Quais são as atividades físicas para as pessoas que têm diabetes e hipertensão?

As atividades físicas para diabéticos podem contribuir tanto para a prevenção quanto para o tratamento do diabetes, doença que acomete de 5 a 9 milhões de brasileiros. Ainda assim, quando os exercícios são realizados sem acompanhamento, há risco de sérias complicações para os pacientes. A prática errônea dos exercícios está associada à ocorrência de complicações, agravando os quadros de hipertensão ou de doenças cardíacas, articulares e neurológicas.

A avaliação física ou cardiorrespiratória constitui uma das etapas mais importantes, ao se iniciar um programa de esportes. Os resultados não servem apenas para classificar a condição do diabético, mas como ponto de partida para a prática de exercícios, já que identificam a intensidade, a frequência, a duração e o tipo de esforço que estão fora da margem de risco para cada paciente.

"Fatores como histórico familiar, doenças (principalmente as relativas à visão, aos rins, coração e neurológicas), tratamentos e medicamentos em uso, hábitos alimentares, tabagismo, níveis de triglicérides, colesterol e hemoglobina glicosilada formam os principais itens do banco de dados de cada diabético", afirma a professora Mara Silveira Pereira, do Curso Atividades Físicas para Diabéticos, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas.

As modalidades físicas mais aconselháveis são caminhada, corrida, natação, hidroginástica, ciclismo, dança e ginástica aeróbica de baixo impacto. Para o diabético estas atividades são excelentes, pois utilizam oxigênio em suas reações para favorecer a queima de glicose e gordura. Além disso, a longo prazo, a pessoa ganha maior resistência e melhora suas funções cardiorrespiratórias.

Já os exercícios mais condenados, que apresentam risco de sérias complicações ao paciente diabético, são aqueles que favorecem lesões nos pés, os esportes de contato - como o boxe e as lutas marciais, que podem comprometer a visão e desencadear uma hemorragia retiniana. Maratona, alpinismo, mergulho em profundidade e halterofilismo também são desaconselhados.

Vale relembrar que a aptidão física pode ser considerada uma condição corporal na qual o indivíduo possui energia, vitalidade e as habilidades motoras suficientes para realizar as tarefas diárias e participar de atividades recreativas, sem fadiga excessiva. Como ressalta o senso comum, fazer exercícios é bom para a saúde. Atualmente, não mais se discutem os benefícios do esporte, mas, sim, qual a forma mais correta de praticá-los, visando alcançar ou manter a saúde.

No diabético, por exemplo, existe a necessidade de um monitoramento adequado, para evitar, durante a atividade física, estados de hipoglicemia e coma hipoglicêmico (choque insulínico), ou vice-versa, hiperglicemia e, consequentemente, entrada em estado de torpor ou até mesmo em coma diabético, sendo este menos grave e de ocorrência mais comum. Por isso, o monitoramento deverá ser inicialmente realizado antes, durante e após atividade física.

O horário de utilização de insulina lenta, rápida ou ultrarrápida, cabe ao médico, assim como a dosagem, o local de aplicação e o horário da ingestão de carboidratos, bem como a quantidade. A prática da atividade física acompanhada de dieta bem elaborada reduz esse perfil e melhora a saúde geral do diabético, reduz a pressão arterial, melhora a fórmula sanguínea e, dentro desta, as taxas de colesterol e de açúcar.

A atividade física possui um grande potencial no tratamento do diabetes, por permitir:

-Conscientizar o diabético da importância da prática de exercícios e manter uma vida ativa para promover a saúde;
-Reconhecer e saber avaliar os efeitos das diferentes formas de atividades físicas sobre a glicemia sanguínea, de acordo com variáveis como horário, tipo de exercício, volume, intensidade;
-Saber realizar os ajustes alimentares e/ou medicamentosos, para manutenção da homeostasia metabólica, durante e após as práticas físicas;
-Tanto a falta quanto o excesso de exercícios podem ser danosos ao organismo, especialmente tratando-se de pessoas com problemas metabólicos, como os diabéticos.

Por Andréa Oliveira.

Introdu��o

    Com o aumento de expectativa de vida e o conseq�ente envelhecimento da popula��o, as doen�as cr�nico-degenerativas t�m figurado como a maior causa de mortalidade e incapacidade no mundo. S�o os chamados agravos n�o-transmiss�veis, que, segundo Silva (2008) incluem doen�as cardiovasculares, diabetes, obesidade, c�ncer e doen�as respirat�rias.

