Quais foram as atividades econômicas dominantes no século xvi

A ocupação da região Sudeste teve seu início associado ao período das Grandes Navegações, em meados do século XVI, com a fixação dos luso-brasileiros na região costeira do Brasil desde o Oiapoque, ao norte, à baía de Paranaguá, em Santa Catarina, ao sul. O intuito da colonização foi obter a soberania do território e protegê-lo de invasores franceses.

Enviado diretamente pelo rei de Portugal, D. João III, o nobre português Martim Afonso de Sousa realizou uma grande expedição colonizadora. Martim Afonso foi o descobridor e fundador da Capitania de São Vicente, para onde veio juntamente com a sua armada, fundando, em janeiro de 1532, o primeiro povoamento do Brasil. Essa faixa litorânea se caracterizou pelos violentos conflitos entre povos indígenas e colonizadores portugueses e franceses.

No entanto, a colonização se consolidou com a chegada das missões jesuíticas. O primeiro Governador Geral, Tomé de Souza, trouxe os primeiros jesuítas (liderados pelo padre Manoel da Nóbrega) com o objetivo de encontrar e catequizar grupos indígenas presentes no “Novo Mundo”. Entre outros membros da missão jesuítica, destacou-se o padre José de Anchieta, que subiu a Serra do Mar, chegou até o Planalto de Piratininga (atual cidade de São Paulo), e fundou, em 25 de janeiro de 1554, um colégio que em pouco tempo tornou-se a Vila de São Paulo de Piratininga.

Neste período, os donatários, responsáveis pelas capitanias hereditárias, dividiram-nas em grandes glebas de terra conhecidas como sesmarias, que consistia na permissão do uso das terras para colonos. Uma parte dos colonos que vivia nos vilarejos da capitania de São Vicente iniciou uma jornada rumo ao interior das capitanias com o objetivo predominante de caçar índios e procurar ouro. O bandeirantismo nasceu na cidade de São Paulo, aproximadamente entre 1580 e 1730, alcançando a região de Minas Gerais na segunda metade do século XVII. Até esse momento, os estados que compõem a região Sudeste ocupavam lugar modesto no conjunto da economia brasileira, baseada na exploração do pau-brasil, no plantio de cana-de-açúcar e na agricultura de subsistência.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

O ouro e o diamante foram descobertos na região das Minas Gerais por volta do ano de 1687, começou a atrair um grande número de pessoas dos vilarejos situados próximos ao litoral para a sua exploração. Um número significativo de escravos trazidos do continente africano também chegou até a região neste período. Surgiram as “rotas do ouro”, denominação dada às localidades por onde o ouro era transportado até as áreas litorâneas, de onde partiam os carregamentos para Portugal, o que trouxe uma nova dinâmica econômica e social para o Sudeste.

A capitania do Rio de Janeiro se renovava à medida que estabelecia relações entre a região das Minas Gerais e o reino, tornando-se o principal centro urbano da Colônia. O estabelecimento da família real no Rio de Janeiro no ano de 1808 contribuiu para melhorias significativas na economia regional e para o início da produção de manufaturados no país. No ano de 1882, ocorreu a independência política do Brasil em relação a Portugal, repercutindo em todo o Brasil e em especial no Rio de Janeiro, que se tornou a nova capital do Império.

Nas áreas mais distantes da extração mineral, a produção de cana-de-açúcar constituiu a atividade econômica predominante em grande parte da região Sudeste, com destaque para o atual estado de São Paulo, durante a maior parte do século XVIII até meados do século XIX, quando a cultura cafeeira tomou destaque, tornando-se a atividade econômica principal.


Júlio César Lázaro da Silva
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista - UNESP
Mestre em Geografia Humana pela Universidade Estadual Paulista - UNESP

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Este artigo é sobre a atividade humana. Para a ciência social que a estuda, ver Economia.

