistema de monopólios passam a ser questionados. c) A livre concorrência, que se opõe ao sistema de monopólios adotado até então. Para o autor, a liberdade de produzir e comercializar não deve ser protegida pelo Estado, mas garantida a todo individuo, que, por sua vez, deve respeitar as leis sociais. 243. A defesa do não intervencionismo do Estado na economia e da livre iniciativa consagrando a livre concorrência. No entanto, no estágio atual do capitalismo, a livre concorrência tende a desaparecer diante da monopolização do capital. 244. Adam Smith, economista do século XVIII, é considerado o pai do liberalismo econômico, pois foi o principal crítico do intervencionismo mercantilista, praticado pelo Antigo Regime. Ao teorizar sobre o nascente capitalismo industrial, Smith afirmava que o trabalho era a verdadeira fonte de riqueza de uma sociedade; afirmava ainda que a economia deveria ser regida pela “mão invisível” das leis naturais. Já Karl Marx e Friedrich Engels, pensadores socialistas do século XIX, consideravam o liberalismo como uma ideologia burguesa e opressora, na qual o fruto do trabalho era apropriado pelos capitalistas. Assim, o capitalismo deveria ser destruído por meio de uma revolução armada, sendo substituído por uma economia planificada, dentro de uma sociedade sem classes. 245. O movimento revolucionário de 1830 contou com ampla participação burguesa sob a influência do liberalismo herdado da Revolução Francesa, bem como do nacionalismo que se intensificara devido às Guer-

ras Napoleônicas. O rei Carlos X foi destronado, instalando-se na França um regime monárquico liberal com a coroação de Luís Filipe de Orleans, que pôs fim ao Absolutismo. Na tela de Delacroix, a liberdade personificada em uma mulher carrega a bandeira tricolor idealizada no lema tradicional da Revolução Francesa, além da própria representação dos dois grupos sociais mais destacados daquele mesmo evento: os sansculottes e a burguesia. 246. a) As intenções restauradoras do Congresso de Viena expressaram-se nas resoluções tomadas com o objetivo de restaurar a monarquia absoluta, reconduzir a aristocracia ao poder e restabelecer a situação política europeia anterior à Revolução Francesa. Para tal, o Congresso de Viena estabeleceu dois princípios: o da legitimidade e o do equilíbrio europeu. O princípio da legitimidade visava restaurar nos Estados europeus as dinastias consideradas legítimas, isto é, as que reinavam antes da Revolução, e também restabelecer as fronteiras nacionais desse mesmo período; o princípio do equilíbrio europeu fundamentava-se no restabelecimento das relações de força entre as potências europeias por meio da divisão territorial do continente e também das possessões coloniais no mundo (alguns exemplos: a Inglaterra, a maior beneficiada, obteve a ilha de Malta, a região do Cabo, no sul da África, o Ceilão, ex-colônia holandesa, a Guiana na América do Sul e outras ilhas na América Central; a Península Itálica foi toda dividida, restando como Estados autônomos apenas o Reino de Piemonte Sardenha, os Estados Pontifícios e o Reino das Duas Sicílias; a Holanda incorporou a Bélgica, formando os Países Baixos; a Rússia ficou com a maior parte da Polônia; a Suíça passou a ser um Estado neutro; a Prússia ficou com parte da Polônia e da região do Rio Reno e a Áustria ficou com outra parte da Polônia e o norte da Itália). O candidato poderá ainda indicar a criação da Santa Aliança, proposta pelo Czar Alexandre I da Rússia, durante o Congresso, com a justificativa de proteger a paz, a justiça e a religião, cujos objetivos foram lutar contra quaisquer manifestações nacionalistas e/ou liberais decorrentes das ideias difundidas pela Revolução Francesa. b) O candidato poderá indicar um entre os seguintes princípios do Liberalismo: a defesa da ideia da liberdade como princípio fundamental do liberalismo; a valoriza-