    No caso do diabetes mellitus, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de, no Brasil s�o 6 milh�es de portadores e deve alcan�ar 10 milh�es de pessoas em 2010 (BRASIL, 2006). Devido a sua elevada carga de morbi-mortalidade associada, a preven��o do diabetes e de suas complica��es a mesma � hoje prioridade de sa�de p�blica.

    Outro agravo n�o transmiss�vel � a hipertens�o arterial que � a mais freq�ente das doen�as cardiovasculares. No Brasil s�o cerca de 17 milh�es de portadores de hipertens�o arterial, 35% da popula��o de 40 anos e mais, e esse n�mero � crescente (BRASIL, 2006). Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertens�o (SBH, 2008), at� 2025, o n�mero de hipertensos nos pa�ses em desenvolvimento, como o Brasil, dever� crescer 80%. Sendo assim, autoridades p�blicas e toda a sociedade devem se conscientizar e iniciar a preven��o e o tratamento para evitar a press�o alta, afirma a SBH (2008).

    Est� comprovado que o entendimento da doen�a, de suas caracter�sticas e complica��es e com a detec��o precoce da mesma, reduz-se a velocidade de instala��o das complica��es secund�rias � doen�a, melhorando a sua evolu��o. Segundo Chiappa (2002), nessas condi��es, muitas dessas complica��es podem ser evitadas, ou se instaladas, podem ser controladas a ponto, do paciente levar uma vida normal.

    Modifica��es no estilo de vida, incluindo exerc�cio f�sico, s�o recomendados no tratamento e preven��o tanto da hipertens�o arterial como da diabetes.

    De acordo com Amaral e Monteiro (2007) se cada 100 pessoas que sofrem de hipertens�o passassem a praticar exerc�cios f�sicos regularmente, o Sistema �nico de Sa�de (SUS) economizaria cerca de 36% nos gastos com a mesma. Os benef�cios da atividade f�sica no controle da press�o arterial acontecem por diversos fatores diretos e indiretos que ocorrem no organismo. Entre os benef�cios mais importantes Vieira (2008) destaca, principalmente, as altera��es cardiovasculares, end�crinas e bioqu�micas.

    A atividade f�sica tamb�m � uma das formas mais eficaz para prevenir e reabilitar um paciente diab�tico. A glicose � fonte predominante de energia nos 30 primeiros minutos de exerc�cio, assim, a atividade f�sica tem fun��o parecida com a insulina no tocante ao aumento da utiliza��o de glicose pela c�lula (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES - SBD, 2007). Segundo o site do Minist�rio da Sa�de, (BRASIL, 2008, p.1) �a atividade f�sica regular e moderada associada � dieta adequada, al�m de prevenir ou retardar o surgimento do diabetes, consegue reduzir em 58% os efeitos delet�rios do diabetes tipo 2 e diminuir a dose de insulina em uso.�

    Com todos estes benef�cios, a atividade f�sica vem se constituindo em uma das mais importantes �reas de estudo e pesquisa e mesmo assim 70% das pessoas em todo o mundo ainda continuam sedent�rias e propensas a desenvolver doen�as (SBH..., 2008). O combate ao sedentarismo, torna-se, portanto, fundamental para quem deseja manter uma vida saud�vel, sendo assim � necess�rio que aconte�a uma conscientiza��o quanto � import�ncia e os benef�cios adquiridos com a pr�tica de atividades f�sicas.

    Desta forma, juntamente com o Sistema �nico de Sa�de (SUS) o Minist�rio da Sa�de (MS) desenvolve programas de aten��o b�sica, voltados para a promo��o de sa�de, preven��o de agravos, tratamento e reabilita��o (BRASIL, 2006). Dentre estes programas encontra-se a Estrat�gia de Sa�de da Fam�lia (ESF) que � entendida como uma estrat�gia de reorienta��o do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implanta��o de equipes multiprofissionais em unidades b�sicas de sa�de. Estas equipes s�o respons�veis pelo acompanhamento de um n�mero definido de fam�lias, localizadas em uma �rea geogr�fica delimitada. As equipes atuam com a��es de promo��o da sa�de, preven��o, recupera��o, reabilita��o de doen�as e agravos mais freq�entes, e na manuten��o da sa�de desta comunidade (BRASIL, 2008)

    Para dar suporte aos ESF foram criados os NASF (N�cleos de Apoio � Sa�de da Fam�lia). Estes n�cleos re�nem profissionais das mais variadas �reas de sa�de, como m�dicos (ginecologistas, pediatras e psiquiatras), professores de Educa��o F�sica, nutricionistas, acupunturistas, homeopatas, farmac�uticos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudi�logos, psic�logos e terapeutas ocupacionais (MINIST�RIO DA SA�DE, BRASIL, 2008),

    O profissional da Educa��o F�sica est� relacionado � qualidade de vida e � preven��o do adoecimento sendo que as a��es de Atividade F�sica/Pr�ticas Corporais devem buscar a inclus�o de toda a comunidade adstrita, n�o devendo restringir seu acesso apenas �s popula��es j� adoecidas ou mais vulner�veis.