Quais foram as atividades econômicas dominantes no século xvi

A atividade econômica (português brasileiro) ou atividade económica (português europeu) gera riqueza mediante a extração, transformação e distribuição de recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação de necessidades humanas, como educação, alimentação, segurança, entre outros.

A composição de uma dada economia é inseparável da evolução tecnológica, da história da civilização e da organização social, assim como da geografia e da ecologia do planeta Terra, e.g. eco-regiões que representam diferentes oportunidades de extração de recursos e de agricultura, entre outros fatores. A economia se refere também à medida de como um país ou região está progredindo em termos de produção.

Origem e Etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra "economia" pode ser traçada de volta à palavra grega οικονομία, "aquele que administra um lar", derivada de οικος, "casa", e νέμω, "distribuir (especialmente administrar)". De οικονόμος derivou-se οικονομία, que tinha não apenas o sentido de "administração de um lar ou família" mas também de "frugalidade", "direção", "administração", "acordo", e "renda pública de um Estado". O primeiro registro do significado da palavra "economia", encontrado em um trabalho possivelmente composto em 1440, é "a gestão de assuntos econômicos", nesse caso, de um mosteiro. 'Economia' é também registrada com outras acepções compartilhadas com οικονομία em grego, inclusive "frugalidade" e "administração". O uso atual mais frequente, "o sistema econômico de um país ou área", não parece ter se desenvolvido até o séc. XIX ou XX.

Setores econômicos[editar | editar código-fonte]

A economia inclui diversos setores, que se desenvolveram em fases sucessivasː

  • A economia antiga era baseada principalmente na agricultura de subsistência;
  • A Revolução Industrial diminuiu o papel da a agricultura de subsistência, convertendo-a ao processo capitalista de produção, de forma que as fazendas passaram a ser mais extensas e monocultoras nos últimos três séculos. O crescimento econômico se deu na maior parte na mineração, na construção civil e na indústria manufatureira;
  • Nas economias contemporâneas uma parcela cada vez maior da economia corresponde ao setor de serviços, o que compreende o setor financeiro e de tecnologia - componentes da chamada economia do conhecimento.

Nas economias modernas há três setores principais de atividade econômica:

  • Setor primário: Compreende a extração e produção de materiais crus, como milho, carvão, madeira e ferro; (Um mineiro e um pescador seriam trabalhadores do setor primário.)
  • Setor secundário: Compreende a transformação de materiais crus ou em grau de processamento intermediário em bens de produção ou de consumo, por exemplo, aço em carros, ou tecidos em roupas; (Um pedreiro e uma estilista seriam trabalhadores do setor secundário.)
  • Setor terciário: Compreende o fornecimento de serviços para as empresas e para os consumidores, como creches, cinemas e casas lotéricas. (Um vendedor de shopping e um contador seriam trabalhadores do setor terciário.)

No entanto essa não é a única forma de se classificar uma economia em setores. Também pode-se usar a uma divisão mais social ou jurídica como aquela que distingue o setor público do privado, ou ainda uma classificação mais moderno entre "primeiro setor", o governo; "segundo setor", empresas que visam o lucro; e o "Terceiro Setor, as chamadas organizações não-governamentais.

Mais detalhes sobre as várias fases de desenvolvimento econômico se seguem. Como esse processo estava longe de ser homogêneo geograficamente, a proporção entre esses setores varia muito entre as regiões do mundo, podendo ser uma forma para se examinar a desigualdade econômica.

História[editar | editar código-fonte]

Se considerarmos a História da Economia colocando em perspectiva o aumento da complexidade e eficiência da atividade econômica, os seguintes marcos cronológicos em geral serão destacados:

Atividade Econômica Familiar[editar | editar código-fonte]

Nas famílias primitivas se observaram atividades econômicas rudimentares: caça, pesca e agricultura. Os chefes da família cuidavam do planejamento e da distribuição e todos consumiam o que era produzido. Em sociedades mais complexas como a do Império Romano, se observou nas famílias as primeiras manifestações da divisão do trabalho [1].