ção do indivíduo, colocado à frente da razão de Estado, dos interesses de grupo e das exigências da coletividade; a defesa dos direitos à liberdade, igualdade, felicidade e propriedade como direitos naturais dos homens; o racionalismo e a crença na descoberta progressiva da verdade pela razão individual; a rejeição aos dogmas impostos pela Igreja, às autoridades, a afirmação do relativismo da verdade e a tolerância; a rejeição ao poder absoluto das monarquias do Antigo Regime e a proposta de limitação do poder através da aplicação do princípio da separação e equilíbrio dos poderes, vista como uma garantia do indivíduo face ao absolutismo; a defesa de governos baseada em leis escritas, as constituições; a defesa da não intervenção do Estado na economia, este deveria apenas garantir que a iniciativa privada, individual ou coletiva, e a concorrência trabalhassem livremente; defesa da livre concorrência, do livre comércio, da liberdade de produção e do respeito às leis naturais. 247. a) O governo provisório surgido com a revolução de fevereiro de 1848 contou com representantes (mesmo em minoria) do pensamento socialista. Esse curto governo colocou em prática as chamadas “oficinas nacionais”, onde se buscava a garantia de emprego para trabalhadores urbanos. b) A “primavera dos povos” varreu a Europa continental, derrubando diversos governos conservadores em poucos meses, mas depois de não mais de seis meses, novos (ou antigos) governantes conservadores (re) tomaram o poder. 248. Desenvolver a questão a partir da ideia de que, na sequência dos acontecimentos de 1848, os trabalhadores apresentaram uma pauta própria de reivindicações (direito à organização em sindicatos, redução da jornada de trabalho, sufrágio universal masculino, criação de uma república democrática etc.), ou seja, não mais submetida às propostas da chamada burguesia. 249. C 250. D 251. A 252. D 253. C 254. A 255. D 256. D 257. B 258. C 259. A maioria dos estados italianos permaneciam agrários e atrasados em relação aos demais países 191

europeus. O Piemonte, ao contrário, conheceu um poderoso surto industrial que fortaleceu a sua burguesia. 260. a) Prússia b) Unido a partir da quebra das barreiras alfandegárias, padronização de pesos, medidas e tarifas. 261. E 262. C 263. C 264. D 265. a) Os candidatos devem responder Iluminismo ou Luzes ou Ilustração e, a seguir, explicar as diferenças entre os dois processos de colonização, podendo referir-se às metrópoles às quais os espaços colônias se referem, mostrando as diferenças entre elas e ou as diferenças no processo de ocupação, podendo levar em conta as relações sociais de produção, as formas de organização da propriedade, as regiões onde esses processos se verificaram, a expansão nos territórios coloniais ou, ainda, o desenvolvimento das ideias que levaram aos processos de independência. Normalmente, consideramos que, no Hemisfério Norte, se desenvolveram colônias de povoamento, com refugiados religiosos, que organizaram a pequena propriedade de produção diversificada e desenvolveram um comércio local, apoiados no trabalho livre. Ao mesmo tempo, no Hemisfério Sul, se desenvolveram colônias de exploração, baseadas no latifúndio monocultor, voltado para a exportação, com trabalho escravo. b) Os candidatos devem explicar que o destino manifesto foi a doutrina que inspirou o processo expansionista norte-americano realizado por meio de guerras e de compras de território. O destino manifesto significava que o povo americano era inspirado por Deus para realizar a obra civilizatória na América, ideia essa de base calvinista que, ao longo do tempo, deixou de ser vista do ponto de vista pessoal e passou a ser encarada do ponto de vista coletivo – “o povo americano tem seu destino traçado por Deus”. Isso justificava a expansão. Após a independência, houve um crescente desenvolvimento econômico, do qual resultou um intenso crescimento populacional. A combinação desses dois elementos propiciou o alargamento do território originalmente ocupado, levando à “marcha”, que ampliou as fronteiras em várias direções. Os candidatos podem mencionar o exemplo da política de compras aos franceses, a partir do início do século XIX, e aos espanhóis, gerando a incorporação dos territórios da