    Desta forma justifica-se a realiza��o deste estudo, na inten��o de provocar reflex�es a cerca dos benef�cios que a pr�tica da atividade f�sica traz, e desta forma o Profissional de Educa��o F�sica ser inclu�do na equipe de Sa�de da Fam�lia com o objetivo de propor estrat�gias para minimizar os agravos, j� que se tem conhecimento que o exerc�cio f�sico � o principal fator de preven��o, e ainda conquistar mais um espa�o para o profissional da Educa��o F�sica no mercado de trabalho.

Metodologia

    Participaram deste estudo de cunho descritivo diagn�stico 37 pacientes hipertensos e/ou diab�ticos o que correspondeu a 41,11% da popula��o de hipertensos e diab�ticos, com idade acima de 40 anos, que foram selecionados aleatoriamente, a partir dos cadastros da ESF Floresta da cidade Ibirub�/RS sendo exclu�dos somente os que estavam internados no momento da coleta de dados e os que se recusaram a participar do estudo

    A cidade de Ibirub� conta com 07 (sete) Unidades B�sicas de Sa�de, sendo que em somente em uma unidade foi implantado o Programa Estrat�gia de Sa�de da Fam�lia (ESF). Esta ESF est� situada no bairro Floresta, maior bairro da cidade, abrangendo mais 03 bairros vizinhos � Bairro Ch�cara, Unida e Santa Helena.

    Para diagnosticar as caracter�sticas sociodemogr�ficas e comportamentais dos pacientes hipertensos e diab�ticos, foi utilizado um formul�rio contendo: idade, g�nero, ocupa��o, escolaridade, tipo de lazer, uso de tabaco, n�vel de atividade f�sica, peso corporal e estatura. O n�vel de Atividade F�sica foi identificado utilizado o Question�rio Internacional de Atividade F�sica (IPAQ), proposto pela Organiza��o Mundial da Sa�de (1998), a obesidade foi determinada atrav�s do �ndice de Massa corporal (IMC). Utilizando-se os crit�rios propostos pelo Minist�rio da Sa�de, sendo considerados obesos os hipertensos e diab�ticos que apresentaram um IMC acima de 30 (BRASIL, 2005).

    A pesquisa foi conduzida segundo a resolu��o espec�fica do conselho nacional de sa�de (196/96). Todos os usu�rios da ESF de Ibirub� foram informados, detalhadamente sobre os procedimentos utilizados e foram avaliados somente os que concordaram em participar de maneira volunt�ria do estudo e assinaram o termo de consentimento informado.A mesma foi aprovada pelo Comit� de �tica em Pesquisa da UNICRUZ, em reuni�o ordin�ria no dia 01 de abril de 2009 (CAAE 0007.0.417.000-09).

    Para analise dos dados foram estabelecidos pontos de corte para as vari�veis estudadas. Quanto ao IMC, foi considerada a tabela proposta pelo Minist�rio da Sa�de, sendo considerado com peso normal os usu�rios com IMC entre 18,5 � 24,9, com sobrepeso os que apresentaram um IMC entre 25 � 34,9 e obesos os que apresentaram um IMC acima de 35. A vari�vel n�vel de atividade f�sica foi dicotomizada em: sedent�rios , os usu�rios sedent�rios ou insuficientemente ativos da classifica��o do IPAQ e ativos os considerados ativos e muito ativos. Relacionado ao fumo foram considerados desejaveis os n�o fumantes e ex-fumantes e indesej�veis os que relataram fumar.

    O tratamento estat�stico dos dados foi realizado por meio da freq��ncia simples e foram feitas correla��es (quiquadrado) entre as vari�veis sociodemogr�ficas (idade, g�nero, ocupa��o e escolaridade). O n�vel de signific�ncia adotado para este estudo foi de p ≤ 0,05.

