Porque o Norte da África também pode ser chamado de África Setentrional?

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O continente africano abriga duas sub-regiões claramente delimitadas: a África Setentrional (Norte), também chamada Saariana, e a Subsariana (Sul). O limite natural entre ambas é o deserto do Saara.

Dentre os 53 países da África, 6 pertencem à África Setentrional. Esses países têm características físicas e humanas semelhantes às das nações do Oriente Médio. O clima é desértico e a região, majoritariamente ocupada, desde o século VII, por povos árabes que difundiram o islamismo, a língua e a cultura árabes.

A África Subsaariana, bem mais extensa, reúne a maioria da população, predominantemente negra. Essa região concentra alguns dos principais problemas econômicos e sociais do planeta, somados a guerras civis que opõem diversos grupos étnicos e ciclos de golpes e contragolpes do Estado. A situação econômica dos países do Norte, é sensivelmente melhor do que a dos vizinhos do Sul.

Observe no mapa a seguir a divisão da África:

Porque o Norte da África também pode ser chamado de África Setentrional?
África Saariana
Porque o Norte da África também pode ser chamado de África Setentrional?
África Subsaariana

Um continente que possui tantos recursos naturais, contrasta-se com a precariedade econômica, a qual fica agravada pelos conflitos armados, pela fome e por deficiências sanitárias. Fatores incisivos, como a análise histórica das colônias, o imperialismo, a independência, as diversidades dos países, entre outros, merecem destaque na analogia do continente.

Dentre os fatores preocupantes, destaca-se que os 33,2 milhões de portadores do vírus HIV no mundo, aproximadamente 23 milhões são da África Subsaariana – quase 68% do total. Assim, de cada 10 pessoas que têm aids, sete vivem nessa região.

Os indicadores sociais do continente africano, representam o progresso mais baixo do planeta: educação, mortalidade infantil, expectativa de vida, entre outros. Porém, tratando-se do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), calculado pela ONU (Organização das Nações Unidas), todos os 22 países que têm IDH considerado baixo, são da África Subsaariana.


Fontes de Pesquisa:

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Rádio Vaticano. Acesso em 13/05/2010
Sua Pesquisa. Acesso em 07/05/2010

Fontes impressas:

Almanaque Abril 2009 - 35ª edição. São Paulo: Editora Abril, 2009
Atlas Geográfico Mundial – Para conhecer melhor o mundo em que vivemos – África. 3ª edição, 2005.
DIAMANTINO, Alves Correia Pereira; CARVALHO, Marcos Bernardino. Geografias do mundo – fronteiras, 9º ano.São Paulo: FTD, 2005.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro. Geografia: homem & espaço, 9º ano. 21ª edição. São Paulo: Saraiva, 2008.
Projeto Araribá. 9º ano. São Paulo: Moderna, 2007

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Com extensão territorial de aproximadamente 30,2 milhões de quilômetros quadrados, a África é o terceiro maior continente do planeta. Esse grande território, habitado por mais de um bilhão de pessoas, apresenta grande diversidade física, étnica, cultural e econômica. Todos esses elementos contribuíram para uma subdivisão regional, que estabeleceu a África Mediterrânea (também chamada de África Islâmica ou Setentrional) e a África Subsaariana. 

Porque o Norte da África também pode ser chamado de África Setentrional?

Mapa da África destacando a subdivisão do continente

Essa regionalização do continente tem o deserto do Saara como divisor natural e os aspectos humanos, em especial a religião, como fator cultural. A África Mediterrânea, situada ao norte do deserto do Saara, é composta por apenas cinco países (Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egito), além do território do Saara Ocidental. Já a África Subsaariana, compreende toda a área localizada ao sul do Saara, correspondendo a mais de 75% do continente.

As nações que integram a África Mediterrânea são banhadas pelo Mar Mediterrâneo ou pelo Oceano Atlântico. Apresentam características físicas e humanas semelhantes às das nações do Oriente Médio. O clima é desértico e a maioria dos habitantes é de origem árabe e seguidora do islamismo. Apesar de possuir problemas, essa porção do continente detém os melhores indicadores socioeconômicos da África.

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A agricultura nessa região é desenvolvida nas proximidades do Rio Nilo e na área denominada Maghreb. Porém, as principais fontes de receitas são oriundas da produção de petróleo, gás natural, além de vários outros minérios: fosfato, ouro, cobre, etc. O turismo é outra importante atividade econômica na África Mediterrânea, com destaque para Egito e Marrocos, que recebem milhões de visitantes anualmente.
Com população majoritariamente negra, a África Subsaariana apresenta grande diversidade cultural. A pluralidade religiosa é uma característica dessa porção continental, onde há cristãos, mulçumanos (principalmente na região do Sahel), judeus, além de várias crenças tradicionais. Os diversos grupos étnicos possuem dialetos, danças e costumes próprios, fato que contribui para a riqueza cultural da África. Porém, em alguns países, vários conflitos armados são desencadeados por diferentes grupos étnicos.

As riquezas no subsolo impulsionam a mineração. A África do Sul detém grandes reservas de diamante, cromo, platina, ouro (maior produtor mundial), entre outros minérios. Outro destaque é a grande produção de petróleo e gás natural nos países da África Subsaariana. O turismo, promovido nos diversos parques naturais, é outra importante fonte de recursos financeiros.

Apesar dessa grande riqueza mineral, a África Subsaariana apresenta vários problemas socioeconômicos e os organismos internacionais não desenvolvem políticas eficazes para solucioná-los. A fome, por exemplo, castiga grande parte dos africanos, os índices de desnutrição são absurdos nessa região do planeta: República Democrática do Congo (76%), Somália (72%), Burundi (63%), Serra Leoa (47%).

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), dos 33,4 milhões de portadores do vírus HIV no mundo, 22,4 milhões residem na África Subsaariana. Cerca de 1 em cada 3 adultos de Botsuana, Lesoto, Suazilândia e Zimbábue está infectado. Estima-se que a população desses países possa ser reduzida em 25% até 2020, como consequência da doença. Além da AIDS, a malária também é responsável pela morte de vários habitantes – anualmente, um milhão de africanos morrem em decorrência da doença.

Diante desse cenário, os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) das nações que compõem a África Subsaariana são os piores do planeta, reflexo da baixa expectativa de vida e do PIB per capita, além das altas taxas de analfabetismo e de mortalidade infantil. 

Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia

Porque se chama África Setentrional?

A África Setentrional é a região norte do continente, composta por países com população de maioria branca. Também chamada de África Branca, a África Setentrional é uma área correspondente ao norte do continente africano, composta por países cuja população é de maioria branca (caucasianos) e de origem árabe.

Como podemos chamar a África do Norte?

Culturalmente e etnicamente há apenas 2 regiões: África Branca, também conhecida como África do Norte (Egito, Líbia, Tunísia, Argélia, Marrocos, Saara Ocidental e Mauritânia), e África Negra ou África Subsaariana, composta por 47 países.

Como e conhecida a África Setentrional?

A África Branca – também conhecida como África do Norte ou Setentrional – é a porção do continente que se localiza acima do Saara, marcada pela predominância de povos brancos, de origem caucasoide, e pela hegemonia do islamismo.

O que significa África Setentrional e Meridional?

Na região do deserto do Saara (região setentrional), encontra-se o planalto setentrional por onde percorre o Rio Nilo. Na região leste, encontra-se grandes montanhas como o Kilimanjaro e o Monte Quênia. Já na parte meridional, encontra-se a cadeia do Cabo, com altitude que ultrapassa 3400 metros.