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Para respondermos a esta questão devemos remeter às primeiras publicações sobre o assunto, que datam da década de 70 onde o professor da Universidade da Califórnia Louis Davis define Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)
como a preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos colaboradores no desempenho de suas atividades. Existem outras diversas publicações sobre o assunto bem, como uma infinita lista de definições para Qualidade de Vida no Trabalho que também pode ser vista sob duas óticas antagônicas. Entre as reivindicações dos colaboradores quanto ao bem estar e satisfação no trabalho, e o interesse das organizações quanto aos seus efeitos potencializadores sobre a produtividade e a qualidade. Desde os primórdios o homem busca melhorias para as condições dos processos produtivos. Os primeiros inscritos sobre esta busca por melhorias datam de 300 anos Antes de Cristo, onde Euclides de Alexandria escreve sobre princípios de geometria, a fim de aperfeiçoar os métodos de trabalho dos agricultores à margem do rio Nilo; e 287 anos Antes de Cristo quando Arquimedes estabelece a “Lei das Alavancas”, que em suma trata-se de uma proposta para minimizar os esforços físicos dos trabalhadores de cargas. Contudo, independente de quais definições acadêmicas será debruçado o entendimento, o que se infere por Qualidade de Vida no Trabalho: são as ações empreendidas pelas organizações e pelos indivíduos que às compõem, para a melhoria das condições de trabalho e do ambiente de trabalho. Estas ações não se restringem apenas ao âmbito onde se dá a relação de trabalho (empresa), mas, transcende-o para todos os âmbitos onde as relações existentes possam interferir na qualidade de trabalho do indivíduo. Ou seja, a Qualidade de Vida no Trabalho depende não só apenas das relações dentro do trabalho, mas também fora dele, como por exemplo, em casa. Alguns autores como: Chiavenato, Rodrigues e outros, definem fatores determinantes componentes para a QVT, e são eles:
Esta leitura sobre os aspectos determinantes e componentes da QVT proposta no livro de Rodrigues (1994), nos leva a inferir que a Qualidade de Vida no Trabalho é algo inerente as organizações, mas, não limitada a esta. E que grande parte destes fatores não são afetados apenas pela relação intra-organizacional. Os fatores externos à organização, aqui propostos apenas como aqueles que ocorrem fora do ambiente da empresa, também são influenciadores na Qualidade de Vida no Trabalho. As relações interpessoais dos indivíduos e seus pares fora da empresa formam o que podemos chamar de composto da QVT. As relações conjugais e familiares, problemas financeiros, disponibilidade de lazer e entretenimento, saúde e bem estar além de outros determinantes individuais interferem diretamente na qualidade de vida do indivíduo e também logicamente na QVT. Ademais, estes também são influenciados pela QVT e comprovam a total relação entre a qualidade de vida do indivíduo e a Qualidade de Vida no Trabalho deste. O que se pretende propor e explicitar, é que o trabalho compõe a vida das pessoas e que estas mesmas pessoas compõem o ambiente de trabalho. De forma que qualquer mudança dentro deste contexto muda toda a conjuntura social, tanto das organizações quanto dos indivíduos. As mudanças partem das organizações para o indivíduo, da mesma forma que do indivíduo para as organizações. Entender esta relação perpassa por compreender o porquê algumas empresas têm sucesso e outras não. Se a empresa é composta por pessoas motivadas e satisfeitas, estas farão o possível para que o clima organizacional se mantenha sempre em melhoria, em contra partida, uma equipe composta de pessoas desmotivadas e insatisfeitas, só servirá para que a organização venha “a pique”. Mas, como propor ações para a instauração e manutenção da QVT? E até quando investir nisso é rentável para empresa? E o que o funcionário ganha com isso? Para responder essas questões é necessária uma introspecção individual que vai muito além das definições engessadas que um artigo ou livro sobre o tema pode dar. As mudanças devem partir sob a ótica de que a QVT é um viés duplo, partindo da firma para o colaborador e deste para a firma. As complexidades encontradas pelas organizações modernas que tem o capital humano como foco do seu sucesso se dá justamente por esta dependência, pois, mesmo que os gestores da empresa proponham mudanças para que a Qualidade de Vida no Trabalho melhore, se o restante da equipe não engajar nesta luta, ela com certeza será perdida. As mudanças devem partir do indivíduo, ajudado pela empresa, haja vista que quanto melhor for a vida do colaborador, mais disposto ele estará para melhorar a vida da empresa. Mudar o ambiente de trabalho é mudar o modo como se trabalha e como as operações e ações da empresa são conduzidas. Como visto o trabalho compõe a vida das pessoas, e mudar o ambiente de trabalho, também é mudar a forma de viver. Ser gentil, amável, amigável; aprender a sorrir de si mesmo e ser generoso, primeiro consigo mesmo, depois com os outros. Ajuda a aproveitar às oito horas diárias para se divertir, fazendo do trabalho um lazer para a mente e a alma! Trabalhar nem sempre é sinônimo de estresse e desgosto. Ser sério, não é ser rude! Deve-se sempre lembrar: respeito gera respeito. Levar o trabalho a sério, não é levar o problema do trabalho para casa! Não usar da sua posição dentro da organização como arma, mas, como trampolim é aprender que ninguém cresce sozinho! Lembrar-se que a qualidade de vida, quer seja no trabalho quer seja fora dele, depende de cada um. Os outros podem até ajudar, mas, mudar significa tomar novos rumos, novas atitudes, nova forma de pensar. As mudanças positivas trazem conseqüências positivas e mudar o ambiente de trabalho para melhor vai no mínimo tornar a vida mais positiva! Quais são os componentes de qualidade de vida?Qualidade de vida indica o nível das condições básicas e suplementares do ser humano. Estas condições envolvem desde o bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, os relacionamentos sociais, como família e amigos, e também a saúde, a educação e outros parâmetros que afetam a vida humana.
Quais são os principais componentes da qualidade de vida no ambiente de trabalho?Qualidade de vida no trabalho é um dos indicadores de satisfação dos colaboradores na empresa, ele é medido a partir dos níveis de bem-estar, saúde, ambiente de trabalho, interação social, entre outros.
Quais são os 5 fatores da qualidade de vida?5 fatores que influenciam na qualidade de vida do funcionário. Saúde física e emocional. É claro que ao pensarmos em bem-estar, logo relacionamos à saúde física de um indivíduo. ... . Flexibilidade na rotina. ... . Oferta de benefícios. ... . Ambiente agradável. ... . Apoio da gestão.. Quais são os dois objetivos da qualidade de vida no trabalho?A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) busca o envolvimento das pessoas com o trabalho e a organização, tendo como objetivo o bem-estar, a participação e a integração do trabalhador com os objetivos e eficácia da empresa, gerando uma melhor qualidade e maior produtividade.
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