Resultados e discuss�es

    Dos 37 pacientes que participaram do estudo 24 (64,9%) tinham somente hipertens�o, 3 (8,1%) tinham hipertens�o mais diabetes e 10 (27%) somente diabetes.

    O perfil destes usu�rios foidescrito considerando as seguintes vari�veis: g�nero, escolaridade, ocupa��o, tabagismo, �ndice de massa corporal (IMC), n�vel de atividade f�sica e tipo de lazer (Tab. 1).

Tabela 1. Caracteriza��o da amostra

Ocupa��o

Classifica��o IMC

Lazer

Vari�veis

Indicadores

n

%

G�nero

Feminino

33

89,2

Masculino

04

10,8

Escolaridade

1� Grau Incompleto

35

94,6

2� Grau

02

05,4

Do lar

31

83,8

Aposentado

04

10,8

Dom�stica, Cozinheira

02

05,4

Tabagismo

Sim

03

08,1

N�o

34

91,9

Normal

09

24,3

Sobrepeso

22

59,5

Obesidade

06

16,2

N�vel de Atividade

F�sica

Sedent�rio

33

89,2

Ativo

04

10,8

Lazer ativo

03

08,1

Lazer passivo

25

67,6

Lazer ativo e passivo

09

24,3

    Os usu�rios da ESF Floresta hipertensos e diab�ticos s�o na maioria: mulheres, donas de casa, com um grau de escolaridade baixo, todas s�o usu�rias de medicamentos e de certa forma preocupam-se com a patologia que apresentam, pois n�o s�o usu�rias de tabaco, entretanto s�o sedent�rias, at� mesmo no lazer. Este sedentarismo pode ser o respons�vel pelo sobrepeso que a maioria apresentou.

    Segundo Zaitune et. al., (2007) o sedentarismo � comum em pessoas com baixa escolaridade, como no caso deste estudo.

    Cotta et al., (2006) em estudo semelhante, tamb�m observou entre hipertensos e/ou diab�ticos atendidos no ESF de Teixeiras, MG, uma predomin�ncia de indiv�duos do sexo feminino e com baixa escolaridade.

    Cotta et al (2006) salientam que atualmente, as evid�ncias quanto aos padr�es de atividade f�sica da popula��o em geral apontam para um baixo gasto energ�tico e para o crescimento do sedentarismo.

    Juntamente com o sedentarismo vem o excesso de peso que segundo a SBH (2008) aumenta consideravelmente o risco de press�o alta, al�m de propiciar excesso de gordura no sangue, diabetes e doen�a card�aca, al�m de v�rias outras enfermidades, o que significa um risco ainda maior para quem j� � hipertenso e diab�tico, como no caso da amostra deste estudo.

    Chiappa et al., (2002) salientam que o exerc�cio f�sico auxilia a reduzir o risco das complica��es cr�nicas provenientes do diabetes e aumenta a sensibilidade do corpo � insulina, principalmente quando atua reduzindo o sobrepeso ou obesidade, pois com o aumento o tecido gorduroso, principalmente no abd�mem leva a produ��o exagerada de subst�ncias que interferem com a a��o da insulina produzida pelo p�ncreas. A perda de peso, tamb�m reduz o risco de doen�as do cora��o, porque proporciona a redu��o das gorduras do sangue, como os triglicer�deos, o colesterol total e o colesterol "ruim" (LDL-colesterol), que se deposita nas art�rias (SBH, 2008).

    Sendo assim tanto o sedentarismo, quanto o sobrepeso apresentado por elas, s�o fatores de risco extremamente comprometedores, considerando a patologia das mesmas. Portanto � fundamental que as ESF se instrumentalizem para desenvolverem a��es de preven��o como, por exemplo, educa��o nutricional e atividades f�sica. Para isso foram criados os NASF - N�cleos de Apoio a Sa�de da Fam�lia - que com o aux�lio do Educador F�sico incentivam a��es de Atividade F�sica que propiciem a melhoria da qualidade de vida da popula��o, a redu��o dos agravos e dos danos decorrentes das doen�as n�o-transmiss�veis, que favore�am a redu��o do consumo de medicamentos, a forma��o de redes de suporte social e que possibilitem a participa��o ativa dos usu�rios na elabora��o de diferentes projetos terap�uticos (BRASIL, 2008).

    Incrementar o conhecimento e envolvimento da popula��o sobre os benef�cios da atividade f�sica constitui uma estrat�gia importante no controle e preven��o da diabetes e hipertens�o arterial (BRASIL, 2002).