Louisiana e da Flórida. Ou, após a primeira metade do século XIX, o exemplo da anexação do Alasca, dominado pelos russos, ou, ainda, dar o exemplo da conquista do Oregon pelos ingleses, ou do Texas, conquistado pelos mexicanos. 266. a) Enquanto os Estados Unidos, por meio do “Homestead Act”, procuravam incentivar a ocupação de terras no Oeste tanto por norte -americanos como por imigrantes europeus, o Brasil criou obstáculos aos imigrantes e brasileiros de baixa condição social, por meio da Lei de Terras. Dessa forma, esses segmentos viam-se obrigados a trabalhar como meros substitutos dos escravos, já que o acesso à propriedade das terras lhes era dificultado. b) Para os EUA, a política rural contribuiu para o desenvolvimento de uma agricultura diversificada, com alta produtividade e nível técnico aprimorado, transformando-se num suporte do capitalismo industrial norte-americano. Para o Brasil, a política agrícola manteve o sistema fundiário colonial baseado na monocultura, a profunda desigualdade social entre proprietários e os sem-terra, além de criar obstáculos para o desenvolvimento do capitalismo industrial brasileiro. 267 a) Grupos indígenas, França, Espanha, México (destaque para a

Guerra dos EUA contra o México), Rússia. b) Os EUA ligavam a sua expansão territorial a uma missão divina de levar o progresso e a liberdade aos povos e territórios conquistados. 268. B 269. A 270. C 271. A 272. E 273. A 274. E 275. E 276. Uma oposição: o Norte dos EUA era manufatureiro, industrial; o Sul dos EUA era agrário, rural. / A principal consequência: o ideal manufatureiro/industrial do Norte atingiu o Sul após a guerra, marcando em definitivo a formação progressista dos EUA. 277. a) Segundo o texto, o enfraquecimento dos republicanos radicais (favoráveis aos negros) causado pela redução do apoio financeiro dos bancos a eles, devido à depressão de 1873. Por outro lado, desencadeou-se a atividade terrorista praticada pela Ku Klux Klan contra os negros nos estados sulistas. b) Diferenças entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos, sendo o primeiro industrial, burguês, abolicionista e defensor do protecionismo alfandegário; já o Sul era agroex-

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portador, aristocrático, escravista e defensor do livre-cambismo. 278. A 279.a) Anteriormente à Guerra de Secessão, também conhecida como Guerra Civil Norte-Americana, no Norte predominava a economia industrial, o trabalho livre, a sociedade de classes, a influência política da burguesia e a defesa do protecionismo alfandegário. Os Estados sulistas caracterizavam-se pela economia agroexportadora, pelo predomínio do trabalho escravo, pelo poder da aristocracia fundiária e pela defesa do livre-cambismo em favor das exportações, sobretudo de algodão e tabaco. b) Os Estados sulistas foram temporariamente ocupados por tropas do Norte e o governo dos Estados Unidos implementou uma política para a reorganização da economia sulista de modo a promover a integração territorial e econômica do país. 280. Escravidão. / Interesse federalista divergente entre o norte e o sul. / Defesa pelo norte da união entre desiguais (modelo econômico industrial e protecionista do norte em oposição ao agrarismo escravocrata e liberal do sul). / Questão territorial a oeste (medo da escravidão a oeste). / Defesa das tarifas alfandegárias protecionistas pelos nortistas, em prejuízo da Inglaterra.

Anotações

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O que foi o Período Regencial na história do Brasil Brainly?

Resposta: Na História do Brasil, o chamado Período Regencial foi o intervalo de nove anos entre o fim do Primeiro Império, comandado por D. Pedro I, e o início do Segundo Império, com subida ao trono de D. Pedro II.

Qual a importância dos estudos sobre o passado feitos por historiadores como Boris Fausto?

Na verdade, a História serve como um índice importante de como certos caminhos foram trilhados, de como certos caminhos devem ser percorridos com maior cuidado ou mesmo até evitados. A História serve, sobretudo, para que a gente entenda que o Brasil não começou em um determinado momento, a critério dos governantes.

É correto afirmar que o Período Regencial?

O Período Regencial marca o intermédio entra o Primeiro e Segunda Reinado, ou seja, marca o acontecimento da abdicação do trono até o Golpe da Maioridade. Esse período ocorreu entre os anos 1831 e 1840 quando D. Pedro I abdicou do trono para dá a vez a seu filho D. Pedro II, que tinha apenas 5 anos.

Quem governava o Brasil em 1835?

Diogo Antônio Feijó, de São Paulo, regente único de 1835 a 1837.