Atividade Econômica Urbana[editar | editar código-fonte]

Quais foram as atividades econômicas dominantes no século xvi

A feira livre é o local tradicional onde se encontram pequenos produtores, comerciantes e compradores em busca de produtos de consumo, conseguidos atualmente através de trocas por moedas e pagamento de custos e lucros para financiamento e continuidade das atividades econômicas

Nas cidades surgiram os primeiros mercados e a moeda para facilitação das trocas de mercadorias, a solução natural para a falta ou excesso de produção. Também o intercâmbio e os contatos com outros lugares provocados pelas guerras, que em tempos de paz era dificultado pela carência de transportes, ajudaram nas atividades precursoras do comércio. Cidades prósperas e poderosas se formaram com o surgimento das civilizações da Mesopotâmia, Fenícia, Judeia, Grécia e Roma por volta do ano 3 000 A.C. e possibilitaram intenso comércio e as fundações dos primeiros bancos.[1]

Atividade Econômica Feudal[editar | editar código-fonte]

Com o colapso do Império Romano Ocidental, houve a reorganização da sociedade europeia em feudos, quando parcelas da população se viram sob a proteção e influência dos senhores feudais, nobres que detinham o poder político e econômico sobre os vassalos. Os tributos, pedágios e alfândegas e a intensa atividade artesanal, além da falta de interesse no desenvolvimento dos transportes e comunicação através de melhorias da eficiência e segurança em estradas ou da navegação, se tornaram características predominantes da atividade econômica desse período.[1]

Atividade Econômica Inter-regional[editar | editar código-fonte]

As cidades voltaram a se desenvolver do século XII ao século XV. Os antigos vassalos começara a migrar para os grandes centros urbanos europeus em busca de melhores condições de segurança, alimentação e habitação. Com o aumento da população, surgem as feiras e mercados. Atividades como a pesca, extração mineral, metalurgia, indústria de alimentos, vestuários, construção e armamentos eram lucrativas e conseguiram manter economicamente bem um grande número de pessoas. Nessa época, os interesses dos nobres pelas especiarias, madeiras, metais e pedras existentes em territórios recém-descobertos com as grandes navegações, motivaram um expressivo aumento no número de investimentos e aventureiros. Surgiu a Imprensa, que causaria grandes facilidades para a divulgação de conhecimento inclusive industrial e tecnológico. Os primeiros monopólios dos governos surgiriam na fabricação de objetos de luxo e armamentos.[1]

Revolução Industrial[editar | editar código-fonte]

Quais foram as atividades econômicas dominantes no século xvi

As chaminés industriais se tornaram comuns nos centros urbanos a partir do século XIX e características marcantes da realização de atividades fabris químicas, a vapor e nucleares

Nos séculos XVIII e XIX se observa um grande surto inovador da atividade econômica das principais sociedades. Surgem a máquina a vapor e mais tarde a energia elétrica, o telégrafo, o rádio, o automóvel e a locomotiva. A organização empresarial substituiu o antigo feudo[1] e o liberalismo burguês se impõe como opção de governo ao antigo poder absolutista dos monarcas.

Revolução tecnológica[editar | editar código-fonte]

Quais foram as atividades econômicas dominantes no século xvi

No século XX, depois da conturbada primeira metade que viu a eclosão de duas guerras mundiais devastadoras, houve um novo surto de inovação na Economia. Tecnologias surgidas e desenvolvidas ainda na época da guerra, nos campos da energia, transportes, comunicação e armamentos tais como a do avião a hélice e depois a jato, o radar e a energia atômica, se tornaram apenas o limiar de outras igualmente ou ainda mais poderosas tais como as dos computadores, espacial e transístores. A Economia se tornou globalizada e as principais empresas passaram a ser gigantescas multinacionais e transnacionais. A Internet apareceu e se popularizou nas últimas duas décadas do século, oferecendo novas oportunidades de grandes lucros e investimentos no setor de serviços. Cada uma das grandes inovações no período de pós-guerra e início do século XXI levaram a criação de novos mercados e atividades com oportunidades de empregos mas também causaram a formação de muitas bolhas especulativas e mudanças radicais nas sociedades, o que desequilibrou o sistema político e econômico mundial com sucessivos períodos de crises e prosperidades.