    As vari�veis s�cio demogr�ficas: idade, g�nero, escolaridade e ocupa��o foram correlacionadas com as vari�veis comportamentais: lazer, tabagismo e n�vel de atividade f�sica (Tab 2).

Tabela 2. Correla��o (r) entre as vari�veis s�ciodemogr�ficas e comportamentais

S�ciodemogr�ficas

Comportamentais

Lazer

Tabagismo

Obesidade

NAF

Idade

Correla��o de Pearson

,003

,185

-,262

-,052

Signific�ncia

,987

,273

,118

,760

Sexo

Correla��o de Pearson

-,230

,103

,045

-,121

Signific�ncia

,170

,542

,793

,475

Escolaridade

Correla��o de Pearson

-,005

,070

,178

-,082

Signific�ncia

,975

,683

,291

,631

Ocupa��o

Correla��o de Pearson

-,118

,114

,049

-,134

Signific�ncia

,487

,501

,772

,430

    N�o observou-se associa��es significativas entre as vari�veis sociedemogr�ficas e comportamentais dos usu�rios da ESF de Ibirub�-RS.

    Entretanto estudos tem demonstrado associa��es significativas entre grau de instru��o e n�veis de atividade f�sica. Dados recentes de pa�ses como Austr�lia, Canad� e EUA revelaramque grupos com maior grau de instru��o s�o de 1,5 a 3,1 vezes mais ativos do que aqueles com menor grau (ANDREOTTI; OKUMA, 2003).

    Ainda segundo Gomes et al., (2001), em pesquisa feita com moradores do Rio de Janeiro, quanto maior o grau de escolaridade, maior a freq��ncia de atividade f�sica de lazer em ambos os sexos.

    Pitanga e Lessa (2005) observaram associa��o significativa entre idade, escolaridade e tipo de lazer, ou seja, os mesmos, demonstram que homens entre 40-59 anos de idade com baixo n�vel de escolaridade, al�m de casados, separados e vi�vos t�m mais possibilidades de serem sedent�rios no lazer.

    Coqueiro (2007), quando analisou o tipo de lazer, verificou que 75% dos indiv�duos eram inativos, e, mais da metade (52%) sequer relatou realizar pelo menos uma atividade de lazer durante a semana.

Conclus�o

    Com base nos resultados obtidos neste trabalho, foi poss�vel concluir, que na popula��o de hipertensos e diab�ticos atendidos no ESF Floresta de Ibirub�, RS, h� uma predomin�ncia de indiv�duos do sexo feminino, do lar, com baixa escolaridade. Com isso h� necessidade de uma interven��o espec�fica para essa popula��o, que deve ser feita de forma clara e com o aux�lio de recursos atrativos e de f�cil compreens�o.

    Notou-se que o tratamento � realizado atrav�s de medica��o e que pouqu�ssimas pessoas realizam alguma atividade f�sica, como forma de preven��o.

    Cabe aqui, uma interven��o de um Educador F�sico, que favore�a a mudan�a de h�bitos e estilos de vida ligados a atividade f�sica, contribuindo assim na promo��o da sa�de e preven��o de complica��es tanto para de pessoas com hipertens�o e diabetes como da popula��o em geral, diminuindo assim os custos com o tratamento curativo. Destacando a id�ia principal das ESF, que seria de n�o enfocar em tratar as doen�as e sim, criar estrat�gias para preven��o de doen�as futuras.

    Dessa forma, recomenda-se aos gestores p�blicos, a reestrutura��o da ESF, com a inser��o de outros profissionais, visando o desenvolvimento de a��es de promo��o, prote��o e recupera��o da sa�de, que possibilite a toda a popula��o assistida uma melhor qualidade de vida.

Refer�ncias

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  • ANDREOTTI, M. C.; OKUMA, S. S. Perfil S�cio-demogr�fico e de Ades�o Inicial de Idosos Ingressantes em um Programa de Educa��o F�sica. Revista Paulista de Educa��o F�sica, S�o Paulo, n 17, v.2, p. 142-53, jul./dez. 2003.

  • BRASIL. MINIST�RIO DA SA�DE. Plano de Reorganiza��o da Aten��o � Hipertens�o arterial e do Diabetes mellitus. Manual de Hipertens�o arterial e Diabetes mellitus.Secretaria de Pol�ticas de Sa�de. ed. MS, Bras�lia. 2002.

  • BRASIL. MINIST�RIO DA SA�DE. Portal da sa�de. out. 2005. Dispon�vel em: http://www.minsa�de.p//portal/conteudos/enciclop�dia+da+saude/obesidade/comosewdiagnosticaaobesidade.hym. Acesso em: 20 abr. 2009.

  • BRASIL. MINIST�RIO DA SA�DE. Cadernos de Aten��o B�sica. Diabetes Mellitus. Bras�lia-DF n 16. 2006.

  • BRASIL. Minist�rio da Sa�de. Aten��o B�sica. 2006. Dispon�vel em: http://portal.saude.gov.br/saude/. Acesso em: 19 fev. 2009.

  • BRASIL. Programa Sa�de da Fam�lia. Dispon�vel em http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Sa%C3%BAde_da_Fam%C3%ADlia, Acesso em 19 out. 2008.

  • CHIAPPA, G. R. da S. et al., Investiga��o Da Aptid�o F�sica De Pacientes Diab�ticos N�o Insulinodependentes. Revista Kinesis,Santa Maria, n 26, p. 36-166, mai. 2002.

  • COQUEIRO, R. da S. et al. N�vel de Atividade F�sica e Fatores Associados em Usu�rios de uma Unidade de Sa�de da Fam�lia do Munic�pio de Jequi�-BA. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, n. 115, ano 12, dez. 2007. http://www.efdeportes.com/efd115/usuarios-de-uma-unidade-de-saude-da-familia.htm

  • COTTA, R. M. M. et al., Perfil Sociossanit�rio e Estilo de Vida de Hipertensos e/ou Diab�ticos, Usu�rios do Programa de Sa�de da Fam�lia- Munic�pio de Teixeiras, MG. 2006, Artigo Universidade Federal de Vi�osa � Departamento de Nutri��o e Sa�de.

  • GOMES, V. B. et al., Atividade F�sica em uma amostra Probabil�stica da Popula��o da Munic�pio do Rio de Janeiro. Cadernos de Sa�de P�blica. Rio de Janeiro, n 14, v 4, p 969-976, 2001.

  • PITANGA, F. J. G.; LESSA, I. Preval�ncia e Fatores Associados ao Sedentarismo no Lazer em Adultos. Cadernos de Sa�de P�blica, Rio de Janeiro, n 3, v 21, mai/jun. 2005.

  • SILVA, C. A. B. A Educa��o no Tratamento das Doen�as Cr�nicodegenerativas. Dispon�vel em: http://www.sumarios.org/pdfs/247_385.pdf, Acesso em: 16 nov. 2008.

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  • SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Benef�cios da Atividade F�sica. 2007. Dispon�vel em: http://www.diabetes.org.br/atividade_fisica/benef_at.php. Acesso em: 06 mai 2008.

  • VIEIRA, Prof. A. Saiba como Cuidar da Hipertens�o na Atividade F�sica. Dispon�vel em: http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=1592, Acesso em: 16 nov. 2008.

  • ZAITUNE, A. P. M.; BARROS, M. B. A.; GALV�O, C. L.; CARANDIANA, L.; GOLDBAUM, M. Fatores Associados ao Sedentarismo no Lazer em idosos, Campinas, S�o Paulo, Brasil.Caderno de Sa�de P�blica, Rio de Janeiro, n 6, v.23, jun. 2007.

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Quais são as atividades físicas para as pessoas que têm diabetes e hipertensão?

Quais são as atividades físicas para as pessoas que têm diabetes e hipertensão?

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Quais as atividades físicas indicadas para pessoas com hipertensão e diabetes?

Nesse caso, as atividades que podem ser recomendadas são exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, pedalada e natação com uma frequência de cinco a sete vezes por semana, trazendo diversas vantagens para os diabéticos.

Quais as atividades físicas indicadas para hipertensos?

Para o fisiologista do esporte do HCor, a caminhada, corrida, natação, exercícios aeróbicos, alongamentos, bicicleta, yoga e hidroginástica são indicados para contribuir na redução da pressão sanguínea exercida sobre os vasos sanguíneos.

Quais as recomendações de atividades físicas para as pessoas que possuem diabetes?

As modalidades físicas mais aconselháveis são caminhada, corrida, natação, hidroginástica, ciclismo, dança e ginástica aeróbica de baixo impacto. Para o diabético estas atividades são excelentes, pois utilizam oxigênio em suas reações para favorecer a queima de glicose e gordura.

Como podemos da melhor forma possível trabalhar com A atividade física para um diabético e uma gestante?

Praticar exercícios aeróbicos (caminhar, andar de bicicleta, etc) de três a cinco vezes por semana já faz uma grande diferença nesses casos.