Medições econômicas[editar | editar código-fonte]

Existem muitas maneiras de se medir a atividade econômica de uma nação, inclusive:

  • Taxa de câmbio
  • Produto interno bruto
  • PIB per capita
  • Produto Nacional Bruto
  • Taxa de juros
  • Dívida nacional
  • Taxa de Inflação
  • Desemprego
  • Balança comercial

Algumas ferramentas historicamente inovadoras da atividade econômica[editar | editar código-fonte]

  • Agricultura: enxada, arado, colhedeira, irrigação
  • Transportes: roda, tração animal, tração mecânica, tração a vapor, tração a diesel, motor a jato
  • Artesanato: máquinas de fiar, fornos,
  • Energia: Captadores de energia humana (remos, bicicletas, trenós), energia eólica (velas de embarcação, moinhos de vento), energia térmica (fornos), energia hidrocinética (turbinas hidroelétricas), energia a vapor (caldeiras), energia fóssil ou química (motores a explosão), energia elétrica (lâmpada elétrica, geradores), energia atômica (usinas nucleares)
  • Comunicações: correio, telégrafo, rádio, satélites artificiais, televisão, Internet
  • Serviços: imprensa, computadores, internet

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Economia ecológica
  • Economia
  • Economista
  • Economia social
  • Economia azul
  • Sistema econômico
  • Geografia econômica
  • Setor quaternário
  • Setor primário
  • Setor secundário
  • Setor terciário

Referências

  1. a b c d e RAMOS, José Nabantino - Sistema brasileiro de Direito Econômico - Editora Resenha Tributária - 1977 - São Paulo - Pgs.14-15-16-17

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Aristotle, Politics, Book I-IIX, translated by Benjamin Jowett [1]
  • Barnes, Peter, Capitalism 3.0, A Guide to Reclaiming the Commons, San Francisco 2006 [2]
  • Dill, Alexander, Reclaiming the Hidden Assets, Towards a Global Freeware Index, Global Freeware Research Paper 01-07, 2007 [3]
  • Fehr Ernst, Schmidt, Klaus M., The Economics Of Fairness, Reciprocity and Altruism - experimental Evidence and new Theories, 2005, Discussion PAPER 2005-20, Munich Economics [4]
  • Marx, Karl, Engels, Friedrich, 1848, The Communist Manifesto [5]·
  • Stiglitz, Joseph E., Global public goods and global finance: does global governance ensure that the global public interest is served? In: Advancing Public Goods, Jean-Philippe Touffut, (ed.), Paris 2006, pp. 149/164. [6]
  • Where is the Wealth of Nations? Measuring Capital for the 21st Century. Wealth of Nations Report 2006, Ian Johnson and Francois Bourguignon, World Bank, Washington 2006. [7]

Quais atividades econômicas já eram praticadas desde o século XVI?

Durante o século XVI, no Brasil colonial, a principal atividade econômica existente era a exploração do pau-brasil, que era exportado para Portugal e lá manufaturado.

Qual foi a principal atividade econômica do século 16?

A colonização no Brasil do Século XVI estava ligada fundamentalmente à indústria açucareira.

Quais foram as atividades econômicas praticadas no Brasil no século 16?

No decorrer do processo de colonização do Brasil, observamos que a economia baseada no latifúndio, na monocultura, na exportação e na mão-de-obra escrava foi predominante durante todo esse período.

Quais foram as atividades econômicas dominadas?

São eles os ciclos do pau-brasil, do ouro, da cana-de-açúcar, do café, do algodão e da borracha.